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História Her (romance lésbico) - Ideia maravilhosa!


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Olá leitores!

Alguém ainda lembra de mim?
Como sempre eu queria me desculpar pela demora pra att, vocês tenham paciência comigo viu! Estou trazendo esse capítulo como uma presente de natal adiantado e talvez eu volte ainda antes que o ano acabe.
Queria tanto agradecer a vocês que mesmo a fic estando parada, eu recebia favs e comentários e isso me deixou muito feliz e com vontade de escrever. Eu não escrevia por causa da faculdade, estou em final de curso e muito sobrecarregada. Mas enfim... Vou deixar vocês lerem, até lá embaixo.

Ah, desculpem os erros pq betadora não tá tendo.

Capítulo 35 - Ideia maravilhosa!


Era um dia importante, toda a equipe estava impaciente, aguardando a chefe.Estavam todos sentados em volta da grande mesa retangular, na sala de reuniões. O burburinho era grande, todos queriam saber o motivo daquela reunião inesperada em plena sexta-feira e quase no final do expediente.

Rachel e Olivia, sentadas uma ao lado da outra, trocavam olhares que apenas elas entendiam. Estavam ansiosas pra largar, pois essa seria a “noite de filme”. As garotas combinaram de passar todo o final de semana juntas, na casa de Olívia. E essa será a primeira programação.

Fazia exatamente 20 dias, que Rachel estava ocupando aquela vaga temporária na agência. Ela já havia se adaptado muito bem ao serviço e seus trabalhos eram elogiados por muitos. Seu carisma e doçura, fez com que conquistasse rápido a simpatia dos seus colegas de equipe e de sua chefe principalmente.


— Desculpem a demora. – diz Jéssica ao abrir a porta. — Eu convoquei vocês pois temos um job importante e preciso do envolvimento de todos e de suas ideias. – a chefe senta-se na cabeceira da mesa, de frente para todos. — É o seguinte: um cliente novo precisa expandir suas vendas. Eles precisam de uma campanha nova, que abranja os jovens principalmente. A empresa é nova no Brasil, eles não tem popularidade ainda. Alguém tem sugestões de como podemos ajudá-los?

— Qual o produto deles? – questiona Olívia.

— Livros! É uma livraria chamada Cultura Inglesa. Eles estão abrindo uma franquia, a princípio, apenas aqui em nossa cidade. Se derem certo, pretendem abrir mais lojas em outras cidades do país. E caso tenham dúvidas, sim, eles são de Londres, Inglaterra. – explicou.

— Uau! – a morena de cabelos curtos admirou-se empolgada.

— Por isso essa campanha é muito importante para nós! Já pensaram se essa empresa cresce? Todos vão querer saber quem cuidou da publicidade deles. Preciso de muita dedicação de vocês! – explicava entusiasmada.

— Eles já assinaram com a gente? – pergunta Rachel.

— Ainda não. Estão visitando mais algumas agências. Eles querem ver quem produz a melhor campanha. Estamos em uma espécie de competição! Por isso não preciso nem dizer o quanto é importante nós sairmos na frente e bolarmos a campanha de nossas vidas! – enquanto a mulher falava todos concordavam balançando as cabeças. Sentindo o peso da responsabilidade.

— Criaremos anúncios de divulgação nos principais meios de comunicação e redes sociais. – Felipe coçou a barba pensativo, dando início às sugestões.

— Hum… Isso já é óbvio! Mas precisamos de algo maior.  – responde Jéssica não muito empolgada com a ideia do rapaz.

— O que acha de um jingle? – Sérgio, o rapaz gordinho da edição, tentou ajudar.

— É uma possibilidade. Porém, teríamos que contratar alguém para cantar, seria um gasto a mais… – falou pensativa. — E não sei se uma musiquinha faz o estilo deles...


A reunião se estende por longos minutos. Nenhuma sugestão que a equipe dava, parecia boa o suficiente para Jéssica. A barriga de Rachel ronca, já estava faminta e pensou que pedir comida pelo aplicativo quando chegassem em casa, seria uma boa ideia.


— É isso! –  bateu as mãos espalmadas em cima da mesa, e encarou todos com um sorriso vitorioso nos lábios.

— Desculpe Rachel, não entendi. Gostaria de deixar claro pra todos? – a chefe questionou confusa.

— É simples… – respirou fundo preparando-se para falar. — Nós sabemos que algumas pessoas têm o dia corrido com trabalho, outras com estudos e algumas não querem ou até mesmo não podem sair de casa… – todos a olhavam sem entender. Então ela prosseguiu — Digamos que algum de vocês se encaixa nesse perfil... E suponhamos que alguém acaba de te recomendar um livro, ou que você leu a uma resenha muito boa, se encantou e quer conferir a história imediatamente. Mas não há possibilidade de sair ir em uma livraria no mesmo momento. O que você faz?

