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História Herdeiros da Magia - Capitulo 52 Encurralados.


Escrita por: zariesk

Notas do Autor


Olha outra atualização saindo!!
A segunda prova do dia chegou, é hora dos times mostrarem suas habilidades em grandes desafios, mas o que Pallas planeja para nossos queridos personagens? Uma sombra cruel paira sobre todos eles neste emocionante capitulo!

Capítulo 52 - Capitulo 52 Encurralados.


Fanfic / Fanfiction Herdeiros da Magia - Capitulo 52 Encurralados.

Capitulo 52 – Encurralados.

 

 

- Deveríamos ter ido assistir pessoalmente – reclamava o professor Terion.

- Não se podia fazer nada a respeito – disse a professora Tella – tínhamos muitos trabalhos atrasados.

- Ora vamos, pelo menos podemos assistir neste telão – dizia o professor Tulaf – embora o seu proposito original fosse transmitir discursos para todos os alunos.

 

Os professores da academia arcana estavam reunidos para assistir os jogos, em seu espaço reservado eles podiam ver a grande tela de cristal que preenchia o auditório, na parte comum muitos alunos também estavam reunidos para assistir e estavam muito empolgados com isso.

 

- Olá pessoal! Espero que não tenha começado ainda – dizia Misty chegando em seu corpo artificial.

- Ainda não, ainda está no show do intervalo – respondeu o professor Shadi.

- Que bom, eu não quero perder nada disso – dizia Misty sentando em seu lugar.

- Desde quando ficamos tão próximos dela? – perguntou Terion.

- Não sei, começou com uma experiencia do Hermet e agora ela tá andando por todo lugar – disse o professor Bastan do lado dele.

- Se eu fosse vocês não reclamava, senão não poderão desfrutar disso aqui – disse Misty estalando os dedos.

 

Inuka entrou empurrando um grande carrinho de comida, havia de tudo nele, refeições completas, sobremesas e aperitivos, ela passou uma boa parte da manhã preparando tudo isso e estava extremamente satisfeita, ao verem o carrinho os professores ficaram com água na boca, Inuka trouxe do corredor outro carrinho menor com pratos e talheres e logo todos foram se servir.

 

- Boa menina, você sempre faz bem – elogiava Misty – venha aqui, vou te dar um agrado.

 

Misty a chamava batendo em sua coxa, Inuka abanando o rabo pulou e sentou no colo de sua mestra, quando ela se sentou Misty pegou uma taça de sorvete e começou a dar na boca dela, os professores ficaram olhando aquela cena que por algum motivo parecia bem erótica, e quando um pouco de sorvete caiu no peito da Inuka a Misty usou a língua pra limpar.

 

- Viu só? Ela não precisa de poderes de succubus pra deixar um homem de pau duro – comentou Koren.

- Me poupe desses comentários – disse Tella ficando ruborizada.

 

Logo depois um dos alunos apareceu trazendo um caderno de anotações, eram os resultados das apostas anteriores e a organização para a próxima, entre os professores alguns ganharam dinheiro, outros perderam e alguns já colocavam seus palpites para o próximo jogo, alguns até achavam incrível essa rede clandestina em plena academia, que não era comentada mas conhecida por todos.

 

- Professora Misty, aqui está a sua parte – disse o rapaz entregando um envelope com dinheiro dentro – vai querer fazer mais alguma aposta?

- Mas é claro, eu aposto que vai ficar tudo empatado hoje – disse ela usando o dinheiro que ganhou para fazer uma nova aposta.

 

Empatado não significava um placar exatamente igual, significava apenas que todas as escolas participantes venceriam suas provas, era uma aposta arriscada já que obviamente já tinham escolas que estavam muito atrás das outras, principalmente as duas que não se destacavam em nada.

 

- Eu já tinha notado antes, mas parece que você gosta sempre de contrariar as expectativas – comentou Koren.

- Ganhando ou perdendo o que importa é o desafio – respondeu ela – se tudo sai como o esperado não tem graça nenhuma.

- Eu quero que o mestre vença hoje – comentou Inuka.

- Ah você quer? Ele esteve bem legal mas participou bem pouco – dizia Misty – mas acho que agora ele vai se destacar mais.

- Você por acaso tem uma intuição? – perguntou Tella – suas apostas ousadas sempre dão certo.

- Digamos que eu sinto algo ferver dentro de mim hoje – respondeu ela com um sorriso cruel.

 

**********************************

 

- Que inveja... – dizia Jinshu observando a luta através das imagens projetadas.

- Me diga uma coisa, aquilo é uma hidra não é? – perguntou Darch.

- É sim, tem um certo parentesco com os dragões – respondeu Jinshu – embora nunca se deve dizer isso na frente de um dragão real.

- Mas não tinha uma lenda de que se você corta uma cabeça nascem duas no lugar? – perguntou Darch estranhando.

- Ah isso, é muito comum pensar isso mas não é verdade – respondeu Jinshu – a hidra tem uma capacidade regenerativa enorme, então mesmo quando você decepa uma cabeça vai crescer uma nova em menos de uma hora, mas o problema mesmo vem com a cabeça que foi decapitada.

 

Ele dizia isso apontando para a cabeça que foi cortada pelo aluno da escola Ministes, ela parecia como a cauda amputada de um lagarto e ficava se debatendo, depois de alguns minutos ela se regenerou ao ponto de parecer uma grande cobra individual, um dos alunos da Ministes logo foi lutar contra a grande cobra enquanto seus colegas lutavam contra a hidra, a parte do pescoço que foi cortada estava regenerando um toco que representava uma nova cabeça já estava nascendo.

