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História Herdeira da Luz e da Escuridão - Nem tudo é o que parece ser


Escrita por: Hera_Bitch

Notas do Autor


Olá, olá meus amores!!
Como estão?
Bem, perdão pelo sumiço completo do Spirit, mas estive com alguns problemas com a família e tudo mais que os envolvesse, bem como recomeçara meu semestre letivo da faculdade. Então realmente só pude parar agora para me reorganizar para HdLedE e retornar para o Spirit.
Aos que comentaram no capítulo passado e me enviaram mensagens, responderei assim que esse capítulo for lançado (tento amenizar vocês com um capítulo novo enquanto resolvo as questões da minha ausência kkkkkk).
No mais, aproveitem o capítulo!

Capítulo 86 - Nem tudo é o que parece ser


Fanfic / Fanfiction Herdeira da Luz e da Escuridão - Nem tudo é o que parece ser

 “Das responsabilidades de um irmão fazem parte amolar, brigar, pegar no pé, e aprontar sempre que possível para e com seus irmãos.”

– Autor Desconhecido (adaptado)

 

POV Kakashi Hatake

Conferi uma vez mais a lista que tinha em mãos, bem como o conteúdo das sacolas que carregava. Acho que peguei tudo que precisava..., conclui. Tinha feito todas as compras pela Amaya e estava retornando direto para a casa da ruiva.

Ou pelo menos eu achava que retornaria direto...

Ei, Kakashi! – Ouvi o ser de voz estridente a chamar por mim e logo suspirei fraco, já imaginando o que viria a seguir.

Parei meu andar e levei minha atenção ao garoto de roupas inteiramente verdes que se aproximava rapidamente, notando que ele estava acompanhado por outros dois dos nossos ex-colegas de Academia.

Embora, graças a Amaya, tivesse aprendido parcialmente a lidar com as outras pessoas da minha idade, não me sentia realmente à vontade com eles como o era com a Uzumaki.

– Kakashi, vamos duelar! – O Gai falou animadamente assim que se aproximou de mim.

– Eu passo – Disse simplesmente.

Devido à intervenção da Amaya pela primeira vez naquelas competições que o Gai me propunha, nós dois continuamos nos anos seguintes as realizando.

Além de ter aprendido a “ler” melhor uma situação, bem como objetivo dos demais para com suas atitudes, também encontrei um bom companheiro para treinar periodicamente.

Mas parecia que apenas eu havia entendido que esses treinos – ou competições, como ele gostava de chamar – eram periódicos. Não era incomum o Gai surgir diversas vezes na semana, ou até no mesmo dia, me desafiando.

– Essa não é a atitude que o meu eterno rival deveria ter! – O garoto tornou a falar – Como você vai queimar com a Primavera da Juventude tendo essa atitude?

– Gai, está na cara que ele está ocupado – O Asuma apontou, fazendo com que eu e o próprio Gai o encarássemos – Não está vendo a quantidade de coisas que ele está carregando? É óbvio que está ajudando alguém...

Desde a morte do meu pai, todos sabiam que eu morava sozinho. Então me ver com tantas coisas, como naquele momento, deixava evidente que não eram para mim.

– Isso é pra Amaya, não é? – A Kurenai perguntou, o que fez com que nós três a encarássemos, e eu particularmente com uma expressão confusa para com a precisão da dedução dela.

– Faz sentido... – O Gai dissera em concorde e o Asuma apenas assentiu.

Poderia lhe perguntar sobre o porque de achar aquilo, mas parecia que a morena lerá minha expressão de confusão rapidamente naquele momento.

– Ah, é simples – Ela explicou despreocupada – Não dá para te imaginar se dispondo a ajudar alguém, além da Amaya.

– Ela é a única que você não evita – O Gai falou em seguida.

– E que você parece realmente buscar interagir – O Asuma complementou ainda.

Não saberia dizer o que era o mais estranho de tudo: Os três terem plena certeza daquilo ou o fato disso ser verdade.

– Estou apenas ajudando-a durante sua recuperação – Falei brevemente para desviar o assunto do rumo que aquilo estava começando a tomar.

Não era novidade para qualquer um dos três diante de mim que eu e a Amaya tínhamos certa proximidade, mas nunca explicamos o porquê.  Então não era incomum vez ou outra o assunto vir à tona para questionamento.

– Recuperação? – A Kurenai e o Gai perguntaram em uníssono, claramente preocupados.

– O que aconteceu com a Amaya? – A morena perguntou.

– Ela está bem? – E em seguida foi a vez do Gai indagar apressado.

