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História Here no more - I Walk The Line?


Escrita por: sheslostcontrol

Notas do Autor


segundou com capítulo novooo
Boa leitura :))

Capítulo 17 - I Walk The Line?


Fanfic / Fanfiction Here no more - I Walk The Line?

Michelle pov

Acordei aquela manhã, sentindo as mãos quentes de Michael tocarem minha calcinha de renda vermelha. Sorri com o ato, e logo me virei para o loiro, que tinha os olhos fechados, e um sorriso cafajeste no rosto. Como eu havia sentido falta de toda a nossa sacanagem.

—E então, vai tirar a minha calcinha logo ou vou ter que pedir? —provoquei-o, pronta para sentir todo calor de seu corpo.

Não demorou muito até que seus olhos verdes se abrissem, assim como seu sorriso perverso, e eu estivesse suspirando e gemendo contra sua pele.

(...)

Após um longo banho de banheira, na companhia do loiro, nos arrumamos para enfim, seguirmos nosso caminho até minha casa, onde passaríamos juntos o tempo que fosse necessário, até que Duff enfim decidisse o que faria com sua vida.

Peguei minha bolsa, e olhei o relógio na cabeceira, que indicavam onze horas da manhã. Com sorte, sairíamos dali sem qualquer interrogação, não queria ficar naquela casa nem mais um segundo, principalmente na atual situação de minha relação com Zoë. Ainda que parte de mim se sentisse desconfortável com toda a nossa briga, preferi me manter afastada, e já me preparar, para mais uma, de suas partidas.

Descemos as escadas em silêncio, na tentativa mesmo que arriscada, de não chamarmos atenção, e sairmos dali sem qualquer interrupção. Desanimei assim que alcançamos o andar de baixo, e ouvi uma melodia de fundo, vindo da sala, qual teríamos que atravessar para sair dali.

—Alguém acordou cedo hoje, hum. —bufou o loiro ao meu lado, passando as mãos nervosas pelo cabelo, o ajeitando.

—É só sermos firmes, oras. Me acompanhe. —disse, endireitando minha postura, e dando passos até a sala de estar, sendo acompanhava por Duff.

Conforme nos aproximávamos do local, mais a melodia vinda do toca discos era reconhecida aos em meus ouvidos. Quando a voz grave do Johnny Cash em I Walk the Line, ecoou até onde estávamos, vi uma cena que há muito, ou talvez, nunca tiveram presenciado. Zoë, cantando junto a música, sorridente, enquanto lia um papel, que provavelmente, compunha o arranjo de lírios depositados na mesinha de centro. Ela sempre ouvia Johnny Cash quando estava animada com algo, e esses momentos de animação, excitação e mesmo felicidade, sempre eram compartilhados comigo. Meu peito apertou.

I keep a close watch on this heart of mine

I keep my eyes wide open all the time

I keep the ends out for the tie that binds

Because you're mine, I walk the line

(Fico de olho neste meu coração

Mantenho os olhos bem abertos o tempo todo

Procuro não arrumar confusão

Porque você é minha, ando na linha)

Em todos esses anos de amizade, nunca havia visto Zoë daquele jeito, cantarolando feliz, pela sala, e não só isso, recebendo buquês de flores, que era muito sabido, que a morena odiava.

Ela lia o papel em suas mãos com tanta concentração, que não parecia nos notar ali, plantados na “cena do crime” fugindo de sua hospitalidade sem sequer agradecer.

As sure as night is dark and day is light

I keep you on my mind both day and night

And happiness I've known proves that it's right

Because you're mine, I walk the line

(Tão certo quanto a noite é escura e o dia, claro

Você não sai da minha mente

E a minha felicidade é prova de tudo isso

Porque você é minha, ando na linha)

Após alguns segundos, senti seus olhos em nós, e logo seu sorriso adolescente, se transformou em uma expressão de surpresa.