 

- Se você corta fora uma cabeça esta se transforma num filhote de hidra – explicava Jinshu – e uma nova cabeça cresce no lugar da decepada.

- Então como se mata isso? – perguntou Ryna.

- Cause um dano tão grande que a mate de uma vez, ou fique causando danos moderados continuamente até ela não ter mais capacidade de se regenerar – explicava ele – para lidar com as cabeças decepadas é recomendado incinera-las o mais rápido possível, mas isso quando a hidra não é do elemento fogo.

 

Toda essa analise se devia ao fato de que eles poderiam enfrentar algo parecido em breve, a última prova do dia consistia de todos os membros do time enfrentarem uma poderosa criatura, o primeiro time a ir enfrentou um gigante que usava uma armadura negra e um machado de duas faces, o segundo time enfrentou uma criatura gosmenta (limo) que dissolvia tudo que tocava e era praticamente imune a danos físicos, agora a Ministes enfrentava uma hidra de 7 cabeças, considerando que a mais poderosa hidra tinha 12 cabeças esta estava acima do nível médio da espécie.

 

- Ah sim, geralmente leva 50 anos para uma hidra ganhar uma cabeça nova, e elas sempre nascem com pelo menos duas – continuava Jinshu – uma hidra sempre nasce com a metade da quantidade de sua progenitora, exceto quando ela é uma cabeça decepada como vimos agora a pouco.

- Muito obrigado pela aula professor Jinshu – brincava Darch – vou me lembrar disso se topar com uma no futuro.

 

A escola Ministes já tinha perdido 4 integrantes, assim que eles eram feridos gravemente a magia os mandava de volta para a arena onde eram tratados, com apenas 6 integrantes eles estavam encurralados mas ainda dispostos a lutar pelos preciosos pontos, todos eles estavam trabalhando duro para sincronizar suas magias enquanto um dos seus companheiros distraia a hidra, após explodir uma das cabeças dela com sua melhor magia ofensiva Ravies deu o sinal para seus colegas agirem.

 

- Façam agora, não errem de jeito nenhum! – disse ele se afastando num salto.

 

Os outros membros do time já tinham conjurado a [lança arcana] e se posicionado acima da hidra usando os terrenos elevados em volta, após se posicionarem e receberem o sinal todos dispararam as lanças ao mesmo tempo, com isso elas cravaram-se nas cabeças da hidra e as jogaram no chão prendendo-as como estacas, mesmo com as cabeças perfuradas a hidra ainda se mexia, mas os alunos conjuravam um novo conjunto de [lança arcana para perfurar várias partes da hidra, em especial sua perigosa cauda.

 

- Não vacilem ainda, ela tá tentando se libertar! – avisou Ravies vendo uma das cabeças livres tentando puxar a lança que prendia outra cabeça.

 

Um dos colegas saltou do morro onde estava com uma espada flamejante, com um golpe preciso ele decapitou a cabeça livre que logo começou a debater no chão, antes que ela pudesse se transformar numa serpente gigante este aluno cravou a espada flamejante nela fazendo-a arder em chamas, com isso mesmo que ainda estivesse viva a hidra foi considerada derrotada.

 

- Impressionante! A Ministes conseguiu uma grande vitória contra uma criatura tão poderosa! – dizia o narrador empolgado – acho que ninguém apostou que eles conseguiriam!

 

De fato as apostas diziam que eles iam perder, por isso a virada foi tão significativa, não só os 20 pontos foram creditados como também obtiveram uma vitória com suas próprias forças, de onde estava Ryna fez um ok para Ravies que acenou pra ela.

 

- Após a excelente atuação da Ministes vem agora a academia Meyjane – anunciava o narrador – todos estão com grandes expectativas pois eles são especialistas em lidar com isso.

 

Os participantes reuniram-se no centro da arena esperando o teletransporte, quando eles foram enviados surgiram num local similar ao anterior, era uma grande paisagem com todos os tipos de terrenos para batalha, após chegarem eles se posicionaram como acharam melhor para aguardar o que viria.

 

- A próxima criatura já foi selecionada e será um barraturo – avisava o narrador – lembrando que todas as criaturas invocadas foram avaliadas pelos mais diversos especialistas e classificadas com o mesmo rank, então tecnicamente todos os times enfrentam criaturas com o mesmo nível de força.

 

A avaliação dos especialistas estava correta, mas ter o mesmo nível de força não significa a mesma dificuldade para vencer, algumas criaturas são mais especialistas em força bruta, outras em resistência, algumas em poder magico e outras em habilidades desconhecidas, sem os meios corretos para vencer uma criatura mais fraca pode ser mais difícil que uma poderosa.

A criatura conhecida como barraturo era um ser vindo das terras geladas de Heimjord, era tão grande como um elefante mas com uma agilidade enganosa, corpo revestido de pelos espessos e placas ósseas usadas para defesa e ataque, ele tinha um certo nível de inteligência e um sopro congelante que poderia ser comparado ao de um dragão de gelo do mesmo tamanho.

 

- Vamos mostrar quem manda neste tipo de jogo – disse o líder do time Meyjane.

 

Quando o barraturo surgiu no campo de batalha os magos já estavam prontos pra enfrenta-lo, todos os 10 alunos invocaram criaturas variadas, sendo 6 criaturas do fogo, duas do gelo e duas do raio.

As criaturas de gelo foram invocadas só para proteger os alunos contra os ataques do barraturo, as criaturas do fogo eram a força de ataque principal, enquanto que as criaturas do raio serviam para neutralizar seus movimentos, como previsto a batalha foi extremamente fácil e nenhum aluno foi eliminado, já que saíram ilesos eles ganharam dois pontos adicionais.

