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História Herdeira da Luz e da Escuridão - Time 7 reunido


Escrita por: Hera_Bitch

Capítulo 67 - Time 7 reunido


Fanfic / Fanfiction Herdeira da Luz e da Escuridão - Time 7 reunido

 “Se você aceitar tudo sem ao menos questionar, vai acabar perdendo a capacidade de pensar.”

– Lacie Baskerville – Pandora Hearts

 

POV Kakashi Hatake

Terminei de espalhar os últimos papéis bomba perto de onde meu treino estava acontecendo e subi num dos galhos da árvore mais próxima de mim, mantendo minha posição, bem como chakra, oculto.

Observei novamente ao redor, vendo meus atuais colegas de equipe, a Rin e o Obito, mais adiante, juntos, tentando inutilmente tomar os sinos do Minato-sensei.

Embora tivesse ingressado anteriormente no time com a Amaya e o Shisui, há dois anos, quando tinha nove, fui designado a me unir ao novo time 7, no qual os alunos recém-saídos da Academia haviam ingressado.

Embora os dois agora fossem chunnins, dado a sua participação na prova no início do ano, não podia dizer que eu havia ficado muito contente com aquilo, afinal, não tinha a menor vontade de trabalhar com qualquer um deles.

A Rin tinha seu treinamento quase que completamente voltado ao Ninjutsu Médico, e embora fosse muito boa nisso, em contrapartida isso a fazia ter que estar sempre sendo protegida e servindo apenas como um suporte.

Já o Obito, embora fosse um Uchiha, era bom em muitos poucos aspectos para um shinobi. Mas acima disso, ele era um medroso e estava sempre inventando desculpas no meio dos treinos ou quando alguma coisa tornava-se mais séria.

Me irritava ao ter que trabalhar com eles e por isso sempre seguia as coisas à minha maneira. O único aspecto que compensava tudo aquilo era poder ser treinado pelo Minato.

Ainda que ele tivesse que nos deixar por conta própria para as missões mais simples, dado a sua frequente requisição para os frontes da guerra, o loiro nos ensinava e cobrava muito.

Seus treinos eram quase tão intensos quantos os do Shikaku, mas com o diferencial de que o loiro os equilibrava para os limites de cada um de nós individualmente, diferente do Nara que fazia todos nós treinarmos da mesma maneira para que nos equilibrássemos uns aos outros.

Odiava ter que admitir isso, mas sentia falta de estar na mesma equipe que a Amaya e o Shisui.

Eu e o cara de fuinha tínhamos nossas diferenças, mas nos momentos em que precisávamos levar a sério, o fazíamos. Já no caso da Amaya, tudo com ela era mais simples dado ao equilíbrio dela para com seu modo de combate, fosse como atacante, defensiva ou suporte.

Queria estar em missões como eles..., divaguei. Mas ao invés disso estou preso a um time que nem mesmo sabe agir sozinho... Suspirei baixo e levei meus olhos até onde os dois chunnins estavam, vendo o Minato próximo deles, parado.

Parece que finalmente o sensei parou de deixá-los brincarem..., pensei e me coloquei de pé. Agora é o momento pelo qual eu estava esperando.

O loiro estava fazendo uma espécie de teste conosco, onde o objetivo era tomarmos um dos sinos que ele tinha consigo, preso em sua cintura. Aproveitei-me desse momento de distração do Namikaze para com o Obito e a Rin para começar meu ataque contra ele.

E agora, para o próximo passo... – Pude ouvir o Minato falar quando me aproximei mais de onde ele estava.

Arremessei duas shurikens pela sua esquerda, seu lado não dominante, mas ele facilmente as bloqueou com uma de suas kunais pessoais.

Pulei na sua frente com a minha tantō em punho, logo tentando golpear o sensei pelo seu lado esquerdo, onde sua guarda não era tão boa.

– Kakashi?! – A Rin e o Obito surpreenderam-se, mas os ignorei.

O Minato desviou sem muito esforço do meu golpe, usando minhas próprias costas para pular por cima de mim e se afastar pela minha direita. Rapidamente tentei golpeá-lo novamente, mas ele usou-se da kunai que tinha em mãos para se defender.

– Sensei, hoje é o dia em que eu vou ganhar – O avisei enquanto continuava investindo contra o loiro e ele recuava, defendendo-se vez ou outra com sua kunai.