—Hum, bom dia. — cumprimentei, sem manter contato visual, segurando as mãos do loiro ao meu lado. —Já estamos de saída. —limpei a garganta, pronta para nos afugentar de qualquer imposição vinda dela.

Ela apenas assentiu, depositando a carta na mesa, e colocando as mãos no bolso em seguida.

—A mesa do café está posta, caso queiram comer alguma coisa. –disse baixo, em contraste com a música. —Lenny já foi embora, como estavam dormindo, não quis acorda-los.

—Alguém aqui se preocupou com isso, pelo menos. —ouvi a voz de Duff dizer, dirigindo seu olhar ao toca discos. Zoë apenas o ignorou, como fazia sempre.

Ficamos alguns segundos em silêncio, até que meus olhos se fixaram no arranjo de lírios azuis, deduzindo que provavelmente fossem presentes do doutorzinho do St. Vladimir.

—Belos lírios. —elogiei curiosa, esperando obter a confirmação de minhas teorias sobre Karl.

—Obrigada. —ela disse, olhando as flores, e se sentando no sofá de veludo escuro, não mordendo minha isca.

—Bom... Como já disse, estamos com pressa. Obrigada pela hospitalidade. —disse, atravessando a passos largos a sala, ignorando o buquê, minha curiosidade, e o Johnny Cash.

—É sempre um prazer. —respondeu seca, e logo já estávamos na garagem, indo embora dali.

(...)

Cerca de trinta minutos depois, estávamos em meu apartamento, comendo talharim com queijo enquanto assistíamos a sequência de clipes da MTV. Duff mantinha sua atenção na tv, e eu, tentava fingir que estava tudo bem, como de costume.

—Hum, ele não é meio novo para ela? —Duff questinou, com a boca cheia de macarrão.

—O que? Quem? —perguntei, sem entender nada, mantendo os olhos na tv.

—O médico e a sua amiga. Ele não é meio novo para ela? —repetiu, me deixando surpresa por sua pergunta repentina dizer respeito a um assunto que não fazia sentido nenhum que ele se importasse.

—Os dois são adultos, sabem o que estão fazendo. Por que a curiosidade? —desconfiei, encarando o loiro, que apenas deu de ombros e seguiu encarando a tv.

—Não é curiosidade, só estava pensando nisso, agora que lembrei que tenho que retornar para um checkup com ele, na sexta. —as vezes Duff conseguia ser impenetrável.

—Entendi. —menti. Eu não entendia. — Eu vou com você.

—Obrigada, querida. —respondeu, sem sequer me olhar, enquanto os arranjos da bateria de Dr. Feelgood começaram a tocar, me fazendo nausear de imediato. Logo em seguida se ouvia a guitarra de Mick, o baixo do Sixx e por último, a voz estridente de Vince.

A porra do Vince Neil.

Senti meus pelos eriçados, e meu coração acelerar, assim que o rosto de Neil surgiu na tela da televisão. Tentei disfarçar qualquer reflexo que meu corpo pudesse expelir, forçando uma garfada de talharim goela abaixo. Eu estava atônita.

Era incrível como o loiro ainda mexia comigo, mesmo que naquela condição ridícula. Me senti uma garotinha tietando o vocalista de uma banda famosa, mesmo sabendo que ele nunca iria olhar para mim. Mas com Vince era diferente, nós tínhamos um passado, e infelizmente, era apenas isso, e a culpa era toda dele.

—Chel? —ouvi a voz distante do outro loiro, ao meu lado. E logo após, notei que estava a encarava a televisão sem ao menos respirar.

—O que foi? —virei meu rosto para Duff, encarando seus olhos me analisarem por completo, calculista.

—Quer que eu desligue a tv? Deve ser estranho para você, já que ... —ele permanecia me analisando, enquanto eu apenas dei de ombros, engolindo mais uma vez meu desconforto.

—Esta tudo bem, Duff. Vince não me causa nenhum mal estar. —menti, descaradamente, querendo acreditar em cada palavra, mas mesmo Duff, sabia que ainda existia sentimentos profundos meus pelo homem.