 

- Como previsto, uma prova como essa não seria um problema para eles – dizia o imperador satisfeito.

- General Galtran, você enfrenta esse tipo de monstro em seu serviço? – perguntou Reirena.

- Não minha senhora, normalmente é trabalho dos magos e mercenários – explicou ele educadamente – as forças militares só se envolvem em ameaças de maior escala.

- Embora em tempos de paz sua maior preocupação é organizar patrulhas para combater criminosos comuns – comentou Cedric.

- Ah não fale assim Cedric, faz parecer que ele não está fazendo algo importante – disse Eldair bebendo um pouco de licor – nosso território é grande e por causa das invasões anteriores há muitas ruinas espalhadas ao esmo, terreno propício para criminosos.

- Não quis menospreza-lo, só achei uma pena o maior general do reinado quase não ter serviço – disse o arquimago.

- As vezes lutar contra humanos é mais problemático do que feras ou demônios – disse Galtran – humanos tendem a usar todo o seu potencial para fazer algo, seja bom ou ruim.

- Anunciamos agora que a próxima escola escolhida é a academia arcana – disse o narrador – por favor participantes, reúnam-se no centro da arena.

- Ah que ótimo! Finalmente chegou a vez da nossa filha!! – disse Reirena toda empolgada.

- Irmã, os outros estão lá também – avisou Kevne brincando – incluindo a Reina.

- Não quero saber da Reina agora, eu estou furiosa com ela! – disse a mulher cruzando os braços – estragando o grande momento do Karl e da Ryna, imperdoável!

- Por favor não brigue com sua sobrinha por minha causa – dizia Karl de forma super simpática – talvez ela teve seus motivos, eu só tenho que me esforçar mais para ser aceito.

- Não precisa se preocupar com isso, não se trata de aceitação – disse o imperador com um tom mais sério – você VAI ser o esposo da Ryna, quer elas gostem ou não.

 

Mas o assunto foi deixado de lado por enquanto, os alunos da academia arcana já estavam reunidos na arena, o teleporte começou e eles foram parar no mesmo lugar que todos os outros, a tensão aumentava a medida que os preparativos eram concluídos.

 

- O comitê organizador já sorteou a criatura que os alunos vão combater – anunciava o narrador – trata-se do akravidos.

- Akravidos? Que droga é essa? – perguntou Darch olhando pro Jinshu.

- É uma criatura elemental da terra, ele tem a forma exata de um escorpião gigante – explicava ele – tem 3 grandes bocas e um ferrão feito de cristal, além da capacidade de se mesclar ao solo ou cuspir nuvens de areia.

- Você realmente decorou a enciclopédia não foi? – dizia Darch lhe olhando estranho – você precisa de uma namorada logo.

- Tem algumas candidatas na enciclopédia também – comentou ele.

- Gosta de coisas exóticas? Vou te apresentar à Misty – brincou o Darch – mas não reclame se ela enfiar essa sua glaive na sua bunda.

- Peço desculpas pela demora, o comitê organizador já vai dar inicio à luta – explicou o narrador – com vocês a academia arcana e sua luta contra o akravidos!

 

Assim que foi anunciado os participantes se prepararam dando prioridade para os magos elementais, enquanto esperavam a criatura surgir o céu começou a ficar estranho, nuvens negras e relâmpagos vermelhos começaram a surgir, o próprio ambiente parecia ficar selvagem com tremores leves de terra e as árvores curvando-se, quando um enorme relâmpago caiu num morro algo surgiu da fumaça causada pelo fogo.

 

- Espera, isso não se parece nada com o que você descreveu – disse Karias do lado do Jinshu.

 

A criatura que surgia era completamente diferente, tratava-se de um ser enorme que era humanoide da cintura pra cima e serpente da cintura pra baixo, sua pele era num tom roxo como se fosse veneno, tinha 6 braços e uma expressão feroz mesmo que tivesse um rosto bonito de mulher, da cabeça até a ponta da cauda ela teria uns 10m de comprimento.

 

- Se o Jinshu está certo então alguém cometeu um erro – dizia Ryna sentindo arrepios.

 

Ryna olhou pro Darch que olhava fixamente para a criatura que surgiu, ele estava pálido como se tivesse visto uma assombração, e para assustar alguém como ele precisava ser algo terrível, a forma como ele estava tremendo indicava que ele sabia o que estava surgindo diante deles.

 

- q-qu-quem foi o doido que planejou isso? – disse ele quase recuando – aquilo não é um akravidos, é uma marilith!! Igual a que vi no livro da Misty!

- Marilith? Isso é muito ruim? – perguntou Ryna ficando com medo.

- Tá brincando!? Aquilo é um demônio da classe superior! – respondeu ele – sabe o Belphegor que atacou a academia? Essa coisa poderia ser o braço direito dele!!

 

Só por ele dizer isso causou terror em todos, a marilith urrou furiosamente e vários relâmpagos caíram ao seu redor, cada um transformando-se numa arma diferente que ela pegou com seus braços, o par superior empunhava uma lança longa, o par do meio usava duas espadas curvas e o par inferior manejava uma kusari-gana*

E após retrair sua cauda de cobra a marilith saltou na direção dos alunos que ainda estavam em choque pela sua aparição, vendo que a primeira pessoa no seu caminho era a Ryna Reina instintivamente saltou para sua frente e usou sua espada para desviar a lança que estava apontada para o coração da princesa, a marilith rosnou e acertou a cara da Reina com a bola de ferro da sua kusari-gana jogando a garota muito longe.

