História Hermione Malfoy - O julgamento

Narcisa não afastou seus olhos do bebe dormindo em nenhum momento.
-Sentimos muito pela sua perda, Narcisa querida.
As mãos de Narcisa se contrairam por um segundo no guardanapo bordado, imperceptível pelo seus convidados. 
-Ao menos..- sua visita hesitou e Narcisa se preparou para o que seria alguma besteira colossal- ao menos você tem o pequeno Draco aqui.
Lá. Era por isso que ela recusara visitas. Era a terceira vez que ela ouvia aquilo e ainda assim não se tornara menos dolorido. Era inaceitável que Melinda Parkinson acreditasse que de alguma forma essas palavras pudessem trazer nada alem de dor e ..
-Oh – Narcisa olhou irritada para a pequena xícara rachada em sua mão, o silêncio durou dois toques em sua sala ate que...
-Estamos com sorte então que o sobrevivente seja um herdeiro homem 
Narcisa sentiu a bile em sua garganta com as palavras insensíveis de Walburga, não que ela esperasse algo melhor do que isso.
-Agora, agora- Druella estalou a língua enquanto observava o elfo limpar a bagunça de sua filha- é de minha neta que você está falando, Walburga. Você teria cuidado em lhe dar o respeito devido.
Narcisa quase respirou em alívio com a fala de sua mãe, Druella entenderia que nenhuma realidade seria perfeita para Narcisa senão a que ela possuísse seus dois filhos em seus braços. Seus labios tremeram por um instante e ela se forçou a não chorar.
Draco grunhiu e agitou seus bracinhos chamando a atenção da jovem mãe, Narcisa deu um breve sorriso para o bocejo do bebê, suas bochecas rosadas dando um efeito adorável e angelical e Narcisa quase podia sentir o que era paz.
-Não muda o fato de que ela está morta, perdida para sempre- Walburga retrucou irritada qualquer outra coisa que sua cunhada tenha dito.
Ela não estava preparada. 
-Eu acredito que a hora da visita acabou – Annelise Malfoy ordenou friamente.
Os lábios  de Walburga contorceram-se desagradavelmente, mas ela saiu sem nenhuma outra palavra.  Parkinson olhou hesitante para a amiga, antes de acenar educadamente e partir da sala acompanhada pelo elfo Malfoy.
Não foi ate que ela ouviu o barulho do Flu ativo em que ela permitiu que um soluço deixasse seus lábios. 
Sua sogra depositou cuidadosamente o pequeno bebê agitado em seus braços. 
Perdida para sempre.
Por um momento ela foi superada com o pensamento de que seua braços deveriam estar mais cheios com os dois corpinhos de seus filhos e ela chorou enquanto tentava acalmar a criança.
Perdida para sempre. 
 Nada poderia livrar Narcisa da sensação de vazio em seus braços.

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Narcisa ofegou e olhou assustada ao redor, a mão trêmula agarrando a camisola, seus olhos examinaram a sala ate descansar no marido sentado próximo a janela. 
Lucius tinha a cabeça inclinada para a esquerda enquanto cochilava, o jornal em um aperto vicioso em sua mão apesar do corpo relaxado.
Ela sabia que o jornal trazia uma imagem do trio de ouro correndo, tentamdo se livrar do jornalista enquanto saíam do cemitério após velar mais um caído. 
Era a primeira vez que ela via a filha depois da Batalha final, o que significava 7 dias.
Após o calor da batalha, ela totalmente perdeu a filha de vista. Depois que sua familia foi levada em custódia e em seguida mantida em prisão domiciliar até seu julgamento, as únicas notícias que ela possuia se resumiam ao Profeta Diário. 
Draco permanecia silenciosamente no quarto, saindo poucas vezes para a refeição ocasional. O coração de Narcisa apertou ao pensar no seu menino. 
Hoje era o dia dos julgamentos dos Malfoys e Narcisa não pôde controlar o calafrio com o pensamento.

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 Ministério da Magia
-Papai!- Hermione avançou no homem de cabelo grisalho, seus pés deixando o chão enquanto ele a erguia em seus braços. 
-abelhinha- ele sussurrou e hermione soluçou com o carinho, a emoção a afogando depois de quase um ano sem contato.
O homem a afastou, encarando suas feições, os dedos tocando o cabelo branco em reverência, apesar do desgosto em sua voz quando ele sussurrou – a cara da sua mãe. 
Os labios de Hermione tremeram apesar do bufo irritado e ela se recusou a pensar em sua família biológica, não preparada para ter outra crise de choro, a incomunicabilidade de Draco graças a sua prisao domiciliar atacava seus nervos e Hermione socou levemente o ombro do seu pai em brincadeira.
-Ainda tao teimosa quanto você. 
Pai deu uma risada estrondosa e ela relaxou.
-Você está pronta? 
-É você? – ela retrucou, a respiração difícil.
-Você não tem que fazer isso, filha.
-Draco precisa de mim.
Pai suspirou antes de acenar, a mão apertando os ombros antes de se afastar- Faça o que você tem que fazer, então.  Eu estarei lá por você.
 Harry acenou de longe, o sinal de que a audiência iniciaria. Ela ergueu o queixo desafiadoramente apesar das mãos geladas e avançou em direção ao Wizegamont que anunciava o início da sessão.

