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História Hey, Thief - Capítulo 57


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos 313 favoritos e a todos que comentam!!! :D
Para mais informações ou se quiserem bater um papo com as autoras,
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Boa leitura :D

Capítulo 57 - Capítulo 57


Fanfic / Fanfiction Hey, Thief - Capítulo 57

Namjoon chegou no restaurante faltando cinco minutos para a vinte e uma horas. Jin logo o avistou pela janela e se levantou apressado para abrir a porta. O moreno estava com calças grafite, blusa social roxa e um blazer preto, aberto. O loiro deu espaço para o outro entrar e não pode deixar de reparar o quão bonito ele estava. O cozinheiro sentiu seu coração disparar quando o policial lhe deu um sorriso acompanhado das covinhas.

Namjoon, inevitavelmente, tropeçou ao ver Seokjin. Ele até estranhou conseguir dar três passos antes que isso acontecesse. O mais baixo estava deslumbrante e por pouco o policial conseguiu se manter a sua sanidade. 

– Joonie. – O loiro, após fechar a porta, envolveu o outro em um abraço. Namjoon aproveitou para sentir a fragrância de cereja que exalava do cozinheiro. Esqueceu definitivamente que odiava a fruta. A partir de agora, a amava. – Que saudades.

– Você está… espetacular. – afirmou enquanto fitava os olhos do loiro.

Eles estavam separados, mas os braços ainda estavam unidos. O cozinheiro respirou fundo, tentando se recompor, pois também estava perdido naquele olhar. Namjoon sorriu e Jin não se aguentou e selou os lábios com o outro. Mal haviam começado o encontro e ele não tinha mais noção do que estava fazendo. As mãos do moreno ficaram estendidas por um momento, até ele as repousar nas costas do outro.

– Desculpa, não pude esperar até o fim do encontro. – brincou o loiro, se afastando um pouco mais, porém segurando uma das mãos do policial.

Os dois se sentaram na mesa e Seokjin, mais uma vez estendeu sua mão por cima da toalha, esperando que o outro estendesse a dele também, o que logo aconteceu. A mão de Namjoon era quente contra a sua pele e seus dedos se encaixavam com naturalidade, como se feitos exatamente para aquela função. Sorriu com o pensamento, o que logo chamou a atenção do outro homem.

– No que está pensando?

– Hum… nada demais. Só em como estou contente por você ter aceito o convite.

– Você realmente achou que eu iria recusar? Jin, por favor…

– Se eu fosse você, recusaria. Por sorte você é apenas você. – O loiro riu, baixinho, escondendo os lábios com a mão livre de maneira tímida. – Eu já não estou falando nada com nada, não é? Desculpa.

– Eu poderia te contar quantos dias, horas e minutos eu esperei por esse convite, mas não quero assustar você.

Era óbvio que o homem não havia mesmo contado os minutos, mas estava claro em seu olhar o quanto havia realmente esperado pela oportunidade de estar com Seokjin daquela maneira.

– Será que dá tempo de fugir? – O policial apenas abanou a cabeça em negação e os dois riram juntos, ambos cientes que já há algum tempo não tinha mais escapatória daquele sentimento.

– Ah… Lembrei.

Desfazendo o enlace de seus dedos o policial buscou dentro do bolso interno do casaco uma pequena caixinha aveludada e a colocou em cima da mesa, empurrando com suavidade até o cozinheiro. Jin encarou a caixinha com um sorriso nos lábios, não sabia o que tinha ali dentro, mas já era especial e ele já amava o objeto, mesmo sem vê-lo.

– Hm… Não acha que está indo rápido demais, detetive? – Puxou a caixinha rosa e abriu, exibindo o conteúdo desta. Um colar simples de prata com dois pingentes, um fouet e uma espátula de cozinha. Era lindo. – Joonie… eu nem sei o que dizer… Não precisava. – O moreno sorriu, fazendo o loiro suspirar. – Eu vou precisar de ajuda para colocar.

Namjoon deu uma leve risada e se levantou, contornando a mesa. Jin também se levantou, para que o outro colocasse o cordão. Os dedos do moreno traçaram delicadamente o pescoço do cozinheiro, antes que o click do fecho fosse escutado. Eles estavam brincando, perigosamente, e Seokjin estava amando cada minuto daquilo tudo. Imediatamente, o loiro se virou para encarar o outro homem e depositou mais um beijo suave em seus lábios.

