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História High School - Capítulo 10


Escrita por: 5influen-cias

Capítulo 10 - Capítulo 10


Barbára P.O.V

Segunda-feira, 19:50 PM
Quadra

— Fala sério, aquelas duas estão insuperáveis! Até parece que vai ferir o orgulho de uma delas caso peçam desculpas. – comentou Lívia.

— Cê fala isso porque não foi você que passou a hora do almoço tentando fazer as duas entrarem em um consenso.  — respirei fundo. — Mas, como sabe de que as duas estão dessa forma?

— Ah, nada. – Ela apenas abaixou a cabeça, e acenou.

Ela parece desconfortável, seus olhos evitam os meus. Tem alguma coisa estranha.

— Olha, está tudo bem? – Perguntei mas ela continuou em silêncio — Não quero me meter na sua vida, mas você não parece bem.

— Desculpa… — Falou ofegante — Mas eu tenho que  ir.

— Ué, será que aconteceu alguma coisa? - perguntei a mim mesma — O quê foi dessa vez?

.

Lívia P.O.V

— Ei, cuidado por onde anda seu ido... — A pessoa a minha frente parou derrepente com o que falava. — Lívia?

— Oi, Mayara.

— Oi, eu acho — Parecia meio envergonhada — Como vai? Quer conversar? É que nós duas somos as únicas que não fazemos isso por aqui, eu sei que é amiga de Thali…

— Ah, quero sim. – comecei a andar ao seu lado — Não me entenda mal, não é por causa de Thalita que não nos falamos. — Por que elas não se entendem logo? É tão simples. — Posso te fazer uma pergunta?

— Desde que eu consiga responder, pode sim.

— Eu tenho todo um motivo para estar te perguntando, okay? Mas me promete que Thalita não vai saber disso?

— Nossa, faz um tempo desde que prometi algo. — Lhe mostrei um sorriso. — Eu prometo.

Apenas fiquei fitando o chão tomando coragem, e enfim levantei meu olhar.

— Thalita tem alguma irmã, além de Barbára? — Ela pareceu ficar tensa, seus olhos arregalados. Eu devo me preocupar?

— Me diz que Thalita não te mandou aqui para me sacanear. — May vacilou um pouco em sua fala.

— Eu juro que não — neguei com a cabeça — Eu estou te perguntado porque quero que me ajude. Preciso saber se posso confiar em você, acho que tanto eu quanto você precisamos saber disso.

Silêncio, foi só isso o que recebi em troca.

Ela parecia tão cansada.

Exausta para ser sincera.

— Eu realmente pensei que havia me livrado dela – parecia estar falando mais para ela do que para mim — Quando menos espero essa garota aparece de novo.

— Então ela existe? — o silêncio é a sua resposta Como eu não sabia disso? Uma irmã não é algo que você esqueceria de falar, principalmente para sua melhor amiga. Permaneço em silêncio por um tempo antes de continuar, eu preciso saber mais. — O que ela foi sua? Ela parece mexer muito com você.

— Na verdade não, ela causou tanta coisa e foram essas que me afastaram de Thalita. Ela sempre quis vingança por algo, ou melhor, alguém que nunca foi dela. Nunca foi minha, de Thalita nem de ninguém.

— Fernanda... Não é?

Ela assentiu. Eu já imaginava.

— Quer saber de Tudo? — assenti — Eu vou te contar, mas não aqui. Vamos para o quarto resolver isso. — Foi apenas o que ouvi antes de que ela saísse caminhando a minha frente.

Apenas lhe segui visto que não tenho muita opção.

15 minutos depois...

Dormitório

— Pode sentar em qualquer lugar. — Fiquei um pouco desconfortável. — Acho melhor sentar, a conversa vai ser longa.

— Certo. Você tambem deve estar curiosa sobre o que me fez te procurar para falar sobre esse assunto. Quer que eu conte primeiro para que me explique essa história?

— Se quiser, podes começar.

Contei Tudo, não deixei passar nada. As ameaças, a forma como ela chamou Thalita para conseguir algo. Mayara prestou atenção em todos os detalhes, em nem um minuto sequer ela retirou sua atenção de mim.

Ela suspira, não parece tão chocada quanto eu, é como se estivesse acostumada.

— Certo, agora é minha vez. Não sei se Thalita chegou a comentar com você, mas eu fiquei com uma pessoa que ela gostava e que por alguma sorte ou azar a irmã dela também gostava. – ouvir que Thali tem outra irmã que não é Babi ainda é estranho para mim, me sinto a última a saber e isso me entristece. — No começo eu não sabia que as duas gostavam dela, Alice e eu "tínhamos" uma relação — Fez aspas com as mãos. — Não era nada fixo porque nunca gostei dela e ela também não gostava de mim, nada passou de sexo, entende? — Conforme ela me explicava eu apenas concordava com a cabeça. — E lembro que na época me aproximei de Fernanda por causa de um trabalho, e meio que a gente ficou. Nos duas concordamos em deixar aquilo em off para todo mundo, a gente tinha uma frase: "O que acontece na minha casa fica na minha casa." Tudo sempre foi sem compromisso algum. No mesmo dia que eu iria contar para Thalita, ela chegou me contando que gostava de Fernanda e eu me senti culpada.

