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História He's not your son (reescrevendo) - Prólogo


Escrita por: MissDMarques

Notas do Autor


Oiiie, voltei! Finalmente a fic está sendo reescrita e sim, a partir daqui já tem coisas mudadas.
Queria agradecer o apoio dos leitores, pela paciência e por todo o carinho!
Agora é isso, me aguentem <3 Espero que gostem de ler as mudanças <3
Saranghae <3
Boa Leitura <3

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction He's not your son (reescrevendo) - Prólogo

Quando Park Jimin voltou para Busan após passar o ano todo no internado no qual frequentava em Seul tudo que ele almejava eram alguns dias com a mente livre do futuro mirabolante que tinha pela frente. Pegou sua bicicleta, há muito esquecida na garagem da mansão dos pais, e se dirigiu, através das ladeiras estreitas típicas da sua cidade natal, para uma pequena cafeteria que havia por ali. Queria algo para se refrescar do calor. 

 Não sabia, no entanto ninguém em mesma situação que a sua, que aquele dia mudaria completamente a sua perspectiva sobre as férias. Assim, como Jungkook não imaginava o que lhe esperava quando começou mais um de seus habituais dias de trabalho no Café Min. Afinal, quem diria que pessoas tão diferentes, de mundos tão distintos,  assim como suas mentes eram diferentes e seus corações também, que eles iriam cair no clichê de um amor da primeira vista.  Mal sabiam, que ao soar do sino da porta de entrada do estabelecimentos, eles se tornariam  mais um daqueles casos de verão que querem se estender para as demais estações do ano e não podem por algum motivo clichê. Afinal tudo neles era clichê.

Park Jimin era filho de umas das famílias mais ricas da Coréia, seu pai era o presidente da maior holding do país: uma empresa que era dona de outras empresas e que as administrava financeiramente. O Senhor Park era divorciado da Senhora Park que era uma renomada médica que vivera a vida inteira lutando contra a fome, doenças virais e a AIDs no países mais pobres da Ásia e do mundo inteiro. 

Jeon Jungkook, era um rapaz simples, natural de Busan, havia passado a vida toda na cidade, trabalhava de meio período no café do seu melhor amigo Min Yoongi para poder ajudar sua mãe nas despesas de casa. Não havia tido uma vida fácil, era filho de mãe solteira num país extremamente machista, mas ainda sim sonhava grande: queria uma bolsa de estudos na Korean Internacional University para cursar gastronomia. 

Jimin se sentou distraidamente, naquele dia, numa mesa perto da porta de vidro que dava para o oceano, voltou seus olhos fixamente para a imensidão azul e lembrou-se do porquê amava tanto o lugar onde havia sido criado, onde havia nascido, Busan era um paraíso, era linda, tinha cheiro de mar e barulho de ondas. Deixou-se ficar inerte em si mesmo até ouvir a voz mais doce e melódica que já havia passado por seus ouvidos, até sentir um cheiro doce de creme de confeiteiro de baunilha.

- No que posso ajudar? - ele havia perguntado e Jimin automaticamente olhou-o e simplesmente perdeu o fôlego: ele era lindo, simplesmente tão estonteante quanto o mar de Busan. E foi ali que tudo começou de verdade. 

- Algo gelado - falou o Park encarando fixamente o garoto a sua frente, tinha medo de desviar o olhar e ele evaporar como uma miragem. 

- Refrigerante? Suco? Água com limão e gelo? - tentou Jungkook oferecendo as opções, o garoto bonito a sua frente não parecia muito bem, estava de boca aberta na sua direção, talvez fosse o calor. 

- N-não - falou Jimin finalmente pegando o pequeno cardápio encima da mesa  e lendo-o rapidamente - Hmm, chá gelado, por favor - pediu. 

- OK - respondeu Jungkook anotando o pedido numa comanda e pondo em sua mesa - Volto num instante. 