– Obrigado. É lindo.

– Igual a você.

– Bobo. – comentou. – Nosso jantar está pronto, mas Jinyoung não fez uma sobremesa. Você se importa de esperar um pouco até eu fazer uma rápida?

– Não precisa se incomodar, Jin.

– Nada disso! Eu insisto.

– Então me deixa pelo menos ajudar.

O loiro ergueu uma das sobrancelhas. Kim Namjoon cozinhando? Seria no mínimo divertido, então ele apenas abanou a cabeça e puxou o moreno pela mão até a cozinha.

– Que tal uma torta de chocolate? – perguntou enquanto colocava seu dólmã e puxava um avental para o moreno, seguindo até ele para ajudá-lo a amarrar. Manteve a mão por mais tempo do que o necessário na cintura do policial, mas ninguém poderia lhe julgar por isso. – Tenho todos os ingredientes aqui.

– Sempre gostei de chocolate.

Namjoon observou o chef começar a dominar a cozinha. Ele era rápido em buscar os ingredientes e recipientes necessários para a execução da tarefa. Em poucos minutos, uma das bancadas estava repleta de coisas e o moreno se arrependeu de oferecer ajuda. Tentou respirar e se acalmar. Iria conseguir efetivar o que o outro lhe pedisse. “Me ajuda aí, divindade.”

Minutos depois, já havia quebrado erroneamente um ovo. Este havia deslizado da sua mão e se espatifado na pia. Pelo menos não foi no chão, pensou o policial.

– Ai, eu sou mesmo um imbecil!

– Deixa disso, Joonie. Normal. Eu mesmo quebro vários ovos por dia. – Não completou que os quebrava para as receitas. – Por que você não abre a lata de leite condensado?

Essa tarefa, Namjoon conseguiu executar sem problemas. Com um grande sorriso, estendeu a lata para o loiro, que a reservou em um canto. Após isso, o mais alto começou a ganhar confiança. Cortar o chocolate? Sim, ele conseguiu sem problemas. Ralar o coco? Fácil.

– Olha só… parece que temos um prodígio da culinária escondido aqui. – O cozinheiro cumprimentou enquanto mexia alguns ingredientes em uma vasilha.

Após aquilo não demorou muito mais tempo para que a torta estivesse no forno e os homens se concentrarem na parte de confeitaria.

Um quarto de hora depois e torta já estava pronta. Seokjin a colocou na geladeira, e de mãos dadas, eles voltaram para o salão principal, cada um com o seu prato de comida.

– Desculpa a falta de garçom, Joonie.

– Que bobagem, o importante é você. – O moreno parou por um segundo pensando no que falara e continuou, tentando melhorar. – Quer dizer, não ligo para garçons, eu queria mesmo era te ver.

– Por quê? – O loiro acabou perguntando sem pensar. Mas era algo que ele ainda se perguntava. Por que alguém maravilhoso como Namjoon, mesmo conhecendo o seu passado, ainda se interessava nele? – Eu também queria te ver, eu já até te disse isso, mas eu não entendo como você pode gostar da minha companhia.

– E o que não tem para gostar? – começou o policial. – Você é um homem inteligente, divertido, que lutou pelo o seu sonho até o realizar, é um excelente cozinheiro, um ótimo amigo e… beija muito bem.

– Ah, então são dos beijos que você gosta… – O chef sorriu, comendo um pedaço do seu bife. – Eu te beijaria agora, mas ia ter gosto de carne.

– Sabe… Eu amo carne.

– Joonie… Depois.

O moreno riu e abanou a cabeça para a promessa. Ficaram em silêncio por um breve momento, somente a baixa música e os talheres podiam ser escutados no ambiente.

– Será que Jimin vai conseguir virar famoso? – O mais alto quase se socou por fazer aquela pergunta. Onde já se viu comentar esse tipo de coisas em um encontro?

– Eu espero que sim. – afirmou com um sorriso. – O garoto merece e Hobi estava tão animado…

– Hoseok e Yoongi já se acertaram? – É, ele realmente não sabia calar a boca.

– Estão quase lá… Um beijo já teve.

