Fright Zone
15:18
Catra tinha marcado de dar uma passada na casa de Kyle naquela tarde. O sol estava quente tornando o céu alaranjado e ela olhava pela janela do quarto, logo após ter tomado banho e ido se arrumar. Antes de sair, sentiu o estômago roncar e foi até a geladeira, observando que só tinha mesmo umas comidas de dias atrás.
BOM, O QUE NÃO MATA, ENGORDA... – comeu.
Estava decidida a recuperar os dois meses perdidos com o melhor amigo. Kyle compartilhava de uma personalidade brincalhona tal como ela, e a garota sorriu só de pensar que provavelmente eles inventariam alguma brincadeira idiota para voltar àquela amizade que ela prezava tanto, desde que o conhecera quando passou a morar sozinha em Fright Zone há três anos. A casa do amigo não era tão distante mas também não tão próxima, e ela começou a considerar a ideia de economizar para comprar uma bicicleta, necessária. Além de lhe poupar tempo, ajudaria a manter o condicionamento físico. Não podia pagar uma academia, já que Lonnie e Huntara ainda não tinham aberto a delas. Seguiu até a porta, preparando-se para sair, e seus olhos encontraram os de Adora, ela estava segurando um buquê de rosas.
— Hey, baby. Catra deu para trás no mesmo instante. — Adora? – olhou surpresa, boquiaberta.
— Ah, não gostou da surpresa? Sorry... você está de saída?
— Sim, eu vou na casa do Kyle. – sorriu gentilmente. — O-obrigado pelas flores. – as pegou e pôs num jarro na sala.
— Então não vou te atrapalhar, só quis mesmo fazer um agrado. – a loira ia saindo, mas ela capturou seu braço esquerdo. — Sem nenhum beijo, amor?
Adora voltou e lhe deu um selinho. — Não estou invadindo demais, né? – seu tom era preocupado. Catra sorriu fazendo carinho em seus cabelos. — Se for esse tipo de invasão, eu deixo, haha.
— Que bom então. – respirou aliviada.
Seguiu novamente até a porta, trancando-a. Deu um suspiro olhando para o céu laranja, e sentindo os raios fortes penetrarem sob sua pele, fazendo-a começar a suar. Adora percebeu seu incômodo. — Você quer uma carona?
— Não quero te incomodar....
— Você não me incomoda, linda. Só me dê a direção, eu te deixo lá. E posso te buscar assim que quiser. – piscou apaixonadamente.
— Putz, Adora, vai me deixar mal acostumada, haha. Te amo.
— Mais? Brincadeira, haha. — Entre aí.
A viagem de carro diminuiu consideravelmente o percurso da garota até a casa de Kyle.
— Thank you, baby. Adora parou em frente à casa de Kyle.
Era de uma estrutura parcamente simples, o telhado marrom envelhecido e a coloração verde-água desbotada das paredes externas, como a maioria das residências em Fright Zone. Catra só morava em um apartamento um pouco melhor em termos visuais porque SW a ajudava com as despesas. Ela tocou a campainha e logo o loiro baixinho apareceu sorridente.
— PESTE FELINAAAA! – a abraçou. Adora deu um sorriso e um aceno de despedida de dentro do carro azul-escuro. — Quem é ela? – perguntou apontando.
— É a Adora... minha namorada. – falou cheia de orgulho. Kyle observou o carrão, a breve aparência da mulher de alta estirpe. — SUA NAMORADA, É? Chama ela aí.
— Sério? Catra virou o rosto e fez um aceno chamando-a. Adora arqueou o cenho, de onde estava com o carro. — Eu? Catra repetiu o gesto “vem”.
Ela saiu do veículo. — Aconteceu alguma coisa, Catra? – mirou o rosto de Kyle, um garoto loirinho de baixa estatura e um sorriso contagiante.
— Kyle, essa é a Adora, minha namorada. – apresentou-os formalmente, ainda na porta de casa.
— É um prazer, Kyle. – ela estendeu a mão direita e deu um cumprimento firme.
