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História Herdeira da Luz e da Escuridão - O cair das máscaras


Escrita por: Hera_Bitch

Notas do Autor


Olá, olá meus amores!
Como estão?
Bem, cá estamos com mais um capítulo e queria deixar avisado que durante essa semana não vou poder vir postar mais nenhum capítulo novo. Estarei realizando as últimas provas dessa parte do semestre e preciso realmente focar nelas para me livrar logo.
Então peço que entendam e tenham paciência de esperar até o próximo findi ❤

Capítulo 98 - O cair das máscaras


Fanfic / Fanfiction Herdeira da Luz e da Escuridão - O cair das máscaras

“Quebrarei seu domínio

Porque eu não serei controlado

Eles não conseguem manter suas correntes em mim

Quando a verdade me fez livre

É isso o que se sente quando você toma sua vida de volta

É isso o que se sente quando você finalmente luta de volta

Quando a vida me empurra eu empurro mais forte

O que não me mata, me deixa mais forte”

– Not Gonna Die – Skillet

 

POV Narradora

Depois da decisão definitiva tomada pela família Uzumaki-Namikaze, Minato e a Amaya seguiram até o prédio do Hokage onde a reunião do Sandaime junto de seus Conselheiros ocorreria naquela manhã.

O loiro tinha sido convidado a participar também, afinal, todas as decisões tomadas naquele momento afetariam sua protegida e como seu responsável junto da Kushina, ele responderia e se posicionaria por ela durante a reunião.

E mesmo não podendo estar participando da reunião de fato, a Uzumaki optou por acompanhar e esperar pelo Namikaze até que a conversação com os Conselheiros e o Hokage se encerrasse.

Minato foi o último esperado para aquela reunião a entrar na sala e observou rapidamente os já familiares rostos ali, além de Hiruzen: Homura Mitokado, Koharu Utatane e Danzou Shimura.

Todos os presentes haviam sido companheiros de equipe, sob ordens do Hokage anterior, Tobirama Senju. Kagami Uchiha também tinha sido parte da equipe que atuara junto do Senju.

E dado ao grau de conhecimento e experiência de campo de Homura, Koharu e Danzou, quando Hiruzen assumiu o posto como sucessor do Nidaime, os três foram escalados como seus Conselheiros.

Sem esperar por qualquer ordem, Minato acomodou-se mais perto dos demais em torno da mesa média do cômodo.

– Agora que todos já estamos aqui, pode nos explicar a razão dessa reunião de última hora, Hiruzen? – Koharu perguntou sem rodeios ao Hokage, deixando a formalidade de lado para com o homem.

Assim como os demais, Minato levou seus olhos à mulher – ela era a única figura feminina que integrava o Conselho do Hokage.

– Pois bem – O Sandaime disse de maneira calma, como de costume – Os reuni aqui e chamei o Minato por causa de uma descoberta relacionada à missão de investigação ao laboratório de onde Amaya Uzumaki foi resgatada.

Todos já tinham sua atenção voltada a Hiruzen quando ele começara a falar, mas ao apresentar aos demais o motivo daquele encontro, todos já evocaram a si mesmos lembranças relacionadas a reuniões anteriores que tiveram com a temática "Amaya Uzumaki".

– Missão essa em que foi autorizada a participação de crianças, sendo de rank A... – Homura falou incomodado – E que um inimigo se infiltrou junto deles como um de seus homens – Ele levou seu olhar ao Danzou.

– Já tivemos muitas discussões sobre isso e a razão de estarmos aqui não é para discutirmos incansavelmente de novo – Hiruzen logo retomou o controle da fala, fazendo os demais o encarem.

– Como todas as excelências sabem, não foi obtido êxito em capturar qualquer inimigo vivo ou recuperar seus corpos – Minato disse de maneira centrada, a fim de nortear logo o assunto para o tema principal da reunião – Porém, junto das informações que habilmente o antigo time 7 reunido para essa missão conseguiu, pudemos ter acesso às armas usadas por alguns inimigos.

– Então a perícia finalmente terminou sua análise? – Koharu perguntou e Hiruzen assentiu.

– E foi constatado por seus membros que as armas utilizadas eram semelhantes às da Aldeia da Pedra, assim como do País do Relâmpago – O Namikaze continuara.

