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História HeroTale - Em Outro Universo - Invasão! Part - IV


Escrita por: xSunFloweer

Notas do Autor


Ok, la vem.
Eu nunca, NUNCA, lanço capítulos de maneira regular.
Tipo, tem gente que lança capítulos novos a cada uma semana, a cada alguns dias, mais Eu? Ha!
É tipo assim.
"Amanhã tem capítulo novo, mas como eu demoro um pouco pra entregar as coisas, pode esperar até 2050, talvez um pouquinho mais."

Mas eu não, NÃO, desisti da Fic, e não pretendo.
Não que tenha alguma importância, mas é isso.

Enfim, to pensando seriamente em pedir ajuda pra continuar a história, ta meio foda fazer tudo sozinho.
O meu roteiro ta todo bagunçado, e tmb as idéia geralmente não se encontra presente.

Beleza.

Boa leitura!

Capítulo 19 - Invasão! Part - IV


Fanfic / Fanfiction HeroTale - Em Outro Universo - Invasão! Part - IV


Sans só sentiu a lâmina afiada quando ela já estava cravado em seu ombro, o movimento do homem era tão suave, mas ao mesmo tempo tão rápido, quase hipnótico. Seus olhos reptilianos reluziam na luz projetada pelo olho azul do albino, estando tão próximos que o cheiro de podridão e sangue que a boca de Yoki exalava atordoou Sans, que torceu seu sorriso de dor e nojo.

Só com um braço Toki perfurou o menor,  empurrando para trás com a faca em seu ombro, mas não ouviu Sans gritar, nem mesmo soltar um gemido, por menor que seja.

Ao invés disso, um clarão azulado, e sentiu seu corpo arder em chamas, sendo arrastado para trás com as solas de seus pés bem firmes no chão.

Ele caiu de joelhos, botando sua única mão em seu peito queimado que já não havia mais seu colete preto.

Sans riu encarando-o onde estava, retirando a faca alojada em sua carne.

Undyne tomou a frente assim que Yugiri decidiu agir, protegendo o albino com sua lança, parando as garras afiadas da mulher de olhos penetrantes. Seus cabelos curtos e espetados esvoaçam para cima quando ela subitamente se abaixou, passando a perna pela vertical na tentativa de derrubar a ruiva, que levantou seu pé e recuou alguns passos ao mesmo tempo em que tentou acertá-la com a lança, atingindo de raspão sua barriga. 

Yugiri rolou para trás, e quando ninguém estava vendo, seu irmão pulou de dentro das sombras, aproveitando o desequilíbrio de Undyne e a falta de atenção de Sans, mas não contava com um terceiro par de olhos esmeraldino que o notará.

Bolas de fogo o atingiram, forçando-o a recuar sua investida, e surpreendendo tanto a si mesmo quanto aos dois, que olharam para trás.

Asriel mesmo com a expressão de pavor, apontava suas mãos para seus inimigos, preparado para ajudar caso necessário. Ele forçou um sorriso, fraco, mas estava lá, um sorriso.


– Bom! – disse o pálido antes de estalar os dedos e surgir dois crânios animalesco enormes com dentes afiadíssimos.


Os dois irmãos viram que sua escapatória seria impossível, e sua única reação foi de se proteger inutilmente. 

Fios extremamente finos, quase transparentes os envolveram, e rapidamente os removeram do raio de alcance do ataque de Sans, que acertou somente o chão.

Uma mulher com longas cabeleiras negras igual a noite presa em um rabo de cavalo se aproximou, revelando seus olhos obscuros como se fossem vazios. De seus dedos os quase imperceptíveis fios saiam, voltando logo quando os gêmeos estavam a uma distância segura de Sans. De sua calça larga esverdeada com corrente tirou um comunicador, clicando em um botão e o aproximando do rosto.


– Encontrei os gêmeos, junto dos intrusos. – logo ela o desligou, devolvendo para o bolso.


Seus olhos frios se dirigiram a Sans e seus cabelos brancos como as nuvens, e cruzaram seus olhares amedrontadores. O albino foi o primeiro a desviar o olhar, avaliando todo o porte físico da mulher, e soltou uma baixa risada.


