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História Hero Universe - Azul


Escrita por: Mutekai e QueenRoxy1st

Notas do Autor


Genteeeeee desculpem pela demora.. mas gostaríamos de desejar um bom capítulo a todos ~~<3
Saibam que amamos vocês seus viados <3
Estamos apenas com dificuldade na gestão de tempo conjunta, sempre que uma pode a outra está ocupada.. e já viram né.. sem capítulo u3u

Capítulo 7 - Azul


Ouvi a campainha tocar, esperava ser Ruby, queria a ajuda dela para carregar umas caixas, já que não podia fazer muita força e Garnet estava muito ocupada se emperiquitando pra sair, eu acho, ela nunca fala nada sobre, mas sei que quando ela toma banho e passa aquele perfume, ela vai sair ou vamos ter visita. Torço pela primeira opção, já que eu quero dormir cedo hoje a noite, com visita é meio que.. impossível.

Fui abrir a porta e não me impressionou quem lá esperava, não irei dormir esta noite, melhor organizar uma playlist ou formatar um dos trocentos computadores que tenho pra arrumar. Talvez mais uma noite em claro.

-A Garnet está?- peguntou Emerald, uma senhora que sempre vinha visitar ela.

-Se sabes a resposta, por que cisma em perguntar?- respondi em forma de pergunta.

-Vou fazer uma janta especial para nós quatro.- falou sorridente.

Pensa o quão rápido eu desviei da mão dela quando a mesma tentou fazer um cafuné no meu cabelo, NINGUÉM TOCA NESSE NINHO. Sinceramente, faz dias que eu não o arrumo, só lavo e seco, como ele ficar nem me importo.

-Podíamos pentear esse cabelo, o que acha?- tentou interagir comigo, mas não caio nessa magia que derrete a Garnet.

-Não tem mais ninguém pra cuidar?- cruzei os braços.

-Onde está a Ruby?- engoliu em seco e desviou seu olhar, aqueles olhos verdes me lembravam os meus, isso me fazia repensar sobre quem eu realmente era.. será que sou natural daqui.

Dei de ombros e deixei a mulher sozinha, claro que a casa era mais dela do que minha, já que ela sabia onde ficava cada coisa e organizava tudo. Bléh, pra que arrumar se vai bagunçar novamente? A melhor coisa que tenho a fazer é jantar fora e matar tempo na LAN house, sim isso ainda existe, as vezes eu arrumo uns computadores lá por alguns trocados.

Fui até meu quarto, peguei minha ferramenta mil e uma utilidades, era apenas um cabo que desencaixava e dava pra colocar várias pontas de diversos tamanhos e formas, era muito útil para computadores, já que era bem pequena.

Coloquei um CD de formatação em um dos computadores que estava ali a mais tempo. Eu tinha um prazo pra entregar, mas sempre deixava de última hora. Minha vontade era zero, apenas fazia pra matar tempo. Uma mente genial como eu devia estar no topo do mundo, mas... acho que estudar não é pra mim, muito trabalho pra receber um pedaço de papel, consigo aprender lendo ou vendo vídeos na internet. Consegui aprender três línguas assim.

Antes de sair dei um carinho no meu robóbora, recentemente instalei uma atualização onde ele consegue sentir quando algo toca nele, acho que ele gosta, desde então fica se esfregando nas coisas, mas já era de se esperar, seu cérebro é de um cão.

AU AU

Ele latia para mim, mas neguei com a cabeça.

-Não pode ir junto.- ele grunhiu. -Emerald está aqui.. e sabe.. de noite.. ela e a Garnet ficam fazendo barulho.- bufei.

O animal robótico pegou em baixo da minha cama meu fone na boca e me trouxe.

-Sabe que eu não gosto da ideia delas juntas né? Emerald acha que sou a filha dela e tem que cuidar de mim, prefiro a Garnet, ela não demonstra tanto afeto, cá entre nós, não gosto de afeto humano, é por isso que você nasceu.- acariciei a cabeça dele, que soltou o fone fazendo um som manhoso e chateado.