– Ah, torço muito por eles! Desde a delegacia…

– Como assim?

– Ah, sei lá… Hobi o ficou olhando de um jeito, mesmo tentando disfarçar, eu percebi. E depois ele pagou a fiança. Parecia coisa de dorama, sabe? Achei fofinho.

– Oh… Então quer dizer que você é um romântico incurável?

– Um pouco. – O moreno passou a mão no topete, tentando acertar algo que já estava no lugar. Seokjin se perdeu na linha de pensamento. – Eu gosto muito de ler sobre o amor.

– Gosta de ler romances?

– Não só romances, mas livros que expliquem o amor. – disse para logo após beber um gole de água. – Livros de psicologia, biologia, história, sociologia… Não importa, se o assunto for paixão ou amor, eu compro e leio.

– Você gosta muito de ler, não é?

– É um dos meus hobbies.

– Quais são os outros?

– Eu gosto de escrever. Tenho algumas coisas publicadas na Internet, com um pseudônimo.

– Namjoon! – A voz do loiro saiu um pouco mais elevada, fazendo o policial levantar os olhos da comida. – Como você nunca me mostrou?

– Eu nunca mostrei para ninguém…

– Mas são que tipos de escritos?

– Ah, diversos. Alguns são crônicas, outros pensamentos sobre a sociedade… Também tenho algumas histórias curtas de ficção e gosto bastante de escrever poemas.

– Depois eu vou querer ler.

– Tudo bem.

– Joonie e a vida de detetive? Como está?

– Por enquanto, só um caso resolvido.

– Mas vocês receberam quantos casos?

– Um. – respondeu, com um sorriso.

– Ah, seu bobo. – Ambos voltaram a comer por um momento e Jin não podia deixar de sorrir quando escutava os ‘hums’ de aprovação que o outro soltava enquanto mastigava. – Joonie, e seus relacionamentos passados? Como eram? – O loiro estava curioso. Queria saber tudo sobre aquele homem. – Se não quiser responder, tudo bem.

– Não tive muitos relacionamentos… Foram só três até hoje. Há alguns anos não namoro ninguém…

– Hum… e essas três relações foram boas?

– Foram normais. Não teve nenhum que eu estivesse perdidamente apaixonado. – Namjoon falou e logo depois encarou profundamente o loiro, com um sorriso de lado. Seokjin desviou, interessado na rosa que estava no centro da mesa. – Talvez o namoro que eu nunca me esqueça, tenha sido o primeiro.

– Foi o seu primeiro amor?

– Não. – Riu, se lembrando de algo. – Era uma garota. Eu tinha catorze anos e tinha essa menina baixinha, toda fofinha… Eu ia sempre para casa dela, no início pensei que era por causa dela, mas depois percebi que era no irmão dela que eu estava interessado.

–  E ele? Retribuiu os sentimentos?

– Não. Ele tinha uns vinte anos… Foi uma crush boba. – comentou. – O namoro durou um ano, aí ela quis dar o outro passo e eu meio que entrei em desespero e terminei com ela. Depois eu pedi desculpas, ela aceitou e nunca mais nos vimos.

–  E o irmão dela?

– Da última vez que eu soube dele, ele tinha casado e a esposa estava esperando um bebê. – Bebeu mais um gole de água e continuou. – Foi um daqueles momentos que você analisa a descoberta e fica feliz com o que o destino reservou, entende? Ele nem sabe disso, mas me ajudou a perceber quem eu era de verdade. Sou grato por isso. – Jin concordou e voltou a comer. – E você? Não os relacionamentos… Hum… Como percebeu que era gay?

– Acho que foi mais simples que você. Hobi e eu costumávamos a ir em algumas festas e eu notei que gostava de beijar os garotos e não as garotas. – comentou, rindo logo em seguida. – Depois eu fiquei com medo que Hoseok fosse me julgar e parei de sair com ele. Mas ele insistiu para saber o que estava acontecendo e eu contei. A cara dele na época foi muito engraçada… Foi tipo “okay, agora conta a novidade.” – O loiro levantou as mãos, fazendo um movimento de aspas. – Ele falou que já tinha me visto com um garoto.