– Você passou uma sensação em mim que nenhuma outra conseguiu. He he he… Você não está aqui para buscar os dois, está? – indagou o garoto de voz grave e marcante, sorrindo para a recém chegada.


Astrid encarou os dois irmãos a sua frente, que ao perceberem seu olhar cair sobre eles, abaixaram suas cabeças, inseguros. 


– Não. – respondeu a mulher de cabelos negros, suspirando alto logo após. – Vim aqui para cuidar de certos imprevistos, que no caso, é você.


Sans olhou em volta, para seus amigos ao seu lado.


– Eu? Somente eu? Sinto-me lisonjeado, sério. Mas por curiosidade, você acha mesmo que você dá conta de mim? – perguntou, bocejando de forma provocativa, fingindo não interesse. – Afinal, isso não aconteceu até agora, nem perto disso. Devo dizer que suas tentativas de me parar foram… patéticas.


Asriel e Undyne tomaram uma posição mais confiante, indo ao lado do garoto de azul.

Astrid o encarou feio, e após alguns segundos, praguejou.


– Você é muito arrogante, cabelos pálidos. – a mulher levantou a mão, direcionando todos seus dedos em direção a quem encarava. – Isso Me Irrita!


Fios transparentes surgiram da ponta de seus dedos, tão velozes que Sans mal pode vê-los, e eles envolveram seus braços, pernas e pescoço. O jogou para trás de forma abrupta, e ela foi junto dele. Sans no momento se assustou com o ataque repentino, e seus dois amigos não puderam fazer nada para impedir que ele voasse para trás e voltasse para o campo de batalha cheio de vilões inconscientes no chão. Undyne se virou para trás e fez menção de ir atrás, mas os passos acelerados vindo em sua direção a fizeram ficar e se virar novamente para frente e se defender de Yugiri. 

Sans cravou seus pés no chão e os arrastou pelo recinto, parando finalmente. A mulher continuou em sua direção, e não fosse sua incrível agilidade, teria sido acertado pelo chute da mulher.

Os fios se desprendem de seus membros, e voltam para ponta dos dedos da mulher. Ela volta a encará-lo, e os fios de seus dedos voltaram a sair, ficando envoltos no chão como linhas de costura. Com um simples movimento de mãos, usando seus fios Astrid fez 5 cortes fundos no chão, todos simétricos. O albino pareceu levemente surpreso, mas seu sorriso confiante não saiu de seu rosto.


_ Fascinante, sério. Como isso funciona? Os fios podem controlar uma pessoa? Ou é só um tipo de suporte. – perguntou Sans coçando dentro do ouvido usando de seu dedo mindinho. 


Astrid ergueu o braço, uma lufada de vento e cinco cortes na vertical em sua direção. A mulher surpreendeu-se no momento em que abaixou o braço, não vendo o corpo do garoto picotado.


– Muito lento! Quer tentar de novo? –


Ela girou para trás e chicoteou novamente, criando um barulho perigoso e fazendo os fios de distorcerem pela velocidade.

Não acertou.


– Quem é esse muleque?! – Astrid estendeu seus fios e os envolveu no próprio corpo, criando uma espécie de casulo.


Sans que dava discretos passos para trás riu pela narina. Blasters surgiram ao seu lado, prontos para servir a seu dono.


– Veremos se esses fiozinhos são mesmo resistentes. – comentou o pálido.


Enquanto Sans e Astrid se confrontavam, outra luta acontecia. 

Undyne agitou sua arma pontuda no alto e quase atingiu Toki, que rolou para trás como sempre fazia quando sua intenção era desviar de um ataque. Yugiri tentou agarrá-la por trás, mas duas bolas de fogo a atingiram e queimaram seu braço e a lateral do abdômen.

Asriel suspirou descompensado, preparando uma esfera explosiva em suas mãos, causando pequenos raios laranjas claros, que se destacaram no local pouco iluminado.

Toki se esquivou da barreira impenetrável que Undyne era, a ignorando, já que suas tentativas de um combate corpo-a-corpo com a ruiva era pouco eficiente se quisesse alcançar o garoto.