Suspirei, isso era de partir o coração, mas eu PERIDOT, não era controlada por emoções. Vou ficar fora e deu. Saí do meu quarto, nem me despedi, só vi as duas conversando e rindo.

-Onde pensa que vai?- Garnet disse, caralho ela tem um terceiro olho?

-Vou na LAN.- revirei os olhos.

-Vai jantar fora novamente né?- cruzou os braços.

-Não quero atrapalhar.- olhei pra porta, liberdade, por favor eu quero.

-Vai lá.- disse entre os dentes, não duvido que ela queria muito me pedir pra ficar, ma na presença daquela outra, acho que quis parecer mais legal.

-AHHH MÃE SOCORRO..- Ruby entrou correndo dentro de casa, PORRA ELA NÃO ME VIU? QUASE ME ATROPELOU.

-Olha por onde anda.- bufei olhando para meu tênis, agora estava sujo com aquele pesão, sorte que ficava grande em mim, ou poderia ter machucado.

-Vai lá jantar com sua namorada e me deixa.- bufou Ruby.

-Do que está falando?- fiquei confusa.

-Aquela garota que comeu contigo, vi vocês se encontrando na praia esses dias, aquele sorrisinho dela.. com certeza não são só amigas.- reparei os olhos de Garnet me focarem por cima do óculos escuro.

-Namorada P-d?- pareceu confirmar.

-Porra.. nem conheço ela, eu estava caminhando e ela me seguiu, ela que quis comer do meu lado. ELA, ELA, ELA. Não temos nada, não somos amigas.- por que isso me irritava? Eu saía completamente do meu estado emocional tranquilo.

-Está bem, sugiro que vá fazer um lanche antes do jantar.- Garnet piscou pra mim, sério isso?

Ignorei completamente aquelas malucas, a porra da peguete da mãe da Ruby só ficava com aquele sorriso gentil, era irritante, muito irritante, porra ela sorri o tempo todo por que? Não tem problemas pra ficar se lamentando e sendo estúpida com as pessoas?

Melhor seguir o conselho dela, já que confiava muito neles. Fui até a lanchonete, como já era de se esperar, tinha uma promoção.. PORRA, ERA DO MEU LANCHE FAVORITO.. dois pelo preço de um.... mal aguento comer um, mas eu vou comer mesmo assim.. necessito.

A estratégia era comer rápido para caber mais, porém.. sou lerda pra mastigar, então.. quando chegou na metade do primeiro lanche, já estava cheia, empurrando o segundo. Eu ia comer, nem que fosse o jantar.

-Um lanche pra duas pessoas sendo devorado sozinho. Quer rachar?- ergui os olhos para ver quem? A seguidora, aquela Lapis Lazuli, encontrei o perfil dela nas redes sociais, a desgraça me mandou solicitação de amizade pra ser exata.

-M e u l a n c h e.- falei pausadamente.

-Não me parece ser capaz de comer sozinha.- falou rindo.

Juro que tentei terminar de comer e partir para o próximo, mas até minha boca se recusava a abrir, tive que ceder.

-Pode ficar.- falei fazendo bico.

-A que devo a honra?- nem dá pra acreditar que essa abusada ficou sentada me vendo comer, pra ter certeza que ia sobrar.

-Só come.- revirei os olhos.

-Obrigado.- ela sorriu de uma maneira tão meiga e misteriosa, me deixou nas nuvens por alguns segundos, como ela conseguia? Para.. a magia do sorriso meigo não me afeta, ela é só uma stalker aproveitadora.

-Pode ficar com o resto do refri.- empurrei a latinha pra ela.

-Adoro esse refrigerante de citros, é muito saboroso.- pegou a lata e bebeu um golão.

-Eca.. nem vai lavar?- fiz careta.

-Não vejo problema em compartilhar bactérias.- piscou, meu rosto ruborizou, eu não consegui entender bem o que ela disse, mas isso me deixou sem palavras, tive que desviar meu olhar.

-Não gosto desse refrigerante, só é o mais barato.- mudei de assunto, não era exatamente verdade, entre os mais baratos, ele era o melhor, até que gostava dele.. mas não queria admitir... não pra ela.

