1. Spirit Fanfics >
  2. Herança Veela >
  3. Cap 17 - Perdendo o controle:

História Herança Veela - Cap 17 - Perdendo o controle:


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


ME DESCULPA!

Eu juro que não queria demorar tanto T-T

Mas sempre que eu ia escrever acontecia alguma coisa '-' serio. No final das ferias eu fiquei por uma semana sem poder escrever, a semana que eu já tinha planejado só pra escrever e postar o capítulo antes das aulas... Mas tudo bem, ai começou as aulas. E eu passei pelo menos uma semana igual á um zumbi por que tinha que acordar cedo e acordar cedo definitivamente não combina com a cor dos meus olhos. Ok... Ai, quando finalmente ia terminar o capítulo... O mesmo problema das ferias me aparece aqui em casa. X.X Então, ontem eu lasquei meus dedos pra terminar essa bagaça de uma vez. Não ficou do jeito que eu queria, por que eu realmente queria algo bem maior, mas como eu nunca planejo direito... Como sempre eu alongo muito as cenas e as cenas do fim não tem lugar dai, como eu imaginei... Deixa... Fico pro próximo capítulo então. Que vai ser no máximo em duas semanas, eu espero @.@. Um outro problema, é que eu tenho uma memoria incrivelmente curta. Quer dizer, eu penso nas coisas da fic e em dez minutos eu já esqueci... Ai a historia vai um pouco diferente do que eu imaginei... Mas ai depois eu lembro de novo, ai eu tento encaixar. E vai nisso... Serio gente, eu esqueço muito das coisas '-'. Quer ver, eu provavelmente esqueci de falar alguma coisa aqui, que eu já tinha formulado tudo pra falar e só vou lembrar depois que postar o capítulo... Serio... Merda, eu esqueci alguma coisa pra falar aqui... Ta, deixa... Eu não vou lembrar mesmo '-'.

Então, OI SEUS LINDOS, como eu já tava me esquecendo. Espero que gostem do capítulo, desculpa pela demora, vou tentar postar mais rápido ok? Não me odeiem ;-;

Capítulo 17 - Cap 17 - Perdendo o controle:



Cap 17 - Perdendo o controle:



      — Eu... Eu deixo.


Draco teve dificuldades em acreditar no que ouvia, quer dizer ele queria aquilo mas... Era verdade? Potter, seu parceiro. Disse que deixava ele se aproximar. Era a chance que precisava! Ele finalmente poderia conhecer aquele quem tanto amava, ou pelo menos, sentia um forte sentimento.


Ele sabia que era por sua herança veela que sentia aquilo e de outra forma, nunca sentiria algo parecido por Potter. Porém, tentar ignorar aquilo era como tentar ignorar um tsunami vindo em sua direção. Ele lembrava como foi no inicio das aulas. Sentia-se sufocado, sentia-se vazio e principalmente perdido. Perdido por não saber o que estava acontecendo e pelo estranho sentimento de algo faltando. Quando estava perto de Potter toda a sensação de vazio ia embora como se nunca estivesse estado ali.


E agora ele tinha a chance de conquistar seu parceiro da devida forma. Sua felicidade era tanta. Ele mau cabia em si mesmo de tanta felicidade. Sem se dar conta, avançou um passo e abraçou apertado o menor.


      — Obrigado.


                                            oOo

 

Harry se assustou com o puxão repentino, mas não se afastou, estava bom assim. Aquilo era tudo tão novo e estranho ao mesmo tempo. As palavras, os sentimentos e até mesmo aquele abraço. Ele sentia uma sensação familiar de proteção quando estava rodeado por aqueles braços grandes, porém essa foi a primeira vez que ele abraçou de volta... Apenas sentindo o momento. 


Era triste admitir, mas eram raras as vezes em que alguém o abraçava... Podia contar as vezes nas mãos e todas elas logo depois de entrar em Hogwarts. A maioria das vezes tinha sigo Hermione ou a Sr. Weasley.


      — D-De nada... Eu acho. — Sentiu-se bobo por dizer aquilo, mas era o melhor que poderia formular agora.


