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História Hidden - Garotos estranhos


Escrita por: mullinggar

Notas do Autor


oioi, nenéns.
não sei muito oq falar hoje ksjdhakdjh
então, boa leitura!

Capítulo 15 - Garotos estranhos


Dois meses antes...

Todos estavam sob a enorme mesa velha e amadeirada que havia dentro de seu esconderijo. Seu líder estava na ponta e os participantes do ritual estavam em volta. A oferenda estava na mesa, as velas estavam acezas, os incensos queimavam, tudo estava pronto. Em questão de minutos iniciou-se os múrmurios de suas rezas.

O líder abaixou a cabeça o máximo que pôde, como se pudesse esconder os mais obscuros segredos de sua alma por detrás das pálpebras que escondiam seus olhos azulados. As suas veias chegavam a saltar com o ritmo acelerado da reza a qual faziam; os murmúrios cada vez mais altos, como num canto, uma melodia ao maligno.

Os membros seguravam nas mãos uns dos outros com força. As veias saltavam tanto quanto as do líder, principalmente as de seus braços, entretanto não eram tão fortes como ele. Os fios escarlate do jovem líder representavam o sangue que ele derramava e o pecado que carregava junto à si, na profundeza de sua alma.

Vi, vires, viribus! — Falavam em coro. — Seus poderes são maiores que os meus, mas traga-os até mim e tome a minha casca. — A sintonia entre eles ia se intensificando cada vez mais. — Venit ad nos, venit ad Omelas. (...) Clamorem eorum transmutatio clamat ad te. Vires et potentia!

Vi, vires, viribus! — Agora quem clamava com mais vigor era o líder que já tinha a voz rouca de tanto bradar ao seu deus. — Vi, vires, viribus! — Ele sabia claramente com o que estava se metendo, entretanto, não dava a mínima para isso. Ele queria justiça à Omelas, ao seu povo. — Vi, vires, viribus!

Largaram as mãos de seus colegas e abriram seus olhos. Os olhos do líder a cada dia mais alvos como a neve. O poder do líder mais forte a cada ritual, a cada reunião e a cada encontro. Eles só queriam o bem de sua cidade.

 

Omelas, 13 de fevereiro de 2017

19h44min

 

Kim Yongsun

Eu estava pronta para o encontro com Jongdae. Eu trajava uma blusa de moletom carmesim, uma calça jeans escura e calçava um par de botas cano longo. Havia passado levemente a maquiagem, nada que chamasse a atenção. Peguei uma quantia de dinheiro caso fôssemos comer ou beber alguma coisa e o molho de chaves. 

Estava saindo de casa quando Taehyung entrou na mesma. Rimos da situação. Por um momento, meu irmão encarou-me desconfiado. 

— Tae... — Chamei-o para tirar uma dúvida antes de sair com Jongdae.

— Sim? — Encarou-me, tirando o paletó.

— Você conhece Jongdae? — Indaguei e meu irmão assentiu. — Sabe me dizer alguma coisa sobre ele?

— Se você está se perguntando se eu aprovaria o namoro de vocês, quero que saiba que sim. — Respondeu, deixando-me surpresa. — Jongdae é um ótimo rapaz. 

— Ok... — Disse, ficando ainda mais confusa. — Até mais.

— Até.

Estava tudo bem estranho. Afinal, Jongdae e seus amigos eram ou não boas pessoas? Ah, claro. Esqueci que Taehyung é amigo deles e sempre os defenderá. Queria saber se meu irmão sabe de todas as coisas que eles escondem. Será que ele sabe? Se ele soubesse, ele ainda aprovaria algum tipo de relacionamento de minha parte com este rapaz?

 

Chegando no local do encontro, avisto Jongdae trajando uma camisa social branca com um blazer preto por cima, calça jeans escura e um tênis também preto. Ele estava mexendo em seu celular tão distraidamente que nem notou minha presença. Encontrei-me um pouco irritada ao ver àquilo.

— Jongdae? — Chamei-o e o mesmo desligou o celular rapidamente, levantando o olhar para me encarar.