– Você tem se escondido por bastante tempo, foi essa a sua estratégia? – Ele perguntou sem aparentar muita preocupação em seu tom.

Quando golpeei novamente na direção do loiro, ele trancou a lâmina da Sabre de Chakra da Luz Branca usando-se da sua kunai especial, fazendo nós dois ficarmos parados por um momento.

– Não, seria muito difícil lutar com você enquanto vigiava esses dois... – Comentei e o sensei tomou um olhar mais sério.

– É por isso que você estava esperando por mim para derrotá-los... – Ele compreendeu meu ponto e recuou alguns centímetros seu punho com a kunai.

Aproveitei-me disso para me afastar um pouco dele e arremessar uma kunai com um papel bomba preso na mesma, na direção do Minato. O loiro pulou para a direita, como eu esperava, indo de encontro à armadilha que havia deixado pronta para ele.

Assim que levou seus olhos para o solo em que cairia, ele notou que o mesmo estava coberto de papéis bomba. No mesmo momento levantei minha mão direita com meio selo de cabra para ativar os papéis todos de uma vez. Isso!, pensei e me coloquei a correr.

Uma enorme explosão tomou conta do lugar onde o sensei estava, assim como poeira pelo solo arenoso daquela parte da floresta. E como imaginava, o Namikaze escapou daquela armadilha para o galho de uma das árvores próximas.

Criei um Clone das Sombras e ele seguiu para o local onde o Minato estava, enquanto segui para o meio da nuvem de poeira que se formara pela explosão dos papéis bomba. Aproveitei-me daquela camuflagem e arremessei na direção do sensei várias shurikens consecutivamente.

Ele bloqueou boa parte delas, mas outras precisou desviar. Enquanto fazia isso, meu clone se aproximou dele pelas suas costas, fazendo o loiro perceber sua presença apenas quando já estava atacando-o.

O quê...?! – O sensei perguntou visivelmente confuso pelos ataques que vieram de direções opostas.

Minato usou seu próprio braço para defender o chute do meu clone e usou-se do mesmo para jogá-lo para longe de si. Meu clone parou no troco da árvore, mantendo-se preso no mesmo concentrando chakra nas solas de seus pés.

Não perdi tempo e também fui me posicionar para dar continuidade ao meu plano, afinal, mesmo que tivesse me preparado bem para lutar contra o sensei, era melhor sempre estar com um segundo plano pronto.

Meu clone atacava o loiro apenas usando-se do taijutsu, um dos meus pontos fortes. O loiro apenas se defendia e tentava ganhar distância, já que combate de curto alcance era uma área bem desenvolvida para mim.

Numa das suas tentativas de se afastar, meu clone quase conseguiu pegar um dos sinos, tocando levemente duas vezes no mesmo. Notando isso, Minato passou da postura defensiva para a ofensiva contra meu clone, fazendo-o cair da árvore.

Nada mal! – Ele elogiou – Mas não é o suficiente para me vencer.

Eu ainda não terminei...! – Meu clone disse por fim, antes de desaparecer.

Clone das Sombras... – O loiro constatou baixo, mas ainda assim pude ouvi-lo.

Estava no topo de uma das árvores próximas e não teria como o sensei chegar até eu antes que preparasse minha carta na manga. Comecei a formar os selos rapidamente.

– Isso não está completo, mas... – Divaguei baixo e segurei meu pulso direito, concentrando meu chakra no mesmo ponto.

O tom azulado surgiu, assim como o chiar semelhante ao de dezenas de pássaros. Ainda era difícil controlar a intensidade daquele jutsu, assim como seu tamanho e a quantidade de chakra que eu precisava empregar no mesmo para mantê-lo.

– Agora vou terminar isso! – Falei antes de me preparar para me colocar de pé.

Eu te disse, não? Você não pode me vencer – Ouvi o sensei falar atrás de mim e vi-o com uma kunai contra meu pescoço – Kakashi, você perdeu.

Minha surpresa e confusão eram tanta que até mesmo perdi o controle sobre meu jutsu e o mesmo se desfez sem que eu percebesse.

– N-Nossa... – Olhei abismado novamente para o lugar que antes o Minato estava – Que velocidade incrível...

Foi nesse momento que minha ficha caiu.

O jutsu de teleporte do sensei só vai até onde ele tiver deixado suas marcas. O fato dele ter chegado aqui em cima foi porque, quando desviou do meu primeiro ataque direto, ele certamente me marcou ao se apoiar nas minhas costas para pular sobre mim e ganhar distância.