Quando ele pensou ter passado por ela, um pontapé o atingiu nas costelas, fazendo-o bater na parede fria e suja. Quando ele levantou o olhar viu a perigosa lança azul descendo contra si, levantando sua mão na defensiva, sentindo a ponta perfurar sua mão e quase chegar em seu rosto, passando perigosamente perto da bochecha.


– Sua vadia! – rosnou Toki dando uma pirueta para trás, e jogando duas facas de arremesso.


As duas pequenas lâminas atingiram a armadura de Undyne, tocando apenas as pontas em sua pele. A ruiva arremessou sua lança na direção do homem, que desvia.


– Está com medo? Vamos, se aproxime! – instigou a garota confiante, invocando mais uma lança brilhante.


Toki pareceu irritado, socando a parede e arranhando a mesma com suas garras.



… YOKOHAMA …

… LADO DE FORA DO HOSPITAL …

 1 HORA ANTES ...



– Aqui fora está um caos! – gritou o herói pelo seu transmissor, enquanto se protegia dos tiros atrás de uma parede já esburacada. – Cadê a droga da ajuda!? Estamos ficando encurralados!


Vários homens tentavam impedir que heróis avançassem no hospital, barrando a entrada com chuvas de tiros perigosos.

Um dos poucos heróis descartou seu último cartucho, e enxugou o suor que escorria de sua testa, pensando que a ajuda não chegaria, até ver uma mulher alta de longos cabelos brancos chegar no local.

Vários dos policiais que cercavam o perímetro a reconheceram de imediato, abrindo passagem para ela.

A chuva de tiros cessou, dando um ar para os heróis que tentavam avançar pela entrada.


– Francamente. – murmurou a mulher, de vestido longo e belos olhos esmeralda. – Agora vejo o motivo de Gaster ter me pedido esse favor, mesmo após minha aposentadoria. Pois bem, lá vamos nós!


Seus olhos verdes brilharam e bolas de fogo azuis a cercaram, girando no ar magicamente. Ela apontou para a entrada, e os heróis se retiraram para evitar o dano.

Assim que as bolas de fogo foram arremessadas e atingiram as paredes, causou grandes explosões, quase demolindo parte do edifício.

Assim que a mulher abaixou as mãos, praguejou por ter lembrado de algo, ficando envergonhada por um momento.

Ela se virou para um dos policiais mais perto, assustando o mesmo que momentos atrás surpreendeu-se com o espetáculo de fogo.


– Por favor, me diz que não tinha nenhum cívil. – questionou a mulher que era bem maior que o homem, o assustando ainda mais.


– C-Civis?! Não, e-eu acho que não. O prédio foi evacuado antes que o reforço dos vilões chegassem e tomassem a entrada, Senhorita Toriel. – disse o homem que engoliu em seco, tentando mostrar um sorriso.


Toriel soltou um suspiro de alívio, rindo envergonhada logo após.

Uma segunda explosão aconteceu, atraindo sua atenção.

Vários pequenos homens saíram da fumaça, indo na direção de Toriel enquanto produziam um som frequente e irritante, parecendo risadas

A primeira leva dos homens pequenos nem chegou perto dela quando uma bola de fogo os afastou, e quando eles quebraram, mostraram ser bonecos de madeira.


– Bonecos?– indagou a mulher dando curtos passos na direção dos bonecos queimados.


De repente um homem gordinho surgiu dos escombros com ajuda de seus bonecos, e os mesmos limparam suas vestimentas que antes que estavam cheias de poeira. Toriel não o reconheceu, mas sabia que era perigoso, afinal resistiu as explosões.

Ele tossiu levemente por conta da poeira, e finalmente pisou os pés no chão.

Um dos bonecos subiu em seu ombros, mostrando seu sorriso infantil e macabro, junto de seu rosto redondo e artificial.


– F-Finalmente! U-U-Um Herói de v-verdade! – a gagueira do homem não era por conta de seu medo, mas sim algo automático. – M-Me pergunto, o-o que alguém tem q-que fazer p-para receber u-um pouco de atenção por a-aqui. – comentou o homem balofo, acariciando um dos bonecos, que não demonstrou a mesma afinidade.


Toriel que se aproximava lentamente deu um leve sorriso.


