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História Here no more - Eu Conhecia Aquela Sensação


Escrita por: sheslostcontrol

Notas do Autor


Boa leitura :))

Capítulo 2 - Eu Conhecia Aquela Sensação


Fanfic / Fanfiction Here no more - Eu Conhecia Aquela Sensação

 

Zöe pov

Havia acordado deprimida aquele dia

Nada me motivava a levantar da cama e seguir com minha vida. Minha cabeça estava perturbada, cheia de coisas a se pensar, coisas que não conseguia acompanhar. Meu peito doía, dificultando minha respiração.Queria gritar, mas não conseguia. 

Eu conhecia aquela sensação

Era mais cômodo fechar os olhos e contar até o dez, pensar que todo aquele sufocamento era coisa da minha cabeça e que logo cessaria, assim como das outra vezes. 

Depois de alguns minutos em inércia na cama, consegui me levantar e tomar um banho demorado, aguardando a visita de Lenny, que consegui um tempo para me visitar com Lisa, que aguardava o nascimento dos gêmeos que descansavam em seu ventre. Era fácil comercializar a ideia da família feliz e saudável, que se ama, e se comunica, era fácil para caralho. 

Desci as escadas e segui até a cozinha, preparando uma salada verde para ocupar meu estômago até o final da tarde. 

Segundo meu cronograma e os pitacos de Chelle, ás quintas a noite, seria o dia perfeito para conseguir observar e dialogar com as garotas mais novas que se prostituiam nos bares e casas de streap. Meu objetivo era conhecer a história daquela garotas, para então saber do que as levou até isso, e o que é necessário para tirá-las desses espaços violentos.  

Hoje, seria dia de fazer a "pesquisa de campo" nos bares de LA. 

(...)

O relógio indicavam dez horas da noite quando sai de casa, rumo ao Rainbow, um bar extremamente recomendado em Los Angeles, e famoso também, tanto por inúmeras pessoas famosas o frequentarem, mas também por rolar uma grande movimentação de tráfico de drogas e a presença de garotas de programa menores de idade.  

Me vesti de forma que me camuflasse entre os corpos excêntricos de Los Angeles, e não acabasse parando em alguma capa de jornal que expusse minha imagem ao ridículo, e segui pela sunset Avenue, até ver o letreiro grande e colorido, do Rainbow. 

O bar estava cheio pra caralho. As pessoas forçavam seus corpos contra o meu, para conseguirem passagem, e eu apenas recuava, me odiando por me submeter a essas situações. Tocava Led Zeppelin de fundo, sendo abafado pela conversa animada das pessoas ali presentes, que cantavam, conversavam e se agarravam sem medo de qualquer julgamento. 

Segui até o bar e observei o espaço com atenção, procurando as garotas que estivessem "a trabalho". Vi um grupo de garotas jovens, fumando e sensualizando para um grupo de homens bem mais velhos, e logo deduzi do que se tratava. Essa era a minha deixa.  

As observei ali, durante alguns minutos, chegando a conclusão de que se a garota mais velha entre as três, aparentava ter dezessete anos era muito. Me arrepiei até os ossos. 

Eu sabia muito bem o poder que um homem mais velho poderia exercer sobre o corpo de um adolescente, que teria sua vida fodida para sempre.

Chamei o barman e pedi vodka. Logo ele me serviu, e eu estava caminhando em direção as garotas, pensando no que poderia falar para elas, de maneira que se afastassem daquelas mãos nojentas que as apalpavam.

Parei no meio do caminho. O que eu diria a elas? Como fazê-las se afastar de um conjunto de homens que iriam lhes gerar uma boa quantia por uma noite de sexo falsamente consentido. 

O homem com os cabelos cacheados apalpava o seio da garota mais nova, que ria completamente bêbada do ato, e logo os dois estavam fora de minhas vistas. Ela estava sendo carregada, inconscientemente bêbada, por ele. 

Eu devia falar algo, eu devia fazer algo. Mimha cabeça mandava. 

Assim que me aproximei do grupo, reconheci um dos homens ali, Duff. O loiro de alguns dias atrás, tinha uma das garotas sentadas em seu colo, enquanto suas mãos, estavam dentro de sua calcinha. Ela parecia não gostar daquilo, afastando as mãos ligeiras do baixista para longe de seu corpo, mas ele continuava e continuava, ignorando o desconforto da garota. 

Desgraçado. 

Sem pensar muito bem no que eu faria, caminhei em direção a cena, consumida pelo ódio, consumida pela vontade de tirar a garota dali o mais rápido possível. Parei em frente a mesa, vendo a cena de perto me náusear ainda mais. 

Assim que seus olhos cruzaram os meus, Duff se levantou, cambaleante, e a garota sumiu, se perdendo nas luzes coloridas do lugar. 