– Acho tão bonita a amizade de vocês. – comentou. – Eu nunca tive amigos, sabe? Agora que eu tenho e por isso, às vezes, queria uma forma de proteger todos. Não demonstro muito isso, mas eu fico preocupado com vocês.

– Eu sei que você fica… Aquele dia que o Hobi sumiu, você ficou me perguntando toda hora sobre ele e a vez que Yoongi adormeceu na loja de Jackson e Hoseok te ligou desesperado falando que ele não estava atendendo e você dirigiu até lá só para buscá-lo.

– Ah… eu tento ser um bom amigo.

– Saiba que você é um ótimo amigo.

Algum tempo depois, terminaram a refeição. Levaram os pratos, talheres e taças para a cozinha e Seokjin não pode deixar de notar o ar familiar daquela situação, mesmo eles estando em um estabelecimento. Sorriu, notando que estava feliz.

No outro cômodo, cada um pegou um pedaço da torta, porém resolveram ficar por ali mesmo. Em pé, começaram a saborear o doce.

– Nossa, está deliciosa Jin. – Namjoon comeu um pedaço para logo depois passar a língua nos lábios. Será que ele tinha noção do que estava causando no loiro? – Nem acredito que eu que fiz.

– Você o que? – Seokjin gargalhou assim que o outro fez uma expressão engraçada, como se ele fosse o máximo da cozinha. – Ah, tá bom que foi por sua causa que ficou gostoso.

– Eu ajudei bastante… Você até me chamou de prodígio.

– Eu retiro o que eu disse.

– Rude.

Jin voltou a rir enquanto o moreno tentava pegar um pedaço escorregadio da sobremesa. Por fim, o mais alto conseguiu, porém, o loiro logo notou que o canto esquerdo da boca do outro, estava sujo com chocolate.

– Joonie, está sujo. – afirmou apontando para o rosto a sua frente.

– Aqui? – perguntou passando o dedo no lado errado da boca.

– Vou pegar um guardanapo, espera…

O chef abriu uma das portas do armário e tirou de lá um pedaço de papel quadriculado. O policial havia posto o prato dentro da pia, pois havia terminado de comer e o olhava com as covinhas aparentes. Ele estava sorrindo. Jin respirou fundo e se aproximou, porém não conseguiu concluir a tarefa. Largou o guardanapo em algum lugar, pois percebera que ansiava por mais calda de chocolate; o seu pedaço não o provera de suficiente. 

Namjoon, quando viu o pedaço de papel planar para algum lugar, ficou confuso e enrugou a testa. Seokjin sorriu diante da reação do policial. Ele parecia estar buscando alguma palavra, quando o cozinheiro encerrou o espaço entre seus rostos, beijando com suavidade o canto esquerdo do homem, antes de passar a língua carinhosamente, pelo mesmo local. O gosto meio amargo do chocolate brincando em seu paladar. Os dedos de sua mão direita, estavam na nuca do moreno, dando estabilidade para o gesto. O policial sorriu durante o beijo e Jin pode sentir isso, o que o agradou.

–  Pronto, está limpo agora.

O loiro, após o gesto, sorriu tímido e se afastou com a intenção de retornar para o lugar que antes estava, mas a mão de Namjoon se fechou em volta de seu punho, o puxando para si. A mão livre do policial foi de encontro a nuca do cozinheiro, o trazendo ainda mais para perto, para beijá-lo outra vez. Fora um beijo diferente, mais intenso. Suas línguas se moviam em um ritmo acelerado, porém com cadência, como se acostumadas uma com a outra. O chocolate presente no paladar de ambos os homens apenas dava um gosto real ao beijo que compartilhavam com paixão.

– Joonie... – Seokjin murmurou, por entre o beijo e o outro não pode conter um doce suspiro frustrado de deixar seus lábios, que ainda desejavam os do outro loiro nunca antes desejaram alguma coisa. – Joonie... – Namjoon parou de tentar retornar o beijo quando entendeu que Jin tentava falar com ele, curtindo as carícias que o outro depositava em seu rosto e focando naqueles belos olhos castanhos. – Você... Você quer namorar comigo?

– Achei que você precisava de um tempo. – A respiração do mais alto ainda estava agitada e seu tronco subia e descia rapidamente.

