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História Her - Camren - Camila


Escrita por: camren-in-love

Capítulo 14 - Camila


Fanfic / Fanfiction Her - Camren - Camila

Lauren POV

Foram duas semanas ate que eu realmente fosse destinada a um trabalho real na empresa. Os primeiros dias foram chatos e monótonos. Eu passei grande parte do tempo apenas checando algumas imagens e projetos de trabalhos futuros, mas acontece que na quarta, Alice me chamou para uma reunião e disse que havia um casal interessado em reformar a casa que haviam comprado em pouco tempo. Eu estava totalmente animada sobre tudo o que viria a seguir, mas minha animação não durou mais do que 30 minutos. Acabou exatamente no mesmo momento em que li o nome do futuro cliente e o novo endereço.

Não pude negar aceitar o trabalho, até porque meu salário deveria vir de algum lugar e eu deveria valer a pena pelo esforço que meu pai fez para conseguir esse emprego.

Não iria bater na porta da casa da família da Vero se não fosse por isso. No caso, os pais dela haviam comprado essa casa em um bairro residencial. A casa era grande, mas como os pais dela sempre gostaram de conforto e um tanto de luxo, aqui estava eu, tocando a campainha da casa e esperando que alguém viesse me atender para que conversássemos mais sobre o projeto e o que eles queriam mudar na casa.

- E aí, Jauregui. Não conseguiu ficar muito tempo sem me ver? – Vero falou assim que abriu a porta e bateu de frente comigo.

- Olá, Veronica. Os seus pais se encontram? – A perguntei com formalidade e ela franziu as sobrancelhas.

- Ahh Lauren. Qual é? Ainda está chateada porque peguei a Camila? Se quiser falar com ela, ela mora aqui do lado. Fique a vontade. – Respondeu dando de ombros e seguindo para dentro da casa.

- Não vim para falar sobre esse assunto. Seus pais entraram em contato com a empresa onde eu trabalho e eu vim lhes atender. – Passei pela porta da frente e a acompanhei. A casa parecia bastante espaçosa. Daria um belo trabalho final.

- Hmm... Você vai decorar meu quarto. Isso vai ser realmente bom. Lembra como eu sempre quis ter um quarto parecido com o...

- O seus pais estão, Vero? – A cortei e meu olhar foi impaciente.

- Na varanda atrás da casa. – Falou revirando os olhos e talvez tivesse acompanhado os meus passos até a parte posterior da casa. Podia sentir seus olhos nas minhas costas. – Vou estar no meu quarto caso queria falar comigo também. Eu tenho exigências sobre o que eu quero que faça lá.

- Preciso resolver com seus pais primeiro. – Foi a última coisa que lhe disse antes de seguir para uma pequena reunião com seus pais.

Eles foram carinhosos como sempre foram. Estavam felizes em me ver e ainda mais por eu ser a responsável pela futura nova decoração de sua casa.

Os cômodos tinham bastante espaço e eles me explicaram as ideias que tinham em mente sobre o que fazer, ao mesmo tempo, eu lhes explicava o que podia substituir alguma ideia ruim.

- O quarto da Vero é esse. Ainda não sabemos o que ela quer mudar, então vocês conversam com calma. São amigas e vão se entender rapidinho. – A mãe dela disse e eu lhe dei um sorriso.

Antes de bater na porta do quarto da Veronica, lembrei de quando éramos crianças e corríamos pela casa enquanto falávamos sobre como seria nossa casa no futuro. Como o tempo havia passado.

- Entra. – Ela falou quando bati na porta duas vezes. – Pensei que não viesse.

- Bem, estou trabalhando para os seus pais, não é como se eu tivesse escolha vir falar com você.

- Lauren, você ainda acha mesmo que eu sabia que a Camila era a sua Camila? Você descreveu ela rapidamente. Uma garota, cabelo grande e castanho, corpo lindo, bunda gostosa, boca incrível, olhos castanhos misteriosos. Quantas garotas assim você acha que existem por aí? Não é como se você tivesse me enviado uma foto e eu realmente soubesse que era ela. Eu não teria a chamado pra sair se soubesse que era a sua Camila. – Ela falou segundos depois de eu entrar no quarto e fechar a porta.