— Espera me deixa ver se eu entendi, você pegou alguém que sua melhor amiga gostava? Coragem. — Comentei rindo por achar aquela situação um pouco muito engraçada.

— Posso continuar? — Perguntou toda séria. — E Thalita acabou descobrindo sobre isso, mas "ficou" de boas. Pelo que me lembro aconteceu mais algumas vezes, porém todas foram por causa de festas. Alice descobriu tudo e ficou revoltada, ela meio que teve um surto e alguns dias depois peguei ela e Fernanda se beijando. Eu fiquei realmente chateada, Alice sempre soube que Thalita gostava dela e estava fazendo aquilo a própria irmã.

— Ué, mas, se a própria melhor amiga fez isso, quem garante que uma irmã não irá fazer a mesma coisa. – Dessa vez meu tom não foi de brincadeira, estava falando sério. — Mas eu tenho uma pergunta, por que seu braço está engessado? Quebrou?

— Só torci o braço, acontece que minha prima é exagerada e acabou fazendo muito caso. Lívia, quero que entenda de uma vez: Alice foi expulsa por minha culpa, e não me arrependo. Ela iria fazer algo pior com a própria irmã, tudo por querer alguém que não gosta dela. Fernanda chegou a comentar comigo que Alice se declarou para ela, só que ela recusou por estar supostamente ficando com alguém e é aí que eu entro.

— Nossa, calma. É muito coisa pra raciocinar. Eu já tenho uma lógica de como tudo começou, mas onde essas ameaças se encaixam?

— Lívia, Alice está de volta. E ela não é alguém que joga limpo para conseguir o que quer, ela vai tentar até que consiga colocar todas nós umas contra as outras. Eu preciso que preste atenção no que irei falar. — Fiquei a observando. — Se for para jogar nós duas temos que estar um passo a frente de Alice.

— Mas como vamos conseguir fazer isso? Ela parece bem inteligente para ter planejado tudo.

— Olha, Alice não sabe que descobrimos e provavelmente ela está pensando em quem vai atacar primeiro. Para isso, Alice vai achar alguém que seja um ponto fraco e depois vai mandar uma pessoa fazer o serviço por ela. Ela não é do tipo que suja as mãos.

Comecei a entender o raciocínio.

— Tá, mas, isso é um colégio um estranho não pode simplesmente entrar. Que tipo de pessoa ela mandaria?  — ela me olhou com os olhos arregalados como se descobrisse tudo em sua própria cabeça.

— Quem acabou de entrar para o colégio, está na nossa sala e Maria odeia?

— Aquele garoto estranho?

— Isso, ele se chama Rafael. Ele já teve um caso com Alice enquanto namorava Maria, tirando as outras duas.

Arqueei a sobrancelha sem entender.

— Mas isso é uma outra história, também complicada de se entender. Thalita e eu ficamos com alguém e Alice não gostou de saber quem foi.

— Rafael?

— Lívia, foco.

— Aish, desculpa. Só acho legal a forma como as amiguinhas daqui reciclam as sobras. — Mayara revirou os olhos para o que falei.

— Você é bem engraçadinha. — Ela se levantou e ficou bem a minha frente, tomei um susto quando Mayara se aproximou e colocou os braços de cada lado do meu corpo e e nossos rostos estava grudados. — Talvez você não tenha percebido mas isso aqui não é uma brincadeira, e você não solta piadinhas bem entender. Lívia você não sabe o quanto posso tolerar algumas coisas, acontece que tem certas atitudes que não consigo simplesmente ignorar. Estou tentando ser boazinha, espero que colabore.

E ela se afastou, okay.

Que porcaria foi essa?

— Podemos continuar? — Perguntei tentando parecer que não havia me afetado.

— Ah, claro. Onde paramos? — Pareceu pensar por um momento — Quero que faça algo, continue amiga de todas normalmente nada vai acontecer a elas, é uma coisa que eu garanto. Se houver alguma movimentação nos fingiremos de mudas, surdas e cegas, no tempo certo fazemos nossa jogada. Só Isso. — "No tempo certo fazemos nossa jogada? mas ela nem me disse o que vamos fazer.— Se quiser pode ir — Ela sorriu. Sério. Sorriu? Por que  ela está agindo como se nada tivesse acontecido? Que palhaçada é essa. Mayara perdeu o juízo em se aproximar tanto, essa...