– Todo esse suspense para dizer que o inimigo é obviamente de uma das aldeias com quem estamos em guerra – Danzou se pronunciou de forma despreocupada – Já devíamos estar esperando por algo assim.

– E isso era exatamente o que alguém queria que pensássemos – Hiruzen tomou a palavra novamente, o que fez com que seus Conselheiros o encarassem.

– O que quer dizer? – Homura questionou o ex-companheiro de equipe, assim como os demais, curioso.

– De uma maneira resumida, aquelas armas que conseguimos dos inimigos foram forjadas para se parecerem com as de outras aldeias – O Hokage explicou.

– Se não são da Pedra e nem da Nuvem – Koharu falou – Então de onde são?

– Konoha – Minato disse simplesmente e todos os olhares do cômodo recaíram sobre o Namikaze.

Incredulidade, confusão e descrença ornamentavam as expressões dos Conselheiros, com a exceção de Danzou – mas aquilo não pareceu estranho aos demais, já que o homem muito raramente expressava algo.

Entretanto, internamente o Shimura estava inquieto. Preparar seus homens para destruir seus próprios corpos para que a Folha não pudesse identificá-los caso o plano falhasse tinha corrido como o esperado.

Porém, ter a intervenção de Minato junto da Tsunade e do Jiraya havia sido o primeiro imprevisto, assim como o sucesso da descoberta do time de perícia sobre a adulteração das armas ninjas.

– Estão dizendo que alguém da aldeia pode ser o responsável por aquele laboratório, bem como os experimentos feitos lá? – Koharu perguntou com seu tom um pouco mais elevado, dado a descrença com aquela informação.

– É o pensamento mais provável com as informações que temos – Hiruzen continuou com seu tom ameno, já que esperava que seus companheiros viessem a reagir daquela forma.

– E que informações são essas, além da que o responsável pelo laboratório é de Konoha? – Danzou perguntou.

Sua curiosidade a respeito nunca seria estranhada ali, afinal, como Conselheiro, seu trabalho era auxiliar o Hokage pelo bem-estar da aldeia e para isso ele precisava saber o que acontecia.

Ao mesmo tempo aquilo lhe dava todas as informações que tinham sobre seus próprios movimentos e de seu associado, Orochimaru, para evitarem problemas e suspeitas ainda maiores.

– Há a possibilidade de serem duas pessoas responsáveis por todas as coisas feitas no laboratório – Minato informou com sua atenção voltada ao Conselheiro.

– E fundamentado no que exatamente essa teoria é? – Homura perguntou, o que poupou o Shimura de o fazer.

– Pelo que a Amaya se lembra do seu tempo no laboratório – O Namikaze disse apenas.

Por ter participado da busca realizada pelo Inoichi no Time de Análise quando a garota chegara na aldeia, o loiro conhecia alguns fragmentos da memórias dela, bem como pelo que ela lhe contara quando questionada sobre.

E pela proximidade que pai e filha tinham, ela acabara por lhe contar sobre as hipóteses que levantara sobre o que passara e se lembrava do laboratório – sobre serem duas pessoas as responsáveis por aqueles testes era uma das certezas da Uzumaki.

– Estamos nos baseando então nas palavras de uma coisa produzida naquele laboratório para conduzir uma investigação... – Danzou disse sem muita vontade e claramente com desgosto direcionado a Uzumaki.

Mas ao mesmo tempo aquilo o preocupava. A garota conseguia lembrar-se, mesmo que não completamente, que eram duas pessoas as responsáveis pelo laboratório.

O que mais ela podia se lembrar?

– Com todo respeito, Danzou-san... – Minato disse rapidamente e de maneira mais séria – Ela não é uma “coisa”, como ofensivamente a chamou, seu nome é Amaya Uzumaki, kunoichi e moradora de Konoha, minha filha e uma pessoa como todos os presentes aqui.

O Conselheiro manteve um breve contato visual com o Namikaze de soslaio. Embora tivesse dito aquilo por questão de hábito desde o tempo em que a garota estava no laboratório, sabia que aquilo incomodaria o loiro.

– Minato tem razão, Danzou – Hiruzen interviu – Amaya é uma de nos e merece ser tratada como tal.

– Como queiram tratá-la – O Shimura disse – Mas nada muda o fato do que ela é: Um pequeno demônio em forma de gente.

