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História Herdeira da Luz e da Escuridão - Um convite para o inferno


Escrita por: Hera_Bitch

Notas do Autor


Olá, olá meus amores!
Como vão?
Bem, como prometido, cá está o capítulo novo – não demorei tanto, né? kkkkk
Essa semana finalmente estarei entrando de férias e vou poder me organizar mais tranquilamente para escrever e postar os capítulos para vocês, então tenham mais um pouquinho de paciência com a minha pessoa, tudo bem?
Tem uma informação nas notas finais para esclarecer alguns pontos do decorrer da história (por favor leiam para que depois não acabem estranhando os acontecimentos futuros por aqui kkkk)


☆ ☆ ☆ Glossário da Hera ☆ ☆ ☆
Shinobi – Ninja (termo masculino).

Capítulo 65 - Um convite para o inferno


Fanfic / Fanfiction Herdeira da Luz e da Escuridão - Um convite para o inferno

“O tempo é uma coisa valiosa

Assista-o voar como o balançar de um pêndulo

Observe a contagem regressiva até o fim do dia

O relógio faz a vida passar”

– In the End – Linkin Park

 

* * * Atualidade * * *

POV Kakashi Hatake

– A nee-chan venceu o Exame Chunnin! Ela foi demais, dattebayo! – O Naruto comemorou e se colocou de pé na mesma hora enquanto continuava elogiando os feitos da irmã.

Já deve ser a décima vez que ele faz isso hoje..., pensei e sorri minimamente. Bem, não posso culpá-lo, eu também fico feliz ao relembrar disso e de como as coisas eram mais simples para nós naquela época. Ri fraco com isso. “Naquela época”... Pensando assim estou mesmo parecendo um velho.

– Ei, Kakashi-sensei! – Encarei o loiro novamente quando me chamou – Vocês foram aprovados como chunnins depois desse exame, não é? – Assenti.

– Poucos dias depois da prova fomos chamados aqui, ao prédio do Hokage, para sermos promovidos diretamente pelo Sandaime. E as coisas se tornaram mais incômodas.

– Como assim? – O garoto perguntou.

– Como chunnins, ficávamos responsáveis por equipes em missões, o que particularmente eu não gostava – Apontei e o Uzumaki parecera se divertir com isso.

– Você nunca conseguiu trabalhar bem em equipe, não é, Kakashi-sensei? – Concordei.

– Com exceção da Amaya e do Shisui, quando a ruiva estava nos coordenando, não conseguia trabalhar bem com os outros. Sempre que podia optava pelas missões solo, onde conseguia trabalhar à minha maneira – Encarei o Naruto – A Amaya não era muito diferente, mas ela conseguia se adaptar com mais facilmente às equipes em que era alocada para as missões.

– E vocês foram enviados para alguma missão relacionada à guerra que estava acontecendo?

– No caso da sua irmã e do cara de fuinha, sim. Diferente dos genins que tinham acabado de se tornarem chunnins, eles já tinham experiência de campo suficiente para serem enviados com os veteranos para alguns focos de combate da guerra – Expliquei – Já no meu caso, a primeira missão que fiz relacionada à guerra foi logo depois que fui promovido a jounin – O encarei – Mas isso é uma explicação para depois. Algumas coisas que aconteceram dois anos antes disso são mais importantes por hora.

– Mesmo? – O garoto perguntou animado – E o que são?

– Vou explicar algumas delas mais rapidamente, porque se me enrolar demais não terminarei de te contar tudo. Termine de separar esses últimos pergaminhos, certo? – O Naruto assentiu imediatamente e voltou ao que fazia – Bem, no meio tempo até onde vou continuar te contando, a Amaya e eu tivemos apenas mais uma competição, já que nosso tempo livre, e no mesmo período, quase não existia – Sorri fraco – E eu acabei tomando a dianteira das nossas provas. Foi logo depois disso que sua irmã e o Shisui conheceram, pouco mais de um ano depois de nos tornarmos chunnins, o Itachi – O Uzumaki parou o que estava fazendo por um momento.

– O mesmo Itachi que... – Assenti antes mesmo que ele terminasse e o garoto sorriu – E a nee-chan era uma amiga próxima dele?

– Sim, mais do que alguém esperaria... – Comentei, pensando sobre tudo que envolvia o Uchiha em questão e a ruiva – Como pagamento por ter perdido no jokenpo, e para me livrar do Shisui me incomodando, disse que a Amaya deveria arranjar alguém para aturar aquele cara de fuinha.

– Não me diga que foi ele? – Ri fraco e concordei.