E ele realmente voltou, absurdamente rápido, com um dos chás gelados mais gostosos que o Park já havia tomado, era inclusive, melhor que o chá que havia tomado em uma de suas visitas a Inglaterra, contudo, para a sua infelicidade, não conseguiu falar novamente com o garoto bonito pois o dono do lugar havia o mandado para fazer algo fora e terminara de lhe atender. A última coisa de perguntou, ao deixar os wons responsáveis pelo pagamento da bebida no caixa, para o homem que conseguia ler no crachá o nome de Yoongi, foi:

- Qual o nome do garoto que me atendeu aquela hora? - O moreno com cara de poucos amigos apenas arqueou a sobrancelha e disse com sua voz grave:

- Jungkook.

- Jungkook - repetiu anuindo com a cabeça ao sair do lugar, nunca um nome havia soado tão bonito quanto aquele para si. 

Uma xícara de café aqui, um pedaço de torta ali, Jimin puxando assunto e indo ao lugar em todas as refeições possíveis, Jungkook com menos trabalho do que o pouco trabalho de sempre  e os dois acabaram por realmente se afeiçoarem a companhia um do outro, até mais que isso. Passaram a sair quando o mais novo era liberado de seu turno, caminhavam na praia,  tomavam sorvete. 

Jimin gostava dos olhos de Jungkook, do cheiro de creme de confeiteiro de baunilha que grudava nas suas roupas simples e em seu avental, sem falar no sorriso e na pele bonita.Já, Jungkook gostava dos cabelos que tinham um corte engraçado, das mãos, bochechas e do sorriso, principalmente, do sorriso que se estendia até os olhos do mais velho. E parecia que, o que eles eram, seus rótulos sociais, não importava muito quando estavam juntos, pareciam realmente terem sido feitos um para o outro, todo o tempo que passavam juntos parecia curto demais para tantas coisas em comum que partilhavam, apesar de serem muito diferentes.

- Você pretende fazer o quê depois que o verão acabar? Vai para a faculdade? - enquanto Jungkook ainda estava cursando o ensino médio, começando o último ano, Jimin havia acabado de concluí-lo dias antes de ir para Busan. 

- Vou para os EUA cursar administração enquanto assumo a presidência da menor empresa do meu pai; ele quer que eu a faça crescer - deu de ombros, aquilo já estava planejado a muito tempo.

- É longe - falou Jungkook, sentia um nó se formar em sua garganta ao constatar o fim eminente de seu relacionamento precoce, Jeon era um realista, sabia que alguém como Jimin e alguém como ele era algo completamente temporário. Teria um fim.

- Mas nós podemos manter contato - falou Jimin com convicção, gostava verdadeiramente de Jungkook e sua partida era algo temporário  - Via internet, até mesmo cartas se você quiser - Jungkook concordou, mas não se deixou criar muitas esperanças. 

Enquanto um queria que fossem muito além do que eram no caso Jimin, o outro já não se enganava mais, não estavam num conto de fadas, aquilo era o mundo real e Jungkook tinha certeza que não era uma vidinha como a sua que o outro almejava e também conhecia o fato de estar longe do porte de Jimin. O que restava era aproveitar os momentos que tinham antes de dizer um adeus. E foi numa dessas noites, em que tocavam um ao outro, beijavam um ao outro, que esqueceram a camisinha e que os enjôos de Jungkook começaram logo em seguida,sem que Jimin soubesse.

O rapaz se sentia cansado o tempo todo, o cheiro da cafeteria parecia lhe enjoar a cada dia mais, dormir nunca parecia suficiente e não podia se abaixar que logo vinha a tontura. Acabou por conversar com Yoongi sobre como andava se sentindo.

- Será que é câncer? - perguntou preocupado, mas o Min apenas revirou os olhos e disse que pelas "atividades" que andava fazendo com Jimin, câncer não era assim tão provável.

- Acho que você pode estar grávido - Jeon que achava que câncer era o pior que podia lhe acontecer, logo após a frase do amigo, decidiu que na verdade parecia até uma opção melhor. Não, não podia estar grávido! Tinha toda uma vida pela frente, uma faculdade, viagens, sonhos! Não podia ter uma criança dentro de si para estragar seus planos, sua vida.

Pediu para que Yoongi comprasse um teste de farmácia para si e retirar o valor do seu salário, nunca pensou que tudo ao seu redor iria girar tanto e passar tão lentamente quanto os minutos que esperou para então entrar em desespero: dois risquinhos lilás. Estava grávido, grávido de Park Jimin, sua paixãozinha de verão, o primeiro com quem tinha transado na vida, grávido de seu primeiro amor. Grávido sem nem ao menos ter perspectiva de uma vida financeira boa. 