-A minha casa foi entregue aos serviços do Lorde das Trevas- Lucius respondeu calmamente, os olhos vitreos em razão do veritasserum- e não, eu não fui enviado em missões, uma vez que Ele tinha minha varinha.  Nós não tínhamos seu favor desde que- seus labios se apertaram como se quisesse conter as palavras – desde que Draco não pôde concluir sua missão de matar Alvo Dumbledore. Estávamos sendo punidos, o que significava nenhuma missão realmente, Ele queria mostrar a sua desconfiança em nós para o círculo interno- Lucius rosnou a última frase.
-Eu acredito que isso é tudo- o advogado anunciou.
-Ordem! Ordem!- o barulho do martelo batendo na mesa ecoou- levem o acusado e chamem a próxima testemunha. 
Luciu foi arrastado para a caixa ao lado de sua esposa e filho. Ele resmungou irritado enquanto sentia o último efeito desagradável de veritasserum se dissipar. Ele congelou quando a bruxa se dirigiu a cadeira de testemunhas, a luz em seu cabelo e Lucius sabia que o dele teria o mesmo brilho ao pegar a luz.
-Hermione Granger, você está sob o juramento da verdade,  em caso de falso testemunho, você poderá ser responsabilizada por suas palavras. Você entende?
Hermione acenou antes de responder em voz alta- eu faço. 
Lucius se viu incapaz de desviar o olhar, a mão de Narcisa apertou dolorosamente a sua.
Houve um burburinho quando seu nome foi anunciado, alguns confusos por sua aparência ligeiramente diferente. Lucius era capaz de perceber a tensão nos ombros da garota há uma milha de distancia.
-Em testemunho anterior no processo contra snatchers,  você nos contou sobre a sua captura, fale sobre a mansão Malfoy e o papel dos acusados.
Lucius achou que poderia vomitar.
Hermione ficou calada por segundos, para Lucius pareceu uma eternidade.
-Fomos recebidos por Bellatrix Lestrange, foi ela quem conduziu o meu ..- ela engoliu- interrogatório, Draco, Draco Malfoy  foi chamado para nos reconhecer e ele se recusou. 
-Recusou?
-Sim, ele disse que não poderia ter certeza, mas, estudamos juntos há seis anos, isso dificilmente era verdade.
-Você tem certeza, srta. Granger?
-Sim, Draco nos reconheceria, me reconheceria – Hernione se mexeu desconfortável  na cadeira, provavelmente não querendo admitir a última parte, Lucius poderia chutar que o encanto que influenciavaa testemunha a dizer a verdade era o culpado. 
-E por que é isso?
Hermione levou uns segundos para responder, entao ela olhou para a caixa, os olhos firmementes presos em Draco, definitivamente não encarando os malfoys mais velhos, seus labios se contorceram no menor sorriso.
-Porque ele é meu irmão. 
O alvoroço no Wizegamont foi estrondoso.
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O homem suspirou para o bruxo irritado, a raiva em seus olhos verdes poderiam fazer  com que homens encolhessem, mas os juizes do wizengamot estavam curiosos.
-Não, não. Isso é um absurdo. Hermione descobriu sobre a  sua.. ascendência – Potter cuspiu a palavra- em nosso sexto ano, eu estava lá, e eu não vejo a relevancia dessa pergunta. Eu confio nessa mulher com a minha vida e eu não vou ter  você insinuando besteiras! – Harry Potter parecia apropriadamente furioso- vocês seriam espertos em lembrar que foi essa garota que ajudou a derrotar voldemort e nós não somos os réus aqui! E não! Eu não tenho dúvidas. Draco não nos reconheceu propositalmente. Meu rosto poderia ser uma bola inchada, sim. Mas, um garoto de cabelos negros acompanhados de Rony Weasley e Hermione Granger? Draco nos comprou tempo e um tempo inestimável que nos ajudou a derrotar um dos generais mais forte de Voldemort!- Harry tinha o rosto vermelho.
O homem respirou fundo por  um momento- poderíamos ter sido mortos em um piscar de olhos. Além disso, Narcisa Malfoy nos ajudou com –  Harry se calou por um momento- um objeto para a queda de Voldemort, colocando a sua propria vida em perigo. O que ela tornou a repetir na floresta proibida, e  me salvando de outra tentativa de assassinato. Que, eu não tenho dúvidas, seria perfeitamente cumprida e eu não estaria aqui hoje.
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Se Lucius não tivesse sido submetido há anos de ensinamento sobre conter emoções, ele poderia ter desmoronado. Mas, tudo que ele fez foi suspirar em alivio ao ouvir o veredicto.
Multas que eles poderiam pagar, Lucius ouviu calmamente ass outras condições do cumprimento de sua pena.