– Sim, mas percebi que tenho algum tipo de problema mental ou sou cego, pois tudo que sempre procurei, estava na minha frente, com você. Tenho tantas coisas para consertar na minha vida. Tantas! Mas não consigo me imaginar fazendo isso sem você. – afirmou dando um pequeno sorriso. – A não ser que... você não queira.

– Não. – O loiro engoliu a seco, sentindo seu coração se apertar. Desorientado, fitou o policial na sua frente, totalmente alarmado. – Isso está errado! Eu queria ter feito o pedido.

– Seu bobo! – Jin levantou uma das mãos, tentando dar um leve tapa no outro, mas Namjoon a pegou no ar, para logo depois entrelaçar seus dedos. – Então… Isso é um sim?

– Um sim, um claro, um com toda certeza! – O moreno puxou o chef para um beijo rápido, desta vez ambos riam. – Absolutamente sim!

-

Seokjin estava rindo à toa enquanto colocava a chave na porta do apartamento. Ele estava namorando o homem mais maravilhoso que a divindade poderia oferecê-lo. Namjoon não estava diferente. As risadinhas de ambos preenchiam o corredor do prédio. Pareciam dois bêbados e era a realidade: estavam embriagados de amor.

– Sinta-se em casa, Joonie. – Jin retirou o blazer e pendurou a peça em um cabideiro de design arrojado. Parecia um tronco de árvore, pensou o policial. – Quer alguma coisa para beber?

– Eu aceito um copo de água.

O loiro seguiu para a cozinha falando para o outro esperar na sala, mas o policial foi atrás. Nunca mais queria se afastar do cozinheiro. Nem acreditava que tinha tanta sorte de encontrar alguém por quem estivesse tão apaixonado e ainda ter os seus sentimentos correspondidos.

O policial já havia percebido, há um tempo, que Seokjin andava rebolando. Mas agora, o movimento do quadril estava exagerado e o mais alto teve vontade de dar um leve tapa no traseiro do outro, mas se segurou.

– O que você está olhando? – Jin havia virado com o copo de vidro, já cheio de água, na mão.

– Hum… nada. – Namjoon desviou o olhar para o chão. Suas bochechas ganharam um tom avermelhado. – Obrigado. – Agradeceu antes de começar a beber a água.

– Você estava olhando para a minha bunda? – perguntou com um sorriso afetado.

– Não!

– Não minta para mim.

– Tudo bem… Eu estava.

– Ótimo. Rebolei para você olhar mesmo. – afirmou enquanto se virava para sair da cozinha. O moreno soltou o ar da garganta, reproduzindo um som engraçado. Então era assim? Seria provocado? – Vai ficar aí parado?

Seokjin riu do jeito do namorado. Céus, ele estava amando pensar em Namjoon como seu namorado. Sentia-se flutuar tamanha a felicidade que estava experimentado.

Ele se aproximou furtivamente do homem, retirando o copo que o mesmo segurava e o colocando por cima da bancada de mármore, antes de passar os braços por cima dos ombros do policial. Seus lábios exibiam um sorriso maroto, repleto de malícia, que obviamente não passara despercebido pelos olhos do homem, que o recebeu já enlaçando seus braços ao redor da cintura do loiro.

– Me diga... Você gostou do que viu, Joonie?

– Jin, você está me enlouquecendo e só estamos namorando há três horas.

– Me desculpe, mas gosto que meus relacionamentos sejam intensos. – brincou, roçando seus lábios contra os do outro, sem quebrar o veemente olhar que trocavam.

Namjoon era fraco demais para aquilo. Nunca fora muito bom em se privar daquilo que desejava e pelo amor da divindade, como ele desejava Kim Seokjin. Sem esperar mais, o moreno iniciou um beijo ardente, puxando o loiro pela cintura. Colando seus corpos com pressão.

O beijo se desenvolveu de maneira faminta e quente. Suas mãos rapidamente começaram a desbravar o corpo do menor. Ele queria conhecer cada pedacinho de Seokjin. Não aceitaria nada menos; ele queria tudo e se possível, mais.

O outro, por sua vez, não pensava em nada diferente. Suas mãos igualmente impetuosas, percorriam as costas do policial, antes de procurarem uma rota para que o paletó que o moreno usava fosse embora.