— Ah, hum... oi. — Ele parecia sem jeito e, por um momento, achei aquilo um tanto fofo, mas não poderia me esquecer do alerta que recebi à seu respeito. Mesmo que meu irmão tenha falado que Jongdae é uma boa pessoa, eu não posso confiar cem por cento nele. Até porque uma vez Yoongi me disse que eu não deveria confiar em ninguém, muito menos nele.

— Olá. — Forcei um sorriso. — Aonde iremos? 

— Tem um lugar divertido por aqui. — Coçou a nuca. — Por incrivel que pareça. — Riu fraco. 

— Espero que realmente seja. — Murmurei. — Das últimas vezes que me levaram em lugares divertidos não deu muito certo. 

— Confie em mim. — Pediu e eu apenas assenti. 

Eu poderia fazer qualquer coisa, menos confiar em alguém que mal conheci, principalmente se essa pessoa era de Omelas e pior: se essa pessoa fazia parte de uma máfia. 

Começamos a caminhar pela cidade e, pela demora à chegada do local, pude perceber que era um lugar afastado da cidade. Já dava para notar os arvoredos que escondiam Omelas, quando paramos em frente à uma espécie de fliperama. A vidraça mostrava os divertimentos que haviam ali dentro. A princípio, ri fraco da escolha de Jongdae, apesar de pensar que eu realmente possa me divertir aqui. 

 

***

 

— Então, onde você trabalhava antes de assumir o lugar de Jimin na lojinha? — Questionei, pegando uma pipoca de dentro do balde.

Eu e Jongdae havíamos realmente nos divertido, para ser sincera. A princípio, pensei que talvez Hoseok fosse usuário de drogas e que ele estivesse inventando mentiras à respeito daqueles rapazes apenas para poder me beijar mais uma vez. Entretanto, uma coisa fora de encaixe era realmente estranha: Baekhyun na festa, batendo em Yoongi, sumindo em seguida. Uma coisa que Hoseok falou era certa e essa coisa era o sumiço do rapaz. 

Jongdae e eu estávamos comendo pipoca, sentados num banco confortável que havia naquele fliperama. Nós havíamos dançado, jogado pinball entre outros jogos que haviam por ali. 

— Eu estava desempregado. — Respondeu, fazendo-me assentir, pegando mais uma pipoca e a degustando. — O Sr. Lee conhece meus pais, então logo que Jimin pediu demissão ele veio me oferecer o emprego.

— Ah... — Murmurei. — Isso esclarece muita coisa.

Continuamos comendo da pipoca sem falar sobre muita coisa. Nesse meio tempo, passou um grupo de rapazes: um era alto, sua melanina era nítida, seus cabelos e olhos castanhos; o outro era ruivo, tinha o tom de pele mais claro e os olhos escuros; outro era um pouco mais baixo que eles, também tinha a melanina nítida, tinha o cabelo escuro e mais curto que os dos demais e era mais baixo que eles; o último e não menos importante tinha os cabelos negros, olhos claros e era mais baixo que os demais; lembro-me deste último, pois Hoseok cuidava de Baekhyun, Jongdae, Chanyeol e dele naquela boate. Os três primeiros passaram cumprimentando Jongdae, já o último nem o olhou na cara. Estranhei, porque na festa eles pareciam ter uma certa proximidade.

— Não querendo ser intrometida, mas de onde os conhece? — Indaguei, depois que eles haviam se afastado. Estavam comprando churros.

— Escola. — Respondeu. — Estudávamos juntos no ensino médio. 

— Ah, sim... — Murmurei entristecida por não ter descoberto ainda nada grandioso. — E qual é a do baixinho? Ele nem te olhou na cara. 

Jongdae riu fraco, balançando a cabeça.

— Ele deve estar com ciúmes. — Respondeu-me. 

— Ciúmes? — Questionei incrédula.

— Sim, ele queria ficar com você naquela boate. — Percebi ele engolir em seco após responder-me. Ele estava mentindo. 

— Seu outro amigo também queria. — Comentei.