 

- REINA!!!! – gritou Ryna.

 

Ryna virou-se para onde sua prima foi arremessada, mas a marilith simplesmente não tinha parado o ataque ainda, erguendo suas espadas ela desferiu um golpe vertical visando cortar Ryna ao meio de cima para baixo, a garota sentiu o vento provocado pelo ataque agitar seu cabelo quando ambas as espadas foram paradas pelo escudo do Arik.

 

- Acorda Ryna!! Ela tá tentando te matar!! – gritou Arik sentindo seus braços quase quebrarem com a pressão que a marilith exercia.

 

Ryna despertou do choque ao ouvir essas palavras, quando ela pensou em agir a marilith girou o corpo e acertou os dois com a cauda, tanto Arik como Ryna voaram ainda mais longe do que a Reina, foi uma cena que aconteceu em poucos segundos mas que deixou todos sem reação.

Depois de acordarem do choque Emadora puxou Karias pela gola da roupa já que ele estava paralisado de medo, Jinshu avançou para atacar com sua glaive enquanto Darch sacava sua espada e pulava na frente de Varatane e Kuzoha, Emílio decidiu correr para socorrer o que foram atingidos antes enquanto Jinshu planejava segurar a marilith.

Só que a marilith não planejava deixar ninguém vivo, ela abriu sua boca de uma forma que só seria possível para uma cobra, e após aspirar bastante ar ela soprou uma coluna de chamas azuis na direção de todos, o fogo profano em alta pressão varreu todo o campo de batalha diante da marilith.

 

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- Isso é lindo – dizia Pallas olhando a tela magica – simplesmente lindo.

- Fala daqueles peitos enormes e saltitantes? – perguntou Duron do seu lado – realmente são lindos, mas a parte de cobra complica um pouco.

- Não pretendo negar a sua observação, mas eu preferia que não tivesse mencionado – disse Pallas – eu estava me referindo a beleza com que a marilith realiza um massacre, é quase uma obra de arte.

 

Pallas e seus seguidores estavam em uma sala de formato oval, no chão os corpos dos magos que controlavam o sistema da outra dimensão onde ocorriam as batalhas, no meio da sala havia um orbe que tinha todos os comandos e magias necessárias para controlar a outra dimensão e suas especificações.

Quando o time da academia arcana entrou na outra dimensão Pallas e seus seguidores saíram da dimensão sombria e mataram os magos para assumir o controle do sistema, usando o artefato que Pallas trouxe ele corrompeu todo o sistema e ainda por cima o deixou completamente instável graças ao Mana dracônico do Dasugard, esse era o seu plano para eliminar a princesa do reinado.

 

- Mesmo se por um milagre eles matarem a marilith não vão sair de lá, a dimensão inteira entrará em colapso em pouco tempo – dizia Pallas satisfeito – esse é o significado de uma garantia, embora eu queira muito ver a marilith esquartejando a princesa viva!

- Mas precisava mesmo tudo isso? Quero dizer, é de uma marilith que estamos falando – dizia Praisia – parece com matar uma barata usando uma bola de fogo.

- Além de garantir que não vai ter erro há outras razões – explicava Pallas – eu quero mostrar a mais brutal e terrível morte, quero que todos assistam a princesa ser feita em pedaços, e quero que vejam o poder dos demônios que eles acham que podem derrotar.

- Você tá falando igual ao Dasugard, ele queria matar a princesa e pendurar a cabeça dela com as tripas – dizia Praisia – quase tenho pena dela.

- Ela estragou um plano perfeito que levei meses para compor, isso é pouco pra ela – respondeu Pallas – além disso eu a detesto desde que a vi pela primeira vez, maldita garota abençoada no berço!

- Hei, aquele ali não é o garoto que pegamos em Valice? – comentou Duron olhando a tela magica – como era mesmo o nome dele?

- Espera, não é que você está certo? – disse Bantrade ajeitando seus óculos – você não disse que ele tinha morrido?

- Eu pensei que tinha morrido, ele sumiu no meio da batalha – respondeu Duron.

- Como assim? Por que ele está aqui? – perguntou Pallas – ele não trabalhava para a Misty? Como ele está participando dos jogos mágicos?

- Qual é o motivo dessa confusão toda? – perguntou Praisia.

- Aquele cara é um mago negro, estava envolvido na guerra de Valice – respondeu Saraguna o seu lado.

 

Nesse momento ouviram batidas na porta, eram os guardas que tinham notado que tinha algo errado e vieram confirmar, como a porta estava trancada por dentro eles batiam exigindo que abrissem.

 

- Duron, vá dar uma resposta pra eles – pediu Pallas ajeitando sua máscara.

- Ok chefe – respondeu ele pegando sua espada e indo até a porta.

- O resto de vocês se preparem, daqui a pouco vamos ter mais gente batendo na porta – ordenou ele – vamos fazer desse evento um sucesso, ninguém vai esquecer o dia de hoje.

 

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(um pouco antes)

 

- Isso... isso não pode estar certo! – dizia Eldair se levantando de sua cadeira – aquela coisa é bem diferente do que me disseram!

- Meu senhor! Aquilo é uma marilith! – alertava Galtran se levantando também – um poderoso demônio da classe superior!

 

Quando ouviu isso o imperador ficou completamente pálido, a rainha simplesmente desmaiou enquanto Suvia tentava ampara-la e Cedric engasgou, nunca que um demônio da classe superior seria colocado nestes jogos, seria simplesmente insano achar que estudantes poderia derrota-lo, Eldair estava tão atordoado com a noticia que nem conseguia dizer nada.