– Como já disse, a Amaya conseguia entender e atrair as pessoas com facilidade por conta do seu jeito – Falei com um sorriso fraco – Por conta dessa intervenção da sua irmã, o Itachi veio a se tornar o melhor amigo do Shisui, o que o aproximou ainda mais da ruiva.

– A nee-chan conseguia fazer amizades fácil, não é?

– Sim, mas ela não gostava muito disso – Expliquei e o garoto me encarou sem entender – A Amaya, embora tivesse mudado muito desde o dia em que chegara na aldeia, ainda tinha receio em se aproximar dos outros e preferia se manter próxima apenas de quem já tinha mais afinidade – Ri fraco – Mesmo que ela sempre acabasse atraindo os outros, até quando não tinha intenção disso – O Naruto riu.

– Ah, lembrei de algo que queria perguntar, Kakashi-sensei... – Ele comentou depois de alguns instantes e o encarei – Por que você e o Shisui deram o apelido de “Vênus” para a nee-chan?

– Inicialmente escolhemos esse apelido por remeter a algo que nós dois tínhamos em comum para com a Amaya – Elucidei calmamente – Lembra do que contei sobre o dia em que a Amaya e o Shisui se reencontraram e ele a levou para observar as estrelas e a lua pela primeira vez? – O Naruto assentiu – E lembra-se de quando foi a primeira vez que eu e ela conversamos? – Ele foi falar, mas o interrompi – Sem que eu a chamasse de estranha – O garoto riu e pensou por um momento.

– Foi quando você descobriu que ela tinha pesadelos e passava as noites acordada – O loiro falou e concordei – E então ficavam na varanda de casa olhando... – Ele parou a própria fala e sorriu – Observar o céu à noite era o que vocês tinham em comum e que envolvia a nee-chan – Sorri fraco e assenti.

– Como Vênus é um dos planetas que podemos ver a olho nu, o apelido acabou sendo perfeito devido à situação – Sorri mais abertamente – Pelo brilho que Vênus tem durante a noite – O encarei – Tão intenso e vivo, que parece atrair a atenção de todos para si, mesmo não sendo sua intenção.

– Assim como a nee-chan – O garoto dissera com um sorriso alegre em sua expressão – E o que mais aconteceu depois que vocês viraram chunnins?

– Bem... – Uni minhas mãos e apoiei meu queixo sobre elas – O Shisui foi promovido a jounin quando a Amaya tinha nove anos e foi encaminhado pelo Sandaime para que ingressasse na Anbu – O Naruto tomou uma expressão surpresa – E acho que com isso chegamos ao momento em que preciso contar as coisas com mais calma.

– Por quê? O que aconteceu, ‘tebayo? – O Uzumaki indagou rapidamente e evidentemente preocupado.

Nem mesmo posso dizer que não há razão para se preocupar, já que me lembrando dessa situação mesmo hoje fico incomodado, pensei.

– Depois de retornar de uma missão a Amaya recebeu um pedido do Hokage para que ingressasse em uma equipe recém-montada.

– Equipe? Que tipo de equipe?

– Inicialmente esse time já estava organizado e pronto, mas acabou sendo reestruturado na última hora e a pedido de um jounin eu fui alocado nele.

– Mesmo? E qual jounin pediu por isso? – O loiro perguntou – O seu sensei, o pai do Shikamaru ou o Shisui?

– Não foi nenhum dos dois – Disse tranquilamente e sorri fraco – O pedido veio por alguém que eu nunca imaginei...

••••••••••••••••••••••••••••

POV Amaya Uzumaki

Minha respiração estava acelerada e meu coração parecia que deixaria meu peito a qualquer instante, dado aos fortes batimentos do mesmo. Suor escorria pelo meu corpo, assim como o sangue.

Senti uma mão tocar meu ombro e virei levemente minha cabeça na sua direção, apenas para que meus olhos chegassem até si.

A expressão abatida estava mais clara em sua feição, embora ele não demonstrasse. Os ferimentos em seu corpo, bem como sujeira estavam impregnados em si. Alguns fios rebeldes haviam escapado do seu habitual rabo de cavalo.

– Bom trabalho... – Embora aparentasse cansaço, sua voz ainda era firme e preguiçosa – A missão termina por aqui, vamos nos reunir com o restante.

Apenas assenti e o Shikaku passou por mim. “Bom trabalho...”, divaguei com suas palavras por um momento enquanto começava a seguir na mesma direção que o sensei. Ser elogiada por isso... Nunca vou conseguir me sentir completamente bem, mesmo sabendo que é para proteger àqueles importantes para mim...

