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História Hey Nerd! Se apaixone por mim! (HIATUS) - Acerto de contas


Escrita por: MinYoorgurt

Notas do Autor


Relou :3
Como prometido, capítulo postado logo :3
Eu ia postar só semana que vem, mas estava ansiosa pakas :3
Obrigado pelos comentários e favoritos!
Boa leitura :3

Capítulo 7 - Acerto de contas


 

A aula então tomou continuidade. Lucy, sem se desconcentrar do enorme texto que a professora Annie passava, colocava-me a par do que havia acontecido com ela depois da nossa separação. Ela contava tudo com entusiasmo, não deixando escapar um detalhe se quer, porém seus olhos estavam sem brilho e a mesma evitava olhar para algo que não fosse meu rosto ou seu caderno.

— E como está a Tia Layla ? _ perguntei inocentemente. Lucy não havera dito nada atual sobre sua mãe, apenas coisas que aconteceram antes dela entrar nesse colégio.

Escuto um "creck" baixo vindo da ponta do lápis de Lucy, que tinha o quebrado por aperta-lo sobre a folha do caderno. A mesma continuou apertando, com suas mãos tremendo minimamente enquanto mordia o canto direito de seu lábio inferior, abaixando a cabeça. Toco sua mão com receio e delicadeza, entendendo oque aquele gesto quis dizer

— Quando foi ? _ sussurro.

— Ano passado, quando estávamos vindo para a capital _ ela falou. Sua voz estava trêmula, como se estivesse segurando-se para não chorar. Lucy levantou suas mãos até a altura do rosto após soltar o lápis, as encarando como se pudesse ver tudo oque havera de acontecer no passado — O carro derrapou na pista e caímos em um barranco e rolamos, rolamos e... Aquelas pessoas correndo até mim e minha mãe... Ela... O motorista... Só eu... _ fungou — Sobre... vivi... _ então mergulha o rosto nas mãos, derramando-se em prantos, soluçando em um choro mudo. Instintivamente a abraço, ouvindo um estrondo de mãos batendo forte sobre a mesa no mesmo instante. Quando olho, vejo apenas as costas de Natsu ao sair da sala, dando uma última olhada para mim. Um olhar extremamente... Irritado ? Eu em...

— Está tudo bem _ volto minha atenção para a loira, alisando seus cabelos e me separando em seguida, passando a olhar-la nos olhos — Estou aqui, não estou ? _ ela ri. Um riso doce e gentil, passando suas mãos por seus olhos, limpando as lágrimas. Desvio o olhar para a porta, vendo um professor ruivo trazer Natsu para dentro da sala pelas orelhas.

— Qual é velhote! Isso dói! Aí, Ai, aí! _ a sala caiu em gargalhadas, observando a cena.

— Vá para seu lugar, pirralho! Vou começar minha aula _ aula ? O sinal já tocou ? Nossa. — Bem alunos, como foi dito na última aula, hoje faremos as apresentações das redações. Vejamos... _ ele pegou o diário de classe de sua mochila, o olhando — Srta. Bisca, pode começar _ ele se senta e a garota se levanta, começando a recitar sua redação.

Lucy Heartfilia 

Metade da sala já tinha lido sua redação, todos com histórias deslumbrantes, as vezes até exageradas. Todos eram de famílias nobres e ricas, ninguém além de Levy, até o momento, era bolsista, oque me impressionou. A história de Levy era parecida com a minha, a mesma não tinha pais já que foi abandonada em uma favela ainda criança, sendo adotada por uma doméstica. O mais impressionante é que Levy já frequentou "maus caminhos", usando drogas ainda nova e roubando para pagar suas dívidas. Realmente, isso é inimaginável.

Me aconchego em meu lugar, eu seria a próxima a se apresentar e meu nervosismo subia minha cabeça, chegando ao extremo assim que aquela frase foi dita:

— Sua vez, senhorita Heartfilia _ anunciou com tédio o professor Gildarts, me fazendo levantar e começar a recitar a redação que decorei.