Os dois ficaram em silencio por alguns momentos. Era realmente uma sensação agradável, o menor nunca experimentou algo assim antes, alguém que quisesse ficar abraçado a si por tanto tempo, apenas por que gostava dele... Isso o deixava mais confuso do que já estava.


Harry foi o primeiro a tentar se afastar, usando sua mão que nem lembrou que estava enfaixada para empurrar o loiro. No movimento, acabou gemendo pela dor repentina. Não deveria ter feito aquilo.


Ele deu um passo para trás, tentando se afastar e rapidamente colocar sua mão enrolada no lenço para trás de si, tentando esconder, como uma criança que tinha feito algo errado.


Malfoy o olhou dos pés a cabeça, o avaliando. Quando de repente seus olhos se estreitaram.


      — Potter... O que esta escondendo? — Fez a pergunta, quase que retoricamente.


      — Nada. — Harry faz a maior cara de sonso que conseguiu. 


      — Vamos, me deixe ver logo a sua mão. — O loiro falou com um pouco de impaciência.


      — N-Não... Quer dizer, não tem nada de errado com a minha mão Malfoy.


      — Se não tem nada de errado, me deixa ver logo.


                                                                oOo


Draco estava adorando aquele contado, poderia ficar assim pelo resto da sua vida. Ter o pequeno corpo tão perto de si era uma sensação indescritível, o cheiro delicioso o intoxicava, enquanto se perdia no corpo macio e quente que parecia se encaixar perfeitamente ao seu... Apenas conseguia pensar que se sentia isso apenas em um abraço, o que ele conseguira se... Aprofundasse mais os toques?


Seus devaneios nada inocentes foram rudemente interrompidos quando ouviu o gemido baixo de dor. Rapidamente olhou em direção a fonte do som e viu o moreno se afastar, estranhamente escondendo a mão atrás de si e com o olhar baixo. Merlin... Aquilo era fofo demais, ele parecia um garotinho que havia sido pego fazendo algo de errado. Mas... Não era isso. Ele tinha sentido dor. "Hum, na mão que ele está escondendo talvez?"


      — Potter... O que esta escondendo? — Falou, na esperança de conseguir a resposta obvia.


      — Nada. — Os olhos verdes o encararam com fingida inocência. 


      — Vamos, me deixe ver logo a sua mão. — Falou impaciente.


      — N-Não... Quer dizer, não tem nada de errado com a minha mão Malfoy. — Quem ele achava que estava enganando?


      — Se não tem nada de errado, me deixa ver logo.


Não queria ser rude nem nada, mas estava começando a ficar preocupado. Se seu parceiro estava machucado de alguma forma ele tinha que saber não é? E mais importante que isso, ele tinha que cuidar. Então ele "sutilmente" agarrou o braço do menor.


                                                        oOo


Harry sentiu seu braço ser puxado bruscamente e seu coração disparou. Tentou puxa-lo de volta, mas parecia impossível. O aperto não machucava, porém era firme. Com olhos arregalados observou enquanto Malfoy desenrolava o lanço ensanguentado de sua mão. Mordeu levemente os lábios quando a cicatriz finalmente ficou visível.


Droga tudo o que menos queria agora era estragar aquele momento com aquela besteira. Claro que pela expressão incrédula indo para furiosamente furiosa de Malfoy, ele não parecia achar besteira. Mas para Harry era. Aquilo era apenas a sua punição, suas detenções. Não duraria muito, só havia mais alguns dias e depois ele rezaria para não pegar mais nenhuma detenção. Tudo ficaria bem. Malfoy não tinha que se preocupar com aquilo, droga. Por que ele está tão bravo?


Harry só queria que ele não se importasse com aquilo do mesmo jeito que ele não se importava com o resto todo, como ele havia dito antes.
                                                        oOo


Draco pegou com firmeza o pulso fino, não com força para machucar, mas o suficiente para que ele não se soltasse. Observou o pano marchado do que parecia ser sangue e seu coração ja deu uma leve palpitada, porém foi ao desenrolar tecido que pode ver o real estrago. Ali, no meio de um monte de sangue, grande parte já coagulado. Estava a frase que ele já conhecia, talhada na fina pele de seu companheiro "Não devo contar mentiras". Parecia inchado e com toda certeza estava doendo.