– Você prefere aqui mesmo ou no quarto? – questionou, assim que a falta de ar os obrigou a pausar o beijo. Namjoon não se importava, na cozinha, na sala, no banheiro. Se possível fosse, ele usaria cada canto daquele apartamento para se entregar as carícias de Seokjin.

Ainda em meio as carícias e beijos, os homens se dirigiram para o quarto principal. Jin empurrou suavemente Namjoon até a cama, onde o mesmo caiu sentado, admirando o outro desabotoar cuidadosamente os botões da camisa. Ele não conseguia acreditar que aquele homem à sua frente podia ser seu namorado.

– Você não quer me ajudar?

– Se eu tocar nessa camisa, você nunca mais será capaz de usá-la.

O loiro riu, terminando de abrir os botões e retirando aquela peça de roupa. Em seguida, ele se colocou de pé entre as pernas de Namjoon, que aproveitou a oportunidade para tocar o corpo do outro sem o tecido da camiseta para atrapalhar. Seus lábios se ocupando em distribuir beijos molhados pelo tronco de Jin, que por sua vez, afundara os dedos por dentre os fios de cabelo do moreno, enquanto suspiros altos deixavam seus lábios e sua pele se arrepiava inteira com aquelas carícias.

Apressadamente, Jin começou a puxar a camisa do outro. Precisava sentir aquele tronco contra o seu. Em poucos segundos, a camisa roxa estava em algum canto do quarto. Voltou a beijar a boca do policial, que aproveitou o momento para mordiscar o lábio inferior do cozinheiro.

Os lábios estavam entreabertos e as línguas se chocavam. A pele do moreno era macia contra a do mais baixo. Namjoon percebeu que Jin começou a se remexer por entre as suas pernas, o que o fez soltar um gemido involuntário. Sem perder tempo, beijou o maxilar do loiro e desceu para o pescoço.

Seokjin passou praticamente a dançar na perna do policial e isso foi demais para ele aguentar. Colocou as duas mãos no traseiro do outro, o impulsionando para cima. Porém, o loiro utilizou do movimento para empurrar o moreno, o fazendo deitar de costas na cama.

– Tira a roupa. – exigiu o mais velho já com a mão no zíper da própria calça. – Deixe-me admirá-lo por inteiro.

O detetive não precisou ser mandado duas vezes. Rapidamente a peça grafite já não se fazia presente no seu corpo. O loiro sorriu, de lado, agora se encontrando somente com sua cueca boxer preta. Namjoon, para a sua surpresa, usava uma cueca vermelha. Respirou fundo, mordendo o lábio inferior enquanto uma expressão divertida brincava em sua face.

– Joonie, Joonie... – começou com uma voz baixa, porém sedutora. – Eu falei para você tirar tudo... Por mais que esteja deliciado com a visão, eu preciso de mais.

– Pelo o que posso perceber, você não está nu, Jin. – comentou, levantando uma das sobrancelhas.

– Bobinho, hoje eu faço as regras. – afirmou com um olhar desafiador. – Vamos... temos a noite toda, mas eu não pretendo gastar tudo com preliminares.

Resignado, o moreno suspirou, levantando o corpo do colchão e retirando a última peça.

Seokjin o fitou, sedento. Os olhos tão febris que o mais alto se sentiu envergonhado. O sorriso provocador que surgiu nos lábios do loiro não deixava dúvidas de que o mais velho o teria, de todas as formas que quisesse. Namjoon sentiu o seu membro endurecer ainda mais, se é que isso era possível. Realmente ele estava rendido a aquele homem.

O mais velho retirou a última peça, ficando nu. O policial entendeu o recado e utilizando o cotovelo como apoio, foi até o travesseiro. O cozinheiro subiu na cama, engatinhando por ela, lentamente.

– Jin, por favor.

Shiu... Seja um bom menino.

O moreno respirou pelo nariz. Ficaria louco a qualquer momento, se já não estava, pois o que seus olhos captavam, eram a visão mais linda que poderia existir. Jin também o desejava e o mais novo não pode deixar de gemer assim que o loiro tocou na sua coxa.

Mas ele não parou por aí. Com as mãos, delicadamente, afastou as pernas do moreno, que nem pestanejou em aceitar o comando mudo.