— Melhor a gente entrar, né? – o garoto disse convidando-as à sua casa. Adora mirou a altura da porta e entrou cuidadosamente para não ganhar outro galo na testa. — Fica à vontade, Adora. – vou buscar um café pra gente.
— Gostei desse rapaz. – Adora disse meio risonha. — Ele é meu best friend forever. – a morena respondeu feliz com a interação dos dois. — Obrigado pelo convite, Catra, mas acho que eu não deveria ficar.
— Por quê?
— Bem, você veio ver o seu amigo. Eu apenas te dei uma carona. – cruzou os braços, séria.
— OLHA A CAFÉINAAAA. – Kyle riu e entregou duas xícaras às garotas e sentou ao lado de Catra, Adora estava na outra ponta do sofá, observando tudo. — Catra do céu, eu tenho muita coisa pra te contar. Adora olhou para os lados, se sentindo meio desconfortável. Ela não queria atrapalhar o encontro de amigos.
— Amor, você tá bem? – Catra notou o ar incômodo que a loira exalava.
— Estou bem, mas não quero atrapalhar vocês. – respondeu.
— Ah, Adora, não atrapalha não, além do mais fui eu que te convidei. – o rapaz disse risonho. — Além do mais, eu tava doidinho pra saber quem era a garota que tava fazendo essa sapatão casca-grossa suspirar pelos cantos, ui ui ui. – Kyle riu e chorou do tabefe que a amiga lhe deu sobre o ombro esquerdo.
Adora riu daquela cena. — Pois é, acho que era eu... – tomou um gole do café.
— Vai, loira oxigenada, me conta logo o que foi que aconteceu... que b.o com o Rogelio é esse? Não me aguento de ansiedade.
— Pois é, sapa. – ele suspirou, mexendo pelos cabelos alourados. — Catra, tu sabe que o Rogelio é um herpetocultor, né?
Ela levantou a sobrancelha. – Herpe..disgraça de quê? — Criação e manutenção de répteis vivos. – Adora respondeu, se sentindo ligeiramente confortável no meio da conversa. — Oh, perdão, não queria me intrometer...
— Carai, que mulher inteligente. Agora sei porque você se amarrou nela, Peste Felina.
Adora riu com o apelido da namorada, que lhe trouxe certas lembranças. Então é daí que ela tirou esse negócio de Senhora Felina... - pensou e guardou a vontade de fazer um comentário.
— É isso mesmo. É por isso que ele tem o apelido de Lagartão. – Kyle continuou.
Catra fez um gesto de deboche com a boca. — Tá, mas que que tem a ver a herpes do Rogelio com tudo? Kyle e Adora não puderam deixar de rir.
— Não é herpes, sua burra. – disse rindo. Eu demorei pra aprender esse nome, mas meu namorado é o cara. – fez um olhar convencido. — Ah...continuando, as iguanas e as duas cobras que ele criava, a gente não sabe como, escaparam do cativeiro e enfim, uma cobra mordeu um dos caras com quem ele morava na república.
Adora arqueou o cenho. — Nossa, mas essa pessoa está bem? Ele olhou para ela. – Graças a deus, sim.
— CARAI DE BOTA, MAN.... mas e aí?
— Não foi só isso. As iguanas destruíram umas coisas na casa, o pessoal ficou puto e pôs ele pra fora. – seu semblante baixou de leve.
— Puta que pariu, véi, tudo isso em dois fucking meses? E agora?
Kyle se recompôs, colocando a xícara de café numa mesinha de centro ao lado do sofá. — Dá pra rolar muita coisa em dois meses, tu sumiu. E agora... que a gente tá morando junto. – sorriu novamente, cheio de si.
Catra acabou se sentindo culpada por ter realmente sumido. — Humm, e cadê o Lagartão, então?
— Ele saiu com as meninas... — Meninas? – Catra interrompeu-o.
— Outra longa história que te conto depois....
A porta se abriu, trazendo Rogelio e duas garotas à visão deles.