 

- Mandem alguém checar a sala de controle! – ordenava Kevne agindo antes – mandem cancelarem imediatamente!

- Eles precisam aguentar até trazemos todos de volta – dizia Galtran – mas estudantes da academia vão aguentar tempo suficiente!?

 

O imperador parecia ter perdido as forças nas pernas, e sua situação ficou pior quando viu a marilith quase atravessando o coração da sua filha com uma lança, no estádio o povo também estava em choque, como se seus instintos lhe dissessem que aquilo estava muito errado, os alunos da ordem da luz junto com seu diretor corriam de um lado pra outro como se quisessem invadir a arena.

 

- Cedric, tente entrar em contato com o Aestyrondala, peça pelo seu auxilio – dizia Eldair quase sem forças – diga que pagarei o preço que for, até mesmo devolverei o coração do Findaral.

- Agora mesmo meu senhor – disse o arquimago conjurando a magia.

 

Enquanto Cedric tentava falar com o dragão ancião Kevne recebia relatórios, seus guardas-reais diziam que alguns funcionários sumiram e a equipe enviada para a sala de controle não respondeu mais, dois guardas-reais estavam indo para checar pessoalmente, enquanto isso o imperador via a marilith varrer o campo de batalha com um sopro de fogo.

 

- Aesty não está interessado em responder, foi o que ouvi de sua serva – avisou Cedric – então entrei em contato com Ardof, ele disse que já tentou cancelar o sistema mas está fora de controle.

- A equipe enviada para investigar sumiu completamente, é seguro afirmar que alguém está por trás disso – disse Kevne – os guardas enviados agora relatam que uma parede negra está bloqueando o corredor.

- Galtran!! Eu quero que você abra caminho e escolte Ardof até lá agora mesmo!! – gritou o imperador furioso e desesperado – não importa se você destruir metade do estádio mas acabe com qualquer um em seu caminho!!

- Será feito meu senhor! – respondeu ele já saindo da ala VIP.

 

O general pegou sua espada e saiu acompanhado por alguns guardas, no corredor Ardof teleportou-se para o seu lado e depois teleportou todos para o ponto mais próximo, ao chegarem lá viram uma cena terrível.

Os guardas que já estavam lá tinham quebrado a parede negra, mas assim que ela ruiu uma nuvem de fumaça roxa saiu matando a todos, era miasma venenoso conjurado por magia negra, além da fumaça dava pra ver figuras de três metros de altura vestindo armaduras completas e empunhando grandes escudos e machados, eram ogros zumbis equipados para resistir a tudo que viesse enfrenta-los, outros zumbis menores estavam lotando o corredor que levava para a sala de controle.

 

- Pode nos levar direto pra lá? – perguntou Galtran.

- Infelizmente eu já tentei, alguém está bloqueando a magia – respondeu Ardof – além disso surgir lá dentro sem saber o que se passa é perigoso, podemos ser mortos no instante em que surgirmos.

- Então como ordenado eu irei abrir caminho – disse Galtran sacando sua espada.

 

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- Obrigado, você me salvou – disse Varatane ofegante e tremendo.

- Minha magia negra tinha que servir pra alguma coisa afinal – disse Darch tossindo.

 

Darch estava com algumas queimaduras leves pelo corpo, mas ele poderia estar pior se não tivesse agido logo, assim que viu o mar de fogo vindo em sua direção Darch conjurou uma magia defensiva, ao mesmo tempo usou a si mesmo como escudo para proteger Varatane e Kuzoha.

Olhando em volta aquele ataque parecia ter dizimado tudo, Jinshu estava caído no chão com seu corpo todo queimado, Emadora tinha conseguido puxar Karias para fora da área de efeito graças a magia de aceleração, as duas atrás dele estavam bem apesar de tudo.

O maior problema era com certeza Ryna, Reina e Arik, todos atingidos diretamente pela marilith, se estivessem vivos estariam em péssimo estado e precisando de ajuda, felizmente Varatane era muito boa com magia de cura e Kuzoha sabia alguma coisa, era algo a se fazer agora.

 

- Vocês duas vão resgatar os três que foram arremessados, eu vou distrair a marilith – disse Darch empunhando sua espada e tomando um frasco de poção de cura – quando puderem resgatem o Jinshu também, mas ponham na cabeça que se não der pra salvar todos fujam com quem conseguir.

 

Darch correu na direção da marilith que erguia seus braços ameaçadoramente, Varatane e Kuzoha tremiam mas precisavam salvar quem fosse possível, ao olhar pra Emadora ela estava fazendo uma magia e logo ouviu a voz dela em sua mente.

 

- Vá socorrer os três, eu vou buscar o Jinshu – disse ela – vou fazer ele tomar a minha poção de cura e a dele também, talvez isso seja o bastante.

 

Karias tinha invocado seu golem lobo pra servir de montaria pra ele, junto com Emadora foram resgatar Jinshu enquanto as duas magas iam socorrer os amigos, ao chegarem no local viram Emílio arrastando o Arik para perto dos outros dois.

 

- Graças a deus, vamos começar a restaura-los – disse Varatane – precisamos da sua magia para fortalecer a nossa.

- Entendi, vou usar o [canto da piedade] – disse ele – mas não vai ser muito efetivo.

- Não importa, eu vou torrar meu Mana todo se for preciso – disse Varatane determinada – mas não vou deixar ninguém morrer aqui!

 

Ryna e Reina estavam mais feridas, por isso Varatane se concentraria nelas, usando sua magia Varatane fez brotar varias gavinhas de suas costas que se enrolaram nas duas feridas, assim uma aura verde emergia da Varatane e seguia para os corpos delas curando-as lentamente.