- Ela não é minha e não me importo. – Respirei fundo. – A cor e pintura do quarto está ridícula. Você vai querer escolher o papel de parede?

- Como sabe que eu queria papel de parede?

- Somos amigas há alguns anos. Não é como se eu não te conhecesse. Essas estantes estão um pouco velhas, não acha? – Perguntei enquanto dava uma volta pelo quarto e ela me seguia com os olhos.

- Quero móveis novos. E cortinas novas também. Essas não combinam com a janela. – Vero riu e balançou as cortinas antes de abri-las. – Aquela é a janela da Camila. Ela não abre a janela faz 2 semanas. Eu chamo e chamo e ela não responde.

- Você vai ter que fazer uma pequena lista das coisas que vai realmente querer trocar. Seus pais te deixaram livre para escolher novos móveis na loja. Então vai ter que me acompanhar para que eu te ajude a escolher tudo. E o carpete não vai ser vermelho. – Ignorei a informação sobre Camila e segui com meu trabalho.

- Por que não? Eu amo vermelho. – Ela parecei decepcionada.

- Vero! – Eu ri. – Não combina uma cor forte tão forte nesse chão. Você encontra um papel de parede com algo vermelho e problema resolvido.

Vero fez a lista, seus pais fizeram uma lista e em alguns dias, nós estávamos em uma das melhores lojas de móveis do estado para encontrar novos móveis e itens de decoração. Não foi difícil convencer sobre levar tudo do melhor.

Era terça da semana seguinte. A reforma no quarto da Veronica estava seguindo como prevista e eu tinha que permanecer algum tempo acompanhando os outros funcionários.

O quarto estava vazio. O novo carpete estava sendo colocado e é claro que ele não era vermelho, mas ainda assim, Vero escolheu uma cor escura para o chão. O papel de parede não deu trabalho e no fim da tarde, eu estava quase encerrando o dia e liberando o pessoal pra casa. Vero iria dormir no quarto de hóspedes.

Com um quarto limpo e vazio, também não havia cortinas nas janelas e meu olhos bateram sobre Camila no mesmo instante em que ela decidiu abrir sua janela do outro lado.

- Veronica, é melhor resolver todo esse... Barulho. – Falou pausadamente assim que percebeu que não era Vero no quarto e sim eu. – Lauren?

- Camila. – Respondi e ela sorriu quase involuntariamente. Os músculos do meu rosto tremeram para não devolver o sorriso.

- O que você faz aí? – Ótima hora pra começar uma conversa, não? Por Deus, eu só queria ir pra casa.

- Estou trabalhando. Os pais da Vero me contrataram para uma reforma na casa. – Respondi deixando uma respiração profunda sair e relaxei os ombros. O dia havia sido um tanto longo.

- Ahh... – Ela ficou em silêncio e os olhos permaneceram em mim.

- Você pode contratar ela também se quiser, Mila. – Veronica entrou no quarto e falou enquanto me abraçava de lado. Fechei os olhos e meu corpo ficou tenso para se livrar do contato.

- Pode ligar pra empresa e ver se algum funcionário pode te ajudar com algum problema. – Disse me livrando dos braços dela. – Eu estou de saída. E sobre o barulho, não se preocupe. Tudo fica pronto até a próxima semana. Desculpe pelo incômodo.

- Sim. – Foi a única coisa que ela disse e voltou a fechar a janela e as cortinas. Eu me peguei observando a decoração do seu quarto rapidamente antes disso.

- Vocês tem alguma coisa. – Veronica disse ao meu lado. – Parece que estão se comendo com os olhos e querem se matar ao mesmo tempo. Você principalmente.

- Eu o que?

- Fica comendo ela com os olhos. – Respondeu e eu revirei os olhos.

- Eu estou indo. O pessoal vai chegar cedo amanhã. Seus pais vão sair e você tem que recebe-los. Tem algum problema nisso? – Eu segui para fora do quarto e ela me acompanhou até o andar inferior.

- Não. Quanto antes terminar meu quarto, melhor. Eu quero meus móveis novos no lugar. – Disse animada.

