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História Heróis de Rune-Midgard: Episódio do Aprendiz - Os Guardiões


Escrita por: CronistadosMundos

Notas do Autor


Boa tarde, caros aventureiros! Estamos aqui de volta após muito tempo, para finalmente dar prosseguimento a esta história. Avisando desde logo que os capitulos anteriores irão sofrer uma breve revisão, mas nada que altere a historia e os acontecimentos. Serão apenas correções gramaticais.

Espero que gostem dos proximos capitulos! Abraços e boa leitura! =D

Capítulo 10 - Os Guardiões


Fanfic / Fanfiction Heróis de Rune-Midgard: Episódio do Aprendiz - Os Guardiões

Mesmo com todas as saídas bloqueadas, Rhober não queria desistir de sair da academia. Apesar dos riscos, ele estava completamente ciente de que poderia se machucar seriamente. Mas era um risco necessário para que ele pudesse ganhar mais experiência e força. Além do mais, o aparecimento da tal Sombra de Bafomé poderia justificar todo o mal que estava acontecendo naquele momento.

Aproveitando que os guardas estavam protegendo aos portões de entrada da Academia, Rhober correu furtivamente até o lado oeste e pulou do muro até cair no mar, assim como ele fez dias atrás quando teve a curiosidade de ir ao Deserto de Sograt. Enquanto nadava rumo aos campos sulinos de Prontera, pode avistar diversos focos de luz brilhando o céu noturno. Os ruídos de explosão, gritos e barulhos de metal se chocando aumentavam à medida que ele se aproximava.

Quando finalmente pôs os pés na areia, notou o quão sangrento estava aquele campo de batalha. Havia diversos corpos de aventureiros e guardas caídos ao chão, junto de monstros de todos os tipos. Mas o que era mais estranho era que alguns destes monstros eram nativos, só que estavam maiores e possuíam uma aparência mais demoníaca. Muito semelhante ao Muca-Muca que ele encontrou na fronteira do deserto. Certamente aquele local não era adequado para um mero aprendiz, mas Rhober fez questão de seguir em frente.

Durante o percurso, desviou de muitos combates entre aventureiros e monstros, como zumbis, carniçais, deviruchis, sussurros e os próprios monstros nativos que foram corrompidos. Mesmo as vezes se rastejando próximo de corpos ao chão ou correndo e se escondendo atrás de árvores ou rochas, ele sentiu que foi visto por algum inimigo.

Um grande cavalo fulgurante de cor púrpura com olhos nefastos e sombrios cavalgava para todos os lados atacando os aventureiros que ousavam atacá-lo. De repente, o cavalo medonho parou por um instante e encarou Rhober. Ele começou a bater os cascos no chão e a relinchar com uma voz assustadora e de arrepiar. O jovem aprendiz sentiu suas pernas estremecerem, seu coração estava a mil e seu corpo começou a suar frio. Era evidente o medo que Rhober sentia diante daquela criatura que estava prestes a avançar contra ele. O cavalo então levantou suas patas dianteiras e começou a galopar.

Sua velocidade aumentava a cada metro e seu relinche ficava cada vez mais aterrorizante, o que impediu Rhober de fugir por conta do medo. Não faltando muito para que o cavalo golpeasse o aprendiz, uma jovem trajada com uma meia-armadura e com saia de pano, pulou em cima da criatura e o flanqueou no pescoço com sua lâmina. O cavalo imediatamente relinchou de dor e deu meia volta para tentar mais outro ataque.

- O que você pensa que está fazendo aqui, aprendiz?! – A jovem espadachim de longos cabelos azuis perguntou, após se posicionar na frente de Rhober – Aqui não é local para você! Fuja!

- Mas... – Rhober estava completamente sem reação diante de tudo que estava acontecendo – Eu...

- Você está bem, garoto? – Um rapaz de madeixas castanhas e vestindo uma roupa característica do clã dos espadachins se aproximou do seu lado.

- E-eu não consi-sigo me me-mexer – Seu corpo ainda tremia e sua boca não conseguia formular frases corretamente.

- A aura negativa de um Pesadelo afeta o psicológico de qualquer um que não tenha experiência de combate suficiente – Disse o espadachim.

O Pesadelo voltou a galopar em direção aos três, e os dois espadachins correram para atacá-lo. Segundos antes de o grande cavalo diabólico atingi-los, a espadachim se jogou para o chão, deslizando e infligindo um corte rasante em uma das patas dianteiras do Pesadelo. Já rapaz desviou para o lado e com um único golpe fez um preciso corte lateral no torso do cavalo.

O cavalo caiu no chão e foi arrastado por alguns metros devido à velocidade que corria, parando logo a frente de Rhober. Ele o olhou assustado com o punhal já em mãos, porém, tremendo bastante. As chamas fantasmagóricas do cavalo se extinguiram e o corpo começou a se desintegrar, não deixando mais nenhum vestígio depois. A jovem se aproximou e estendeu a mão para o aprendiz, que aceitou temerosamente:

- Não tenha medo, você está seguro conosco. Nós, como Guardiões de Prontera, não iremos permitir que o mal te fira!

- O-obrigado – Rhober tentou controlar a respiração para poder falar direito – Meu no-nome é Rhober... Quem são vocês?

- Eu me chamo Ambrose – Disse o belo jovem ao se aproximar com a espada apoiada no ombro – E esta é Tammi. Como ela mesma disse, aqui não é lugar para você. Melhor voltar para Izlude o mais rápido possível.

- Eu queria ajudar... Preciso de mais experiência de batalha. A academia não me ajudou tanto quanto eu gostaria.

Uma bola de fogo aleatória passou por cima dos três, forçando-os a se agachar. De repente, dois deviruchis surgiram acima deles e atingiu os espadachins com seus tridentes. Rhober caiu assustado e com medo de ser atingido por eles também. Mas por mais incrível que parecesse, os espadachins simplesmente ignoraram a dor e quebraram com as próprias mãos os tridentes. Após isso, cortaram os pequenos demônios ao meio com um único golpe.

- Vo-vocês não são meros espadachins, são?

- É uma longa história, receio que não seja uma boa hora para comentar a respeito – Disse Tammi – Mas a Academia só tem a função de ensinar o básico, só após se graduar é que terá combates de verdade!

- E olhe em sua volta e veja! Mesmo os cavaleiros, ferreiros e até mercenários caíram em batalha. Nem aqui é local para iniciantes. Apenas volte para Izlude, garoto.

- Mas e a Sombra de Bafomé? Ele tem relação com tudo isso não tem?

Os dois guardiões se olharam de uma maneira de como já soubessem. Ambrose abriu a boca para falar, mas fora interrompido por um brado retumbante que deixou todos os aventureiros daquele campo de batalha em alerta. Uma aura sombria e maligna começou a infestar o solo como se fosse um rio transbordando no mar. Todos os aventureiros ali sentiram um arrepio em todo o corpo, e o medo só ficou mais intenso depois que um sorriso ecoou pela região. O céu da madrugada ficou diferente, as nuvens se moviam de forma estranha e a cor da luz da lua agora era em um tom avermelhado. E do alto de uma das colinas, uma fumaça negra começou a se modelar até virar um gigante e maciço humanóide com chifres e olhos que emitiam um intenso brilho vermelho, e suas mãos peludas seguravam uma gigantesca foice retorcida que fazia o ar zumbir.

A Sombra de Bafomé finalmente chegou ao campo de batalha.



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