      — Potter... O que...? — Ele falou confuso. Não podia entender. — Por que... Por que você fez isso novamente? O que significa isso?


      — O que?! — O menor puxou bruscamente sua mão, se soltando. — Malfoy, não acredito que acha que sou em quem faz isso! Que eu gosto disso, Merlin, como você pode ser tão... Ser tão...


                                                     oOo


Droga. Mais uma vez, Harry tinha falado demais. O que tinha de errado com ele? Quando ouvia algo que não gostava, simplesmente saia soltando sua opinião por ai? Talvez McGonagall tinha razão, ele tinha que se cuidar mais.


O problema, é que ele não acredita que aquele loiro oxigenado pensava que era ele que fazia isso consigo. Escrever aquilo na própria pele... É claro que não! Argh, mas ele também não poderia contar quem era. Não sabia o que Malfoy poderia fazer caso descobrisse. Lembrava-se muito bem do estado do garoto que o agarrou no corredor outro dia... Ele tinha merecido, mas mesmo assim... Se Malfoy fizesse algo do tipo a Umbridge, a principal informante do ministro da magia... Provavelmente seria mandado imediatamente para Azkaban. 


Isso pelo menos, ele podia evitar que acontecesse. Ainda não tinha nada com o outro, mas... Do jeito que as coisas caminhavam, não iria por tudo a perder pro causa de uma besteira dessas, já tinha passado por causa bem pior nos Dursleys e estava vivo não é? Era melhor deixar quieto.


      — Bem, se não é você quem se machuca desse jeito. Então quem é? — Ouviu o loiro perguntar.


      — Ninguém. — Ele falou desviando o olhar.


      — Potter, como assim ninguém? Me diga logo quem fez isso com você! — A raiva na voz do outro era audível.


      — Não! Que droga! — Harry exclamou, finalmente o encarando. Não podia controlar seus sentimentos, sentia seus olhos umedecendo. — Malfoy eu... Eu não... Eu não quero mais falar sobre isso... Por favor...


       — Mas... — A voz do outro vacilou um pouco. — Tudo bem.


                                                                oOo


Ele queria bater, chutar, quebrar em pedaços a pessoa que estava fazendo isso ao seu pequeno parceiro. Como alguém poderia fazer algo assim? E por que ele parecia não se importar e pior, estava protegendo essa pessoa, aparentemente. Mas que droga! Ele não podia fazer nada pra parar com aquele sofrimento?


      — Mas... — Ele encarou os olhos esmeraldas, marejados. — Tudo bem.


Não. Ele não havia desistido de matar quem quer que esteja fazendo aquilo com Potter, mas por hoje, ele deixava assim. Porém, logo logo ele descobriria quem é e faria essa pessoa pagar, sentir dor bem pior do que estava fazendo Potter passar.


      — Seus amigos sabem disso? — Ele perguntou.


      — Que? Meus amigos? — O moreno piscou um pouco, o encarando confuso.


      — É Potter. Granger e Weasley sabem disso na sua mão? — Tentou ser mais claro. 


      — Não...


      — Por quê? — Estava confuso agora, achava que Potter contava tudo para seus amigos, afinal estavam sempre juntos.


      — Eu... Bem... Eu não queria que ninguém soubesse disso. — O menor murmurou. — Nem eles.


      — Por favor, conte para eles. — O outro o encarou surpreso. Ele podia entender o porque da surpresa, mas seu pensamento era simples. Se Potter contasse para seus amigos, eles poderiam cuidar dele por ele.  Potter pode não ter confiança suficiente para contar isso para Draco, que passou a vida todo como seu inimigo, mas para seus amigos que tinha muito mais confiança, ele talvez contasse. E se ele contasse, Granger e Weasley poderiam cuidar melhor dele e da situação. Sua preocupação toda era só com o bem estar de seu parceiro, não queria que algo como o episódio da escada acontecesse novamente. — Se não quer me contar quem está fazendo... Isso a você, tudo bem. Mas, deixe eles te ajudarem Potter, são seus amigos não são? Acredito que eles vão te entender.