Cerrei meu punho e suspirei pesadamente, frustrado comigo mesmo por não ter percebido aquilo antes. Eu tinha tudo para conseguir pegar um dos sinos do sensei, mas por ter me desleixado por um instante ao estar confiante demais acabei perdendo.

– Eu estava tão perto... – Reclamei baixo e arranquei algumas folhas da copa da árvore sob mim.

– Tão perto... – O sensei repetiu minhas palavras, baixo.

Estou perto..., pensei. Perto de me tornar o ninja que treinei tanto para ser... Um ninja que segue as regras e cumpre para com seu dever à aldeia. Nada além disso... Suspirei. Mas ainda não estou lá. Preciso melhorar e compensar esses meus erros bobos...

A Rin e o Obito logo em seguida vieram de encontro a nós, já que o teste havia terminado dado a minha derrota. O sensei ia conversar conosco sobre o treino de hoje quando um dos membros da Anbu apareceu.

Era notável que era alguém do sexo masculino e um jovem, dado a sua altura, que era um pouco mais alta que a minha. Ele usava o uniforme padrão dos membros da Anbu, assim como uma máscara. Ela tinha um bico que lembrava o das aves, com duas pequenas ondulações vermelhas nas laterais dos olhos da mesma, assim como um triângulo invertido que vinha do topo de sua cabeça até a altura do bico da máscara, em carmesim também.

Ele carregava uma tantō em suas costas, como a maior parte dos membros da Anbu, embora a sua parecesse esteticamente diferente. E seus cabelos eram negros, completamente bagunçados, como os de alguém que eu conhecia...

– Minato-san, desculpe a interrupção... – O Anbu falou, confirmando minha teoria de quem era – Mas o Sandaime está solicitando a presença de Kakashi Hatake.

– Claro, sem problemas – O sensei falou calmamente – Já terminamos por aqui, de toda forma – Ele me encarou – Kakashi... – Assenti.

– Sim – Me coloquei de pé novamente e encarei o garoto próximo de nós, que tinha sua atenção agora em mim.

Ele não disse nada e o acompanhei quando pulara da árvore onde estava com meu novo time, seguindo-o.

– Dentre tantos Anbus que poderiam ter escolhido, por que logo eu para buscar um cara de espantalho desses? – O Shisui indagou, obviamente para si mesmo, mas ao mesmo tempo para me provocar.

– Quem sabe...? – Falei dando de ombros, enquanto corríamos – Vai ver é porque você é o menos habilidoso, por isso te deram esse trabalho fácil, cara de fuinha.

– Quando vai aprender a ser uma pessoa sensível como os outros? – Ele perguntou.

– No dia em que você deixar de ser um viciado em açúcar – O Uchiha riu sob a máscara.

– Bem, isso nunca vai acontecer, então... – E dessa vez eu é que não pude deixar de rir.

☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆

Chegamos à sala do Hokage em poucos minutos. O Shisui bateu à porta e logo em seguida ouvimos o Sandaime avisando que podíamos entrar. Assim que o fizemos, notei outro homem presente no recinto.

Ele usava uma camisa branca e uma túnica marrom que ia até seus pés. O homem se apoiava em uma bengala e tinha uma expressão fechada, com uma cicatriz em forma de X em seu queixo, bem como algumas bandagens no lado direito de seu rosto.

Danzou, se não me engano..., pensei. Ele faz parte do Conselho do Hokage. Ele tinha um olhar de poucos amigos para comigo e o Shisui.

– É sobre isso que eu estava te falando, Hiruzen – O Shimura comentou com visível irritação em seu tom – Pretende mesmo enviar apenas essas crianças para uma missão como essa?

Troquei um breve olhar para com o Shisui, notando que ele estava quase tão perdido quanto eu naquele assunto. Ele está falando de nós? E de que missão ele está falando afinal?

– Nenhum deles é mais uma criança, Danzou. Eles são um chunnin e jounin, plenamente capazes e habilidosos. E eu já expliquei o porquê destas escolhas – O Hokage falou com um tom mais ameno que o do seu conselheiro, mas sem deixar de soar firme – Eles foram solicitados e eu estou de acordo com a situação, tendo plena confiança de que eles cumprirão com seus papéis sozinhos.

