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História Hey, Fica Mais Um Pouco - Nada de Despedida


Escrita por: Doc_Jauregui

Notas do Autor


Hey, baby's como vcs estão? Espero que todos bem! Pois é, cá estou eu outra vez, ando um pouco animada então to postando aqui as vezes, espero que todos estejam curtindo! Boa leitura!

Capítulo 70 - Nada de Despedida


    Nossa madrugada se seguiu assim, nos duas abraçadas sem falarmos nada, vez ou outra nos beijávamos ou apensa ficávamos de testas coladas, mas nada muito longo que nos fizessem perder o fôlego e pensar em uma possibilidade de talvez os beijos levarem a outra coisa, aquele sem duvida não era um momento para isso, tudo o que foi dito por Camz ontem não me pareceu ser totalmente a verdade sobre o que esta se passando em sua cabeça. Quando já estava começando a ficar desconfortável aquela posição, fiz Camila sair de meu colo para irmos para dentro, além do mais o frio também nos começava a incomodar devido aos corpos molhados, de mãos dadas caminhamos até a casa, deixei que ela subisse ao meu quarto e tomasse um banho para tirar a água do mar e toda aquela areia de seu corpo, fiquei na cozinha preparando algo enquanto ela fazia o que havíamos combinado, quando terminei o lanche que preparei pra nos duas, o deixei sobre a cama vendo ela escorada no batente da porta de acesso pra sacada, olhando para o mar mais uma vez, avisei que tomaria meu banho e o fiz, mas nem mesmo acho que ela escutou qualquer coisa que eu tenha dito. Sai do banheiro já vestida e levei a bandeja com o lanche para a sacada, notando que agora já parecia um pouco mais claro, o que me dava a certeza de que logo amanheceria, por isso achei que seria legal tomarmos aquele lanche vendo o nascer do sol, quando passei minha idéia para Camila, ela apenas me respondeu com um sorriso fraco e sem jeito, mesmo depois de nossa conversa ela ainda parecia estranha e isso me preocupava, mas não me faria ficar perguntando a todo o momento o que havia de errado, daria o espaço e deixaria que ela me procurasse para dizer o que estava acontecendo além do que já havíamos falando um pouco, talvez agora ela esteja apenas refletindo. Assistimos do primeiro raio solar até poder se ver toda a extensão do sol saindo manhã a dentro, quando pensei em sair da sacada, senti a mão de Camila sobre a minha me impedindo de ir muito longe, voltei a onde estava, agora tendo a mão da minha garota junto a minha, aquele gesto não resolvia as coisas, mas já era um sinal de que mesmo estando triste com algo ela ainda me queria ali.

   --- To sendo idiota e sei disso, mas eu me preocupo com o que pode acontecer depois desse fim de ano. – a olhei confusa, afinal o que poderia acontecer de tão preocupante assim no inicio do ano com ela para ter esse medo? Mesmo que tudo tenha sido muito ruim no ultimo colégio, as coisas eram diferentes agora e ela tinha que perceber isso com ou sem minha ajuda, ela tinha amigos, tinha a mim com ela, tudo estaria diferente – São quando as propostas chegam, são sempre nos inícios de anos que meus pais definem onde iremos morar naquele ano, é sempre assim, eles encontram pessoas importantes nas festa de fim de ano e assim faz novos contatos, sempre acaba que uma coisa leva a outra e quando vejo, já estávamos fazendo as malas e empacotando tudo mais uma vez. – segurei sua mão dando lhe um pequeno aperto, dói pensar na possibilidade dela ir embora – Ultima vez que ficamos mais de um ano em uma cidade, eu pedi pra que fossemos embora por causa do colégio, sei que não vou pedir isso agora, mas não quer dizer que as cartas com proposta irrecusáveis pro meu pai não irão chegar. – soltei sua mão quando senti minha mão ficando suada e encostei com minhas costas contra a parede ainda olhando pra ela – Não quero ter de me despedir de quem amo.