                                                            oOo


Toda a situação em si era estranha, mas Harry não poderia dizer que não estava gostando. Essa preocupação toda de Malfoy, era estranha e ao mesmo tempo lhe trazia uma sensação gostosa. Como se ele fosse importante para ele...


Normalmente as pessoas realmente diziam que ele era importante, importante para a guerra. Depois disso o deixavam em algum lugar onde estaria "seguro" como por exemplo, a casa de seus tios. E pronto. Ninguém nunca se preocupou em como ele se sentia, ou se estava doendo... Rony e Mione eram ótimos amigos, mas tinham suas vidas não é? De qualquer forma não é como se eles tivessem obrigação de agir como se fossem mais que isso. Talvez ele estivesse sendo meio carente. Mas... É que ele nunca teve ninguém...


Sua infância foi definitivamente o pior período de sua vida, passou fome, frio. Com medo e sozinho naquele armário escuro era realmente doloroso lembrar-se disso. Sempre foi privado de coisas boas como brinquedos novos, roupas que lhe serviam, carinho, amor...  Hogwarts foi uma luz em sua vida, onde ele finalmente descobriu o que era ter amigos. Agora ele tinha a oportunidade de descobrir alguém que queria ser mais que seu amigo. Apesar de confuso e relutante, Harry queria descobrir como era.


      — Tudo bem Malfoy, eu vou contar. — Harry disse.


      — Draco.


      — Ahn?


      — Se queremos que isso de certo, acho que primeiro devemos nos apresentar corretamente não é? — Ah, aquele sorriso, combinado com as mexas loiras caindo sobre os olhos azuis. Fez o moreno perder o folego. — Prazer, Draco Malfoy. Mas você pode me chamar de Draco... Ou amor da minha vida, você quem sabe.


Harry riu timidamente e viu o maior estender a mão. Hesitou por alguns instantes até finalmente erguer a sua própria mão com receio. Tocando devagar a pele clara do outro, um choque passou por sua pele, sentindo a agradável sensação.


      — P-Prazer... M-Me, pode me chamar de Harry. — Merlin! Qual era o problema dele? Ele tinha que gaguejar tanto? E por que não poderia ser mais criativo?


Qualquer possibilidade de formular algo melhor se foi quando Malfoy, ou Draco. Levou a mão pequena até sua boca e a beijou.


      — É realmente um prazer Harry. — Falou com uma voz grave e um tanto... Sensual.


Harry sentiu arrepiou por todo seu corpo, começando em sua mão onde havia recebido o toque da boca do outro, indo até seu ultimo fio de cabelo e se concentrando particularmente em suas maças do rosto, onde sentia-se quente. Era uma sensação agradável.


                                                                           oOo


Sentiu a textura macia e aveludada de sua pele, demorando os lábios na mão pequena. Divertindo-se em ver o embaraço que o pequeno estava, com o rosto afogueado e a respiração levemente ofegante. Estava completamente adorável.


A mão que Draco havia beijado fora a machucada, mesmo suja de sangue aquela pele ainda era agradável. Beijou para tentar, pelo menos, parar um pouco da dor que ele estaria sentindo. Não entendia como ninguém poderia não ter visto aquilo... Ou talvez entendia. Ao olhar para as bochechas rosadas, os lábios vermelhos e os olhos brilhantes parecendo verdadeiras esmeraldas, ele pensa, quem notaria a mão daquela linda criatura? E as roupas de Potter, como sempre eram maiores que ele, ajudando a esconder seu belo corpo, como também a esconder a cicatriz com as mangas compridas do suéter.


Tudo que queria agora era agarra-lo e beijar aquela deliciosa boca, sentindo o doce sabor para sempre. Porém, ele estava prometendo a si mesmo que iria devagar, não queria assustar Po... Harry. Ele queria fazer muitas coisas além de um simples beijo, mas para que presa, não é? Ele tinha tempo...