— Ah, acho melhor eu ir. — Apontei para a porta, e ela apenas concordou e se deitou em sua cama.

Depois de deixar o quarto pude finalmente respirar, só sei dizer que foi meio tenso aquilo. Mas o pior de tudo é ter que aceitar que talvez eu tenha gostado dessa aproximação.

— Aí meu Deus. Eu vou enlouquecer nessa escola. — De alguma forma sentia minha bochechar quentes. Prefiro acreditar que é a raiva. — Faz isso parar.

Fiquei abanando as bochechas que nem reparei que alguém havia chegado.

— Lívia, está tudo bem? Você está vermelha. — Acho que minha única reação foi arregalar os olhos.

— Vermelha? Eu? Que nada, é impressão sua. Larissa, lembrei que tenho atividade para fazer.

— Lívia, eu estudo na mesma sala que você e nenhum professor passou exercício. Tem certeza que está tudo bem? — Ela parecia meio desconfiada.

— Meu pai vai me ligar, estou indo. Bye.

Larissa P.O.V

— O que aconteceu por aqui? — Perguntei por achar estranho Lívia estar em frente a porta do nosso dormitório.

— Nada demais, mas por que da pergunta?

— Uh... nada não.

— Tá. — Mayara, como sempre fez pouco caso e se levantou da cama e ia em direção ao banheiro.

— May.

— O que é?

— Tá tudo bem?

— Por que não estaria?

— Sei lá, você, Thalita e Fernanda deveria estar tudo bem?

— Claro. — Virou as costas e voltou a caminhar para o banheiro

— Se você diz, mas e Lívia?

— O que tem ela?

— Ela estava aqui na frente do dormitório quase agora. — Quando apareci na porta do banheiro ela estava amarrando o cabelo. Apenas continuei lhe obervando enquanto arrumava seu cabelo.

— Nem continue me observando porque ela não estava aqui. — Arqueei as sobrancelhas, sem entender. — Não me olhe com essa cara que parece que nós duas estamos tendo algo, por enquanto a minha prioridade é outro alguém.

— Por enquanto, se conseguir ficar com essa tal outra pessoa ainda vai pegar Lívia?

— Não idiota, mas eu estou falando de alguém que ainda me importo. Agora me dá licença que preciso sair. — Passou ao me lado e foi pegar o celular, ela pareceu digitar algo e me olhou. — Estou indo.

É, parece que ninguém daqui não se importa com as outras pessoas.

— Cheguei. — Eduarda entrou batendo a porta.

— Existe uma coisa chamada educação e parece que você não tem, maninha. — Comentei deitando na cama.

— Eu estou no meu quarto, e tenho liberdade de fazer o que quiser.Se estiver incomodada saia, a porta é bem ali caso não tenha percebido.

— Então pega fica com a porra do quarto todo para você, inferno. — Levantei estressada, é sempre a mesma coisa. Todo santo dia tenho que aguentar isso. Sentia meus olhos encherem de lágrimas e eu odeio isso.

Dessa vez quem bateu a porta fui eu.

— Quebra essa porra que você vai pagar. Papai vai te matar. — Gritou ao longe.

— Eu mereço, esse povo não tem mais o que fazer.

— Logo você reclamando? — Fernanda apareceu do meu lado.

— É a vida, acontece.

— Como vai?

— Eu estou maravilhosa. Tirando essas merdas que você e as meninas se envolvem tudo está bem. E falando nisso também fomos para a diretoria, tem como ficar melhor? — Cheguei a me esquecer que estava descontando a raiva em alguém.— Desculpa, são minhas irmãs acho que as duas pioram a cada dia.

— Acho que entendo, me sinto assim no meio de Thalita e Mayara. As vezes aquelas duas me envolvem em tantas coisas que eu não sei o que fazer, e eu não tenho culpa de nada.

— Sabe que tem, você não se decide logo. Cara, ou é uma ou é a outra, essa porra é tão difícil assim? — Quando percebi o que tinha dito, comecei a rir.

— Eu não sei.

                                         .

Mayara P.O.V

Jardim, 21:45 PM

— Quero te pedir um favor.

Sabe que eu sempre ajudo. — Uma voz tão conhecida soou do outro lado da linha.

— Eu sei que nunca me decepciona, mas esse caso não é tão urgente como parece.

Vida, eu sempre estarei aqui para ajudar uma velha amiga. — A pessoa apenas soltou uma risada baixa, foi inevitável não acompanhar ao lembrar do passado.

— Que bom. Só te digo uma coisa, ela está voltando — Ouvi um suspirar do outro lado. — Alice está de malas prontas e eu preciso que faça algo para mim.

Certo.

— Te encontro nesse final de semana na antiga casa.

Até mais, babe.

Desliguei.

Pelo visto as coisas vão melhorar agora, que a semana passe rapidamente.



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