– Ah, Joonie... Você tem sido tão bom comigo... Deixe-me te recompensar... Irei cuidar muito bem de você essa noite.

– Por favor, Jin... – suplicou com um gemido entrecortando sua fala. As mãos do loiro brincavam nas suas coxas; gostava do toque, mas infelizmente estava muito longe da onde o mais alto queria. – Você está me matando.

– Você não me respondeu. –  afirmou, subindo a mão direita e passando o polegar na fenda do membro avermelhado. – Posso cuidar de você?

– S-sim. Por f-favor. – O policial gaguejava, já não conseguindo controlar seu corpo. – Jin…

Namjoon se viu abrindo mais ainda as pernas para o outro se ajeitar. Jin aproveitou para alcançar a boca do moreno. Primeiro a lambeu e depois o beijou. O policial levantou as mãos, puxando a cabeça do outro, para que o contato entre bocas ficasse mais profundo. Queria morrer sufocado a ter que se separar do outro, mas isso não foi possível e logo se afastaram para respirar. O detetive levantou a cabeça e percorreu os lábios pela clavícula do outro; a pele era quente e se viu suspirando a cada contato.

Seokjin sorriu para o nada. Seu corpo estava reagindo rápido demais ao toque do outro. Delicadamente, empurrou os ombros do mais novo, que o olhou confuso enquanto ele se levantava da cama e se dirigia para a cômoda do outro lado do quarto.

– Jin?

– Um momento, Joonie. – respondeu calmamente. Olhou de relance para o moreno e viu que este tinha uma das mãos no membro rijo. – Não… Não. Nada disso… Nada de se tocar. Hoje, essa será a minha função. – explicou enquanto voltava para cama. Sorriu ao perceber que obediente, o outro afastou a palma do local.

O detetive percebeu que o cozinheiro tinha em uma mão, um recipiente plástico e na outra uma camisinha. Mordeu os lábios decidindo se resolvia expressar o que estava pensando. 

– O que foi, Namjoon? – perguntou ainda ao lado da cama. A expressão que o outro fez o preocupou. – Se você não estar confortável com isso, podemos parar.

– Não… eu quero! – Apressou em dizer. Um pouco envergonhado, continuou. – Não precisa da camisinha... Eu faço exames regulares. – explicou desviando os olhos. – Mas eu não me importo! Quer saber? Esquece. Desculpa te interromper.

– Ah, bobinho. – falou, para logo depois depositar a embalagem luminosa no criado mudo. – Eu pensei que você iria querer. Eu também estou limpo, okay?

O moreno balançou a cabeça em afirmativo e sorriu, tímido. Seokjin voltou para a posição anterior, entre as pernas do outro e novamente capturou os lábios para si. O policial dessa vez utilizou as mãos para pressionar as nádegas do mais velho para baixo, o que fez com o que os membros se esfregassem. Ambos sentiram um dispare prazer e gemidos foram soltos ao ar.

O mais velho quebrou o beijo e sorriu afetado enquanto abaixava o rosto até a curvatura do pescoço do outro, a lambendo. Não deixaria marcas, afinal Namjoon tinha que trabalhar no outro dia. Subiu os lábios e capturou o lóbulo da orelha, a sugando levemente. Logo após, encostou a boca no pé do ouvido do mais alto.

– Joonie, quero você gemendo desse jeito enquanto eu te foder. Vai fazer isso por mim, não é?

– S-sim…

– Meterei bem fundo, é isso que você quer? – O loiro começou a movimentar os quadris, fazendo o policial soltar alto gemido como resposta. – Joonie… eu lhe fiz uma pergunta.

– Pela divindade, Jin. Sim, sim! Eu não aguento mais, por favor.

Seokjin fez um divertido som nasal e esticou o braço para alcançar o lubrificante. Deslizou o corpo até ficar em uma posição favorável para realizar a tarefa que pretendia. Acabou de joelhos entre o outro, as pernas levemente separadas e as rótulas fincadas no colchão. Namjoon sabia o que fazer e por isso, seu próximo movimento, foi apoiar as pernas uma em cada lado do quadril do mais velho. O loiro, após lambuzar do gel transparente na entrada do outro, introduziu um dedo. Observou com atenção as reações do moreno que hora levava a mão ao lençol outra mordia o lábio inferior. Depois de alguns minutos, pôs o segundo dedo, arrancando gemidos do moreno, que após um tempo, começou a se movimentar, pedindo por mais. Sem mais delongas, Jin inseriu o terceiro dígito.  