— Pedido pela internet! – respondeu Felipe, tentando entender a essência da ideia de Rachel.

— Rachel, não é querendo cortar seu barato, mas pedidos pela internet já existem… – emendou Sérgio.

— Bem, nós sabemos que existem pedidos pela internet, e que são feitos diretamente no site das lojas. – respondeu como se fosse óbvio. — Acontece, que nem todas pessoas gostam deste método. Algumas porque há uma certa demora na entrega, outras, porque o frete acaba ficando caro… – todos balançaram a cabeça em concordância. Seus olhares pensativos. — E se, na empresa do nosso cliente for diferente? Se  as pessoas pudessem fazer os seus pedidos por um aplicativo exclusivo da loja e o livro chegasse bem rápido para eles? Igual a fastfood! – terminou de explicar já eufórica.

— Tipo no mesmo dia? – Olívia pergunta já sorrindo e adorando a ideia.

— Exatamente! Com toda a segurança e conforto. Oferecendo formas fáceis de pagamento e não cobrando fretes abusivos.

— Rachel, você é um gênio! – sua chefe elogiou empolgada. — Você acha que consegue montar um esboço desse aplicativo para apresentar em uma reunião na próxima semana?

— Consigo… – respondeu, tentando passar confiança. — Qual dia exatamente?

— Terça-feira já temos uma reunião marcada com eles. Acha que consegue?

— Com certeza! – falou segura.


Rachel tentava transmitir uma imagem de tranquilidade e segurança. Mas internamente o medo de decepcionar e de não conseguir suprir as expectativas era gritante. Ela queria muito poder demonstrar sua capacidade e se empenharia o máximo para conseguir.


— Alguém tem um nome pra esse aplicativo? – pergunta a chefe.

— Bem… eu pensei em um. Não sei se vão gostar. – respondeu tímida.

— Pode falar, Rachel. – Jéssica pediu ansiosa.

— O que vocês acham de Cultura Fast?

— Me parece ótimo! Dá a ideia de estar levando cultura para as pessoas de forma rápida, fazendo analogia ao nome da marca! – a mulher sorria. — O que acham do tema da nossa campanha ser – estendeu as mãos e fez uma espécie de L com os dedos, como se formassem uma moldura. — Cultura Inglesa: A maneira fast de levar cultura até você! – fitava o vazio com um sorriso largo e empolgado. Provavelmente imaginando um letreiro a sua frente.

— Achei ótimo! – Rachel opina.

— Eu também gostei muito! – diz Olívia e logo em seguida os demais concordam.

— Ai Rachel, se eles gostarem da sua ideia e assinarem com a gente, eu nem sei o que faço com você! Acho que vou querer você pra mim… – Jéssica falou a encarando, um sorriso torto nos lábios.


Rachel apenas devolveu um sorriso tímido e quebrou o contato visual, olhando para o chão.

Olívia encarava séria sua chefe. Seu maxilar travado, denunciava o quanto não havia gostado daquela última frase da mulher.


— Bom, Jéssica… Já que minha namorada parece ter salvado a pátria, nossa reunião está encerrada? É que hoje é sexta-feira… – apressou-se em dizer.

— Ah sim, claro! Estão liberados. – disse a loira ainda com um sorriso no rosto e sem tirar os olhos de Rachel.


***


— “Acho que vou querer você pra mim…” – parodiou a frase que sua chefe acabara de dizer para a namorada, assim que entraram no carro.

— Você não está com ciúmes, está? – pergunta com um tom divertido na voz.

— Eu deveria? – devolve a pergunta. Porém, seu tom é sério.

— Não! Claro que não! – respondeu na defensiva.

— Então não estou! – a morena responde secamente.

— Para com isso, meu amor. Ela só estava feliz porque gostou da minha ideia. E você deveria ficar também. Quem sabe se tudo der certo, ela me contrata de vez!

— Eu estou feliz. Aliás, parabéns! – Olívia foi sincera. Estava realmente feliz por sua namorada está se dando bem. — Estou orgulhosa de você, namorada!

— Obrigada, namorada! – encostou perto da morena e deu um beijo em sua bochecha. — Vou precisar muito da sua ajuda, pois estou com muito medo. Uma sensação de que a ideia só é boa na teoria…

— Rachel, amor… – Olívia interrompe prontamente. — Eu vou te ajudar no que precisar. E outra, sua ideia é maravilhosa! Nós vamos trabalhar duro pra conseguir o melhor. Não se preocupe, tudo dará certo. Esse pessoal vai adorar e vão nos contratar, você vai ver! – deu um sorriso confortante para a namorada.