Suspirei pesadamente e finalmente pude afrouxar minha mão sobre o cabo da minha wakizashi. Guardei-a em sua bainha e por um momento olhei para minha própria situação.

Os cortes pelo meu corpo não me incomodavam verdadeiramente, pelo menos não tanto quanto o que se dispunha ao meu redor: Um cenário de destruição, corpos de aliados e inimigos uns sobre os outros e o cheiro de morte impregnado em meu ser.

Eram sempre assim as missões em que acompanhava os pequenos grupos para lidarem com as organizações inimigas menores, próximas das fronteiras do País do Fogo. Nunca mudava, sempre havia destruição e morte por todos os lados.

Afinal, por que continuamos lutando?, refleti silenciosamente. Pelo que lutamos na verdade? Poder? Controle territorial? Para proteger nossos entes queridos? Ou apenas por nós mesmos?

☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆

Nosso esquadrão tinha regressado à aldeia e, agora na sala do Hokage, poucos membros do nosso time haviam sido chamados pelo Shikaku para acompanhá-lo naquele momento – e eu era um desses.

Estava parada mais para trás do sensei, ao lado de mais quatro ninjas que estavam conosco na equipe. Todos em silêncio observando a fala do novo líder do grupo em que fura alocada, o Shikaku, enquanto reportava ao Sandaime toda situação que ocorrera.

Por que novo líder?

Bem, inicialmente para a missão eu seria deixada como a líder dela, mas dias atrás, quando fomos deixar a aldeia, isso foi alterado repentinamente e deixaram o cargo para o sensei, mesmo com os protestos dele contra a estranha mudança.

Já havia seis anos que havia me tornado chunnin, mas nunca era deixada como líder nas missões, mesmo as mais simples, que envolvessem conflitos da guerra. Já tinha me questionado muitas vezes o porquê e sempre encontrava as mesmas respostas:

Medo...

Embora já fosse bem mais aceita pelos moradores da aldeia, ainda haviam aqueles que me temiam. Não exatamente de mim que tinha receio, mas ao que eu podia ou mesmo poderia fazer.

Falta de credibilidade...

Eu ainda era tida como uma criança, não capaz de ter a mesma precisão e desenvoltura que um adulto para orientar os demais em um conflito real.

Tinha ciência que era, pelo menos fisicamente, ainda uma criança, mas também me conhecia o suficiente para saber que era bem mais preparada que alguns dos ninjas da aldeia de idade superior a minha.

E especialmente desconfiança.

Acima de tudo, ainda não era vista por muitos ninjas como uma kunoichi e cidadã de Konoha. Eu era apenas uma forasteira, um experimento que foi trazido para ser observado e mantido por perto, por precaução...

Como eu sabia de tudo isso?

Pelos olhos das pessoas, suas expressões mais sutis e pelas reações de seus corpos na minha presença.

Sempre tivera facilidade para ler as reais condutas das pessoas e com os anos que passei na aldeia isso se tornou ainda preciso. Por isso podia notar como cada um dos membros que estavam numa equipe comigo se sentiam em relação a minha pessoa.

Nesse mesmo momento, por exemplo:

Os dois homens ao meu lado esquerdo, ambos tinham suas respirações mais pesadas que o normal, com o maxilar contraído fortemente. Raiva..., constatei olhando-os de soslaio.

Meus olhos seguiram na direção dos outros dois presentes ao meu lado direito. Um tinha suas mãos para trás de suas costas, apertando-as incessantemente. Seus olhos percorriam tudo no ambiente, menos na minha direção. Medo..., deliberei.

E o último tinha uma postura mais firme e olhar voltado apenas ao Shikaku e o Sandaime. Nada e nem ninguém ao seu redor parecia ser relevante naquele momento. Completamente indiferente aos demais..., determinei.

– Isso era tudo que tinha para reportar – O Shikaku concluiu e com isso tornei minha atenção aos dois homens a nossa frente.

– Entendo... – O Sandaime dissera calmamente – Então estão dispensados – Assentimos.

Os shinobis que estavam ao meu lado foram os primeiros a se virarem para deixar a sala. Fiz o mesmo em seguida, suspirando baixo.

– Amaya... – Não havia nem dado dois passos quando o Hokage chamou por mim, fazendo-me parar e lhe encarar – Poderia ter mais alguns minutos do seu tempo? – Assenti prontamente.

Tornei meu corpo na sua direção, voltando a me aproximar da mesa à que ele estava sentado e parando perto do sensei. Senti os olhares dos demais no recinto recaírem sobre mim naquele momento, claramente incomodados.