E se o olhar do Namikaze pudesse afetar fisicamente alguém, era bem provável que naquele instante Danzou perdesse sua cabeça.

O olhar de Minato para o Conselheiro mostrava um lado do loiro que poucas pessoas conheciam: De uma fúria implacável, que só era vista no campo de batalha.

E embora o Namikaze não tivesse dito ou expressado nada fisicamente, alguém que pudesse sentir seu forte chakra notaria a oscilação dele e sua intensificação.

– Basta, Danzou! – Koharu falou com um tom mais brando ao ex-companheiro.

– Ter uma opinião própria sobre a garota é uma coisa, mas você foi longe demais já – Homura disse também, repreendendo Danzou.

Hiruzen suspirou baixo com tudo aquilo. Já esperava que houvessem discussões entre seus Conselheiros, mas não tão cedo e sem ao menos terem chegado ao ponto de real discussão.

– Deixemos isso de lado – O Sarutobi falou com o tom mais calmo que pôde, a fim de tentar demonstrar aos demais que deviam fazer o mesmo – Em decorrência das informações que a Amaya nos trouxe, assim como o que reunimos com nossa própria investigação, Minato e eu pensamos que precisamos tomar alguma atitude para que uma situação como a da volta da equipe de investigação do laboratório não se repita.

– Quer dizer, fazer algo em relação à vigilância sobre a garota Uzumaki, certo? – Homura perguntou e o Sandaime assentiu.

– Se nossa teoria sobre os responsáveis pelo laboratório estiver correta, e ao menos um deles estiver em Konoha, isso significa que ele pode estar atento a tudo que ela faz – Hiruzen explicou.

– Como na missão de investigação, onde se infiltraram no lugar do seu subordinado – Homura falou e olhou momentaneamente para o Danzou.

– Devíamos restringir a garota a ficar na aldeia então – Koharu falou e os demais a encararam – Assim saberemos sempre onde ela estará e vai reduzir a chance do inimigo conseguir chegar a ela.

– Mas ela é uma kunoichi de nível jounin, não? – Homura perguntou retoricamente – Ela participou de muitas missões fora de Konoha, auxiliando a aldeia nos enfoques da guerra. Não podemos manter alguém com as habilidades dela aqui para sempre, ainda mais com a intensificação dos conflitos que estão se desenrolando.

– E quem vai poder garantir que esse inimigo que está aqui na aldeia não vai agir quando ela estiver com alguma equipe fora? – Koharu argumentou – Ou que não vai usar qualquer método, como tentara com Shisui Uchiha e Kakashi Hatake, matando quem estiver com ela, apenas para recuperá-la?!

– O mesmo risco existirá ao mantê-la restringida a aldeia! – Homura defendeu seu ponto – Independente de onde Amaya Uzumaki estiver, é certo que o inimigo estará observando-a!

– Você não consegue pensar além disso?! – Koharu começou a elevar seu tom novamente e de forma irritada.

– Parece que não, assim como você! – Homura respondeu da mesma maneira.

– Chega, vocês dois! – Hiruzen interviu, elevando sua voz pela primeira vez naquele dia.

Os dois Conselheiros que até então discutiam o encararam e respiraram fundo, tentando voltar a um estado neutro para continuar aquela reunião.

– Como responsável legal da Amaya, gostaria de falar diretamente por ela agora – Minato tomou a palavra pouco depois de observar os ânimos alheios tendo se acalmado parcialmente – E gostaria de expor o que ela pensara como solução para esse impasse.

– Você contou essa situação toda para a garota? – Koharu perguntou ao Namikaze.

– Não iria fazê-lo até termos decidido ou pelo menos chegado a um consenso – O loiro explicou da maneira mais tranquila possível – Mas com a conversa que tivera hoje cedo com ela, decidi o fazer – Ele deixou seus olhos percorrerem os rostos dos presentes, vendo que todos tinham sua atenção nele – Assim como nós chegamos à informação de que algum dos envolvidos do laboratório é, provavelmente, uma pessoa residente da nossa aldeia, de alguma forma a Amaya deduziu o mesmo – Koharu e Homura chegaram a abrir suas bocas para falar, mas Minato continuou antes – Ela disse que não podia entrar em detalhes sobre como chegou a tal pensamento, mas que tinha certeza do mesmo.