   --- Não será necessário nenhuma despedida ok? Nada de despedidas. – eu tentava pensar no que dizer, mas agora eu também tinha medo de que ela fosse embora, não pode, não é justo – Vc esta no ultimo ano, seus pais vão estar pensando no que será bom pra vc, como uma faculdade de grande nome e o Golden é um colégio maravilhoso, vc terá boas recomendações pra as universidades assim, eles não vão se mudar. – a puxei pra me abraçar e ouvi quando ela fungou contra meu pescoço, segurando o choro tanto quanto eu – Nem que eu tenha que sequestrar vc, não vamos nos separar senhorita Cabello, vc me fez te amar e agora me terá em sua vida enquanto esse sentimento estiver em meu peito, e pro seu azar acho que ele vai continuar aqui por um bom tempo, então pare de se quer cogita a mínima possibilidade de ir para um lugar longe, onde meus braços não podem te ter por perto exatamente como agora, porque eles se acostumaram com o seu tamanho, não pode deixá-los, não pode me deixar. – minha voz perdendo a força e se não estivéssemos tão juntas duvido que ela escutasse qualquer coisa que eu tivesse dito, mas ela ouvi e por isso suspirou como eu.

   --- Sabe que não é assim que as coisas funcionam, vc entende tanto quanto eu, que se me pai resolver que temos que nos mudar outra vez isso vai acontecer e nada que eu ou vc faça vai mudar isso. – ela se solto dos meus braços e ficou andando de um lado para o outro – Me sinto uma idiota por não ter conseguido manter minha boca fechada sobre esse assunto, tem tanta coisa acontecendo na sua casa, tudo que menos precisa agora é de uma namorada histérica tentando achar solução pro meu problema, porque ele não tem solução. – a chamei duas vezes e tentei a segurar pelo braço, mas ela se desvencilhou chegando a me empurrar – Não Lauren, seu irmão vai ter um filho que foi renegado pelos avos, tem a grande festa de natal que sua família organiza todo ano, e mesmo sem vc me dizer eu sei o quanto vc fica louca com esse dia, vc já tem tantas coisas pra pensar que eu devia apenas ter ficado calada e ter engolido esse medo idiota que eu to sentindo desde que comecei a encarar de fato que posso ficar sem vc, basta uma assinatura do meu pai e eu perco vc.

   --- Para de falar isso Camila. – a segurei com as duas mãos pelos cotovelos e ela até tentou, mas dessa vez não pode se soltar – Não vai me deixar, não vamos ficar longe uma da outra. – eu não nego que me sinto mal desde que ouvi que a possibilidade dela ir embora passou a existir, mas eu tinha que não pensar nisso, no momento eu apenas devia acalmar minha garota e ficar ao lado dela – Somos um casal Camz, seus medos, angustias, problemas e o que mais estiver te deixando pra baixo são meus também, assim como todas as alegrias e risadas descontroladas, somos um casal amor. – dei um beijo em sua testa sem a soltar, ou ela iria ficar andando sem parar outra vez me deixando nervosa consequentemente – Temos 17 anos e eu sei que amo vc, pra mim é o que importa. – ela disse baixo, tão baixo que quase não escuto quando me disse que também me ama – Eu não tenho a menor idéia de como vai ser quando estivermos escolhendo as faculdades, ou como vai ser lidar com o ciúmes pela colega de quarto, ou por algum tutor bonitão que vai ficar encarando sua bunda – ela riu e levemente passei minhas mãos por ser braços – Vão acontecer muitas coisas entre nos duas, mas a única coisa que não vamos deixar acontecer vai ser nos separarmos, vc pode ta em Dever e eu em Cambridge, não importa, estamos juntas, sempre, aqui. – toquei seu coração após beijar sua mão.

   Namoro de colegial nunca vai pra frente, é o que nos pais sempre nos falam quando levamos alguém em casa uma primeira vez, nos defendemos dizendo que aquele é o amor da nossa vida e que nada nunca vai nos separar, mas no fundo sabemos que eles estão certos, vc muda a todo instante enquanto esta no High School, seja qual for a mudança, sendo ela hormonal ou comportamental, elas vão acontecer naqueles três malditos anos e ninguém esta pronto pra isso mesmo que se pense pronto, não se está. Vc muda desde sua cor preferida a descobrir se prefere meninos ou meninas, tudo fica diferente e muda tão rápido que as vezes vc dorme sentindo seu cérebro queimar com a duvida se ele frita mais pelo dia enquanto as coisas vão acontecendo sem que vc tenha o menor controle ou quando esta deitada em sua cama encarando o teto, tentando entender como fazer as coisas parem ou pelo menos irem mais devagar, mesmo que vc saiba que elas não vão mais devagar, infelizmente não se controla o crescimento e o único que consigo pensar sobre isso é que crianças tem sorte de serem crianças. Não foram vazias minhas palavras com a Camila agora pouco, eu tenho plena noção do quanto vai ser difícil levar esse namoro, ela indo embora agora no começo do ano ou indo no final do terceiro ano, ficar longe sofrendo pressões tornará nosso namoro uma bomba relógio e que talvez arrebente em algum momento, nos fazendo soltar nossas mãos, mas eu disse que seria pra sempre, talvez não o casal em si, talvez “Camren” não seja pra sempre fisicamente, mas quando me refiro ao sentimento, estando ou não com a Camz daqui a 15, 30, 60 anos, eu sei que vou ter o que sinto por ela guardado, seja numa pequena caixa de lembranças adormecidas no fundo do meu cérebro ou apertadinho no canto mais pulsante do meu coração, quem sabe até mesmo em ambos. Entramos no meu carro e fomos pra minha casa, não falamos muito durante o caminho, foram apenas coisas triviais, sobre a musica que tocava no som do carro ou mesmo como aquele friozinho que estava fazendo em nada combinava com Miami e suas belas praias.