Kyle olhou para os três à porta. — Catra, essas são... – Lonnie...Huntara...? – fez a interrupção e se gelou.
— Uai, já se conhecem?
Adora olhou naquele mesmo instante quando sua namorada denunciou que já conhecia ambas as garotas.
— Longa história...- a morena disse em um suspiro.
.....
Huntara, Rogelio e Lonnie foram organizar as compras do mês na dispensa. Kyle explicou à Catra que desde que ele e Rogelio decidiram morar juntos, com o passar do tempo, a coisa ficou complicada e estava sendo difícil se manter apenas com os trabalhos de ambos, que além de pagar mal, também não eram fixos. A solução fora procurar por pessoas que quisessem dividir aluguel, e após algumas semanas no Facebook, as garotas apareceram. Daí para cá, em um mês a casa tinha se tornado uma espécie de república onde agora aqueles quatro moravam.
— Então, Adora... o que cê faz da vida? – Kyle perguntou.
— Ahm, eu sou professora. – respondeu calmamente.
O loirou arqueou o cenho, ligando os pontos. — Humm, professora...? Catra...? – olhou cinicamente para a amiga, Catra estava sinalizando freneticamente com os dedos.
— Por gentileza, onde fica o banheiro? – Adora perguntou. Nem estava com vontade fisiológica, ela sentira que os dois queriam falar sobre ela, e aquilo seria terrivelmente constrangedor com ela ali. Precisava sair dali por um minuto.
— Final do corredor, a última porta. Cuidado quando for abrir, senão a maçaneta fica na tua mão. A loira assentiu positivamente com a cabeça.
— É ELA, NÉ? – Kyle grudou no braço da garota como se fosse um carrapato, seus olhos brilhavam de curiosidade.
Ela bufou. — É ELA SIM.... – revirou os olhos, meio tímida.
- CARALHO CATRA, TU É MINHA DEUSA VÉIO... DEU PRA PROFESSORA NO SEGUNDO DIA DE AULA, NO CARRO DELA, E AGORA TÁ NAMORANDO A RICAÇA... – gesticulou como se estivesse adorando-a como à uma divindade.
— Para, Olivia Palito, PORRA! – deu um cascudo. Rolaram no sofá, tentando brigar, e obviamente Catra venceu de lavada. Levantou em seguida, segurando o torso.
— Que foi, viada, tá se sentindo bem? – ele perguntou, notando a expressão de incômodo físico dela.
— Tô bem, cara... Só meu estômago que revirou um pouco. Deve ser as merdas que eu comi.... – deu um arroto de leve, sentiu-se enjoada.
— Vixe, vai no banheiro então. Ela saiu e foi até o final do corredor, estranhou Adora não estar ali assim que entrou.
MAS QUE DESGRAÇA É ESSA, MEU PAI? – levou às mãos à boca, sentindo o ímpeto do vômito regurgitar no fundo de sua garganta. Ajoelhou à beira do vaso sanitário, sentindo a cabeça girar e doer de maneira lancinante. Sua boca ardeu e se preencheu por completo, trazendo de volta tudo o que havia sido digerido mais cedo.
PUTA MERDA, OOOODEIO VOMITAR, QUE ECA. INFERNO! – praguejou e vomitou de novo. O jeito era esperar sair tudo. — Catra? – uma voz conhecida se fez presente.
Ela virou de esguelha, apertando os olhos marejados para olhar a pessoa. — T-tô bem…Huntara. – desabou o torso novamente, pondo mais para fora. A garota alta se aproximou dela abaixada, vomitando.
— Não parece bem, você tá...vomitando? – seu tom mudou ligeiramente.
— É o que parece, né, grandona? – tentou levantar e o enjoo lhe atacou novamente. — DROGA!
Depois de aparentemente ter golfado tudo, jogou uma água no rosto e encostou na pia, de frente para a garota. — Por que tá me olhando desse jeito? A mais alta lhe mirava, com olhar vidrado. — Gata, há quanto tempo você tá vomitando assim? – levantou a sobrancelha.