O caminho até o apartamento foi descontraído. As duas cantarolaram juntas algumas canções e Olívia até arriscou algumas coreografias. O que fez Rachel ficar com a barriga doendo de tanto rir! Era impressionante como a morena conseguia acalma-la. Qualquer preocupação sumia quando estavam juntas.

Ao chegarem em casa, Rachel pediu comida japonesa enquanto contava para a namorada como teve a ideia. Olívia achou graça que pela primeira vez, sentir fome serviu para alguma coisa boa.


— Eu escolhi um filme, amor. Não sei se você vai gostar. – falou assim que Rachel sentou ao seu lado no sofá, lhe entregando a caixinha de yakissoba que acaba de chegar.

— Espero que o seu gosto para filmes esteja bom. Da última vez que escolheu, nós duas acabamos pegando no sono de tão bom que o filme era… – ironizou.

— Ah, me respeita que eu tenho um gosto melhor que o seu. Aquele dia foi um fato isolado! – retrucou.

— Tá, e qual é o da vez? – pergunta se acomodando mais perto dela.

— Esse! – aperta o botão do OK e a sinopse do filme abre.

— Ah não Olívia, da última vez que você me fez assistir filme de terror, eu passei dois dias sem querer levantar pra fazer xixi no meio da noite! – reclamou ao ler o título e sinopse do filme.

— Não seja medrosa Rach! – a morena riu debochada. — Nem preciso dizer que se você tiver medo é só me abraçar, né! – levou um punhado de macarrão a boca com os hashis.

— Você é muito cínica! Como é possível meu Deus, como é que eu fui arrumar uma namorada assim?. – fingiu estar indignada.

— Assim, maravilhosa? – falou divertida.

— Não! Que se aproveita da minha fragilidade! – fez Olívia rir do seu falso e forçado vitimismo.

— Tá bom, rainha do drama. Fica quieta que eu quero entender o começo. – a morena deu um selinho nela e em seguida apertou o play.


Seguiram assistindo e comendo em um silêncio confortável. A sala estava escura, iluminada apenas pelo brilho da TV. As duas pareciam hipnotizadas pelo filme. A história era velha e clichê, mas elas pareciam estar cada vez mais atraídas.

As garotas olhavam atentas para a cena em que as nuvens deslizavam à frente de uma lua cheia. Formando um nevoeiro, que quando começou a se desfazer no cenário, revelou o terror desconhecido, seguido por folhas secas voando e uma forte respiração. Com um pequeno gemido quando o monstro apareceu, Rachel fechou os olhos, temendo pela vida da heroína do filme.


— Você veria melhor sem a mão na frente dos olhos. – zombou Olívia.

— Me avisa quando a cena acabar.

— Vamos lá… Você precisa ver essa parte. – Tentou tirar as mãos do rosto da namorada, mas sem sucesso. — Essa cena é clichêzona demais, Rach! Nem assusta ninguém! Ela vai sair de dentro de casa como uma idiota – começou a narrar a cena. — Agora eu pergunto, qual a possibilidade de uma pessoa em sã consciência, sair no meio da noite, no escuro, só porque ouviu alguém arranhar a janela? Nenhuma, não é mesmo! – respondeu pra ela mesma sem tirar os olhos da tela da TV. — Uma pessoa inteligente, se enfiava de baixo da cama e esperaria ele ir embora.

Nesse instante, Rachel abriu os olhos. Mas se arrepende em seguida, assim que vê a cara do monstro surgir em close de repente.


— Oh! – assustada, foi para mais perto de Olívia e enterrou o rosto no peito dela. — É horrível, não quero ver. Me avise quando tiver acabado. – sua voz soou abafada e medrosa.


Rachel estava mergulhada no peito da namorada, ouvindo o batimento cardíaco constante, junto ao seu ouvido.

Olívia, sentia a sua presença mais forte e entrelaçou os dedos em seus cabelos, acarinhando e tentando acalma-la. Como se estivesse tranquilizando uma criança chorosa. Olívia se enrijeceu e começou a se afastar, mas manteve as mãos nos cabelos dela.


— Acabou? – pergunta tentando virar a cabeça para a TV.

— O monstro está perseguindo a moça. Mas eu não me importo. Quero te beijar agora! – aproximou os rostos lentamente até seus lábios colidirem.


Olívia começou com um beijo lento. Seus corpos já estavam quentes, não demoraram a reagir ao toque uma da outra. Dava pra sentir o calor que emanava do beijo. Os corpos se aproximavam mais e mais, logo estavam deitadas no sofá. O corpo da morena sobre o de Rachel. Os corações começaram a bater frenéticos. Estavam rendidas!


...


Notas Finais


Vou ficar devendo o hot mas espero que tenham gostado do capítulo.
Comentem e façam uma autora feliz!
Feliz Natal meninas. Até a próxima!
Beijos 😘💙💙


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