Senti suas mãos me tocarem, as mãos que segundos atrás invadiram a garota mais nova, e num movimento rápido, torci seu braço o mais forte que consegui. Não me lembro de como tudo aconteceu depois, até sentir as mãos pesadas dos seguranças do lugar me levanto até os fundos, como seu eu fosse uma espécie de criminosa.

(...)

Ele gritava coisas sem sentido, enquanto segurava o braço rente ao corpo. Seus olhos transmitiam ódio por mim, incompreensão e irá.  O eco de seus gritos batiam contra a parede dos fundos e se debatiam em meus ouvidos, que não captavam sequer uma palavra. 

Quando as memórias dos últimos acontecimentos retomaram a minha mente, fiquei feliz por tê-lo causado alguma dor, no mínimo. 

—QUAL É A MERDA DO SEU PROBLEMA, PORRA? —Ele gritava, histérico. Suspirei em tédio. 

—Qual a merda do seu problema? Acha mesmo que vai violemtar uma menor na minha frente e não vai sair machucado? —agora eu quem gritava. 

—O QUE DIABOS VOCÊ TA FALANDO? —ele cambalevaca, delirante. 

—A garota que você estava tocando a calcinha, tem apenas quinse anos, seu filho da puta. Eu posso te jogar na porra da cadeia se eu quiser. — gritei, a plenos pulmões, referendado uma informação falsa sobre a garota.

—E o que você tem a ver com isso, hum? Vai bancar a porra da justiceira no caralho, garota. —ele gritava, com a mão livre apontada para meu rosto. 

Eu não tinha mais palavras para debater com Duff, não hoje.

—Fico no aguardo do oficial de justiça. Pense duas vezes antes de se meter comigo, McKagan —o olhei feroz, saindo dali acompanhada por dois seguranças, que me levaram de carro até em casa. 

(...)

 

O telefone tocou cedo aquela manhã, me fazendo despertar do sofá da sala, lugar que havia pego no sono na última noite. Assim que atendi, ouvi a voz de Sullie, minha advogada.

—lige a tv e me diga o que diabos você estava pensando. —sua voz era ríspida, me deixando confusa sobre o que ela estava falando. Obedeci, e liguei o aparelho, sintonizando em um canal de noticias, onde meu rosto, e o do amigo de Chelle, estavam em evidência. Assim como uma compilação de vídeos, onde eu torcia o braço do loiro, que caia no chão aos gritos, e logo os seguranças me arrancavam dali.

—Ele estava tocando uma menor de idade de forma sexual, Sulli. Eu não nunca iria permitir uma coisa dessas. —dei de ombros, ainda vendo meu rosto da tv. 

—Olha Zoë, se formos a tribunal, você perde o caso, consegue entender isso? 

—Acha que ele vai me processar? Eu só  preciso da gravação da noite de ontem e ele mora na cadeira até a morte. —respondi garantida.

—E em quem você acha que vão acreditar? Em uma mulher surtada que agrediu ele do nada, num bar, ou no baixista de uma banda extremamente famosa e influente? Reflete sobre isso e depois me responde. —ela desligou o telefone. 

Haviam jornalistas no extremo de minha casa, tentando entrar para falar comigo. Aquilo me causou falta de ar.

No fundo, eu sabia que Sullie estava certa. Era mais fácil acreditarem nele do que em mim. E enquanto isso, teria que arcar com o peso das minhas ações.

(...)

 

Acordei deitada no chão gelado da sala de estar, e deduzi que havia desmaiado ali. Me levantei devagar, sentindo uma pontada na cabeça, que quase me fez retornar ao chão. Tomei um analgésico e vislumbrei a parte externa da minha casa. Haviam jornalistas ali ainda

Meus empregados estavam apavorados com a ideia de invadirem a casa, por isso, chamaram a polícia que continha todo o movimento lá fora. 

Por deus, era apenas um homem com o braço descolado, quando drama!

Após alguns segundos, achei melhor contatar Sulli, e ver o que poderia ser feito para que minha vida voltasse ao normal outra vez, mas fui interrompida por uma ligação inesperada de Chelle, que gritava histerica do outro lado da linha. 

—Ele quer um pedido de desculpas, Zoë. Você precisa de se tratar, isso é serio. Peça desculpas para ele e tudo isso acaba. —ela pedia, mesmo sabendo que eu jamais daria meu braço a torcer. 

Olhei o caos em que minha porta se encontrava,  e pensei pausadamente, aquilo poderia me prejudicar na ONU, e estragar minhas chances de ascensão profissional era a última coisa que eu queria no momento. 

Respirei fundo, escolhendo bem as palavras. 

—Onde posso encontra-lo? 

 

 

 



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