— O Baek? — Eu achava estranho o fato deles nunca mencionarem o nome todo do rapaz, sempre pelo apelido. Apenas Hoseok pronunciava o nome inteiro em alto e bom tom. 

— É. — Assenti.

— Ele não queria ficar com você. — Fez uma expressão indecifrável. — Ele é um pouco estranho, não posso te dizer exatamente o que ele queria, mas não era isso.

— O quê? — Indaguei incrédula.

— Só não... — Falou baixinho. — Não vamos brigar por isso, por favor. É uma coisa dele, ele... ele não gosta que falemos sobre o que ele quer ou não; ele é um pouco impulsivo.

Assenti, respirando fundo.

— E você? — Perguntei depois de um tempo.

— O que tem eu? — Questionou confuso.

— Não quer ficar comigo? Digo... não foi por isso que quis sair comigo para esse encontro? 

— Foi. 

— Então por que não faz isso logo?

Observei Jongdae olhar para algum ponto atrás de mim. Virei meu olhar e segui até o grupo de amigos do rapaz. Estava confusa, pois pensei que esse tipo de garoto gostasse de se mostrar aos amigos.

— Não me sinto confortável aqui. — Fungou. 

— Certo. — Falei, desconfiada.

Ouvi o som de algo vibrando e logo percebo ser o celular de Jongdae. O rapaz tira-o do bolso e observa algo, parece ser uma mensagem. Ele encara o aparelho e, depois de um tempo, levanta-se me puxando para o lado de fora do local. Logo, observo que seus amigos também saem, porém seguindo um caminho oposto ao nosso, à leste, enquanto nós seguimos ao norte. 

— Tenho um compromisso. — Comentou. — Quer que eu te deixe em casa?

— Não precisa...

— Irei te deixar em casa. — Concluiu consigo mesmo.

Por que ele perguntou se ele iria fazer àquilo mesmo? Esse povo de Omelas é estranho.

O rapaz deixou-me na porta de casa e, antes de sair, tivemos uma breve conversa:

— Foi bom te conhecer, Yongsun. — Sorriu amarelo. — Se quiser sair outro dia... pode me avisar pelo meu número de celular a que lhe passei.

— Certo. — Sorri gentilmente. — Foi divertido sair com você. — Falei sincera. — Obrigado, Jongdae. 

— Não há de quê. 

Apesar dele ter um compromisso misterioso e que parecesse ser logo, ele ficou ali me encarando por alguns minutos e eu fiquei do mesmo jeito, sem reação alguma. Apenas observei ele aproximar-se cautelosamente de mim, deixando um beijo singelo em meus lábios. Nada de troca de saliva, apenas um toque. E eu continuei sem reação alguma. De alguma forma, eu já esperava isso. Eu descobriria o que Baekhyun queria comigo naquela festa, o que eles escondem e Hoseok iria me agradecer por isso; ele nem percebeu que eu estava fazendo àquilo por ele! 

Repentinamente fomos atingidos por pingos de chuva que caíam dos céus suavemente. Naquele momento, afastei meus lábios dos de Jongdae e observei um sorriso tímido em seu rosto. 

— Até. — Sorri amarelo.

— Até. — Respondeu sem jeito.

Em seguida, entrei em minha casa, antes checando Jongdae caminhar apressadamente pelas ruas sem asfalto de Omelas. Como a porta já estava aberta, nem precisei tirar o molho de chaves do bolso. Apenas observei meu irmão encarar-me próximo à janela com um sorrisinho no rosto.

— Eu apoio, hein. — Disse, fazendo-me rir.

— Cale a boca, Tae. — Disse-lhe entre risos.

 

***

 

"Sinto sua falta" era a mensagem que Wheein havia me mandado enquanto eu estava no suposto encontro com Jongdae. Eu a respondi com um "Também sinto sua falta" e um emoji tristonho logo ao lado. Afinal, eu realmente sentia e Wheein era a minha melhor amiga. Falando nisso, ela ainda é. Apesar que eu tenha um relacionamento muito forte com Min Yoongi.