      — Por mais que me doa dizer isso, está ficando tarde. Teríamos problemas se alguém nos visse aqui não é? — Draco disse com verdadeiro pesar na voz. — Até logo Harry.


      — Até logo... Draco. — Enfim soltou a mão do menor, que nem tinha reparado que ainda estava segurando.


Se encararam por alguns segundos sem saber exatamente o que fazer, até Harry finalmente se virar e ir andando em direção a sua sala comunal. Draco ficou observando seu parceiro se distanciando. Inspirou fundo, sentindo aquele doce aroma, desejando que ele não estivesse se afastando e sim em seus braços novamente. Mas isso logo logo iria acontecer, então quando o menor finalmente sumiu de sua visão, ele voltou ao seu trabalho como monitor.


                                                                         oOo


Harry hesitou um pouco antes de entrar no salão comunal da Grifinória, internamente torcia para que Rony e Mione já tivessem ido dormir, então ele não precisaria contar hoje sobre suas detenções com Umbridge. Malf... Draco estava certo, ele deveria confiar em seus amigos... Mas mesmo assim ainda tinha medo do que eles poderiam fazer, principalmente Hermione. Ela provavelmente iria querer falar com McGonagall ou com o próprio diretor Dumbledore.


Suspirando pesadamente ele finalmente entrou. Parou logo na entrada ao ver apenas seus dois amigos no salão comunal inteiro, os dois sentados perto da lareira, pelo visto estavam o esperando.


Tomando um pouco de coragem ele se aproximou e sentou-se na poltrona vazia próxima a eles. Hermione levantou os olhos do livro que estava lendo e sorriu, acordando Rony que estava babando no acento a seu lado.


      — Ah, que bom que finalmente chegou Harry, a gente já tava ficando preocupado. — A garota olhou de canto de olho para Rony que limpava a saliva seca do rosto. — Demorou mais dessa vez, como foi a detenção?


Harry mordeu os lábios indeciso enquanto encarava seus amigos. Abaixou o olhar e tomando coragem puxou a manga de seu suéter. Hermione apenas o olhava confusa, sem dizer nada o moreno continuou, começou a desenrolar o lenço ensanguentado até finalmente deixar a cicatriz visível, ou o máximo que alguém poderia ver com todo aquele sangue seco.


Hermione ofegou e cobriu a boca com as mãos, Rony olhava para sua mão com cara de quem não estava entendo a situação.


      — Harry o que...? — A garota murmurou. Ela rapidamente se levantou e caminhou até ele, se agachando logo a sua frente e pegou sua mão, passando os dedos delicadamente lendo o que fora talhado em sua pele por ele mesmo. — Harry...


      — E-Era o que ela me mandava escrever nas detenções. — Ele falou de uma vez, porém com a voz baixa. — A Umbridge. Com uma pena especial. Desculpa... Por não ter contado antes.


A morena o encarou e Harry ainda desviava o olhar. Ela parecia estar entre as lagrimas ou falar alguma coisa. Porém, o que ela fez foi levantar, murmurar um "espere aqui" e subir as escadas de seu dormitório, deixando seus dois amigos um pouco confusos. O menor não sabia como agir, não queria encarar Rony que olhava para sua mão, um pouco pálido e com uma expressão preocupada. 


Antes de qualquer coisa, Hermione desceu as escadas com cuidado, segurando um pequeno recipiente cheio de algum liquido amarelo.


      — Tome, coloque sua mão aqui. — Sem falar nada foi o que ele fez, sendo presenteado com uma grande sensação de alivio. Não tinha percebido o quanto sua mão estava doente até agora. — É uma solução de tentáculos com murtisco amassados e picados, deve ajudar.


      — Obrigado. — O moreno falou baixinho, mas realmente agradecido.


Passou alguns momentos de um silencio tenso entre eles até Hermione finalmente falar.


      — Harry, não acha que tem algo para nos contar? 


