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História Her - Prólogo


Escrita por: autoratria

Notas do Autor


Hey!
Vocês não tem ideia do quão ansiosa estou para compartilhar Her com vocês!
Vou admitir que, no momento, é a minha fanfic favorita e espero que gostem dela tanto quanto eu!
Boa leitura o/

Capítulo 1 - Prólogo


 Agnes mantém os olhos vidrados na janela a sua frente. Por trás dos óculos escuros, consegue ver o momento exato em que Tom Holland apanha com um sorriso dois copos de papelão no balcão da cafeteria, agradecendo cordialmente a atendente antes de dar meia volta e seguir para o salão.

A mesa escolhida é a mais visível possível, de frente a vidraçaria que se estende do chão ao teto. Agnes crispa os lábios, mas seus olhos permanecem fixos feito os de um falcão. Tom toma um assento e estende um dos copos para uma pequena, porém notável criaturinha do outro lado da mesa. Mia Baxter se endireita sobre a cadeira de madeira, abrindo um sorriso por entre livros de história e anotações antes de dar um gole no copo.

O que seria aquilo? Cappuccino? Um macchiato, talvez? Agnes não saberia dizer, afinal de contas, ela e Tom pediam o mesmo expresso duplo desde que descobriram a cafeteria, no primeiro ano de namoro.

É doloroso de assistir, quase cruel, mas apesar da dor crescente em seu peito, ela sabe que é necessário. Agnes precisa estar ali, precisa descobrir todos os detalhes.

Precisa entender como seu relacionamento saudável chegou ao fim, e como Tom a substituíra tão rápido.

Ele diz algo e a pequena Mia Baxter ri escandalosamente, exibindo suas duas fileiras de dentes brancos perfeitos ao pender a cabeça para trás. Agnes pende a cabeça para o lado, baixando rapidamente o olhar para suas mãos. ItsMiaBaxter é o perfil aberto em seu Instagram, e ela abre um pequeno sorriso ao rolar por entre as fotos.

Vamos lá, Tom, me conte um pouco mais sobre ela. Consigo farejar de longe que ela não faz seu tipo.

A foto escolhida é uma selfie. Os olhos castanhos de Mia estão semicerrados, quase fechados pelo sol ofuscante de Los Angeles. O rosto de coração está repuxado por conta de seu enorme sorriso contagiante, que tomam lábios carnudos e volumosos como os que você vê em clínicas de preenchimento. Ela pende a cabeça para o lado e puxou os cabelos sobre o ombro, exibindo orgulhosamente as madeixas cor de chocolate, que reluzem sob o sol.

Ela as exibe quase da mesma maneira que exibe o namorado de Agnes no café.

Seu sangue ferve e a ruiva atira o celular sobre o banco do passageiro, voltando seu olhar para a vidraça.

A mão de Tom está esticada sobre a mesa e Mia se inclina levemente sobre o tampo, evidenciando o decote quadrado de sua camiseta branca. Seus dedos percorrem a madeira em uma caminhada lenta e dedilham a palma do rapaz por alguns instantes antes dela sorrir e os entrelaçar.

Vadia.

Agnes solta o cinto de segurança, determinada a ir até lá e arrancar seu homem daquelas garras sem esmalte. Quem era aquela garota? De onde havia saído? Ela sabia que aquele território era proibido? Haviam lhe dito que Thomas Holland e Agnes Holbrook eram imbatíveis? Sabia que qualquer um que entrasse no meio daquele elo acabaria morto?

Suas mãos se detêm, mas ainda assim a ruiva precisa flexionar os dedos sobre o volante para aliviar a tensão. Tom e Mia conversam sem parar, e ela dá mais uma longa gargalhada. Ele para de falar no mesmo instante, e a observa rir com um sorriso apaixonado, como se pudesse assistir aquela cena por horas a fio. Então, como se despertando do transe, se levanta e arrasta sua cadeira mais para perto, fazendo Mia cessar a crise.

Quando Tom se senta novamente, a morena se estica até ele e envolve seu pescoço com os braços, murmurando algo com um sorriso pequeno. O garoto faz uma breve careta e concorda com a cabeça, se inclinando o suficiente para tocar o nariz de Mia com o seu.

O coração de Agnes falha uma batida.

Ele move o rosto de um lado para o outro antes de finalmente selar seus lábios aos da menina.

É como se um enorme vazio se instalasse dentro de Agnes, e seu coração caísse na imensidão por toda a eternidade, sem nunca finalmente se chocar contra algum lugar. Lágrimas quentes inundam seus olhos tão rapidamente que ela mal tem tempo de assimilar antes que escorram, derretendo seu rímel caro e o escorrendo sobre suas bochechas.

A boca de Mia se move contra a dele, com o fervor de uma pré-adolescente dando o seu primeiro beijo. Que gosto teria? Agnes sabia o quanto ele gostava do gosto de cereja em sua boca, então sempre se adiantava ao mascar um chiclete antes de encontrá-lo. Será que Mia sabia disso? Será que Tom também tinha um gosto favorito na boca dela?

Pela vidraça, ela consegue ver uma das ágeis mãos de seu ex-namorado deslizando pela lateral do corpo da garota, descendo até parar em sua calça. Ele belisca rapidamente a bunda de Mia sobre o jeans e ela ri por entre o beijo, segurando-o pela nuca ao puxá-lo mais para perto.

Ela não é para você, Tom! Pelo amor de Deus!

Agnes afunda no banco, sentindo a dor se alastrar pelo corpo. O buraco aberto em seu peito pulsa e sangra, manchando tudo por baixo de sua perfeita pele de porcelana. Seus olhos se desviam da cena e varrem o carro, a procura de algo que possa aliviá-la, distraí-la da visão que tanto a machuca, mas não há nada exceto a presença dele em cada centímetro do veículo. As vezes em que ele precisou dirigi-lo pois ela estava bêbada demais para fazê-lo, que sentou-se no banco do carona e cantarolou todas as músicas do rádio durante uma longa viagem, ou as que eles simplesmente transaram loucamente nos bancos de trás.

Como será que Mia Baxter era na cama? Será que já aprendera do que ele gostava? Agnes franze o nariz, sentindo o estômago revirar. Qualquer um seria influenciado por aquele rosto angelical e afirmaria que Mia era adepta do papai e mamãe, mas Agnes sabia a verdade. Podia enxergar a pele de cobra sobre aquele revestimento bronzeado.

Fechando os olhos, é quase como se pudesse ouvir os gemidos da garota preencher o carro. Gemidos escandalosos, gritando o nome dele por entre uma torrente de palavrões.

Por pouco, o almoço de Agnes não é vomitado sobre o banco de couro do SUV. Em um movimento rápido, ela alcança um saco de papel no porta luvas e esconde o rosto na abertura, regurgitando por entre as lágrimas raivosas que descem sem qualquer folga.

Ainda zonza, a ruiva ergue a cabeça o suficiente para encarar o casal feliz através da vidraça. O braço de Tom está sobre o encosto da cadeira de Mia, e os dois se inclinam sobre um dos velhos livros da biblioteca da escola. Ele dedilha as costas da garota, que ora ou outra para de ler para lhe explicar algo.

É uma pena, Tom. É realmente uma pena que ela tenha que morrer para você enxergar que nós somos para sempre.


Notas Finais


Os próximos capítulos estão prontos! <3
Espero que gostem para que eu possa postá-los.
Me deixem saber suas opiniões :D

xoxo


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