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História Hermione Malfoy - Capítulo 2: Saudades


Escrita por: ImogemMalfoy

Notas do Autor


A música nao me pertence, mas a Chico Buarque.
Eu a amo, é doce e triste e acho que apenas combinou perfeitamente com a história.

Capítulo 2 - Capítulo 2: Saudades


Oh, pedaço de mim

Oh, metade afastada de mim

Leva o teu olhar

Que a saudade é o pior tormento

[...]

Oh, pedaço de mim

Oh, metade exilada de mim

Leva os teus sinais

[...]

Oh, pedaço de mim

Oh, metade arrancada de mim

Leva o vulto teu

Que a saudade é o revés de um parto

A saudade é arrumar o quarto

Do filho que já morreu

[...]

Ele tentara uma série de feitiços para encontrar sua criança, até mesmo disposto a se entregar ao Ministério para que eles rastreassem o homem que ele tentou matar, mas Lord Voldemort não era nada agradável a ideia, ele não estava disposto a perder um grande aliado e financiador de suas batalhas, muito menos entregar de bandeja um membro do círculo interno que poderia entregar alguns dos seus planos, seria uma lição, ele havia dito a Lucius, quem sabe assim ele sempre se certificaria de que ele teria sucesso nas próximas missões.

Voldemort se certificou de esclarecer o que sua entrega significaria para sua família, ele ainda sentia o pavor de quando o homem ameaçara Draco ou poderia ouvir o choro descontrolado de sua mulher. Narcisa não olhou em seu rosto durante seis longos meses.

Ele não poderia culpa-la, ele mesmo recusou- se a olhar no espelho durante um bom tempo.

—-------------****-------------

Hector não foi capaz de segurar a criança durante um mês inteiro, ela era pequena e bonita, e não ter sua mãe por perto apenas tornou sua adaptação mais difícil, ele tentava ignorar seu choro e designou um elfo para seus cuidados.

Ele esperava que tomar a menina de Malfoy lhe trouxesse alguma reparação, alguma satisfação. Ele estava enganado, ele não voltaria atrás de qualquer maneira. Ela chorava histericamente mais uma vez e quando ele foi capaz de segurar a garota, ele chorou por redenção.

Nomeou-a Hermione porque a fazia lembrar da mitologia grega, Hermione que veio de Helena, sua doce menina Helena. Ele manteve seus cabelos loiros até os seus 4 meses, a primeira vez que ele ousara sair no mundo bruxo depois de sua fuga, ele tinha os cabelos enfeitiçados para parecerem ruivos e sua barba preenchia o seu rosto, mas Hermione com seus cabelos louros brancos e olhos azuis acinzentados eram muitos peculiares, ainda mais quando haveria uma réplica sua por aí, da mesma idade, ele não ousaria levantar perguntas.

Naquela mesma noite, seu elfo enfeitiçara o cabelo da menina e eles se tornaram um rico castanho com alguns reflexos louro dourado que a magia não poderia cobrir, seus olhos eram castanhos como os dele e ele quase chorou enquanto a observava, ele não ousou voltar no beco diagonal, achou que usar o sobrenome de sua tia vó Dagworth-Granger seria arriscado,  mas ele não foi capaz de desistir de Granger. Ele achava que combinava com Hermione de qualquer maneira.

Ele se adequou muito bem ao mundo trouxa, ele prometera ficar longe até que Você-sabe-quem estivesse morto, mas mesmo quando o profeta diário anunciava em uma manchete garrafal a queda daquele-que-não-deve-ser-nomeado, ele não retornou. Ele observou a menina desenhando no canto da sala alegremente, o elfo ao lado fora obrigado pela menina a colorir também, Hector não achava que Dotty parecia chateada enquanto riscava com o giz vermelho.

Ele dobrou calmamente o jornal e suspirou enquanto ainda observava a lista de presos, o nome de Malfoy no topo da lista, logo abaixo de Sirius Black e Bellatrix Lestrange.

—Bela família a sua, Hermione- ele resmungou.

A menina ergueu o olhar curiosamente, mas logo sua atenção retornou ao livro de colorir, enquanto balbuciava uma musiquinha infantil. Hector achava que a garota era adorável.

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Eles não retornaram mais a Inglaterra bruxa, mas ele não poderia ser capaz de afastar-se de sua magia, que era o motivo pelo qual eles sempre iam a França ou Alemanha. Ele mantinha seu passado a sete chaves e por mais curiosa que Hermione fosse, ela não gostava do olhar de tristeza no rosto de seu belo papai toda vez que ela perguntava sobre sua mamãe.

Ele era bom como correspondente e fabricante de poções particular,  assim como sua filha, seus cabelos também estavam mudados, ele não carregava mais o preto corvo, mas um castanho suave como o de Hermione, a criança também tivera as maças do rosto enfeitiçadas para  não serem tão parecidas como de uma Black, e enquanto ela se sentava zangada por não poder ler mais naquela noite, os lábios em um beicinho irritado e recusando-se a falar com ele, Hector era capaz de ver o gênio exigente de Malfoy ali.