— Ué, só foi agora... por que quer saber?
— Me passou uma coisa pela cabeça... – Huntara coçou o rosto.
A morena arqueou o cenho. — O quê? De repente, um estalo. Ela olhou apavorada para a maior à frente, Huntara estava de braços cruzados, sem parar de olhar para ela.
— Faz dois meses.... – a de cabelos brancos disse, manifestando desconforto com o tom daquela conversa.
Catra sentiu todos os pelos do corpo arrepiarem, dos pés à cabeça. — Isso não é possível não, Huntara. – tossiu de leve. — A gente não... – travou as palavras na boca. — ... usou...proteçã-...? Eu acho que me lembro, eu....não lembro de tudo com detalhes.
— Sim, é claro que usei... Mas sabe como é, sempre há o risco. – segurou o cenho. — Gata... você desmaiou depois. Pensei que tinha pegado pesado com você, caramba. – se aproximou do rosto dela.
Catra olhava desconcertada, passando a mão pela nuca. — Então nem fodendo é possível eu estar.... – pausou demoradamente. – g-grávida...né...? – lacrimejou de leve. A maior levantou seu rosto. — Eu também espero que não, né? Mas olha, sei lá, acho que você devia…fazer um teste. Desses de farmácia mesmo...
— Tá brincando comigo, porra? – bufou irritada.
— Eu sei que é chato pra você, mas imagina pra mim... Tinha planos de pôr criança nesse mundo não, mas se acontecer... – olhou em seus olhos. — Eu não vou cair fora da responsabilidade não. Não sou esse tipo de gente. – disse com certeza na voz.
— Oh, é pra eu me sentir melhor com isso, Huntara? QUE BOSTA! – tirou as mãos dela do rosto. NÃO ACREDITO QUE A GENTE TÁ TENDO ESSA CONVERSA....
— Calma, pô. Você e eu só vamos ficar tranquilas depois desse teste... – tornou a repetir.
— Eu não quero me expor.... – a menor falou, soluçando. A mais alta pegou em suas duas mãos. — Olha aqui, gata, ninguém vai se expor, beleza? Se você quiser, eu compro pra você e dou um jeito de te entregar. Não diz respeito a mais ninguém mesmo, e sinceramente, eu preciso saber, essa porra toda me envolve também. – disse chateada.
— O-obrigado por não ser uma babaca. – respondeu o flerte de leve. Estava desequilibrada naquele momento, o mínimo de tranquilidade que Huntara lhe oferecera fez até mesmo o seu enjoo passar.
— A gente vê isso aí... – Huntara beijou as duas mãos dela. — Melhor a gente voltar...
— Sim...
A maior saiu na frente, pedindo licença à alguém na porta. Catra tornou a virar para a pia, mexeu de leve nos cabelos e jogou novamente uma água no rosto, este estava vermelho como sangue vivo. Caminhou até a porta, trombando com o olhar fixo, vidrado, decepcionado de sua namorada.
— A-A-D-O-O-RA......? Desde quando você... – deu para trás com o susto.
A loira não falou nada por um minuto, e ela ouviu um suspiro. — Já estou aqui há um tempo.... – Adora não tinha uma reação muito decifrável naquela hora. — V-você...o-ouviu...? - perguntou em pânico.
— Tudo. – a resposta foi fria como um balde de gelo.
— Eu...eu...posso explicar. – foi até ela, tocou em seu rosto. — Me solte, Catra! – tirou suas mãos.
A garota também estava em choque, bagunçou as palavras. — Adora, eu posso explicar. Não é nada... — ...disso que eu estou pensando, Applesauce? – a interrompeu. Me poupe de discursos baratos de cinema. A cena desde seu início já durava quase dez minutos.
— Adora, espera. Volta aqui, por favor. Eu não estou grávida, tá bom? – soltou as palavras de qualquer jeito. A loira tinha lhe dados as costas, voltou bruscamente e segurou em ambas suas mãos. — E-EU NÃO QUERO SABER D-DISSO, APPLESAUCE. – a olhou de cima a baixo com desprezo. – soluçou e largou suas mãos grotescamente.