   --- Olha só, resolveram aparecerem pro café da manhã, vamos lá, se sentem com a gente. – minha mãe começou a falar assim que eu ia passando pela porta da cozinha de mãos dadas com Camila, mesmo sem nos falarmos direito assim que descemos do carro estávamos próximas e nossas mãos se buscaram, naquele momento até mesmo me deixei sorri vendo ela corresponder em seguida o ato simples e carinhoso, pensar no convite de minha mãe foi meio incomodo tínhamos lanchado e por mim não ficaríamos ali, mas Camz se direcionou ao lugar que estava vago próximo ao meu irmão, me sentei ao seu lado e apenas coloquei um pouco de suco pra mim, sendo essa ação repetida por minha namorada, os olhares caíram sobre nos, afinal só abrimos a boca pra dizer “bom dia” e isso num tom quase inaudível – Aconteceu algo meninas? Estão caladas.

   --- Não mãe, só acordamos meio cedo demais e estamos na marcha lenta ainda, pode ficar tranquila, estamos bem. – dei um beijo na mão da Camila que deitou a cabeça no meu ombro, me deixando com ainda mais vontade de sair daquela mesa de café da manhã, estávamos num clima estranho, não era confortável estar em publico assim, ainda mais tendo meus pais como publico – A gente comeu lá na casa de praia, então... – olhei esperando por minha namorada que apenas deu de ombros – Vamos pro meu quarto esta bem, depois tenho de levar Camila em casa, devo estar encrencada com os pais dela por ainda não termos chegado por lá.

   --- Antes de saírem da mesa, preciso dizer um algo importante. – eu já tinha me levantando, mas voltei a me sentar quando meu pai me olhou serio - Filha, vc sabe que amanhã será nossa festa tradicional de natal na casa de praia e que todos os pais de alunos estão convidados, muitos confirmaram presença, mas o senhor Simpson, bem ele... ele não retornou minhas ligações. – encarei meu pai já imaginando onde ele iria querer chegar – Olha só, não estou te mandando fazer isso, mas o garoto era seu amigo e de seu irmão também, queria que os dois fossem até a casa dos Simpson e levassem o convite pessoalmente, sei que alguns pais podem reclamar disso, mas pra nenhum dos pais esse final de ano vai ser tão ruim quanto para os pais do Bradley, não deve ficar sozinhos.

   --- Iremos falar com eles papai. – agradecia Cris por ter começado a falar, minha garganta tinha uma bola gigante presa nela, pensar no Brad ainda machucava muito em mim, nunca tinha parado pra pensar que tinha pessoas que aquela dor nunca iria cessar, em seus pais, mesmo com tempo ela não iria diminuir, iria doer como uma ferida aberta que sangra mais rápido do que qualquer medico consegue fazer parar de sangrar – Podemos fazer isso antes do almoço de hoje Lauren, ou pode ficar muito em cima da hora e eles não aceitarem. – assenti ainda sem voz.

   --- Façam isso. – eu não olhava pra ninguém, mas ainda conseguia manter meus ouvidos atentos quando escutei a voz da minha mãe – Quando vi Anne há uns dias no hospital parecia ver outra pessoa, mesmo que eu lide com a morte de tão perto, nunca vou conseguir entender o que a dor de perder um filho pode fazer com a mente e o corpo dos pais. – me lembro de Anne como uma mulher bonita, de sorriso tão encantador quanto o do filho e de olhos alegres, ela em nada deve se parece com ela mesma de messes atrás – Mesmo que eu queria não deixar nenhum de vcs saírem de perto de mim sei que isso é impossível, por isso tomem cuidado sempre e não me refiro só aos meus filhos ok? Vcs duas também tem que estarem seguras também, fazem meus filhotes felizes. – Camz e Sel sorriram pra minha mãe, foi legal ouvir aquilo de minha mãe, apesar dos últimos acontecimentos.