– Continuo a dizer que isso é imprudência da sua parte – Danzou insistiu em seu ponto e apoiou suas duas mãos sobre a bengala – Deixe-me enviar um de meus homens com eles, como um suporte a mais, então.

O Sandaime ponderou por um momento. Era visível que o conselheiro não parecia à favor da escolha dos membros para uma missão, que aparentemente me envolvia e ao Shisui, por sermos “crianças”. E por outro lado, o Hokage parecia, de certa forma, confiante que nós éramos capazes sozinhos. Entretanto, era claro para nós três que o Danzou não deixaria as coisas tão fáceis.

– Tudo bem – Hiruzen cedeu – Mande seu homem se apresentar nos portões da aldeia em meia hora – O Shimura assentiu e finalmente deu as costas ao Sandaime, deixando a sala.

O Hokage suspirou pesadamente, fazendo com que eu e o Shisui levássemos nossa atenção a ele novamente.

– Desculpe interromper, Sandaime, mas busquei-o como solicitado – O Uchiha tomou a palavra e Hiruzen trouxe seus olhos a nós.

– Agradeço por isso, Shisui – Ele falou calmamente – Pode retirar sua máscara, por hora – O Uchiha assentiu e assim o fez.

– Estamos para sermos enviados a uma missão, certo? – O Shisui perguntou e o Hokage prontamente assentiu.

– Uma missão de rank A, para investigação à aldeia – Ele explicou.

– Desculpe, Sandaime – Tomei a frente – Mas esse rank de missão não seria para o meu atual nível de graduação.

– De fato, Kakashi – Ele concordou calmamente e trouxe seu olhar a mim – Mas um jounin solicitou por vocês dois, especificamente, para essa missão. E como perceberam em minha conversa com o Danzou, não tenho qualquer objeção quanto a essa escolha.

Um jounin pediu por nós dois?, pensei por um  momento. Para uma missão de investigação, ainda por cima?

– Com relação aos detalhes dessa missão... – O Shisui tomou a palavra – O que exatamente estaremos investigando?

– A líder da missão lhes explicará tudo, assim que voltar – Hiruzen falou apenas e arqueei uma sobrancelha.

– “A líder”? – Questionei – De qual jounin estamos falando exatamente?

Bastou que eu terminasse de perguntar para que fossem ouvidas três leves batidas na porta da sala, sendo acompanhadas pelo chamado do Sandaime para que a pessoa entrasse.

Assim que a porta foi aberta e a figura que estava do lado de fora entrou, notei um rosto familiar ali. A alta figura de cabelo vermelho semipreso, com sua característica mecha escura presa e expressão serena no rosto emolduravam sua feição.

– Com licença, Sandaime – A ruiva falou e finalmente trouxe seu olhar para frente, tomando uma expressão mais amena – Kakashi, Shisui... – Ela nos cumprimentou.

– Amaya – Falamos em uníssono.

E foi nesse segundo que algo se acendeu em minha mente. “A líder da missão lhes explicará tudo, assim que voltar”... As palavras do Sandaime ressoaram em minha mente. Seria a Amaya a líder da missão?, me questionei confuso.

– Voltou rápido, Amaya – O Sarutobi comentou e a garota o encarou, ao parar perto de mim e do Shisui.

– Pretendo partir o quanto antes possível até o local da missão – A ruiva elucidou com calma, mas notei um ligeiro tom sério em sua voz, como se ela estivesse desconfortável com algo.

– Quanto a isso... Mais um membro ingressará ao time – O Hokage a situou sobre o ocorrido anterior – A pedido de um de meus conselheiros, ele se encontrará com você e a sua equipe nos portões da aldeia em meia hora – A garota assentiu – Shisui, Kakashi... – O Sandaime chamou nossa atenção para si – Lembrem-se que a Amaya os escolheu para essa missão, então estarão sob total comando dela durante todo o percurso da mesma.

Eu e o Uchiha assentimos em entendimento. Logo após isso Hiruzen nos dispensou para que fossemos nos prepararmos para partir para a missão.


Notas Finais


A luta/treino do time 7 do Minato que narrei aqui foi baseada numa cena do jogo Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm Generations, de PS3 (tinha jogado esse jogo, e acabei lembrando da cena para usar aqui kkkk).

Pra quem quiser ver como foi a luta real e em sua íntegra, aqui tem ela:

https://www.youtube.com/watch?v=kCwzFE8_E9k


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