— Meu nome é Lucy Heartfilia, completei 16 anos recentemente e sou órfã tanto de pai, tanto de mãe. Segundo as histórias que minha mãe me contava, meu pai a abandonou assim que soube da gravidez, estando desaparecido até hoje. Nunca nos interessamos em procura-lo, ele já haverá feito muito mal a família. _ dei uma pausa — Minha mãe, dona Layla, morreu ano passado em um acidente que sofremos, no qual escapei por sorte, sendo o Diretor meu único parente vivo e único capaz de assumir minha guarda. Passei minha infância no interior de Kahlentown, um lugar simples e aconchegante, cheio de pessoas humildes e gentis. Porém resolvi me mudar para a capital quando minha mãe conseguiu um emprego de astrônoma aqui, dispostas a mudar nossa vida inteira, além de abandonar... _ funguei, tentando segurar o choro —... as pessoas que... gostávamos. Gosto de ler, escrever, estudar, observar o céu e, as vezes cantar. Um dom que herdei de meu pai. Não gosto de pessoas metidas ou orgulhosas _ olho disfarçado para Natsu — Nem de baratas ou animais peçonhentos. Meu sonho é seguir os paços de minha mãe e me tornar astrônoma, não pelo dinheiro, e sim pela beleza que essa profissão me dará. _ todos batem palmas forçadamente e eu me sento, colocando as mãos nos olhos para segurar o choro.

— Ótimo Ótimo... Natsu Dragneel, você _ anunciou.

— Beleza _ ele murmurou — Bem, me chamo Natsu Dragneel, tenho 17 anos e eu sou a universal. _ o professor o repreendeu, fazendo os alunos pararem de rir — Sou canadense de origem Holandesa, nasci e fui criado em Toronto, o lugar mais sofisticado do mundo. Minha mãe era arqueóloga, hoje eu nem sei oque ela faz da vida, deve estar apenas vivendo as custas de meu pai, Igneel Dragneel. O advogado mais requisitado do mundo e está entre os 100 homens mais ricos do mundo, perdendo a 21° posição para um idiota qualquer lá. Desde pequeno fui criado no luxo, nunca me faltara nada e tenho tudo oque quero, a não ser a liberdade de não estudar. Isso minha mãe fez questão de proibir, me prendendo neste inferno de colégio interno. Não sei muito sobre os meus pais, já que eles passam mais tempo viajando. Eu só os vejo nas datas especiais, como natal, ano novo, meu aniversário e páscoa, isso desde minha infância. Mas tanto faz, desde que eles me mandem dinheiro está tudo bem. Tenho dois irmãos, meu irmão mais velho é o "filhinho da mamãe" e o "orgulho da família", já que ele está sempre presente, é um dos mais inteligentes e blá blá blá _ ele olha para Zeref — Coisas que discordo completamente, já que ele é um idiota. Minha irmã mais nova tem apenas 11 anos e ela viaja junto a meus pais. Gosto de música, mulheres, coisas não apropriadas para o momento e tudo mais oque o dinheiro pode comprar. Odeio ser contrariado e obrigado a fazer oque não quero. Também odeio ser enfrentado, principalmente se essa pessoa não tiver um pingo de direito para isso. Ah, por que meu cabelo é rosa ? Bom, para não ficar parecendo meu irmão, pintei meu cabelo de várias cores, dos mais escuros até os mais claros. Chegando no rosa, uma cor exótica que me deixa um tanto quanto... Atraente. Pretendo terminar esse inferno de escola e assumir as empresas de meu pai, derrubando os outros a minha frente e me tornando o mais rico do mundo.

Assim que Natsu termina de falar, o sinal do fim da terceira aula toca. Era impressionante o modo em que Natsu falava de seus familiares, era como se os desprezasse ou coisa do tipo, apenas disso ser previsível.

Zeref me acompanhou até a porta, onde nos separamos, já que pedi para ele ir socializar com outras pessoas. Porém o verdadeiro motivo é que eu queria pensar, eram tantas coisas de uma só vez. Uma dúvida ainda rondava e atormentava minha cabeça, assim como uma pedra no sapato ou um corte involuntário de uma folha. Uma tontura e um enjôo me atingiram e me desfocaram totalmente segundos depois de atravessar a porta de entrada para o refeitório, onde teríamos pouco tempo para lanchar já que o diretor anunciaria os novos professores e coisas do gênero. Eram tantas dúvidas em relação a Zeref e Natsu, aquele problema, a mensagem que Levy me mandou no meio da aula, as caçoações das pessoas a minha volta, esse enjôo infernal, aquela pessoa – estranhamente vestida com um sobretudo negro e uma touca que escondia metade de seu rosto – me observando ser carregada por Juvia até a mesa mais próxima, a Erz... Pera, quem ?