E embora estivesse quieto, a expressão do Asuma também o entregava, visibilizando a parcela de si que estava curioso a respeito do estado da Uzumaki. Já era de se esperar por isso..., pensei.

– A Amaya está bem, mas está afastada das suas missões, por hora – Expliquei sucintamente.

Quisesse eu ou não, não poderia entrar em detalhes sobre aquilo, fosse pela missão que envolvia a origem da Uzumaki – que nenhum deles tinha conhecimento –, quanto por ser algo para a ruiva escolher contar a eles.

– Eu tinha ouvido uma conversa do meu pai sobre um time de jovens que foi emboscado há algumas semanas – O Asuma comentou calmamente e com a mão apoiada momentaneamente sobre seu queixo.

– E também foi nesse meio tempo que procurei por adversários para disputas de sangue quente – O Gai falou e me encarou – E não os encontrei, quando procurei por você e pela Amaya.

A sensação era como de estar sendo encurralado, segundo após segundo. Toda a dedução a partir da junção dos fatos estava levando os três diante de mim a entenderem minha relação e da Amaya para com a missão.

Se as coisas seguirem dessa forma, pensei, não vai demorar até...

– Que missão foi essa que vocês participaram? – A Kurenai perguntou.

E ali estava. O questionamento óbvio que estava por vir e me encurralar. Suspirei pesadamente antes de prosseguir.

– Não posso falar – Disse apenas, e de maneira séria.

Como ninjas, sabíamos desde a Academia que algumas missões podiam ser comentadas com os demais, enquanto outras deveriam ficar sob total sigilo – normalmente às de alto rank ou uma que envolvesse interessantes únicos para a aldeia.

No caso dessa missão do laboratório ela era um exemplo que englobava os dois casos em que deveria ser mantida em segredo.

Mesmo surpresos, assim como confusos com aquela informação, os três assentiram, dando o assunto como encerrado por ali.

A Kurenai foi quem mudou o rumo da conversa dessa vez, questionando-me se os três poderiam me acompanhar para irem visitar a Amaya. Concordei, já que vê-los até mesmo poderia ser bom para a ruiva.

POV Narradora

O Hatake guiou os ex-colegas consigo até a casa da ruiva.

O platinado se questionou quanto ao fato da Uzumaki já estar desperta quando eles chegassem, mas logo se tranquilizou por lembrar que ela sempre acordava cedo, fosse preciso ou não.

E ver as janelas da casa abertas apenas confirmou seu anterior pensamento.

Kakashi foi o primeiro a entrar na residência, logo largando as sacolas que carregava até então para tirar seu calçado.

– Estou em casa! – O garoto falou, avisando a ruiva de sua presença.

O trio que acompanhava o Kakashi tratou de tirar também seus calçados. Em decorrência disso, o platinado foi o primeiro a seguir para a sala.

Ao adentrar o cômodo, a única coisa incomum que chamara a atenção do Hatake foram os equipamentos ninja ao lado de um dos sofás. E antes mesmo que pudesse pensar e deduzir a quem eles pertenciam, a Amaya surgiu na sala.

Ela parou rapidamente próxima do Hatake, com a pequena caixa de veludo que encontrará anteriormente com seu irmão, abrindo-a diante do garoto.

– Kakashi, você é o único a quem posso pedir isso! – A ruiva falou apressada, um claro sinal de ansiedade de sua parte.

A estranheza foi a primeira coisa que tomou conta do platinado. Ele levou seus olhos ao objeto nas mãos da garota, vendo as alianças que ali estavam dispostas. E em seguida viera sua confusão.

Aqueles segundos de confusão bastaram para que o Hatake se esquecesse do que iria avisar à ruiva quando chegara com o Gai, a Kurenai e o Asuma.

Aí, meu Kami-sama... – A voz da Kurenai fez com que ambos os jovens um a frente do outro levassem seus olhares aos demais presentes no recinto.

E só então o Kakashi tornara sua consciência ao ambiente, recordando-se que seus ex-colegas estavam ali. Mas assim como a Uzumaki, o garoto estranhou as expressões presentes nas feições deles:

Asuma emoldurada um sorriso sucinto, mas sem deixar de se mostrar surpreso. Gai nem mesmo disfarçava, ele se encontrava boquiaberto e completamente pasmo. Já a Kurenai estava com as mãos sobre sua boca, escondendo um sorriso radiante de animação e estando fortemente corada.

Amaya não entendera o porquê daquelas reações, bem como a razão da presença de seus amigos ali naquele momento. Mas diferente dela, Kakashi compreendera o duplo sentido empregado na situação daquele instante:

Ao olhar alheio, era como se a ruiva estivesse lhe propondo alguma espécie de união amorosa, já que aqueles anéis eram para compromisso entre casais – e especialmente as palavras escolhidas pela Uzumaki não ajudavam em nada.