- Em três dias você tem seu quarto de volta. Os móveis chegam daqui a pouco e eu coloco tudo como combinamos. – Peguei minha bolsa na sala e segui para a porta. – Boa noite, Vero.

- Até mais, Jauregay. – Disse gargalhando e eu ri fraco. Agradeci por estar de costas e ela não ter visto.

Eu queria poder ver Veronica como eu a via antes, mas era tão louco vê que Lucy realmente esteve certa ao dizer que ela mudou. Talvez ela tenha começado a andar com pessoas erradas e não fosse quem eu lembrava ser. No fundo, eu não conseguia não gostar dela. Porque eu me importava com tudo o que tivemos um dia e não queria deixar de tê-la no meu mural de fotos e na minha vida.

Entrei no carro e deixei a bolsa sobre o banco do passageiro. Rapidamente coloquei o cinto de segurança de forma automática e liguei o motor.

Camila saiu correndo de casa para receber uma entrega de pizza. O rapaz, sorriu e ela também. Entregou o dinheiro e ele o enfiou no bolso antes de lhe entregar a pizza. Uma garota menor saiu da casa segundos depois e recebeu o refrigerante ao lado dela. Talvez fosse sua irmã mais nova, pensei. Elas pareciam muito.

A menor abraçou o refrigerante com os dois braços e a olhou com um sorriso grande. Camila piscou pra ela e agradeceu ao rapaz da entrega, que logo já estava colocando o capacete e voltando a subir na moto.

Elas caminharam de volta pra dentro da casa. O destino era mal comigo. Por que diabos eu havia sido destinada a trabalhar em algo do lado da casa dela? Quando ela estava quase deixando minha mente, ela voltava como um furacão e andava quase em câmera lenta, deixando suas pernas longas quase dançarem com seus passos, sua bunda em um rebolado incomparável ao de qualquer outra pessoa no mundo. Quando eu me perdi dentro do carro observando seus movimentos?

Balancei a cabeça e coloquei as mãos com força sobre o volante. Meus olhos estavam no painel do carro enquanto eu lembrava dos seus detalhes. De como sua pele era macia em todos os lugares, como ela cheirava bem, do sabor do seu beijo e de como a respiração pesada dela, perdida em gemidos se chocava contra o meu pescoço. Eu olhei uma última vez, ela olhou para dentro do carro antes de passar pela porta e quase como se ela soubesse o que eu estava pensando no momento, sorriu antes de entrar e fechar a porta.

Maldito sorriso aquele que não saiu da minha mente durante o resto da noite inteira. Eu voltei para casa dirigindo no automático. Minha mente presa a memória da noite da festa, quando eu estava tentando desvenda-la, então eu corria para a noite da boate em que Vero a beijou e em vez da minha mente fugir e bloquear qualquer coisa, eu me imaginei a puxando de volta pra mim e querendo marcar sua pele com o meu nome. O que estava acontecendo com a minha mente?

Eu não dormi. A maldita estava na minha cabeça de um jeito que eu com os olhos abertos ou fechados ainda podia a ver sorrindo pra mim antes de entrar em casa e fechar a porta. Me senti com frio e quente ao mesmo tempo. Quente de uma necessidade de senti-la porque ela tinha que ser incrivelmente atraente e ter o corpo mais bonito que vi na vida.

Não percebi quando minha mão deslizou suavemente para dentro do meu pijama e quando meus próprios dedos me tocaram, eu desejando quase desesperadamente que fosse ela me tocando. Que fosse a respiração dela novamente no meu pescoço, que eu a pudesse ouvir gemer comigo mais uma vez. Por Deus, eu estava me tocando enquanto pensava nela.

Ela me sugava e eu queria a devorar realmente. Queria sufoca-la na cama e marcar seu pescoço com minhas mãos enquanto a fazia gemer meu nome, mas fui eu quem gemeu seu nome sozinha naquela noite. O que diabos eu fiz no mundo para ficar presa a ela desse jeito? Você não tem que gostar dela, Lauren. Não tem.


Notas Finais


Eu amooo os comentários de vocês. É o que me da vontade de escrever a história, então permaneçam comentando e deixando suas opiniões. Eu realmente me importo muito em saber o que estão esperando da fic.
2bjos
Emma


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