Eu já estava de banho tomado e já havia bebido meu café, agora era deitar a cabeça em meu travesseiro e dormir, esperando o próximo dia. Entretanto, precisava ler os livros de Jaebum. Apesar dele ter me contado sobre àquelas coisas, sinto que preciso ler ainda mais. E foi exatamente isso o que eu fiz, até adormecer mais uma vez.

 

Estava escuro, mas as luzes cristalinas rodeavam pelo saguão. A música soava alto demais e as pessoas dançavam sem parar, num ritmo de outro mundo. 

Eu estava sentada numa cadeira ao longe, observando à todos. Conhecidos e desconhecidos estavam entre àquela multidão de pessoas que dançavam como se não houvesse amanhã. E talvez realmente não houvesse.

Tocava uma música desconhecida por mim, mas isso não me importava, pois dentro de minha mente o eco era constante; o vazio estava mais cheio que as estrelas de uma constelação qualquer da via láctea. Meu peito doía, minhas pernas doíam, meus pés doíam, mas acima de tudo minha mente doía. 

Eu não enxergava Yoongi, muito menos Taehyung. Estava tumultuoso demais onde as pessoas estavam, entretanto, onde eu estava era o lugar mais vazio da festa. Eu estava entorpecida pelo álcool, mas sei que haviam posto alguma outra coisa em minha bebida. Sentia meus pés formigarem também; os ouvidos zunindo e o eco ainda sem fim. 

— Por que não dança com a gente? — Perguntou uma garota desconhecida por mim, mas que parecia ter a minha idade.

— Não estou muito afim. Obrigada. — Minha voz soou distante.

— Tudo bem. — Ela sorriu, mas sem deixar de mostrar sua feição mórbida. 

De repente, tudo vira em chamas. O fogo escaldante queima à tudo e à todos e eu fico sem reação alguma, apenas parada, perplexa, sem saber o que fazer ou para onde ir. Apenas observei a multidão assustar-se e correr para vários lugares diferentes. E já não sinto mais nada além de meu corpo ser arrastado para longe.

 

Acordei assustada, sentindo meu coração bater aceleradamente e meu suor frio escorrer da minha testa; minha respiração estava ofegante e meu peito subia e descia depressa de acordo com a mesma. Então tentei me acalmar, levantei e tomei um copo de água, em seguida lavei meu rosto e assim melhorei. 

Chequei o relógio e notei serem 8h45min, então nem valeria mais a pena dormir, já que daqui há quinze minutos irei levantar com o barulho chato do despertador. Então peguei meu celular e mandei uma mensagem para Yoongi, contando à respeito de meu pesadelo. Era cedo, então provavelmente ele nem havia acordado ainda. Mesmo assim mandei, fiz minha higiene, tomei uma ducha e fiz o café da manhã. 

— Acordou cedo. — Comentou Taehyung, comendo um doce. 

— Tive um pesadelo. — Falei-o.

— Ouvi você levantar. — Encarou-me, forçando um pequeno sorriso. — Tente tomar remédios para dormir, Sun, talvez melhore suas noites de sono.

— Certo. Irei fazer isso. — Disse, sentando-me na mesa junto à ele.

— Eu tenho alguns que tomo quando não estou muito bem. — Comentou.

— Obrigado, Tae. — Sorri agradecidamente.

— Não há de quê. — Sorriu de volta.

Depois de um tempo, meu irmão foi para o trabalho e eu fui visitar Min Yoongi, mas acabei encontrando uma visita um tanto estranha quando cheguei no local.


Notas Finais


aaaaaaaae mais um capitulo!!
o que acharam do encontro da yongsun com o jongdae?? to curiosa pra saber a opinião d vcs kkjsdh. espero que tenham gostado do capítulo. e o sonho da sun? estranho, né?
são essas e mais outras coisinhas que aguardam vcs pq quando vcs acharem que a fanfic estiver se acalmando vai vir mais uma revelação e BUM! kkkkkkkj

enfim, é isso, nenéns
até o próximo capítulo.
xx


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