Observei fixamente aquela pessoa, sem acreditar que ele realmente estava aqui. Até ontem ele era meu "amigo imaginário", fruto da minha mente conturbada, e agora ele estava ali, à alguns metros de mim. Juvia me sentou em uma mesa onde várias pessoas conversavam, minha visão estava totalmente turva por causa da tontura, assim não pude ver as pessoas a minha frente. Tudo girava, várias vozes escoavam por minha cabeça, a sensação de enjôo aumentava e minha cabeça latejava. Sinto uma fraqueza seguida por impacto forte na testa, acompanhada por uma escuridão intensa.

Zeref

Após o sinal tocar, Lucy avisou que iria lanchar com suas amigas, dizendo para mim ir socializar com outras pessoas. Ela estava estranha, era como se quisesse fugir ou esconder algo de mim, mas isso eu logo tiraria a limpo.
Levanto-me logo após organizar meu material, acompanhando Lucy até a porta, onde nos separamos, indo um para cada lado. Coloco as mãos nos bolsos e caminho normalmente, sorri do para as pessoas que me cumprimentavam. Paro em frente a um armário qualquer, me escorando nele e, por ventura, escutando uma conversa entre duas garotas.

— Ficou sabendo do que aconteceu com a nerd ? _ uma delas falou. O tom de sua voz era doce como açúcar, porém o modo que ela a usava era mais afiado que uma lâmina.

— Qual ? A loira azeda ? _ uma morena perguntou. Diferente da outra, sua voz era fina e irritante. Vejo a ruiva de voz doce confirmar — Sei de nada, faltei ontem! Conta tudo, best!

— O nosso Natsu deu a maior surra nela, na frente de todo 1°F! _ ambas riem — Disseram que ela foi para a enfermaria e tudo! _ não, não podemos estar falando do mesmo Natsu...

— Ah, mas bem que aquela tal de Lucy mereceu! Acha que só por que é neta do diretor pode fazer oque bem entender _ debochou. Me seguro para não pular nessas garotas e arrancar a língua das duas fora, mas tenho de me controlar, meu foco agora é o Natsu, que terá que me dar uma boa explicação em relação a isso.

Soco o armário apenas para assustar as duas garotas e saio atrás de Natsu. Lucy é uma garota incrível, não há desculpas para ele ter encostado covardemente nela. Meu sangue quente subiu a cabeça fazendo veias marcarem minha testa, acompanhado de meu olhar fulminante. Rodo o colégio inteiro em busca do infeliz, localizando-o em frente à uma porta qualquer onde espiava o lado de dentro por uma pequena janela de vidro. Com minhas mãos pulsantes, o pego por trás pela gola da camisa e o jogo contra a parede contrária, o surpreendendo. Ainda o segurando, passo meu antebraço por seu pescoço, precionando ele contra a parede.

— CÊ TEM PROBLEMA, ZEREF ? _ ele me empurra com uma força considerável.

— Tenho. VOCÊ! _ parto para cima dele, acertando seu rosto com um soco, que foi revidado com um soco em meu estômago, oque me faz recuar alguns passos . Ele aproveita minha guarda baixa e me empurra, colocando seu pé atrás do meu e me derrubando, logo em seguida me chutando. Seguro seu pé antes de me acertar, o puxando e o derrubando no chão, logo subindo nele e o murrando várias vezes. Ele apenas cruza os braços na frente do rosto para se proteger, porém, do nada, ele segura minhas mãos.

— Já chega, cara! _ Natsu me chuta na barriga, fazendo eu sair de cima dele para ele se levantar — Aqui não é lugar para isso!

— Você não pensou nisso quando bateu na Lucy _ falei, me levantando do chão e passando a mão pelos lábios, limpando um filete de sangue que escorria. Ele arqueou uma sombrancelha incrédulo, como se oque eu dizia era algo totalmente sem noção.

— Como é que é ? _ ele ri — Oque você tá ganhando para defender aquela lá ? E da onde vocês se conhecem ? _ ele da uma pausa, parecendo saber de algo — Aaah já sei, a Nerd loirinha pagou uma para você, né? Sabia que ela não era tão certi--- _ o soco novamente, porém com muito mais força do que antes. Meu desejo naquele momento era quebra-lo no meio, mas teria de me controlar.

— Lave sua boca antes de esse tipo de coisa da Lucy! _ massageio meu punho, vendo-o se levantar cambaleante do chão.

— Francamente, não sei mesmo oque a Mãe e o Pai viram em você para te considerarem o "Queridinho da Familia" _ debochou — Você não passa de um idiota, que nem a sua mãe.