   Peguei na mão de Camila já estando de pé novamente, dando uma breve olhada em minha família, as coisas pareciam bem por ali, meu irmão parecia de ressaca e Selena brava com ele por isso, mas estavam tudo dentro da normalidade, meus pais comiam e se olhavam com amor nos olhos como sempre e minha caçula mandando um ou outro áudio pro namorado, então por fim pode ir para o meu quarto com minha garota, tínhamos que ao menos aliviar toda aquela tensão que se formou após sua fala desgovernada de que poderia estar indo embora em algum momento próximo por causa do trabalho do pai, me sentia mal por não saber o que dizer a ela, o que eu tinha a dizer já havia dito, o meu máximo agora seria ficar do seu lado e lhe dar colo se o pedisse, mas nem isso eu sabia se conseguiria fazer direito, não consigo pensar em não estar com Camila mais, ao menos não tão cedo e talvez nem tão tarde. Me joguei na minha cama, após tirar os sapatos, com olhos fechados e as mãos atrás da cabeça, não tardei a sentir quando ela deitou sobre meu peito levando uma das minhas mãos para o contorno de sua cintura, em resposta a apertei contra mim e sem abrir meus olhos sabia que era apenas isso que eu precisava fazer naquele momento, ficar ali, sendo o travesseiro que ela precisava que eu fosse e foi exatamente o que eu fiz. Agora vamos voltar ao assunto da mesa ok?! Até porque melhor não pensar na Camila agora, esse assunto é confuso de mais, então eu iria até a casa do Bradley, iria até sua mãe e seu pai, os convidaria pra uma celebração, uma que eles não deveriam estar dando a mínima na atual situação, claro que eu podia não ir lá e deixar pra lá, porque jogar na cara daquele casal todas as famílias unidas depois daquela tragédia onde seu filho carregava a culpa, onde também o tinha perdido? Mas havia sido um pedido de meu pai e não poderia deixar de fazer, não por ter que obedecer e sim por saber que ele não teria feito aquele pedido em vão.

   --- Quer fazer algo idiota? – quase não ouvi a voz de Camz, estávamos próximas e acredito que por isso consegui entender, sua fala saiu com um sussurro quase inaudível, a olhei sem compreende onde ela queria chegar com aquela pergunta, por isso deixei que ela continuasse sua fala – Temos a festa hoje a noite sei disso, não podemos fugir, é Natal e temos de estar com nossas famílias. – ela se levantou do meu peito e sentou de pernas cruzadas na cama podendo me olhar enquanto passava levemente seus dedos na minha correntinha no pescoço – Mas podíamos fazer algo no ano novo, algo com nossos amigos, não sei, uma coisa inesperada, mal planejada, mas divertida, algo que vale a pena a gente ficar falando quando estivermos velhos e loucos. – tive de sorrir.

   --- Uma viagem de fim de ano? – ela assentiu sem sorrir, coisa que eu achei que ela fosse fazer – Podemos ver com as meninas quais delas topam e meu irmão pode ir também, assim temos mais um carro pra levar quem vc quiser que vá com a gente amor. – me sentei na cama próxima a ela segurando sua mão para deixa um beijo sobre ela – Façamos como vc acha melhor, não será fácil convencer nossos pais estando tão em cima da hora, mas damos um jeito e vamos fazer essa viagem, esta bem?! – ela voltou a assentir dessa vez colando nossas testas e me dando um longo selinho – Pensei em New York, o que me diz? A virada na Times Square, vendo a bola descer, clichê eu sei, mas pode ser divertido e eu sempre quis passar a virada de ano por lá.

   --- Parece um plano pra mim, de ultima hora e pouco pensado, que será visto com olhares bem tortos e desconfiados dos nossos pais, mas ainda assim um plano. – recebi outro selinho dela, que por fim me deu um sorriso, tímido e rápido, mas um sorriso, já é algo – Como ta bem em cima da hora mesmo, não podemos chamar muita gente, fica ainda mais difícil resolver tudo se for uma quantidade de pessoas muito grande, por isso pensei em Mani, Demi, Cris, Dinah, Nial, Ally, Louis, Selena, Shawn e a Taylor, assim já temos a lista de convidados para nossa viagem de fim de ano, talvez nem todos possam, mas são só esses que quero, sendo vc a principal delas.