-Não gosta mas a lata está quase vazia.- olhou de canto pra mim.

Dei de ombros, tentando cortar o assunto. Só queria esperar ela terminar de comer, me pagar metade e sumir de vista, bateu uma vontade de sair correndo, mesmo eu me proibindo de correr devido a alguns problemas físicos.

-Olha, estou sem trocados.- disse um tanto sem graça, mas que nervoso, ela me enganou.

De imediato me levantei irritada, antes de abrir a boca para falar, ela foi mais rápida.

-Posso te pagar o jantar, sei de um lugar onde podemos comer. Vai ter um luau eu acho.. tem churrasco e uma pessoas dançando, música e uma fogueira grande.. não é grande coisa, mas é só pra pessoas conhecidas.- ela mexia com o dedo na mesa enquanto falava.

-Está bem.- eu não queria aceitar, mas seria bom pra matar o tempo até aquelas duas matarem aquela irritante saudade.

-Fico feliz por aceitar.- disse sorridente. -Então.. você é sempre tão misteriosa assim?- sério que ela queria puxar assunto? Treinar socializar fora de jogos.. pode me ajudar.. talvez.. vou ver até onde isso vai.

-Não sei, só sei que sou.- dei de ombros.

-Mora aqui a pouco tempo? Não a vejo muito por aqui.- perguntou.

-Moro, só agora que criei coragem pra sair da caverna.- olhei para minhas mãos, lembro bem o motivo que me fazia ficar trancada naquele quarto, além da minha baixa autoestima.

-Eu já fiquei em depressão sem sair de casa.. foi difícil. Estava na mesma?- tentou alongar o assunto.

-Era diferente.. eu sou diferente.. - falei com a voz falha.

-Eu também sou diferente, mas isso não quer dizer que é ruim. Eu tenho habilidades.. tenho cabelo azul.. eu tenho gostos diferentes..- levou a mão sobre a minha, mas a puxei, impedindo com contato prolongado de tal ato.

-Eu sou diferente de você.. - toda aquela coisa que superei, pareceu me vir à tona, eu estava na cama, não me mexia, tudo que eu via era o teto, e as pessoas ao meu redor com pena.. aquilo me assombrava.. -Sou uma aberração...- respirei fundo, desviando os pensamentos para coisas felizes.

-Todos somos diferentes, isso nos torna especiais.- tentou me animar, mas não vai rolar.

-Você não entende.. eu.. fiquei na cama.. por muuuuito tempo.. muito mesmo.. sem poder fazer as coisas sozinha..- lágrimas se formaram em meus olhos, reparei que ela já estava chorando.

-I-Isso é muito triste.. mas.. você é um milagre, está andando, e aparentemente se virando sozinha. É um exemplo de superação. Devia contar isso para o mundo.- sentou ao meu lado, aposto que iria me abraçar.

-Não conta pra ninguém.. você é uma das poucas que sabe.- é difícil ser diferente, prefiro que me achem uma normal estranha.

-Com quiser.- me abraçou, senti certa repulsa, meu corpo estremeceu, por impulso a empurrei.

-E-eu acho que não é uma boa ideia isso..- falei com receio dela ficar nervosa comigo.

-Está bem. Acho que não está acostumada eu suponho.- acenei de maneira positiva com a cabeça. -Então vamos começar com algo mais tranquilo?- onde ela queria chegar?

-Err.. ok.- estava curiosa, a mesma estendeu a mão, sério que ela queria apertar minha mão?

-Não me deixa no vácuo, hein.- manteve a mão esticada.

-Não vejo necessidade disso.- olhei para a mão e após para o rosto dela.

-Vamos, toca aqui então.- ergueu a mão, que insistente!

-Está bem.- suspirei e toquei bem rápido.

-Ótimo começo.- sorriu de canto.

Não disse nada, eu não conseguia sentir a mão dela tocando a minha, e se bati forte demais? Foi como um fraco choque pra mim, é algo complicado.