— Que nem a nossa mãe _ corrigi — E apesar de você ser o desastre da família, você era oque ela mais amava! _ bato em seu peito com o indicador a cada coisa que dizia — Ela quem defendia você quando o Pai dizia que você não prestava! E como você retribuiu?! Com desgosto! Ela tolerava tudo oque você fazia, até eu achei que você poderia mudar! Toleramos suas péssimas notas, toleramos todas as vezes que você reprovou, toleramos o modo que você tratava a família e o teatrinho que você fazia. As brigas, as confusões, tudo foi tolerado! Mas bater em uma garota, Natsu ? Por Deus, não sei quem você puxou! Até que ponto você ainda é capaz de se rebaixar ?! Se a Mãe estivesse aqui ela, com certeza, não iria perdoa-lo por isso.

— Se ela estivesse aqui, oque não é o caso já que...

— Já que ela está morta _ completei, vendo ele arregalar os olhos — Aaah, te surpreendi ? Pois é, meu irmãozinho, ela morreu. E sabe quais foram suas últimas palavras ? _ ele se vira, voltando para a porta que estava escorado antes, passando a observar o lado de dentro.

— Não quero saber oque aquela sangue suga disse _ cuspiu as palavras, cruzando os braços.

— Ela disse "Diga a Natsu que eu o amo, e o ajude a encontrar alguém que o ensine a amar, já que fracassei como mãe" _ abaixo a cabeça ao terminar de dizer. Lembrar desse momento me fere o coração, minha Mãe era tão boa... E tão ingênua. — Você sempre a apedrejou e mesmo assim ela o amou e defendeu até a morte. Você, Natsu _ aponto para ele mesmo sem ele estar me olhando — Não sabe dar valor as pessoas que se importam com você, as pessoas que estão a sua volta.

— Tsc. Grande coisa. _ ele me olha sério — Eu nasci com a grande vantagem de ter cousa nenhuma dentro do peito nem dentro da cabeça. Isso que chamam de juízo e sentimento são para mim verdadeiros mistérios, não os compreendo por que não os sinto. Então, meu caro irmão, não encha meu saco com suas lições de moral. Não pedi o amor dela, ela foi tola de fazer isso.

— Se é assim que pensa, tudo bem _ dou costas para ele, limpando novamente o sangue no canto em minha boca — Apenas não encoste em Lucy denovo e trate de se desculpar.

— Senão ?

— Senão corto sua mesada, basta apenas uma ligação para o Pai.

— Você não ousaria...

— Será ? _ digo, sorrindo de canto — Boa sorte, irmãozinho _ saio caminhando, deixando-o para trás.

Lucy Heartfilia

...Bip... Bip... Bip... Bip...

Os "bips" de um monitor cardíaco ecoavam em minha cabeça e um cheiro de desinfetante invadia minhas narinas. Movimento meus dedos para aliviar meu corpo da dormência, abrindo meus olhos aos poucos, notando estar novamente na enfermaria. Pisco algumas vezes antes de me levantar, deslizando a mão pela testa, onde havia um curativo. Olho em todas as direções em busca da enfermeira, porém não vejo nada além de materiais e objetos de enfermaria. A minha direita, uma cortina tapava minha visão para o outro lado da sala, cortinas que usavam para separar as camas de cada paciente. Estico minha mão em direção a cortina, sentindo uma dor aguda no ombro, me fazendo grunhir e recolher o braço.

— Como você está ? _ alguém disse. Era uma voz masculina que eu conhecia, porém não me lembrava seu dono. Vasculhei minha mente em busca de alguma informação porém nada vinha, era como se uma parte de minha memória estivesse, de alguma forma,  corrompida. Com receio, resolvi responder.

— Acho que estou bem _ murmuro — Como eu vim parar aqui ?

— Não se lembra ? _ ele parecia incrédulo.

— De fato _ respondo envergonhada.

— Logo irá descobrir. Aconselho que se deite de novo.

— Quem é você ?

— Quem sou eu ?

— Sim, quem é você ? _ a cortina a meu lado abre, revelando uma figura inusitada com uma bolsa de gelo no olho. Meu olhos se arregalam — Você ?

— Eu queria... _ ele estava aparentemente nervoso, seu receio de falar estava estampado eu seu rosto — Bem, eu... Aaah, toma! _ ele me esticou uma flor, não sei ao certo qual era, porém era linda e tão amarela e brilhante quanto o Sol — Me... Desculpa..


Notas Finais


Eai ? :3
Não deu tempo de revisar, mais tarde eu edito
(Preguiça)


Até o próximo e desculpem os erros e.e
Comentem !


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