Chorou, entrou em desespero, não queria contar, não iria contar, não podia. Afinal, iria ser rotulado de caloteiro, interesseiro, mentiroso e até mesmo poderia ser acusado de dormir com outro, pois sempre usavam camisinha e também, fizeram aquilo tantas vezes que seria impossível lembrar de quando cometeram o deslize, pois não lembrava do nenhum preservativo estourando. Sua mente girava, girava e girava. Precisava esconder aquela gravidez até o fim do verão para que então pudesse dar um jeito naquilo, a cidade era pequena, os boatos corriam rápido por isso precisava ser discreto.

Olhou para si mesmo e só conseguiu ver sua mãe, sua preciosa omma, e a história dela se repetir em sua frente: grávido aos dezenove anos de alguém que não iria assumir seu filho de maneira alguma. Lembrava-se perfeitamente dos olhares direcionados a si quando era pequeno: repulsa, nojo, algo como pena também, lembrava-se do quão difícil era para sua mãe cuidar de si, comprar roupa, comida, material escolar, com o pequeno salário de faxineira que recebia por não ter uma boa escolaridade. Sua mãe sempre dizia para estudar, ter um futuro digno, realizar seus sonhos e agora, onde ele estava? Prestes a cometer os mesmos erros que a progenitora.

Pouco tempo depois saiu do banheiro  enxugando as lágrimas de seus olhos para poder voltar ao trabalho e, no final daquele dia quente, encontrou-se com Jimin do lado de fora da cafeteria, arrastou o mais velho para a praça pública mais próxima dali, a mesma na qual costumavam sentar para tomar sorvete e conversar ou simplesmente para ficarem ao lado um do outro, e deu um fim ao relacionamento dos dois. Sim, ele terminou, sem sequer esclarecer o motivo, afinal aquela era mesmo a última semana de Jimin na cidade, não tinha o porquê de ficarem juntos, não agora.

- Jungkook - chamou Jimin agarrando o pulso do mais novo antes que ele partisse  - Eu te amo, não me deixa assim - ele parecia tão desesperado, tão necessitado de Jungkook. Sua voz entregava seu choro.

- Me solta - Jungkook dizia sem olhar para o mais velho, sentia raiva de Jimin, raiva por ele ter surgido ali, por tê-lo feito se apaixonar, por ter lhe engravidado, ao mesmo tempo em que sentia tristeza de ter que o deixar ali, abandonado naquela praça sem nem ao menos lhe dar um motivo plausível - Eu disse pra soltar - repetiu e sentiu seu braço ser solto, começou a caminhar rapidamente para fora daquele lugar e quando estava quase chegando ao fim do túnel de árvores que o ligava a calçada ouviu Jimin gritar:

- Eu vou voltar, Jungkook, e quando eu voltar vou te ter pra mim de volta, mesmo não sabendo o porquê de você não me querer mais. Eu te amo, Jungkook. 

Naquele fim de tarde, com um belo pôr-do-sol ao fundo brincando com os tons de laranja, Jungkook sentiu vontade de mudar o passado, de ser alguém diferente, com uma jornada diferente, mas ele nunca olhou para trás, nunca soube que Jimin tinha realmente lágrimas doloridas escorrendo dos olhos. Jeon Jungkook nunca mais viu Park Jimin.

Se perguntassem a Jungkook se a ideia de abortar havia passado por sua cabeça com certeza, absoluta, a resposta seria sim, mil vezes, sim. Ele não queria aquela criança que fazia moradia em seu ventre, tinha apenas dezessete anos, estava sozinho, seu salário era pouco e ia quase que integralmente para a poupança da faculdade ou para ajudar em casa, sequer se dava pequenos luxos como roupas e calçados novos.

Depois que deixou Jimin caminhou o mais rápido que suas pernas permitiram para o lugar mais seguro do universo, o lugar mais quente e protetor: o braços da sua amada omma. Ahra era uma mulher de quarenta e poucos anos, muito bonita, apesar de ser judiada pela vida e era uma das melhores pessoas do seu mundo, para não dizer a melhor. Abriu a porta do pequeno e simples apartamento em que foi criado e só então desabou: correu até a cozinha, desligou a panela do fogo e contou tudo sobre os sintomas, a conversa com Yoongi, o teste, tudo. Tudo, menos quem era o pai do seu filho.

