Pov Narciso Annasui
Era pra ser apenas um passeio de amigos, um encontro ou sei lá como ela quiser chamar!
Primeiro fomos ao cinema — Sinceramente eu odiei o filme, mas só de estar na companhia dela fez valer a pena — Depois eu levei ela para uma caminhada na praia e fizemos um lanche, foi uma tarde muito divertida.
De alguma forma eu vim parar no sofá da casa dela trocando beijos intensos e excitantes. Não que eu esteja reclamando, eu desejo Jolyne Kujoh mais que tudo na minha vida. Ela mexe com meu psicológico de uma maneira que eu não consigo entender.
Pude sentir ela sorrir entre o beijo e murmurar algo que eu deduzi ser um palavrão.
“Suba para o quarto, Annasui. Hoje irei usar você” — Sussurrou em meu ouvido.
A princípio achei que tinha ouvido errado ou que ela não estava falando sério, mas quando encarei seus olhos de esmeraldad percebi que ela não estava brincando. — Provavelmente nunca falou tão sério comigo.
Ela me tem na palma da mão e sabe disso.
Eu a quero e ela também sabe disso.
Desde que à conheci tenho interpretado o bom rapaz, mas essa noite eu não quero ser ele.
•••
A velocidade com que ela se desfez da minha jaqueta de couro preta e desabotoou os botões da minha camiseta foi impressionantes.
Em um minuto eu estava no sofá da sala, agora eu estou no quarto de Jolyne amarrado na cama por Stone Free — eu não conhecia esse lado sádico dela, pelo visto quando ela falou que ia me usar não estava brincando.
Como caralhos cheguei a esse ponto?!
Após terminar de mapear cada pedaço do meu pescoço aquele olhar desgraçado de malícia caiu sobre mim. Aqueles malditos olhos eram capazes de anular todo sentimento relutante que eu tinha naquele momento.
Um barulho vindo da porta me trouxe de volta para a realidade. E rápido demais para que eu percebesse eu já estava livre de Stone Free, mais especificamente no chão.
— Que porra, Jolyne! doeu. — Disse, em um tom de voz manhoso.
— Esconda-se, seu idiota! — Ela disse enquanto levantava, arrumando o que restou da sua roupa e cabelo.
Não precisei pensar muito para perceber o que estava acontecendo.
Sr.Jotaro.
Como não lembrei que o pai dela também morava naquela casa? Se ele descobrir que eu estou aqui e o que eu fiz — Ou melhor, ia fazer — com a filha dele, ele me mata.
Rapidamente entrei no closet do quarto. Quase no mesmo instante ouvi uma batida na porta seguida da voz do Sr.Jotaro perguntando a filha se podia entrar.
Jolyne empurrou com o pé minhas roupas para baixo da cama antes de consentir.
— Você está sozinha? — Ouvi ele perguntar, provavelmente ele está analisando cautelosamente cada centímetro do quarto com os olhos.
— É claro que eu estou, com quem eu estaria? —Jolyne disse, forçando indignação no seu tom de voz.
Ele não respondeu, simplesmente fechou a porta.
Ouvi Jolyne dar um suspiro de alívio, mas antes que ela pudesse me chamar para dar um jeito de me tirar dali o Sr.Jotaro abre a porta novamente.
— Se você está sozinha, Jolyne, de quem são aqueles sapatos na sala?
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