Kuzoha só sabia magia de cura do 2ª nível, por isso ela curava Arik que aguentou mais pela armadura, botando a mão em seu peito ela recitou a conjuração que o cobriu com uma aura branca, já Emílio cantava uma música triste mas que em sua letra falava sobre a benção dos deuses, assim toda magia de cura usada dentro da área seria reforçada.

Darch por outro lado estava numa situação perigosa, atacando a marilith de frente ele estava certo que ia acabar sendo morto, mesmo assim ele só tinha a intenção de distrai-la tempo o suficiente, quando a marilith atacou com a lança Darch conjurou uma magia.

 

- [Passos das Sombras] – disse ele transformando seu corpo numa sombra.

 

Com a magia Darch desapareceu como um vulto e surgiu bem próximo da marilith, surpreendida pelo movimento ela não reagiu a tempo e foi atingida na cara pela espada dele, Darch sentiu que acertou mas era como se tentasse cortar couro com uma faca cega, sem causar qualquer dano ele viu a foice da kusari-gana vindo em seu pescoço, e somente com o [passos da sombras] que ele desviou para uma distância segura.

 

- Cacete! Eu vi minha vida passar diante dos meus olhos! – disse ele suando frio – nunca mais faço isso!

 

Darch apenas ouviu o som de algo arrastando, quando olhou pra frente ele viu a marilith praticamente lhe atropelando, a velocidade dela era absurda pra alguém com um corpo tão grande, por isso Darch mais uma vez usou o [passos das sombras] para desviar do ataque dela.

 

- “Já usei três vezes, pelo meu nível a magia vai durar o suficiente pra mais três” – pensou ele – “o problema é se ela usar um ataque que não dê pra desviar nem com velocidade!”

 

Com tantas armas em mãos era difícil prever que ataque ela usaria agora, além disso ela simplesmente atacaria com todas de acordo com os movimentos dele, Darch estava agradecido pela marilith não parecer leva-lo a sério, pois um demônio da classe superior é muito mais que isso.

 

- Bom, se eu quero matar um arquidemônio um dia eu preciso começar por baixo – disse ele tentando conseguir alguma confiança – vamos ver quanto tempo eu duro.

 

A confiança dele não durou nada, a marilith atacou com uma enxurrada de ataques de várias direções, tanto que Darch gastou os três usos de sua magia em um instante, após perder o ultimo uso ele foi atingido pela bola de ferro, felizmente a espada estava na frente e amorteceu o impacto que teria quebrado suas costelas, mas quando ele caiu no chão a marilith usou sua cauda para agarra-lo e espremer lentamente enquanto o encarava bem de perto.

 

- Você poderia cobrir estes peitos? Tão me distraindo demais sabia? – brincou Darch sentindo seus ossos trincarem.

 

A marilith rosnou e escancarou sua boca mais uma vez como se quisesse engoli-lo por inteiro, foi quando um relâmpago atingiu a sua cabeça, mesmo saindo um pouco de sangue ela apenas perdeu o equilíbrio, como a cauda afrouxou Darch imediatamente usou toda a sua força pra escapar e correr mesmo cambaleando.

 

- Fique longe dele sua puta!! – gritou Ryna furiosa – e trate de cobrir estes peitos sua coisa indecente!!

- É a melhor parte dela – brincou Emílio do seu lado – bem-vinda de volta.

 

A marilith gritou furiosa e liberando uma aura terrível, todo o campo de batalha parecia estar tremendo agora enquanto o Mana das trevas dela explodia, Arik e Reina levantavam-se também ainda que estivessem muito fracos, mas felizmente Darch conseguiu chegar até os amigos.

 

- Eu perguntaria se você está bem, mas essa pergunta seria idiota agora – disse Ryna.

- Ainda tô vivo, o que é bem mais do que eu esperava – disse ele – como estão os outros?

- Kuzoha está tratando do Jinshu, a Varatane desmaiou – respondeu Emílio – a Reina e o Arik mesmo de pé ainda estão vendo o portão da morte e o diabo tá sorrindo pra eles.

- E eu mandei ele se fuder, e é o que vou fazer com aquele bicho também! – disse Reina ofegante.

- Ela amassou o meu escudo num golpe – disse Arik jogando o escudo fora.

- Ela amassou a minha cara – reclamou Reina – esquece o escudo e se concentra.

- Sério, teríamos mais chances correndo em círculos – disse Emadora – se não se importam eu vou ficar pra trás.

- Pensei que você não tivesse medo de nada – disse Emílio olhando pra ela.

- Formigas também não tem e mesmo assim fogem dos predadores – respondeu ela – meu instinto de sobrevivência tá gritando como um alarme agora.

- e-e-e-eu também não quero lutar, eu não sei lutar! – disse Karias com medo e vergonha.

- Tudo bem, nunca pensamos em colocar vocês dois na linha de frente – disse Ryna tranquila – em troca cuidem da Tane até ela acordar ok?

 

A marilith avançou na direção deles como uma locomotiva furiosa, Ryna e Arik se juntaram para erguer uma magia de barreira branca que bloqueou a passagem dela, mas mesmo sendo uma magia de luz a marilith lutava pra destruí-la mesmo sofrendo pequenos danos em retribuição.

 

- Até que enfim eu consegui falar com vocês! – dizia a voz de Ardof.

- Diga que pode nos tirar daqui – implorava Ryna.