Foi naquela noite em que ela teve seu primeiro sinal de magia e tão rapidamente como a irritação a dominara anteriormente, assim foi a alegria e a menina de 5 anos só gritava de animação e corria em direção a seu paizinho, Hector bufou divertido e por um momento ele se perguntou como teria sido se ele tivesse tido a oportunidade de ter visto Helena também.

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Magia era tudo sobre intenção, quando ela tinha menos de um ano, ele lhe presenteara com uma relíquia de sua família, o pequeno brasão delicado no cordão, a sua magia familiar abraçou Hermione como se ela fosse sua. Não foi difícil ter sua documentação alterada, primeiro uma certidão de trouxas e então o registro dois anos mais tarde no Ministério, via correspondência.

Ele esperou alarmado que sua carta chegasse no 19 de Setembro, temeroso que a magia de Hogwarts não a reconhecesse como Hermione Granger, foi com alivio que ele viu a coruja voar para sua janela e sua postura desabou como se tirassem o peso dos seus ombros,  mesmo assim ao olhar para o selo na carta, ele não pode deixar de sentir medo outra vez. Ele escondera seu segredo muito bem e se dependesse dele, ele nunca deixaria ser descoberto.

Hector dessa vez tinha muito a perder, ele pensou enquanto olhava para os desenhos pregados no mural, a assinatura bonita e infantil de Hermione em cada um.

—Hermione?- ele gritou e ouviu sua resposta abafada- Correspondência pra você!- cantarolou e riu quando ouviu os passos apressados na escada.

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Narcisa não podia se impedir de analisar varias vezes a estação enquanto trouxera Draco, ela esperava loucamente por qualquer sinal de outra cabeça louro branca, apenas um par de olhos cinzas a deixariam contente, realmente.

—Narcisa- Lucius a repreendeu baixo e calmo, sabendo muito bem o que ela fazia, ele esperava que estava sendo discreto enquanto analisava ao redor também, não fora atoa que ele visitara a escola em cada começo de semestre letivo, em nome dos governadores de Hogwarts. Era tolo e bobo esperar que ele tivesse todas as respostas jogadas em seu colo.

Ele cometera muitos pecados durante sua curta vida e agora, ele só pagava por cada um.

Os olhos da mulher cintilaram e ela suspirou antes de abraçar Draco apertado novamente.

— Uma por semana, Draco- ela repetiu mais uma vez e o menino bufou, ele já havia prometido a sua mãe três vezes, mas quando ela fez menção de se afastar, ele apenas a abraçou apertado. De repente, já com saudades.

—Divirta-se, querido- ela sussurrou, mas sem menção de se afastar dessa vez- eu amo você.

Ele resmungou baixo, envergonhado e ela deu uma risadinha enquanto engolia sua vontade de chorar. Ela não pode segurá-lo novamente, como já era hora da locomotiva de Hogwarts sair. Ela desejou por um momento, que os anos não tivessem passado tão rapidamente enquanto observava o garoto se apressar para o trem.

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Ela não pode deixar de ser atraída em direção a Draco, ele a tinha olhado com desconfiança porque não a conhecia e então eles entraram em uma conversa animada quando falava sobre poções e sobre como seu pai era muito bom, ele ria e, bem,  se vangloriava do dele também, era calmo estar com ele e ela estava feliz que  tivesse encontrado um amigo tão rapidamente.

Não foi ate que ela lhe explicava sobre algo bobo que a palavra trouxa destruíra sua tão recente amizade no trem. Ela se sentiu irritada e magoada que uma amizade de uma curta hora a deixasse tão machucada durante a semana seguinte inteira.

Draco só poderia fingir tão bem.

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Hector bebeu o whisky com calma depois de ler a carta de Hermione. Ele suspirou cansado ao ler sobre o preconceituoso Draco Malfoy, segundo as palavras da bruxinha. Não era seu propósito que Hermione odiasse o irmão ou vice-versa, mas ele esperava que isso os mantivesse afastados, que a atração da mágica entre os gêmeos não fosse perceptível aos dois.

Hermione estava fora por uma semana e ele já se sentia esgotado, ele não pode deixar de sorrir com sua animação sobre as aulas ou seu novo amigo Harry Potter. Com calma ele redigiu uma carta para sua menina.


Notas Finais


Você sabe, eu gosto de Hermione Granger como uma nascida trouxa. Mas, essa história trata-se de Hermione como Malfoy (mas sequestrada), é por isso que eu vou manter a magia de Hector.
E sim, Dagworth-Granger! O pocionista a que Horace faz referencia no princípe mestiço, como voces sabem, as mulheres assumem o nome do marido, e eu fiz esse ser o nome de solteira da tia de Hector, assim ele não seria detectado rapidamente
O mundo bruxo pode ser tão obtuso as vezes (episódio Pettigrew, um professor possuido por Voldemort ou Olho tonto, por ex)
Espero que tenha sido claro o porquê de Lucius não procura-la mais, mas nao se preocupem, o momento de discussao ainda irá chegar, no momento oportuno
Assim como a tal magia gêmeos, mas lembrem-se de Fred e George e como eles se dão tao bem


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