— ADORA…AMOR? – Catra abraçou sua cintura. — Não me toque, Catra. Outra palavra forte como um soco. — Por favor... – implorou mais uma vez... Eu sei que aqui não é lugar pra falar sobre isso, a galera tá esperando a gente... Não vamos fazer uma cena na frente dos meus amigos, tá bom?
— Você acha que é isso o que eu sou? – Adora se controlava ferozmente para realmente não fazer uma cena de ciúmes da qual se arrependeria pelo resto da vida. — Pois bem, voltaremos para lá, mas eu não vou ficar mais. Preciso sair daqui…apenas. – evitou olhar nos olhos da namorada, Catra a viu apertando os punhos com força.
— Então tá...
— ... mas não me toque, Applesauce, é a porra de uma ordem. O pensamento rápido invadiu suas sinapses. Encarnou a senhora naquele momento, a senhora que só pensava em punir amargamente aquela traição. Voltaram caladas para a sala, onde o pessoal já estava reunido.
— Até que enfim, aposto que tavam se pegando no banheiro, safadinhas. – Kyle disse ao vê-las voltarem. Adora não olhou para Catra, que vinha atrás de si, calada, escondendo o estado em que se encontrava.
Adora respirou fundo, montou sua imagem arrogante e à prova de emoções. — Kyle, foi um prazer conhece-lo, mas eu tenho compromissos agora. Fique e aproveite a sua amiga, sei que tem tempos que vocês dois não se veem. Mais uma vez, muito obrigada pelo convite. – disse ríspida, mas educada. Huntara chegou e se sentou jogada no sofá, perto do garoto, olhando para as duas moças perto da entrada.
— Eu te levo até a porta. – Catra tentou mais uma vez.
.....
— Promete que a gente vai conversar sobre isso mais tarde? – sussurrou, ao lado de fora da porta.
— Eu não posso prometer nada agora, Catra. Preciso pensar. – Adora estava fria como um iceberg.
— Então pensa, por favor. Não se preocupa comigo, eu dou um jeito de voltar. – tentou abraçá-la, mais foi repelida.
Adora lhe fitou friamente, agora dentro de seus olhos, querendo transmitir todas as sensações ruins que lhe acometiam naquele instante. — Não estou preocupada com isso, Applesauce. Pelo visto, você já tem alguém para lhe dar toda a assistência de que precisa. – olhou de soslaio para Huntara do lado de dentro. Catra tremeu, e levantou na ponta dos pés para beijar-lhe o rosto, no entanto, Adora virou a face.
— V-você...acabou de virar o rosto pra mim, Adora?
— Goodbye. – a loira a deixou, sem permitir uma despedida carinhosa. Caminhou até o carro estacionado a alguns metros.
Catra voltou para dentro, não tinha mais cabeça para a reunião com Kyle. Respirou fundo, como era possível que aquela tarde pudesse terminar tão mal? Inspirou e expirou o ar, criou a curva de um sorriso no rosto, ainda que por dentro, estivesse chorando desesperada. Por vários motivos. O medo terrível de estar grávida da garota com quem ela passara apenas uma mísera noite. Odiou o amigo por ele ter convidado Adora, o foco da programação era apenas ela. Odiou Adora por ela ter aceitado o convite, ainda que meramente por educação. Odiou a si mesma por naquela noite, no passado, ter se divertido com as garotas. Tudo tinha se tornado um pesadelo agora.
— VOLTEI NESSA BAGAÇA, E QUERO CIGARRO. – gritou para Kyle, sentou no sofá sem querer encarar Huntara, tampouco Lonnie e Rogelio que tinha se juntado à eles.
— Hey, Felina. – Rogelio fez um sinal hippie de “paz” para ela. — Venha, vamos jogar UNO. Ela foi com o rapaz de cabelos verdes para a mesa onde tudo já estava preparado para a jogatina.
Alguma coisa tinha que se salvar naquele programa entre amigos.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.