– Ah… Sim… – As palavras começaram a sair, sem sentindo algum, da boca do moreno. Seu corpo já estava prevendo o que viria e só de imaginar, sentiu uma fisgada no seu membro. O loiro sorriu ao perceber que o outro arqueava as costas, mudamente pedindo por mais. – Tão… bom.

– Você quer mais, Joonie?

O policial abriu a boca e gemeu mais uma vez antes de concordar com um abanar de cabeça. Jin reposicionou-se, puxando o mais alto para si. Juntou sua boca a do outro, enquanto o penetrava, desta vez com o seu pênis. Sentiu Namjoon gemer em seus lábios e rompeu o beijo, também suspirando pesadamente.

Começou devagar, dando espaço para o outro se acostumar. Seus lábios agora trilhavam o pescoço do moreno. O detetive se viu pensando o quão certo parecia aquele pênis dentro dele. Ele se sentiu completo.

O loiro estocava o outro lentamente, com calma, mas o detetive queria mais e por isso, com a parte interna das panturrilhas, forçou o cozinheiro a ir mais fundo. Jin esboçou um sorriso e levantou um pouco o corpo, apoiando as mãos na cabeceira da cama, agora se movimentando com força e rapidez.

O policial gemeu alto, quase gritando. O prazer nublava os seus sentidos. 

– M-m-mais… forte. – Jin grunhiu ao pedido, levantando as pernas do mais novo, as apoiando nos seus largos ombros. – Oh, i-isso.

Cada estocada estava fazendo Namjoon se sentir mais mole e febril. Não aguentaria mais por muito tempo. Não conseguia pensar em mais nada, só via o loiro na sua frente. O suor escorrendo por dentre os fios do seu cabelo e se perdendo em algum lugar do seu pescoço. Gemeu alto, mais uma vez, sem nem tentar se controlar. Já estava submetido.

Seokjin abaixou o olhar e notou que o outro passava a língua, insaciadamente na parte superior e inferior da sua boca. O cheiro de cereja e baunilha preenchia o ar e a cama rangia, como se a madeira reclamasse do casal. O loiro escutou um alto estalo, mas preferiu ignorar, ainda mais quando percebeu que o moreno se fechava em volta dele. Deleitou-se por mais alguns minutos, até sentir o outro tremer sob si enquanto chegava ao ápice.

O policial ainda se regozijava das sensações e da certeza de estar no paraíso, quando constatou que o cozinheiro aumentou a velocidade, o fazendo gemer involuntariamente.  Minutos depois, Jin atingiu o clímax, desabando em cima de Namjoon.

Ambos permaneceram assim, por um longo tempo. Tentavam minimamente se recomporem. O moreno foi o primeiro a se movimentar, puxando o outro para si. O loiro sorria, com uma expressão cansada.

– Melhor sexo da minha vida. – afirmou o detetive, com o seu sorriso acompanhado de covinhas. – Estou sem palavras.

– Joonie, eu achei que você era virgem.

Namjoon encarou o mais velho, que estava ao seu lado, no travesseiro e abriu a boca, surpreso.

– Jin, e-eu… Quer dizer…

– Você é tão apertado que pensei que nunca havia transado.

Namjoon ficou vermelho na hora e Seokjin iniciou uma gargalhada gostosa. O policial queria responder alguma coisa, mas estava exausto, então simplesmente contemplou cada pequena parte do rosto do seu namorado. Ele era tão lindo que parecia uma miragem.

– Você está feliz, Jin? – O policial estendeu uma das mãos e delineou, carinhosamente, o rosto do loiro. – Isso é tudo que eu quero.

– Sim, Joonie. Estou feliz.

Aproximaram-se mais uma vez, selando os lábios de forma carinhosa. Se amavam de uma maneira que não achavam ser possível. Aos poucos o cansaço os dominou e juntos, dormiram abraçados.


Notas Finais


🔞👌👀💯( ͡° ͜ʖ ͡°)

Ps.: Odiamos o fato do Spirit mudar os parágrafos 😡

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Até amanhã ;*


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