Nem mesmo é preciso dizer o quão constrangido e sem jeito o platinado ficou para tentar explicar a errônea interpretação daquele momento que seus amigos fizeram.

Enquanto passava para a Amaya a vez de se sentir envergonhada, tendo a Kurenai a questionando o que aquela situação significava, o Hatake notou uma sexta figura próxima da sala.

E o platinado não tardou a reconhecer sua maior dor de cabeça em forma humana. Com isso ele entendeu que a situação ocorrida havia sido, sem qualquer sombra de dúvida, coisa dele.

Shisui fazia um tremendo esforço para não rir – mais do que interiormente já o fazia – com o que tinha acabado de acontecer.

Ele imaginava algo como aquilo a decorrer ao sugerir “inocentemente” a sua irmã que pedisse pelo auxílio do Hatake em relação às alianças – por dizer a ruiva que dado ao fato daquilo estar escondido, deveria ser mantido em segredo.

E como o platinado era o único, além do próprio Uchiha, que sabia sobre a garota e tudo que lhe envolvia, ela poderia pedir pela ajuda dele e ter certeza de que o outro não comentaria a respeito com ninguém.

Mas o Uchiha não esperava que a situação se desenrolasse com tamanha desenvoltura, fosse pela escolha de palavras da Amaya, pela reação de completa confusão do Kakashi ou a presença dos ex-colegas de Academia dos outros dois.

Nem se tivesse planejado aquilo antes teria acabado tão bem, ao ver do moreno.

(Entretanto, Shisui, você ainda não tinha ideia claramente de algo sobre sua irmã e o Hatake, que ambos tinham em comum: Eles não se esqueciam de nada. E você só entenderia às consequências disso mais tarde...)

☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆

Mesmo demorando a ser explicada, toda a situação embaraçosa decorrida anteriormente fora devidamente esclarecida.

O único suspiro desapontado viera por parte da Kurenai, que tinha acreditado fielmente que presenciaria a criação de um casal, como nos livros – era de conhecimento de poucos que a morena era uma leitora ávida de romances, e os em que os personagens apresentavam toda uma história juntos e desde novos eram os que lhe conquistavam.

E já que agora a situação envolvendo as alianças era de conhecimento dos seus companheiros, Amaya pediu pelo auxílio deles para entender do que se tratavam, bem como pediu que não comentassem com ninguém mais sobre os objetos – e todos acataram sem problemas ao pedido da garota.

“São alianças de compromisso”

Foi a resposta comum dos presentes naquela residência. Era um símbolo de união entre duas pessoas, representando certo grau de comprometimento um para com o outro.

Um exemplo para elucidar a Uzumaki foi dado pela Kurenai, ao indicar o colar que a ruiva usava. Era normalmente compartilhado por casais, ou mesmo amigos, indicando que eles se complementavam – o que a Amaya internamente concordou.

Porém a ruiva não dera tempo à amiga de questioná-la com quem estaria a outra metade, já que continuara suas perguntas sobre as alianças: Que tipo de união era essa que envolvia duas pessoas? Por que aqueles objetos eram comuns apenas para representar esse maior grau de comprometimento?

“Acho que é por... Amor”

Aquela fora a única resposta dada, mesmo demorando a ser dita.

Mas nenhum dos jovens ali sabia como explicar a Amaya o que aquilo realmente significava. Particularmente, nenhum havia o experimentado ainda – embora alguns estivessem se encaminhando para logo começar a senti-lo.

E aquilo deixou a Uzumaki inquieta.

Curiosidade.

Aquele era o ponto fraco dela.

Porém, a garota não insistira naquilo, pelo menos por hora. Logo aquela conversa mais séria deu lugar ao sossego e finalmente a razão pela qual os ex-companheiros de Academia da ruiva estarem ali fora esclarecido.

A garota os tranquilizou, quase como fazia com o irmão e o Hatake quando ela acabava com algum problema, e logo a notícia de que a Uzumaki agora era jounin se tornara o foco de toda a conversa.

O ambiente tomara uma aura de tranquilidade e descontração entre os presentes, e até mesmo Kakashi sendo o rabugento que era, na maior parte do tempo na presença de outras pessoas, teria aproveitado aquele momento.

(Porém, sendo aquele anterior “momento duplamente entendível” errôneo ou não, aquela situação seria algo que nenhum dos presentes na residência da família Uzumaki–Namikaze esqueceria tão cedo, ainda mais diante dos fatos que viriam a ocorrer nos anos seguintes...)



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