– Quando você for realmente uma ameaça, acho que vai conseguir um pouco de atenção. Do jeito que está, deve fazer sucesso em festa de criança. – respondeu a mulher que ao se aproximar, se mostrou bem mais alta que o vilão. 


O homem engole seco e se afasta dois passos, estendendo sua mão rechonchuda em sua direção, e os bonecos pularam para cima da heroína, batendo os dentes de madeira freneticamente. 

Toriel não se espantou nem um pouco, e criou uma barreira flamejante com seu poder, impedindo os bonecos de alcançá-la, e torrou todos eles como se não fosse nada.


– M-Meus b-b-bonecos! – espantou-se o vilão caindo para trás por conta do tamanho calor que Toriel emitia.


– Ora, ora. Acho que dessa vez a gagueira foi proposital. – riu a heroína confiante.


O homem gritou e se arrastou para dentro do hospital cheio de pessoas maldosas, tropeçando em seus próprios pés. 

Toriel nem se importou em ir atrás dele, já que mais dos vilões apareceram, a cercando como se fosse algo combinado entre eles.

Um deles tossiu pela fumaça que saía das mãos de Toriel, indicando a enorme temperatura que estava.


– Então criança? Vamos dançar!? – e bolas de fogo voaram por todos os lados.



… SUBTERRÂNEO DO HOSPITAL …

… AGORA ...


Ela estava ferida, cortes e danos por toda sua armadura negra, que resistiu a quase todos os golpes de Toki e Yugiri. Os dois assassinos ficaram impacientes pela teimosia de Undyne que parecia nunca se abalar ou mostrar uma fraqueza. Seus ataques eram mortais caso os atingissem, e tanto resistência quanto agilidade eram surpreendentes até mesmo para um adulto bem treinado.


– Qual o problema?! – resmungou a ruiva mostrando seus dentes afiados em raiva, limpando o sangue que escorria de sua testa. – Dois estudantes dando uma surra em pessoas como vocês, deve ser mesmo humilhante.


– Cala boca! – Yugiri foi a primeira a atacar.


Rápida e letalmente ela se aproximou, sibilando suas espadas curtas no ar perigosamente. Os primeiros ataques Undyne conseguiu desviar, os outros ela se defendeu com a lança. 

A ruiva musculosa agarrou seu pulso fortemente, sorrindo vitoriosa.

Sua lança perfurou o ombro da mulher como se atravessasse algodão; facilmente.

Yugiri gemeu levemente e tentou se afastar, mas Undyne a puxou para mais perto.


– Irmã! – gritou Toki. 


Uma faca foi arremessada, passando do lado de Yugiri e acertando o braço de Undyne onde não havia armadura. Ela foi obrigada a largar Yugiri, que se afastou rapidamente.


– Undyne, se abaixa! – pediu Asriel atrás dela, criando uma forte luz alaranjada.


Na hora sua amiga se abaixou, vendo várias bolas de fogo voarem por cima de si. Elas eram maiores do que as anteriores, e atingiram em cheio Toki e Yugiri e criaram grandes explosões barulhentas, derrubando Undyne que estava um pouco longe.

Quando a fumaça se dissipou, Undyne e Asriel puderam ver os dois derrotados com o rosto colado ao chão, com queimaduras graves pelo corpo. A ruiva suspirou de alívio, e fez menção de se deitar, mas os barulhos de luta a fizeram lembrar de que devia ajudar Sans.

O albino não tinha certeza de quantos metros os fios podiam se estender, e nem o quanto demoraria para conseguir cortar-los.

Seus ataques pouco fizeram efeito no casulo de fios da mulher, nem mesmo seu melhor disparo foi capaz de romper a dura camada e linha branca.


– Droga! Não vai sair daí?! Tá com medo?! – provocou o pálido cansado de tantas lutas. 


O casulo se moveu levemente, e logo se expandiu repentinamente no se parecia mais uma explosão, impulsionando o jovem herói para trás, fazendo-o bater na parede como um boneco de pano. 

O ar escapou de seus pulmões, e a dor percorreu de suas costas por todo o corpo.

Já havia tomado mais dano naquele dia do que em toda sua vida, seu rosto, seu corpo, aquilo deixaria marcas.