Ele apenas assentiu, e mesmo assim mudou de canal, me fazendo agradecer aos céus por isso, mais um minuto ouvindo a voz de Vince eu iria enlouquecer.

Duff era o homem certo para mim no momento, eu sabia disso, e me sentia a maior das filhas da puta por sujeita-lo a uma relação onde ele não é o homem que faz meu coração bater mais forte. Minha mãe sempre falou que o homem perfeito não existe, mas ele poderia facilmente ser Duff, se eu não estivesse perdidamente apaixonada por outro.

(...)

Quando a tarde chegou, Duff estava ansioso e agitado, deitado inquietamente no sofá, indo até o banheiro incontáveis vezes, apalpando os bolsos de cinco em cinco segundos, tragando seu cigarro, em outras. Provavelmente seu corpo já pedia por um pico, e ele, não tardou em me esperar cair no sono, durante a transmissão de O Poderoso Chefão, e logo foi atrás do que precisava.

Analisei com calma a situação, assim que acordei, e pensei no que poderia fazer assim que ele chegasse. Por experiências com meu pai, sabia que ele podia assumir uma postura agressiva e negar tudo, assim como, também poderia me manipular e dizer que eu estava querendo “causar uma briga”, ou pior, não voltar para casa e acabar morto em algum banheiro de bar, e nada disso resolveria o fato dele estar entupindo o nariz e as veias de merda por aí.

Optei por continuar ali, deitada, esperando sua chegada, enquanto devorava o sorvete de frutas vermelhas guardado no fundo do congelador. Pensaria em como conversar com o loiro no dia seguinte, quando ele estivesse “sóbrio”.

O relógio marcavam cinco horas da tarde, quando o telefone tocou, me despertando abruptamente do início de um cochilo no sofá. Assim que o som estridente ecoou pela sala, meu coração acelerou, e não tardei em atendê-lo, imaginando ser algo referente a Duff, que até o momento não havia retornado ao apartamento.

—Alô. —atendi nervosa, sentindo minhas mãos soarem, assim como minha garganta.

—Michelle? Sou eu, Meredith. —senti alívio, pela primeira vez, ao ouvir a voz anasalada da minha chefe.

—Ah, Meredith! Está tudo bem? Me ligando uma hora dessas. —fui direta, sentindo a irritação crescer em meus ossos, uma vez que, era sabido naquela empresa, que eu odiava ser perturbada com assuntos relacionados ao trabalho, em meu dia de folga.

—Sim, sim. Está tudo bem, igualzinho como você deixou. —respondeu antipática, como de costume. —Estou te ligando para avisar que tem um homem aqui que deseja vê-la. —senti desdém em sua voz, em ter que me ligar somente por isso.

—Homem, que homem? —questionei confusa. Que homem poderia querer me ver, já que meus clientes sabiam minha escala de horários.

—Eu não sei, mas não me parece um cliente. Ele apenas chegou aqui, exigindo te ver. Disse que não sairia daqui até falar com você.

—E como ele é? —não conseguia esconder minha ansiedade em saber quem podia ser o tal homem com tal exigência.

—Hum... Loiro, cabelos longos, e roupas... peculiares. Ah! E muitas jóias. —mais uma vez sua voz havia desdém, me deixando eufórica ao ouvir a voz de fundo na linha. —Ele disse que seu nome é Vincent, Vincent Neil.

VINCENT NEIL, repeti mentalmente, confusa o suficiente para prestar atenção na sequência de palavras vindas da mulher do outro lado da linha, e também curiosa em saber o por quê do homem ir até meu trabalho, exigindo me ver. O que ele queria comigo, afinal?

—Chego em quinze minutos. —respondi automática, desligando o telefone em seguida.


Notas Finais


QQ cês acham que vai rolar, hein?
Link da música do Cash 🖤https://open.spotify.com/track/209U4FDZcFT7VqXfCxNs0t?si=LmTJBJw8Qn2jdmJ-W5u1jQ


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