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História Her (romance lésbico) - Visitante indesejada


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Vocês estão muito amoitadas. Apareçam!
Mais um capítulo aqui pra vocês, espero que eu tenha conseguido passar a emoção certa pra vocês. Sem mais conversa, boa leitura.

Capítulo 15 - Visitante indesejada


Rachel

De dentro do táxi, observava Olivia. Seus olhos percorreram todo o corpo da morena, a observava com desejo. Desde de quando desejava mulheres? Mas não era qualquer mulher, era ela. Via o carro se afastar do prédio em que esteve a pouco, prestes a cometer a maior loucura de sua vida. Aliás, cometeu, pois nunca se quer cogitou a possibilidade de beijar uma garota. Perdida em pensamentos, Rachel não notou quando o táxi parou no endereço que ela deu. Estava mergulhada em um profundo devaneio quando ouviu o motorista falar que tinha chegado em seu destino. Pagou a corrida e entrou de pressa em casa. Queria logo correr para sua cama, enterrar a cabeça no travesseiro e pensar no que tinha acabado de fazer. 

Antes, foi até o quarto da mãe que já estava dormindo, saiu em silêncio para não acorda-la. Achou melhor assim, pois queria pensar. Chegou em seu quarto, despiu-se e se jogou na cama. "o que eu fiz?" buscava explicação para o seu ato. Estava confusa. Tinha beijado uma amiga. Beijado e gostado. E todas aquelas sensações? Nunca tinha sentido nada como aquilo antes. Era difere e ela queria mais, queria sentir aquele corpo mais profundamente. Levou os dedos ao lábios e lembrou da sensação de ser beijada por Olivia "não Rachel, isso é falta de sexo, faz tempo que não transa com o Luiz" imediatamente a lembrança do namorado atormentar. Entretanto, não se sentia suja nem imoral, isso é uma situação atípica, sabia que se fosse com qualquer outra pessoa estaria se sentindo horrível. Mas novamente era ela. Parecia que nada do que Rachel foi ou acredita, vale quando se trata de Olivia. Após horas de desabafo, toma um banho, seria uma noite longa e pensativa. 

...


No outro dia não teve coragem de levantar e ir encarar a amiga na faculdade. Nos outros dias que passaram também não. Passou a semana em casa, mentindo pra mãe e pra os amigos que estava doente. Olivia ligava e mandava mensagens, ela não respondia nenhuma. Queria fugir mas não sabia por quanto tempo. Sabia que uma hora ia ter encarar de frente tudo que estava sentindo. Dentro de sua cabeça ocorria uma tempestade. Dessas com muitos trovões, que da vontade de se esconder em baixo das cobertas e só sair quando passar. 

Beijar aquela garota foi um erro que não estava disposta a cometer novamente. Ela tinha namorado, um compromisso com outra pessoa que merecia seu respeito. E também uma mãe, que confiava nela e isso não era uma forma de retribuir essa confiança. Não poderia em hipótese alguma magoar essas pessoas que sempre estiveram ao seu lado lhe dando apoio e proteção. E não o faria. A decisão estava tomada. Esses dias afastada tinham sido importantes pra sua tomada de decisão. No dia seguinte iria atrás da morena e colocaria um fim nisso que nem deveria ter começado. "foi só um deslize" "você não gosta de mulher". Lutava pra por isso em sua mente. Parecia um duelo de espadas entre a razão e a emoção.


...


Era manhã de sábado, o céu estava nublado. Assim como tudo dentro de Rachel, fazer aquilo a estava matando. Mas era melhor assim. Cortar pela raiz antes que fique sério. Melhor dar adeus agora e esquecer de tudo. O que seria pior, viver com vontade de experimentar ou expimentar e nunca mais esquecer? Do pouco que ousou experimentar, sabia que não mais esqueceria. Mas mesmo assim, a batalha violenta quem venceu foram as certezas e as convicções que já tinha. O desconhecido sempre assusta, a ignorância pelo amanhã trazia tormento. E ela tinha medo. Encarou a porta em sua frente, o coração estava a mil. Medo de desistir, mas seria forme em sua decisão. Respira fundo e bate na porta, o olhar mais desesperado que alguém poderia ter. Não demora muito e alguém abre a porta. Mas não era aqueles olhos que ela esperava ver. Seu mundo desaba mais uma vez. Vestia apenas uma camisa comprida e folgada, que imaginou não ser da visitante indesejada. A garota vai pro lado de fora, e deixa a porta entre aberta, parecia que Rachel não era bem vinda ali. 

- Conheço você. É a garota da faculdade e daquele dia no pub. — dizia com uma voz debochada e um sorriso irônico. 

-Cadê... — Rachel mal tinha forças pra falar - A O-Olivia? 