- Estamos trabalhando nisso, mas temos péssimas notícias – respondeu ele – isso é um ataque terrorista, inimigos tomaram a sala de comando e estamos lutando para entrar.

- Acho que podemos aguentar até lá, vamos erguer uma barreira atrás da outra – respondeu Ryna.

- Eu ainda não cheguei na má noticia, isso foi só o preludio – avisou ele – a má noticia mesmo é que a dimensão está entrando em colapso, se isso acontecer vocês vão ser jogados no vácuo do multiverso, o mesmo lugar pra onde eu mandei o Belphegor antes.

- O QUE!!?? – foi o que todos disseram ao mesmo tempo.

- Pelo amor de deus, diga que tem uma boa noticia... – dizia Reina nervosa.

- Supondo que consigamos entrar eu vou estabilizar a dimensão, mas pra isso eu preciso da ajuda de vocês – explicou ele – a marilith é o núcleo da instabilidade, vocês precisam acabar com ela.

- Tá brincando!? Aquilo é a PORRA DE UMA MARILITH!! – gritou Darch – é um demônio da classe superior, uma classe abaixo de arquidemônio!!!

- Eu sei, o Galtran aqui do meu lado disse que já matou uma – respondeu Ardof – eu desejo boa-sorte a vocês.

 

A voz do Ardof desapareceu deixando-os ali, todos os estudantes olhavam para a marilith que estava pouco a pouco destruindo a barreira diante dela, enquanto ela espancava a barreira olhava pra suas presas com desejo de pura morte e sangue.

 

- Eu sei de um jeito para sairmos dessa, mas é arriscado – disse o Darch de costas pra eles.

- Arriscado é piada comparado com nossa situação – disse a Reina – nenhum risco é pior que essa coisa!

 

Nesse momento Emadora voltava carregando Varatane, ela tinha desmaiado por ter usado muito Mana de uma vez, mas após tomar uma poção ela estava se recuperando, a marilith quebrou a primeira camada da barreira e não demoraria nem um minuto para quebrar a próxima, qualquer coisa que eles fossem tentar teria que ser agora.

 

- Muito bem! Que seja o que tiver que ser, sem arrependimentos! – gritou Ryna – Emílio, eu preciso da sua ajuda!

 

Rapidamente o mago da inspiração foi para o lado da Ryna entoar uma canção da bravura dos deuses, ao mesmo tempo Ryna conjurava sua magia que com uma precisão milimétrica ficou pronta ao mesmo tempo que a marilith quebrou a barreira, a [Destruição Sagrada] explodiu bem na cara da mulher serpente arremessando-a longe pela primeira vez nesta batalha, ela caiu bem longe e com a pele do corpo humanoide queimada, mas ainda assim ela estava se erguendo para lutar.

 

- Bem-vindo de volta Jinshu – disse Emílio vendo-o passar por eles.

- Qual é o plano? – perguntou ele.

- Ficar vivo – respondeu o outro.

- É um bom plano, vamos garantir que vai dar certo matando ela – respondeu Jinshu se transformando.

- Reina, sei que é esquisito isso mas preciso que beba o meu sangue – disse Darch indo pro lado dela.

- Eu nem vou perguntar – disse ela fazendo uma cara estranha.

 

Darch fez um corte no braço e ofereceu para Reina, essa um pouco relutante mordeu o lugar cortando e bebeu um gole do sangue, depois disso ele foi fazer o mesmo com Varatane, após isso ele começou a fazer a escrita arcana para invocar uma magia, as duas se contorceram de dor quando manchas negras começaram a se espalhar pelos seus corpos, era uma magia que transformava o sangue dele em catalizador para corrupção.

 

- Parece que meu sangue está fervendo! – disse Reina curvada com as mãos apertando a barriga.

- Se minha teoria estiver correta vai ser mais fácil vocês lutarem agora – disse Darch – mas saibam que se passar do limite vocês podem acabar se transformando em demônios inferiores.

- Então não temos tempo a perder, vamos lá! – gritou Reina correndo para o ataque.

 

Reina correu avançando pela esquerda enquanto Jinshu ia pela direita, ambos circundando a marilith para dividir sua atenção, Arik que perdeu seu escudo focou-se na ofensiva e avançou pela frente aumentando a distração, enquanto isso Ryna conjurava suas asas angelicais para realizar ataques aéreos, Darch ficou ao lado da Varatane para explicar seu plano a ela.

 

- Bem, se não temos outra escolha o jeito é lutar também – disse Emadora – desculpa por isso mas nós dois vamos pra linha de frente.

- Se não tem outro jeito... – Karias montou em seu golem e Emadora montou atrás dele.

 

Os dois montados no golem quadrupede avançaram direto pela frente, pondo a mão sobre um símbolo no golem Karias transferiu seu Mana para ele, o golem então abriu sua boca e começou a fazer vários [disparo arcano] na marilith, para a criatura demoníaca aquilo era tão incômodo como mosquitos, Emadora com as duas mãos começou a disparar também aumentando a quantidade de tiros ao ponto de incomodar de verdade.

Reina sacou sua melhor espada magica que produzia chamas, com ela rapidamente começou a desferir uma sequência de ataques ao saltar, a marilith se defendia de todos com uma de suas espadas e tentou acerta-la com a bola de ferro, Reina prevendo o ataque conseguiu bloquear mas teve a espada amarrada pela corrente, foi nesse momento que Jinshu chegou desferindo ataques com sua glaive, os ataques elétricos eram bem chatos e isso forçava a marilith a se defender mais, do céu Ryna disparou um relâmpago que atingiu em cheio o demônio que gritou de dor.