– Você fala demais, garoto. Não sabe ficar quieto? – questionou Astrid enquanto prendia Sans em seus fios, puxando seu corpo para perto. 


Ele tentou se debater em vão, e Astrid o puxou para muito perto, ficando cara a cara com o mesmo.


– Não quero que pense que sou orgulhoso nem nada do tipo. Falar bastante é só meu jeito de te fazer de trouxa. – comentou Sans olhando levemente sobre o ombro dela, esperando. 


– Me fazer de idiota? – indagou a vilã. 


Ela levou sua mão para trás e envolveu Undyne e Asriel em suas linhas, e lentamente direcionou seu olhar para os dois, visivelmente decepcionada.

Os dois que tentavam se aproximar cautelosamente tentaram partir os fios, não tendo sucesso.


– Esse era seu plano? – dizia Astrid enquanto ainda olhava para os dois. – Me distrair para que seus amiguinhos me pegue desprevenida? Esperava mais do filho de Gaster. – quando ela se virou novamente, Sans estava com o braço esticado para a esquerda, tentando alcançar algo no chão.


Astrid olhou para a direção em que Sans apontava, e encontrou algo que brilhava levemente em azul caído.


– Amarras inibidoras de individualidade. Você é cheio dos equipamentos não é? – 


– Na verdade eu peguei sem pedir, e eu agradeceria se parece de ignorar meu Blaster do seu lado. He He He. –


Astrid mal teve tempo de virar quando uma rajada de luz a cobriu por inteira, quase a desintegrando se não fosse seus fios que criaram um casulo. Ela se surpreendeu com o ataque repentino que largou os três, e Sans saltou para pegar as amarras.

Quando a luz se apagou, Undyne surgiu no ar enquanto caía em cima da mulher, que esquivou.

As duas começaram uma troca de golpes fortes e rápidos, as duas mostraram dominar muito bem algumas artes marciais, brigando quase de igual para igual. 

Mas pela experiência da mulher, conseguiu acertar vários golpes no rosto de Undyne, e logo a chutando para longe.


– Crianças malditas! – praguejou ela limpando seu nariz que Undyne quase quebrou com um soco. – De onde vem toda essa determinação?! O que vocês estão fazendo aqui? E por que lhes interessam tanto a ponto de arriscar suas vidas?!


Sans se levantou, mostrando o mais simpático sorriso. Ele levantou seu olhar para encará-la a distância, fixando seus olhos azul marinho nos obscuro dela.


– Chame de heroísmo, chame de determinação. Quando todos aqui entraram, sabiam dos perigos, e mesmo assim não deram meia volta, e nem desistiram no caminho. Muito pelo contrário! – respondeu o albino, e faíscas cor Shapira emanou de seu olho esquerdo. – Essa é a diferença entre os heróis e os vilões. Os vilões não se levantam, pois sabem que são fracos para lutar! Os heróis se erguem, porque sabem que são fortes, e tem forças para lutar mais uma vez! – declarou o garoto dando um passo à frente. – Não se preocupe, perder faz parte da sua essência. 


Astrid deu um passo para trás repentinamente, não tendo controle de suas pernas, que mostraram uma leve tremedeira súbita. 

Mas a mulher não iria permitir que Sans falassem daquela forma, tão confiante, tão heróico.


– Não… Não… – murmurou a mulher sentindo o corpo esquentar, e a raiva tomar conta de suas escolhas. – NÃO FALE ASSIM!!! – Astrid fuçou em seus bolsos de maneira compulsiva, retirando uma seringa com um líquido vermelho brilhante. – Eu vou matá-los! Aqui e agora! VOCÊS NÃO VÃO SE LEVANTAR, POIS EU SOU MAIS FORTE!!! – sem pestanejar, ela perfurou o braço com a seringa, empurrando o líquido para dentro.


Quando a droga fez efeito, o que demorou somente alguns poucos segundos, ela começou a dar gargalhadas, e vários fios saíram de seus dedos. As linhas que saíram estavam envoltos por uma fumaça esbranquiçada, indicando altas temperaturas.

Sans sentiu outra gota de suor, e o olhar de reprovação vindo de Undyne.