Ele suspirou e a encarou, pensando um pouco antes de abrir a boca ele começou a contar, desde sua primeira detenção, mas sempre omitindo Malf... Draco da historia. Não queria ter que explicar mais isso ainda para eles, era muita coisa. Quando finalmente terminou de falar, seus dois amigos não poderiam estar com mais raiva, com certeza não tanto quando Mal... Draco, mas chegava perto.


      — Aquela sapa gorda! Como ela pode?! — Rony exclamou vermelho de raiva, batendo a mão no sofá onde sentava. Logo sendo repreendido pelo seu tom de voz pro Hermione, afinal não queriam acordar ninguém.


      — Deus, aquela mulher é realmente horrível. — A garota falou. — Isso é cruel. Harry, isso e crime. Ela não pode torturar um aluno desse jeito. Você tem que falar com McGonagall ou até mesmo Dumbledore, isso não pode ficar assim!


O moreno quase poderia sorrir agora, essa era exatamente a reação que ele esperava de cada um deles. Mesmo sabendo qual seria, era o que ele mais temia.


      — Não... Eu não quero contar Mione. — Antes que a garota pudesse começar a falar ele continuou. — Não quero dar esse gosto a ela, entende? Não quero que Umbridge pense que me pegou. Não vou sair correndo contar ao diretor só por algo como isso, e...


Harry lembrou-se do diretor, que o estava evitando, era o que parecia. Ele não o encarava desde o final do ano passado, ou quase isso. Harry não entendia muito bem o que ele tinha feito, ou se tinha feito realmente alguma coisa. Mas mesmo assim o diretor o estava ignorando, isso era fato e ele não podia deixar de se sentir um pouco traído, ou triste... Ele não entendia muito bem o que sentia em relação a isso, quer dizer o diretor sempre foi uma imagem de conforto, algo que lhe passava segurança e agora o ignorava em uma situação dessa... Quando ele mais precisava. Ele não entendia.


      — Não acho que Dumbledore se importaria. — Ele terminou com uma voz baixa.


      — Claro que se importaria Harry. — Hermione falou. — Por que acha isso?


      — Ahn, nada em particular. — Tentou falar como se não fosse nada.


      — ... Ok. — Ela suspirou. — Mesmo assim, temos que fazer algo em relação a ela.


      — Sugiro envenenamento. — Rony propôs, com um pouco menos de raiva do que antes.


      — Rony não... Me refiro ao fato dela ser uma professor horrível, tanto quanto pessoa e que não estamos aprendendo nada nas aulas de defesa contra artes das trevas com ela.
O ruiva a encarou um tanto confuso, assim como Harry.


      — Bem, não podemos fazer nada não é? — Ele falou segurando um bocejo. — Ta tarde, né? Não temos como tira-la do emprego, Fudge vai mantê-la de qualquer jeito.


      — Hum... Pode até ser mas... Quem sabe... — Ela olhou nervosamente para Harry. — E só nós simplesmente tomássemos a iniciativa?


      — O que quer dizer Mione? — O menor perguntou confuso.


      — Quero dizer... Aprender defesa contra as artes das trevas nós mesmos. — Ela finalizou mordendo os lábios.


      — Sem chance Mione! Como nós faríamos isso exatamente? — Rony perguntou.


      — Eu ainda estou pensando nisso. Mas realmente temos que fazer alguma coisa. Nem quero imaginar como vai ser quando chegar as provas de final de ano e não aprendermos nada.


      — Mas não pudemos fazer muito por nós mesmo não é? — O ruivo falou numa voz derrotada enquanto bagunçava os cabelos. — Podemos ver algumas azarações nos livros da biblioteca e tentar praticar, eu acho.


      — Eu concordo, até por que se fosse para ficar só nos livros, nós ficaríamos com Umbridge, mesmo ela não ensinando nada que nos seja realmente util. Eu falo de alguém que posso nos ensinar os feitiços e corrigir quando estamos errados, nos orientando.


      — Um professor Mione? — Harry perguntou. — Seria bom, mas não tem ninguém assim.
Hermione suspirou longamente.