Os presentes naquela sala tinham curiosidade, como o próprio Minato, para saber como Amaya chegara à mesma dedução que eles, especialmente por conta própria.

Porém, o único que deduzia sobre como a garota o havia feito era Danzou, já que seus membros da Fundação reportaram na noite passada a respeito do embate que tiveram com a Uzumaki, seu irmão e Itachi Uchiha.

Ela deve ter conseguido assimilar as posturas e métodos de combate dos dois grupos, tanto do que a atacara fora do laboratório como do trio de ontem..., Danzou ponderou.

– E já prevendo que iríamos querer encontrar uma maneira de deixá-la sob vigilância, ela me perguntou sobre uma forma de receber sua permissão, Sandaime, para ingressar na Anbu – O Namikaze expusera por fim.

Embora surpresos pelas informações, bem como pela organização mental da Uzumaki para lidar com toda a situação, o Sandaime e seus Conselheiros estavam abismados pela escolha da garota.

Koharu e Homura tinham a mesma opinião, de que aquela claramente era a melhor opção.

Hiruzen estava um pouco surpreso que a própria Uzumaki houvesse sugerido seu ingresso, afinal, o Hokage conhecia a personalidade da garota e sabia que ela evitava muitos dos comportamentos adotados pelos membros da Anbu, embora pudesse cumpri-los.

Já Danzou sentiu-se novamente incomodado. Alocar a Uzumaki na Anbu iria cortar quase que totalmente a vigilância que ele tinha sobre ela, assim como dar a garota um espaço propício para que investigasse livremente sobre ele e a Fundação.

– Uma escolha bem pensada para alguém jovem como ela – Homura elogiou – E concordo que deveríamos deixá-la sobre os cuidados dos Anbus.

– Colocá-la junto dos membros da Anbu apenas vai incitar o que ela realmente é – O Shimura comentou com seu tom ligeiramente irritado – É como soltar a coleira de um cão que está a ladrar ferozmente contra alguém.

– Você tem um ponto importante, Danzou – Koharu falou – Mas está esquecendo que, assim como estar na Anbu pode fazer com que a garota Uzumaki aja selvagemente, os ninjas de lá serão a coleira para controlá-la caso as coisas saiam do controle. Não há lugar mais seguro que esse para deixá-la agir – A mulher levou seus olhos a Hiruzen – Também concordo em torná-la parte da Anbu.

– E quanto a você, Minato? – Hiruzen levou sua atenção ao Namikaze.

– Tinha pensado no mesmo que a Amaya, que a Anbu seria o melhor lugar para ela agir com toda essa situação que surgiu – O loiro explicou calmamente – E quando a questionei sobre sua vontade diante disso, ela elucidou que era realmente de seu desejo ingressar na organização. Sendo assim, não tenho motivos para ir contra.

– Então todos estão de acordo, com exceção de você, Danzou – O Hokage falou e levou seus olhos ao Conselheiro – Por motivo de maioria dos votos, Amaya Uzumaki iniciará suas atividades como um membro da Anbu – Homura, Koharu e Minato assentiram, de acordo – Sendo assim, podemos dar essa reunião como encerrada.

☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆

Koharu e Homura foram os primeiros a deixarem a sala que servira para a reunião com o Sandaime. Ambos passaram pela Amaya no corredor, onde a garota estava precipitada em uma das janelas com seu olhar para fora.

Ela desviou seus olhos da paisagem por um breve momento, apenas para lhes cumprimentar com um assentir fraco.

Danzou foi o próximo a deixar a sala e quando Minato fora fazer o mesmo, Hiruzen pediu que o loiro permanecesse mais um pouco para certar com ele os detalhes de onde deveria levar a Amaya para organizar seu ingresso para a Anbu – fazer sua tatuagem e preparar os equipamentos para ela.

O Shimura andava de forma lenta pelo corredor do lado de fora da sala que servira para a anterior reunião. Estava incomodado com a decisão tomada por Hiruzen, seus ex-companheiros de equipe, bem como de Minato.

Porém, quando o Conselheiro atentou seu único olho descoberto a figura feminina que estava parada diante de uma das janelas do prédio, novamente a sensação de incômodo e irritação o atingiu.

Em qualquer outro momento ele evitaria estar perto dela, mas naquele instante simplesmente não se importou mais. Ele passou a apenas alguns centímetros da garota, observando-a de cima a baixo de soslaio.