O Shikaku assentiu para o Hiruzen e se virou para deixar a sala, mas não antes de apoiar momentaneamente sua mão sobre meu ombro – seus olhos me dizendo para que não me preocupasse com os outros ninjas ali presentes.

Em seguida ele deixou a sala, assim como os outros quatro shinobis, e fechando a porta da sala atrás de si.

– Há algo errado, Sandaime? – Perguntei calmamente quando levei meu olhar a ele.

– Não, de forma alguma – Hiruzen respondeu de maneira mais amena do que como conversava antes na presença dos demais ninjas – Gostaria de, em primeiro lugar, elogiá-la pelo desempenho que vem apresentado nas suas missões.

As missões da guerra..., pensei por um instante. Claro que é sobre elas, afinal, o Hokage não teria motivos para elogiar um ninja em particular por missões simples, como as realizadas dentro da aldeia ou mesmo nas cidades vizinhas.

– Apenas cumpri para com meu papel como kunoichi de Konoha – Comentei sistematicamente e baixei meus olhos por um momento.

– E está cumprindo-o de maneira exemplar para sua idade – Ele salientou – E como está se sentindo, Amaya?

– Um pouco cansada, devido à última missão – Respondi simplesmente.

– Há algo mais a incomodando? – O Sandaime insistiu em seu questionamento e tornei meu olhar para ele.

– Só... – Parei por um instante antes de responder – Me questionando quando as coisas vão se acalmar, quando essa guerra terá um fim.

– Somos dois então que se questionam sobre isso – Hiruzen apoiou seus cotovelos sobre a mesa, entrelaçado suas mãos – Mas não me parece que é apenas isso que a está deixando um pouco distante.

– Sim... – Admiti e o encarei – Pensar demais às vezes nos faz refletir sobre muitas coisas que não precisariam de tanto questionamento a respeito – O Sandaime riu com esse meu último comentário.

– Você está começando a falar como seu sensei, devido à preguiça dele para pensar sobre as demais coisas – Ri fraco com isso.

O Shikaku-sensei era um homem inteligentíssimo, mas extremamente preguiçoso para pensar ou mesmo fazer qualquer coisa que não fosse realmente necessária. Após isso, o silêncio na sala perdurou por alguns instantes antes que eu tornasse a falar.

– Sandaime, com todo o respeito, mas duvido que tenha me pedido para ficar aqui apenas para saber sobre meu bem-estar – Os olhos do Hokage recaíram sobre mim.

– Realmente está falando como seu sensei... – Ele comentou e sua expressão, que até então era amena tomou um ar mais sério – Queria falar com você sobre um grupo que organizei.

– Grupo? – Perguntei confusa com o assunto e o objetivo pelo qual me envolveria – De que exatamente?

– É uma equipe de busca – O Sandaime elucidou – E preciso saber se concordaria em ingressar nesse time – O encarei sem entender.

– Desculpa, Sandaime, mas não estou entendendo – Falei rapidamente – Se é um grupo para alguma missão não haveria necessidade de questionar meu interesse ou recusa de participar do mesmo – Apontei esse detalhe  – Como kunoichi da aldeia, uma ordem sua tem total controle sobre minhas escolhas de ingressar, ou não, em algo.

– Entendo seu posicionamento e dúvidas para tais ações que estou tomando agora – Ele explicou da maneira mais calma que pôde – Mas para essa situação em questão, preciso saber se você estará de acordo – Arqueei levemente uma de minhas sobrancelhas.

– Por quê? Que situação pode exigir o posicionamento da maior autoridade de Konoha dessa forma? – O questionei e ele suspirou pesadamente.

– Amaya... – Hiruzen parou por um instante antes de anunciar a afirmação que me fez estremecer completamente – Você precisa voltar até o laboratório onde foi criada.


Notas Finais


Não vou enrolar muito por aqui, então vejamos...
O que gostaria de salientar é que os fatos que envolvem o Itachi e seus feitos não acontecerão com a mesma idade do anime/mangá, por dois motivos:
Primeiro, ele estar com essa idade não encaixaria nessa linha do tempo que estou usando aqui (viraria um caos e não ia dar certo kkkk).
E segundo, porque prefiro trabalhar o próprio Itachi mais velho e não uma criança (mesmo sabendo que ele não agia e nem pensava como uma criança com a idade que o Kishimoto lhe deu na história).
Isso não vai afetar nada da história original do tio Kishimoto, com exceção da idade que o Uchiha teria em cada acontecimento (despertar seu sharingan, ingressar na Anbu, se envolver com as questões do golpe de estado e por aí vai...).
No mais, era isso que tinha para avisar vocês.
Nos vemos então no próximo!


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