Depois de tudo, ela ainda ficou conversando sobre coisas aleatórias, perguntando sobre músicas, séries, comidas favoritas, acho que nunca conversei tanto com alguém pessoalmente... ou melhor.. sobre mim.. é a primeira vez que eu me sinto importante, ou pelo menos alguém está interessada em me conhecer como sou. Apesar de azul me trazer péssimas recordações.. dessa vez estava me sendo agradável.

Após anoitecer, fui com ela até a praia, onde já havia uma enorme fogueira e poucas pessoas ao redor dela, junto com alguns troncos. L-z, apelido que dei mentalmente a ela, tirou sua sandália e segurou nas mãos, para sentir a areia aos pés, estava toda animada caminhando na areia.

-Não prefere sentir a areia entre os dedos?- perguntou animada.

-Não gosto.- tentei não ser tão grosseira, mas ela pareceu respeitar meu gosto.. ou impossibilidade mesmo.

Sentamos em um tronco de árvore posto próximo a fogueira, eu juro que nunca tinha visto algo tão belo, a lua refletindo ao mar, tudo era iluminado por essa enorme fogueira e a música... não era ruim.

-Laaapis.- um homem sem camisa, bermuda e colar de flores se aproximou, a julgar pelo cabelo, pele morena e cara de galã, devia ser surfista.

-Olá Bob.- levantou para abraça-lo.

-Trouxe companhia? Sabe que estou expulsando os penetras né?- apertou os olhos para mim.

-Ela está comigo, relaxa.- se afastou do rapaz.

-Parece uma nerd, não pensei que se aproximassem de nerds.- me zoou, sério isso? Tive que levantar pra tirar satisfação.

-Não julgo mais as pessoas. Agora se me der licença, eu vou ficar conversando com essa NERD.- deu ênfase na palavra, o que deixou o rapaz sem graça.

-Err. Até mais.- falou antes de ir.

-Desde quando nerd é ofensa?- cruzei os braços.

-Da maneira que ele falou, você pareceu ofendida.- ergueu as sobrancelhas.

-Sei me cuidar.- sentei novamente.

-Mesmo que saiba, não quer dizer que as vezes alguém cuide de você.- e mais uma vez corei por não saber o que dizer, fiquei igual uma besta, parada, olhando pra areia.

-P-d, você é legal, quero te conhecer melhor.- sentou em meu lado e apoiou a cabeça em meu ombro, por impulso ia me afastar, mas me contive, deixando ela relaxada.

-Acho que vou considerar aceitar seu convite. Me achou como?- e eu ainda pergunto.

-Ninguém lá se chama P-d.- disse rindo, senti o braço dela se enroscar ao meu, MEU DEUS!! MEU ROSTO ESTÁ QUENTE.. QUE VERGONHA..

-Não devia ficar tão perto.- já estava suando um pouco, até que os olhos dela olharam curiosos para meu braço.

-Guarda algo de baixo do moletom?- apertou meu braço, nesse instante me afastei e puxei o braço.

-Eu preciso ir.- levantei e comecei a me afastar, olhava vez ou outra para trás, ela estava parada, com o braço esticado, sem entender.

-Eu disse algo errado? Fiz algo errado?- perguntou de longe.

-Não é culpa sua.- apressei o passo, me doía deixá-la ali sem explicação, mas eu sabia que ela teria repulsa se descobrisse a verdade....

Isso é algo que só eu, Garnet e Ruby sabemos.. ninguém mais deveria saber... já basta aquela maldita praga azul que acabou comigo... eu não vou mais passar por isso.. preciso me afastar dela, antes que o pior aconteça. Eu achava ela legal.. mas.. criar laços é perigoso.. é desnecessário.. eu não posso.. não devo.. eu... eu... vou ficar mais um bom tempo sumida, assim ela encontra outra amiga e me esquece.


Notas Finais


LAPIDOOOOOOOOT não pera.. algo deu errado.. o que será que foi agora? e.e
Esperamos que tenham gostado XD
Tentaremos ministrar melhor nosso tempo para trazer mais capítulos a vcs (não garantimos nada)


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