 

- Minha magia é a única que a fere, e mesmo assim não adianta quase nada! – reclamou Ryna frustrada.

- Não, continue assim – disse Darch através da telepatia da Emadora – ela não pode te ignorar, enquanto você estiver aí em cima a atenção dela sempre vai estar dividida.

 

Reina e Jinshu atacaram com magias ao mesmo tempo por ambos os lados, a marilith recebeu as magias de fogo e raio e urrou de dor, mas logo ela contra-atacou disparando raios negros pelas duas espadas e acertando os dois, ao apontar a lança pro céu ela disparou mais um de logo alcance e Ryna desviou por pouco, já a dupla que avançava pela frente quase foi atingida pela cauda esmagadora.

 

- Que droga! Nunca mais me aproximo dessa coisa! – disse Karias tremendo sem parar.

 

Arik usou uma magia que gerou um clarão cegante que ofuscou a marilith, quando ela cobriu os olhos Arik conjurou uma magia de reforço que cobriu sua espada com uma aura sagrada, rapidamente ele conseguiu enfiar a espada na barriga dela causando o primeiro ferimento sério, já a marilith gritou e cravou a foice na lateral do corpo dele, Jinshu usou sua magia dimensional e o fez teleportar para o seu lado.

 

- É a nossa vez agora! – disse Darch tocando no ombro da Varatane.

 

A sombra dos dois cresceu e eles mergulharam nela, usando a sombra pra se deslocar mais rápido ambos aproximaram-se da marilith por baixo, Varatane então usou a magia dos [tentáculos da terra] para suprimir seus movimentos quando enormes tentáculos vegetais corrompidos emergiram do solo, os tentáculos rapidamente emaranharam-se na marilith que lutava para corta-los mas encontrava uma boa resistência.

 

- Foi como imaginei, magia negra funciona se corromper outra magia! – disse Darch empolgado – se tentar usar pura é como joga um balde d’água num elemental da água, mas se você misturar com outra coisa funciona!

 

Além disso havia outro benefício inesperado, um mago negro é muito mais resistente que outra pessoa para aguentar magia negra, mas um demônio não é particularmente mais resistente aos ataques de outro demônio, então a vantagem da resistência é muito mais efetiva para um humano do que para o demônio.

Com a marilith presa todos os membros do time usaram suas magias mais poderosas, Jinshu e Arik dispararam relâmpagos, Reina atirou uma bola de fogo corrompida, Kuzoha ao perceber que a marilith estava ligada ao elemento terra usou água para fortalecer a magia da Varatane e criar espinhos nos tentáculos, Emílio novamente amplificou a magia da Ryna que usou sua [destruição sagrada] num ataque direto, todas as magias pareciam ressoar e com isso houve uma enorme explosão branca.

 

- Que fedor é esse? – perguntou Emadora chegando com o Karias – parece couro queimado.

- Acho que matamos ela – disse Arik olhando – quem quer ir lá confirmar?

 

Todos se entreolharam mas ninguém se voluntariou, quando o fogo branco cessou a marilith estava largada no chão toda enegrecida e com algumas partes carbonizadas, Ryna aterrissou ao lado dos seus amigos que não sabiam se ficavam aliviados ou tensos, para checar se ela estava morta Varatane invocou uma louva-deus de 1m de altura e o mandou atacar a marilith, mesmo quando a pele dela foi perfurada pelas lâminas do inseto não houve reação.

 

- Bom, pelo menos está morta – disse Varatane.

 

Varatane e Reina vomitaram sangue e caíram no chão em dores, as manchas negras em seus corpos aumentavam um pouco mais rápido que antes, rapidamente Ryna e Arik foram socorre-las, era necessário purifica-las antes que se tornasse irreversível.

 

- Elas vão ficar bem não é? – perguntou Emílio preocupado.

- Eu não sei, magos negros experientes sabem controlar a corrupção – disse Darch apertando os punhos – eu apenas deixei rolar, talvez tenha sido mais forte do que esperava.

 

Ryna e Arik estavam usando magia de purificação para salvar as duas, Emílio foi chamado para mais uma vez amplificar a magia deles e assim tornar o tratamento mais fácil, já os outros estavam preocupados com o fato de que a dimensão estava ficando mais agitada e pequenos tremores eram sentidos, eles se perguntavam quanto tempo ainda tinham.

Enquanto todos estavam reunidos pensando em como escapar ou como salvar as duas corrompidas Karias ouviu um som, ao olhar pra trás ele ficou pálido ao notar que o corpo da marilith começou a se mexer, ele rapidamente chamou a atenção de todos que olharam na mesma direção, e o que viram foi terrível.

O corpo da marilith estava se partindo como uma casca queimada, de dentro dele emergiu uma mulher com tamanho humano normal e apenas um par de braços, sua pele ainda era roxa e ela tinha pernas assim como uma cauda de serpente, completamente nua poderia ser considerada uma beleza exótica se não fosse o fato de ser um demônio.

 

- Todos vocês vão morrer – disse ela com uma voz até bonita.

 

A marilith juntou as mãos e formou uma esfera negra com chamas vermelhas ao seu redor, após erguer as mãos ela arremessou a esfera na direção dos alunos causando uma grande explosão.

 

 

Continua.


Notas Finais


Na capa temos uma marilith, a que aparece no capitulo é um pouco diferente visualmente, e na minha pagina do Face eu postei imagens das outras criaturas citadas no capitulo.
.
Após a pequena esperança de vitória veio o desespero da derrota, a marilith ergueu-se novamente para exterminar seus inimigos, e agora? Terão sobrevivido ao ataque impiedoso do demônio?


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