- Ela está ocupada. Quer que eu diga que você veio? Como é seu nome mesmo hein? Rebeca? — apertava os olhos fingindo tentar lembrar. 

Mas que atrevimento. Quem ela pensa que é? Rachel lançava um olhar fulminante pra garota. 

- Não precisa dizer nada. Eu só dei uma passada rápida mesmo. Outra hora falo com ela... 

Deu as costas na mesma hora sem se quer esperar uma resposta. Não queria deixar a outra garota perceber, mas sua presença ali a destruiu. Só de imaginar que ela poderia ter passado a noite com Olivia foi doloroso demais. Os beijos que deveriam ser dela, estavam entregues a outra agora. 

Queria gritar, chorar, extravasar toda raiva que existia dentro de si. Não sabia distinguir os batimentos e o pulsar de cada veia. Tudo dentro de si parecia se desmontar. O chão parecia se abrir. Queria sair de perto daquele prédio o mais rápido possível, pegou o primeiro táxi que passou pela frente. Ela mal consegue dizer o destino e então desaba. Olha seu reflexo no espelho retrovisor e se sente derrotada. Talvez se fosse mais decidida, se tivesse coragem não estaria passando por tudo isso agora. Seu corpo se contorcia em espasmos pelo choro, nem mesmo a presença de um estranho no banco da frente do motorista a impediu de rasgar o coração.


...


Olivia


sexta à noite


Não estava com raiva pelo sumiço, mas queria uma explicação. Já tinham se passado quatro dias e nada. Se quer um telefonema, ou pelo menos resposta de suas mensagens. Merecia  explicação. Precisava de respostas para continuar a viver. Precisava resolver suas questões. Acreditou nela, que finalmente teriam uma chance. Mas agora aquela ideia se tornava cada vez mais distante. "amanhã vou atrás dela." Estava decidida.

É interrompida pelo toque do celular. Uns velhos amigos a chamando pra sair. "Ficar em casa não vai me trazer respostas, muito menos a garota." Pensou que não haveria mal algum em ir tomar umas cervejas com os amigos. Se arruma e vai os encontrar num bar próximo. Chegando lá tem a surpresa, da de cara com Marcela. A amiga que tinha apresentado elas fazia parte dessa turma de antigos amigos e tinha levado a garota a tira colo. 

Olivia se arrependeu de ter ido de carro, pois decidiu que queria ficar bêbada, mesmo que lhe rendesse uma ressaca no outro dia. Misturava as bebidas, estava um pouco descontrolada. 

- Vai com tudo Liv. — incentivava um dos amigos. 

- Ta sofrendo por amor, meu bem? — pergunta o outro. 

- Digamos que exista uma garota. E ela meio que está me ignorando... 

- Eu sei do que você precisa. É tequila o nome! — fala uma das garotas. - Vou agora pedir uma rodada pra todos. 

- Ei que garota é essa? — pergunta Marcela chegando perto demais de Olivia. 

- Rachel, da faculdade. Você conhece. 

- Mas ela não tem namorado? 

- Tem... É complicado! — encara o chão. 

- Francamente Olivia! Eu estou aqui, bem na sua frente e você não vê. Prefere ir atrás de uma hetero. — bufa

- A gente não manda no coração, Marcela. 

- Eu que o diga. Gosto de você Liv. E posso te fazer esquecer essa garota rapidinho. — passou a mão pela perna dela por baixo da mesa. 

- Qual é Mar. Eu tô de boa aqui. — tirou a mão da garota e se afastou um pouco mais. 

Nesse instante chega a garota com as tequilas, sal e limão. 

- Vamos fazer um brinde. Aos amores que machucam! — falou um dos garotos. 

- Aos amores que são um desgraçamento mental! — falou o outro levantando o copinho. 

Eles brindaram e viraram ao mesmo tempo seus copos. Em seguida o sal, depois o limão. 

- Mais uma! — falou a mesma que pediu a primeira rodada. 

E assim repetiram outras doses.


...


- Eu nunca mais bebo na minha vida. — diz Olivia sentada no chão do banheiro próximo a privada. 

- Você tem a vantagem de ter cabelo curto e não precisar de ninguém pra segurar. 

- Ta tudo rodando... 

- Vem Liv, vou te levar pra casa. — Marcela estende a mão e puxa Olivia do chão. 

- Não precisa. Eu sei chegar sozinha. 

- Nem adianta reclamar. Olha seu estado sua louca. Não pode nem sonhar em dirigir. 

A garota se despede dos amigos que ficaram e é levada quase carregada nos braços pra casa por Marcela. 


... 





Notas Finais


Rachel tava sofrida, mas é indecisa demais né. E Olivia gente? Bebeu além da conta, será que rolou alguma coisa entre ela e Marcela? O que acharam? Me contem tudo!


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