Diferente de quando os outros dois Conselheiros passaram, Amaya não o encarou – propositalmente para não perturbar o homem.

Graças a sua audição mais apurada, mesmo estando do lado de fora da sala de reunião, a Uzumaki pôde ouvir tudo que os Conselheiros, o Hokage e seu pai haviam discutido ali – assim como sentido as oscilações de chakras deles nos momentos de tensão.

E ela gravara muito bem mentalmente o fato de que Danzou parecia repudiá-la – ainda sem entender direito o porquê e deduzindo que seria como os demais moradores da aldeia.

No entanto, quando o Shimura passara pela Uzumaki, como ocorrera ao final do Exame Chunnin quando a ruiva estava a ir embora com seus pais [63], seu corpo estremeceu inteiramente e uma sensação ruim a atingiu.

Tendo dado dois passos depois do lugar onde a Amaya estava, Danzou parou abruptamente seu lento andar, ainda mantendo seu olhar para frente.

– Quem não quer se queimar ou provocar um incêndio, tampouco deveria brincar com o fogo – O Shimura disse de maneira sombria a Uzumaki, soando claramente como um aviso a garota.

E diferente do que ia fazer, a ruiva levou seus olhos ao homem. Sua surpresa não viera pelo ultimato dele, muito menos por lembrar-se de como ele se referira a ela, mas sim pela semelhança.

Semelhança com a lembrança do dia da sua quase morte.

Um homem de estatura média, de cabelos curtos e escuros, e faixas que cobriam parte de seu rosto. Um de seus criadores e carrasco...

E nesse segundo ela entendera o porquê de ter sentido o que sentira a alguns instantes quando o homem passara por si.

Em qualquer outro momento a Uzumaki podia ter simplesmente congelado, estremecido ou mesmo partido para cima do homem em meio à raiva que guardava dele. Entretanto, ela não fez nada disso.

Ela se desencostou da guarda da janela onde tinha seus braços apoiados até então e virou completamente seu corpo na direção dele. A Uzumaki levou seus olhos diretamente ao de Danzou, com uma coragem e determinação que nem imaginava possuir.

– Só demônios podem brincar com fogo sem se queimar – A ruiva confrontou-o com um tom de voz suave, mas soando firme.

Uma resposta que mostrava a Danzou duas coisas:

A primeira era de que a ruiva havia ouvido seu comentário na reunião sobre ela, ao chamá-la abertamente de ‘demônio’.

E a segunda era de que o experimento 122, o mais passivo de todos, acabara de afrontar diretamente, e consciente disso, àquele que a criara.

A Uzumaki virou seu corpo sobre seus calcanhares e seguiu andando na direção oposta a que Danzou estava indo, deixando o homem para trás.

Fisicamente, numa primeira olhada, ninguém diria que algo estava fora do comum com a Amaya, mas se alguém chegasse perto o suficiente do peito da garota possivelmente conseguiria ouvir seus batimentos a mil.

Ela podia esperar tudo naquele dia, exceto ter um de seus criadores vindo confrontá-la – e ela própria tendo rebatido sua ameaça com um claro declarar de guerra ao homem.

Amaya agora tinha certeza de que Danzou Shimura era um dos envolvidos com sua criação e o laboratório de onde ela viera. Ela e seu corpo sentiam isso.

(Embora fosse uma confissão, aquilo não era uma prova real que pudesse ser usada contra o Shimura para acusá-lo – seria a palavra da Uzumaki contra a do Conselheiro. Pelo menos não naquele momento. Por essa razão, aquele breve diálogo entre os dois permaneceria guardado, até que o momento certo surgisse...)

No entanto, aquilo servia para a Uzumaki confirmar a teoria que ela e seu irmão haviam formulado: A Fundação tinha ligação com o laboratório de onde ela viera. Ou melhor dizendo, o líder e criador da Anbu Ne era um dos responsáveis pelo laboratório em si.

E embora estivesse com seu coração batendo pesadamente, havia também uma leveza e calma estranha no peito da ruiva. Era uma tranquilidade por finalmente ter certeza sobre algo que ela não tinha até então:

Ela finalmente tinha a coragem que precisava para encarar seu passado sem acuar-se diante dele.



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