– Devia ter deixado essa sua boca fechada, saco de ossos! – resmungou a mais velha, voltando sua atenção para mulher.


O albino deu uma risada sem graça, e mexeu os ombros.

Asriel engoliu em seco e esperou Astrid fazer alguma coisa.

A mulher novamente se preparou para o combate, manipulando seus fios de maneira habilidosa.

Ela apontou para os jovens e todos seus fios dispararam em suas direções, cortando o ar e sibilando como um chicote.

Sans agarrou o braço de Asriel e se movimentou com ele pelo recinto, desviando de todos os milhares de fios que cravam no chão e tiram lascas do concreto facilmente.

Undyne por outro lado defende-se dos ataques girando sua lança, evitando ser perfurada.

Astrid com ajuda de seu poder ficou suspensa no ar como uma aranha, balançando de um lado para o outro continuando com sua ofensiva.


– FIQUE PARADO PARA EU TE ACERTAR!!! – gritou a mulher em sua loucura, se locomovendo pelas paredes e teto. Seu foco estava sendo Sans e Asriel, mais por conta do albino.


Undyne viu que a mulher não estava focada nela, e então tomou uma posição mais ofensiva, tentando prever os movimentos da vilã.

Quando estava certa de que iria acertar, arremessou sua lança mirando no que acreditava ser o próximo ponto onde a mulher iria parar.


– CRIANÇAS MALDITAS, EU VOU MAT-- AAH!!! – quando a lança perfurou sua perna ela parou de falar, ficando presa na parede ainda sem os pés no chão.


– ESSA É SUA CHANCE, SACO DE OSSOS!!! – gritou a ruiva ao longe, e Sans largou o braço de Asriel e direcionou sua atenção para a mulher.


Um Blaster surgiu ao seu lado, com a boca brilhante de azul flamejante.


– Como eu disse… os vilões caem. – sussurrou o garoto antes de dar a ordem para seu mascote, que disparou um raio de luz quase cegante.


O disparo acertou a mulher, abrindo um buraco na parede e deixando alguns queimados em volta.

Sans acreditou por um momento ter atingido ela em cheio, e abaixou a guarda por um momento, na esperança de recuperar o fôlego.


– Sans cuidado! – 


Uma chicoteada no peito e ele caiu de joelhos, mesmo não gritando, a dor era quase insuportável.

Sans tremeu subitamente e levantou sua cabeça, vendo Astrid em pé a alguns metrôs de distância, sorrindo vitoriosa.

Foi um corte na diagonal, rompendo o tecido de sua blusa e fazendo o sangue escorrer na mesma.

Ele tateou o ferimento com a ponta dos dedos magros, sentindo seu coração disparar e a respiração acelerar, de maneira em que os sons a sua volta se tornaram banais e sem importância.

Sua última lembrança era de Asriel ao seu lado desesperado, com lágrimas em seus olhos.


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– He… he… he… – 


O começo de seu sofrimento, se deu início ironicamente no seu fim. 

Tantos dias desperdiçados.

Tantos erros em sua vida.

Podia ter se esforçado mais, podia ter dado mais atenção para a garota. Podia ter evitado tudo aquilo com um simples gesto, um erro que não havia mais volta.

Isso não importa, não mais.


– …. …. …. Então… Acho que é isso, né?... – Sans suspirava ofegante. – Só… Não diz que eu não te avisei…


De maneira patética, o esqueleto se levantou, mostrando suas mãos como se a situação estivesse sob controle e dando uma piscadela.


– Bom. Tô indo no Grillby. –


Quando o raio de luz amarelado que iluminava o Último Corredor bateu em seu crânio, ele se sentiu bem. 

Sua conexão com seu irmão se mostrou presente, e mesmo não vendo seu amado irmão, pode senti-lo por perto.

Ele sorriu, mas lágrimas escorreram das órbitas vazias como uma cachoeira, pingando em suas roupas.

Seu corpo estava leve, tão leve que parecia não existir mais.

Com suas últimas forças, tentou conter suas lágrimas.


– Então… Papyrus, o que vai querer?... –


E por fim… Poeira…


_____________________________________


… CONTINUA! ...





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