      — Na verdade tem sim Harry. — Ela fez uma pausa o encarando seriamente. — Você.
Houve um momento de silencio onde os três apenas ficaram se encarando.


      — ...Eu o que Mione? — O menor perguntou, confuso se era realmente o que ele estava pensando, ou se apenas tinha entendido errado.


      — Não é obvio? Nos ensinar defesa contra artes das trevas.


Ele a olhou esperando, talvez ela dizer que era brincadeira, mas como isso não veio ele se virou para Rony que estava um tanto pensativo, também o olhando como se avaliasse a situação.


      — Vocês estão só brincando né...?


      — Claro que não Harry, você foi o melhor do ano em defesa contra as artes das trevas! — Disse Hermione.


      — É, ela tem razão cara, você é bom nisso, bem melhor que nós. — Rony finalmente concluiu e Harry não poderia estar mais confuso.


      — Mas... Você me superou em todos os testes. — Ele falou para a garota.


      — Na verdade não, você teve notas melhores que as minhas no terceiro ano, quando tivemos testes todos juntos e um professor que realmente entendia da matéria. — Ela falou sorrindo brevemente. — Mas eu não to falando de resultados de teste Harry. Pense no que você já fez!


      — No que eu... Hum? — Ele piscou confuso.


      — Hermione tem razão, você é perfeito pra isso cara. — Rony riu. — Vamos ver... No primeiro ano. Você salvou a Pedra Filosofal de Você-Sabe-Quem.


      — Mas isso foi só sorte... — Harry tentou argumentar, gesticulando com a mão que não estava mergulhada no pote com liquido amarelo.


      — No segundo ano. — Rony interrompeu. — Você matou o Basilisco e destruiu Riddle.


      — Mas isso não foi só eu, se Fawkes não tivesse aparecido, eu nunca teria conseguido e...


      — No terceiro ano. — O ruivo falou ainda mais alto. — Você lutou com mais de cem dementadores de uma vez.


      — Rony! Mas isso também foi sorte, por que se o vira-tempo não tivesse... Rony! — Ele estava quase se levantando para dar um tapa no amigo que agora falava quase gritando.


      — E no ultimo ano! — Ele exclamou. — Você lutou contra Você-Sabe-Quem.


      — Mas... Mas... Mas eu não... — Harry encarava os dois que davam risadinhas de seu embaraço. — Eu não fiz nada disso. Quer dizer, eu fiz. Mas não foi só eu. Sempre tinha alguém me ajudando, ou tinha muita sorte, ou só adivinhei muita coisa. Falando assim parece muito incrível, mas não foi. Foi só sorte, ou ajuda, eu não fiz nada disso sozinho.


      — Mas fez não fez? — Rony falou rindo.


      — Não! Me escutem! — Harry se levantou, fazendo o recipiente com o murtisco cair e quebrar. — Parem de fazer parecer que isso foi fácil! Eu não queria nada disso! Eu nunca sabia o que fazer, foi só... Eu só fiz o que achei que fosse certo, para continuar vivo! Vocês não sabem como é...


Sua voz fraquejou e ele sentiu seus olhos se umedecerem, droga de hormônios veelas inúteis!


     — Estar frente a frente com ele... Vocês não sabem... — Ele mordeu os lábios para não deixar nenhuma lagrima escapar, quase fazendo verter sangue. — Não é só aprender feitiços e jogar contra ele. A cada segundo você simplesmente pode morrer e a única coisa que faz diferença é o seu cérebro ou sua agilidade, se fizer qualquer coisa errada simplesmente pode morrer... Eu não sei como consegui chegar vivo até aqui, realmente não sei... Não me tratem como um herói por simplesmente ter conseguido fazer a coisa certa e permanecer vivo. Enquanto Cedrico não conseguiu... Eu... Não...


Ele não conseguia falar mais nada, não conseguia nem contar os soluços que escapavam de sua boca. Nem reparou quando Hermione se levantou e o abraçou apertado, também contendo as lagrimas, pois lhe doía ver seu amigo naquele estado. Rony também se levantara mas ficou afastado, apenas olhando preocupado.