   --- Se nosso destino fosse Las Vegas, iria jurar que estava fazendo a lista dos nossos padrinhos de casamento e que só eu não tava sabendo desse casamento, que tudo já estava muito bem planejado por todos vcs. – desde que tivemos a conversa sobre o trabalho de seu pai, aquele foi o primeiro momento em que ela sorriu de verdade, chegando a gargalhar por um tempo, quando parou me beijou vindo se sentar no meu colo e eu não pude conter o alivio de sentir ela voltando a relaxar ao estar comigo, se fosse mesmo nossos últimos, sei lá, dias juntas, que fossem cheios de carinhos, beijos, sorrisos e muito amor, mas se não forem os últimos, que seja dessa mesma forma – Podemos fazer isso nas nossas próximas férias o que acha? Ao menos dessa vez eu já vou saber que é pro nosso casamento a viagem que vc quer fazer, assim organizamos tudo juntas. – nos rimos e por cima de seu ombro notei quando minha irmã entrou em meu quarto – Que foi Tay?

   --- Nada, tava de bobeira lá embaixo, vim irritar vcs duas aqui em cima. – Camz saiu do meu colo se jogando nos meus travesseiros e sendo acompanhada por minha irmã, já eu apenas me virei pra ficar olhando as duas – Mesmo que eu saiba que vcs duas são safadas e não param de se pegar nunca, eu parecia ter interrompido uma conversa estou certa em pensar isso ou só é viagem da minha cabeça e vcs só sabem se pegar mesmo?! – apenas dei de ombros quando Camz me olhou.

   --- Estávamos planejando uma viagem de fim de ano, Lauren estava me dizendo sobre irmos para New York e eu definindo quem iríamos chamar. – minha irmã me olhou com receio de perguntar se ela estava no meio dos convidados, assenti com a cabeça e ela sorriu, perguntando em seguida quem mais estaria nos nossos planos, quase me arrependi quando disse que o mané do namorado dela  estariam entrem nosso convidados, ela ficou toda animadinha e sorridente, ainda mato aquele carinha – Temos de falar com todos os outros ainda hoje, talvez na hora da festa de mais a noite, tá meio em cima da hora, mas pode ser legal e não tem nada melhor que uma viagem com os amigos.

   Ficamos falando do assunto por mais um tempo, que só foi interrompido quando Cris me chamou para irmos até a casa do Simpson, não seria uma tarefa fácil os convencer ou mesmo estar de volta aquela casa, tudo ali me lembraria ao meu querido amigo, tudo, inclusive seus pais, seria uma conversa longa e delicada para todas as partes. Quando lá chegamos fomos recebidos pelo pai do Bradley, ele parecia cansado e aparentava não dormir a bons dias, Derek parecia outro homem, nada comparado ao senhor arrogante e sempre cheio de trabalho que me lembro de ter visto no dia em que vim à casa de Brad com meus amigos após jogarmos tênis no clube. Mesmo que me pai tenha dito em algum momento, assim como minha mãe, de que a dor de se perder um filho pode mudar completamente uma pessoa, nunca imaginei que fosse ser tão visível tal mudança. Sua primeira frase veio em um pedido de desculpas por sua mulher, que estava acamada há alguns dias e não poderia vir até nos, claro que a entendíamos por se ausentar, mas isso me deixou ainda mais preocupada em como a morte de meu amigo estava destruindo aquela família de dentro pra fora, da forma que imagino ser a pior maneira disso acontecer. Repetimos o convite que meu pai já havia feito a ele, o senhor parecia reconfortado por estar sendo lembrando por nos, mas foi irredutível em dizer que não poderia ir, ficaria em casa com sua esposa e seus filhos, assim como seus pais, que iriam até lá para passarem a festividade juntos, apensar de não estarem com animo para festejarem absolutamente nada. Conversamos mais um pouco, Cris certamente notou assim como eu, o fato de estarmos ali, parecer iluminar um pouco os olhos do homem, ele ainda se culpa e em seus olhos eu consigo ver que existe uma espécie de magoa própria sobre tudo que fez ao garoto por toda a vida e em como tudo o que aconteceu poderia ter sido evitado com pequenas atitudes dele, muito por isso ele jamais se perdoara pelo fim que a vida de seu filho caçula teve. Fomos pra casa em silencio, não precisamos dizer nada um ao outro, tínhamos de ouvir apenas aquele silencio que parecia nos dar mais força do que qualquer gesto e palavra possa dar nesse momento tão peculiar e doloroso.


Notas Finais


Pra quem está no grp da fanfic, vcs deve reconhecer parte desse capitulo, já que mandei a uma parte deles pra vcs enquanto escreviam! Espero que tenham todos gostado! Até mais!!


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