Ela já sabia que o filho vivia um romance, ele mesmo contara, mas nunca sequer conheceu o rapaz e sinceramente, não queria ter esse desprazer, ele tinha o abandonado ao saber da criança, aparentemente. Nos olhos do seu filho, que eram cópias dos seus, tão negros quanto, estava o pânico que manchou seu olhar naquela mesma situação, estava a incerteza, o medo e a tristeza.

Mas ele tinha algo que ela não teve: uma mãe, uma família, apoio. Ela tinha sido expulsa de casa, ele não viveria aquele inferno, nem que para isso ela tivesse que dar seu próprio sangue, trabalhar mais, fazer comida para vender, o que fosse necessário para que seu filho e aquele bebê tivessem de tudo. E foi aquele apoio que recebeu da mãe e de Yoongi, sim, seu amigo rabugento seria o padrinho da criança, que o fez prosseguir com aquela gestação.

Não sabia dizer o que era, talvez nunca conseguisse resumir em uma única palavra o que seria aquele sentimento, mas enquanto mais sua barriga crescia, mais colocava em sua cabeça que não podia deixar sua vida ser pequena, tinha seu filho para criar e queria um mundo todo aos pés dele. Queria dar para aquele bebê uma realidade melhor do que a  que havia vivido com sua mãe, não queria que ele o visse contar moedas no final do mês ou que quando pedisse para comer algo algo gostoso não pudesse pagar. 

- Taeyang - falou baixinho para a barriga proeminente, era uma hábito bem comum, assim como acarinhá-la, ali estava seu filho, afinal - Oi, menininho - suspirou - Sabe, seu tio Minmin e eu vamos cometer uma loucura e eu espero que dê certo para que eu possa criar você melhor do que a sua Vózinha pode me criar.

Naquele momento, falando sobre investir todo o dinheiro que tinha para sua faculdade na cafeteria  do melhor amigo, para expandir e elevar o nível do negócio, seu sol chutou pela primeira vez, bem naquele cantinho onde sua mão estava repousada. Taeyang, o nome escolhido por ele, significava sol, solar, em coreano, e pessoalmente ele concordava, era como ter o astro mais importante do universo unicamente para si.

- Obrigado pelo apoio, filho - sorriu - Eu vou me esforçar muito, por nós dois.

Aquele momento lhe deu forças para continuar e ajudar a construir com Yoongi uma das maiores novidades de Busan daquele ano: a cafeteria Sun. Era um espaço maior, num prédio de melhor destaque no centro da cidade que tinha até mesmo um jardim, era um lugar que servia desde comida tradicional coreana até mesmo aos famosos Fish and Chips ingleses, sem contar na decoração leve e natural do dia e extremamente romântica a noite. Algo para todos os públicos e gostos, algo arriscado e que podia dar errado, mas não deu.

Foi uma surpresa para os sócios quando alguns meses depois, antes mesmo do estabelecimento completar um ano, ganharam o prêmio de restaurante revelação e foram indicados como um dos pontos comerciais de destaque para o turismo coreano, com certeza um point. E então, ao posar para aquela revista, sobre culinária e empreendedorismo com seu pequenino Taeyang de três meses de vida em seus braços, estando no meio de sua mãe, que agora trabalhava consigo e Yoongi, seu rabugento favorito, ele se sentiu grato.

Grato por ter seu amigo, grato por ser filho de quem era, grato por seu negócio prosperar a cada dia mais, grato por não ter que suportar aquela barra sozinho e, finalmente, grato pelo seu filho, aquele que lhe fez abrir os olhos para um futuro diferente e que era sua força para levantar da cama todas as manhãs. Taeyang era seu sol, solar, sua luz na forma mais pura de ser e Jungkook o amava e mesmo que não fosse da maneira que queria agradecia por aquele pequeno ser ter tomado todo o seu amor para si.


Notas Finais


Gostaram? Me contem o que acharam <3
Nos vemos no próximo!
Saranghae <3


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