      — E-E agora t-também tem isso. — Harry falou entre soluços. — Essa coisa de veela idiota. E-Eu não posso nem falar nada que já transbordo em lagrimas mesmo não querendo, que droga é essa que eu virei? Como eu vou conseguir fazer alguma coisa nesse estado? E-E se eu apenas começar a chorar quando estiver em uma situação... Ah Mione... E-Eu não queria isso. E-Eu não sou assim. C- Como eu vou conseguir... Nem consigo me c-controlar...


      — Shh... Tudo bem Harry. Tudo bem. — Hermione falou baixinho, passando a mão nos cabelos macios, fazendo carinho e tentando acalma-lo. Harry nunca tinha perdido o controle daquele jeito. Foi difícil vê-lo assim, mas ela tinha que acalma-lo, não seria bom que os alunos acordassem e o vissem assim. — Harry... Você só precisa se acalmar. Shhh...


Levou alguns momentos, mas Harry finalmente se acalmou. Se separou de Hermione e enxugou os olhos na manga de seu suéter. Foi conduzido por Rony para sentar ao seu lado onde antes estava a morena, enquanto a mesma tratava de limpar a sujeira que a tigela quebrava havia feito. O ruivo o olhava preocupado.


      — Harry... Olhe... — Hermione se agachou na sua frente o olhando diretamente nos olhos. — Não falamos nada disso ok? Você não tem culpa pelo o que aconteceu com Cedrico. Pode estar mudado por fora, mas por dentro... Vai ser sempre o Harry que a gente conhece. Você é a mesma pessoa, nada mudou em você. Tem a mesma coragem de sempre, ser veela nunca vai mudar isso em você. Só... Precisamos tomar alguns cuidados. Entende? É por isso que você é perfeito pra isso. Você sabe como é. Pode nos ensinar. Nós mostre que ainda é forte, ninguém vai duvidar de você.


Harry ouviu tudo o que ela disse com atenção, agradecendo internamente por ela e Rony serem seus amigos. Ela estava certa? Ele ainda era a mesma pessoa? Mesmo com essa embalagem delicada e frágil ele ainda poderia fazer aquelas coisas? Ele rezava que sim. Não tinha muita confiança e si mesmo no momento, mas que escolha tinha? Preparado ou não o perigo viria, então seria melhor que estivesse preparado, não?

 
Ele suspirou e desviou o olhar.


      — Tudo bem Mione... Olhe eu... Vou pensar sobre isso ok? — Ele falou, ainda fungando um pouco.


A garota sorriu passando a mão e desarrumando o cabelo dele.


      — Tudo bem Harry.


      — ... Acho que vou dormir então. — Ele falou.


      — Vou com você, também estou com sono. — Rony se pronunciou.


      — Tudo bem...


      — Bom, então eu também vou dormir. — Hermione se levantou. — Boa noite rapazes.


      — Boa noite. — Eles murmuraram em uníssono.


Então eles subiram para seus dormitórios, Rony indo para o banheiro, provavelmente colocar seu pijama, enquanto Harry se jogava na cama fechava as cortinas. Sua cabeça latejando com tudo o que tinha acontecido naquele dia. Ele era mesmo capaz disso tudo? E... Draco? O que seria deles? Isso era seguro? De alguma forma as situações estavam ligadas não é? Ele sendo veela, seu parceiro estava em grande perigo. Ele realmente queria ter a capacidade de se proteger, tanto quanto a Draco quando a hora chegasse.

 


Notas Finais


AH MEU DEUS, eu demoro um ano pra postar e quando poto é esse capítulo nada com nada, ou nem tanto assim, mas é que eu realmente tinha planejado mais coisa, porém se eu tivesse colocado essas coisas, ia ficar gigante e ia demorar mais. Maaas, eu prometo que no próximo capítulo tem agarramentos ok?

Então é isso. Beijo para vocês meus lindos, não esqueçam de comentar é de graça e indolor.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...