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História Himitsu - Referências


Escrita por: melozy

Capítulo 4 - Referências


Fanfic / Fanfiction Himitsu - Referências

Como dito, no por do sol, o reconhecimento dirigia-se para fora das muralhas. Civis parabenizavam e orgulhavam-se daqueles que faziam tudo por eles. Mikasa teve que morder o próprio lábio ao escutar meninas gritarem pelo nome do capitão, tentando chamar a atenção do mesmo de alguma forma, que não se importava e passava imponente na frente de todos, ao lado de Hange e Erwin.

Antes da lua aparecer, seguiram à cavalos. Erwin havia passados as últimas informações e com seu grito de guerra, deu início àquela missão.

Quando a escuridão tomou conta do céu, decidiram ir andando, seguindo a rota calmos e atentos à um suposto ataque, mesmo que muitos dos titãs não sejam uma ameaça à noite. Não podiam baixar a guarda.

Todo o reconhecimento trajava seus uniformes habituais, e por cima a capa verde com o brasão. Para o inimigo não reconhecer Eren.

A lamparina na mão do Jaeger tremia. Estava nervoso. Mas ouvir os sussurros de Sasha e Mikasa atrás de si estava o deixando irritado, ainda mais por não poder ouvir o que elas conversavam. Olhou por cima do ombro e constatou que na verdade, apenas Sasha falava, Mikasa apenas ria e as vezes confirmava algo ou corava do nada com o que Sasha falava.

Na sua frente estava o capitão, comandante Erwin e Hange. Olhou mais que o necessário para as costas do capitão. Algum de seus sentidos estava tentando o avisar de algo e ele não sabia o que era.

— Silêncio! — Levi disse, olhando para trás e dando um susto em Sasha.

Eren variou os olhos de Levi para Mikasa e notou a troca de olhares de segundos mais longos de sua vida. Estreitou os olhos e isso o fez lembrar de algo.

— Mikasa. — Eren chamou, sendo o único a falar o nome da menina fazendo com que todos que estavam em volta olhassem para a mesma, exceto Levi que não olhou, mas escutava. — O que fazia de manhã cedo no corredor masculino?

Naquela manhã, Eren acordou cedo e estranhou o fato de ver Mikasa andando nas pontas dos pés, com medo de acordar alguém ou ser vista. Não viu de onde ela tinha saído, mas ela estava muito perto do quarto do capitão, como se tivesse saído de lá. Era uma das regras básicas do quartel, dormitórios masculinos e femininos não podiam se misturar.

A Ackerman não sabia o que dizer.

Abria e fechava a boca. E piorava o fato de ver Connie, Jean, Armin, Eren, Sasha – mesmo que esta soubesse a resposta, além dos comandantes e Levi, aguardarem sua resposta. De repente Hange gargalha alto, tomando a atenção que estava nela.

Hange aproxima-se de Eren, jogando o braço por cima do ombro do mesmo, totalmente descontraída.

— Que pergunta indelicada para se fazer à uma dama, Eren. Não foi isso que eu te ensinei. — Ajeitou o óculos sob a face, voltando a sua posição normal, ao lado dos superiores e seria. — Mikasa tinha ido em meu quarto a mando meu. Tem mais alguma duvida?

Mikasa arregalou os olhos com a mentira da comandante. Porém, contente. O quarto de Hange era uma exceção. Este ficava bem no meio entre dormitórios masculinos e femininos. Levi olhou de relance para Hange, não demonstrando absolutamente nada. Entretanto, sentindo uma enorme gratidão pela mesma. Fora totalmente descuidado de manhã e a culpa não era de Mikasa. Ele acabou subestimando o horário que seus subordinados acordavam e por isso Eren a viu. Por sorte não viu o beijo que deu de despedida da saída pela porta. Já o Jaeger pareceu se dar por vencido, fazia total sentido o que Hange disse. Talvez ele tivesse maldando as coisas. Mas ainda sim se manteve encarando mais que o normal seu capitão.

— Por que a comandante Hange mentiu? — Sasha sussurrou para só Mikasa ouvir.

— Eu não sei. — Mikasa respondeu ainda em sussurro, fitando as costas de Hange e Levi na sua frente. — Eu acho que ela descobriu da gente. Ontem a noite ela bateu na porta do quarto e me desejou boa noite.

— O que? — Sasha gritou, fazendo novamente todos olharam, inclusive Levi, que já estava de saco cheio de tanta conversinha do grupo. — Desculpem. — assim que se desculpou, todos voltaram a olhar para frente seguindo seu rumo e focando. — Então se ela sabe e te ajudou, significa que assim como eu, ela apoia vocês. Que fofos. Já pensaram o que vão servir no casamento de vocês? É só um palpite, mas, o que acha de carne?

— Sasha! — Mikasa à repreendeu, completamente corada. — Não fique fantasiando e romantizando isso. — Puxou seu cachecol para cobrir a boca e esconder parte de sua vergonha enquanto ainda seguia Levi e o encarava de costa. — Não quero que se prejudique por mim. Eu sei que isso é um erro e não durará muito. Capitão Levi tem muitas pretendentes bem melhores que eu e talvez de alta classe, bonitas e delicadas. Eu só o prejudicarei se continuarmos juntos.

Sasha encarou a amiga. Claramente não entendia, mas podia compreender. Era algo muito delicado para chamar de relacionamento. Mas ela sentia que se os dois quisessem realmente, aquilo iria acontecer. Fitou os próprios pés, completamente triste e um pouco envergonhada do que disse, mas não arrependida.

— Desculpe, Mikasa. É que... É que eu acho vocês... Fofos? Talvez.

Mikasa sorriu, agarrando a amiga um pouco mais baixa, fazendo-a encostar sua cabeça em seu ombro.

— Você não precisa pedir desculpas. Sabe, eu nunca te agradeci. — Encarou a menina que estava bem perto de si. — Mas, obrigada por me deixar compartilhar isso com você. Eu acho que nunca tive uma amiga. Obrigado.

Sasha mostrou todos os dentes ao sorrir, logo, dando uma cotovelada na costela da Ackerman, fazendo a morena se assustar.

— Isso é para você nunca mais se menosprezar na minha frente! — Mikasa assustou-se com a declaração de Sasha. — Ninguém melhor que Mikasa Ackerman para ficar com Levi Ackerman. Não venha sugerir que ele tem opções melhores, porque não tem!

Mikasa teve os olhos brilhantes por lágrimas, piscou e uma delas caiu. Seu sorriso aumentou de tamanho à enorme sensação de gratidão que sentia dentro do peito por Sasha e tudo que pôde sussurrar foi um “muito obrigado".

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Já era dia quando todo reconhecimento chegou na Muralha Maria. Com os dispositivos de manobras tridimensional, exploravam toda área de Shinganshina até ficarem ao topo da muralha. Levi sabia exatamente o que fazer, o que havia combinado com Erwin. Mas ao olhar Mikasa ali, totalmente focada em Eren conseguir fechar o buraco, pensou se conseguiria olhar isso por mais tempo e seguir o combinado.

O pirralho conseguiu concluir parte da missão com seu poder de endurecimento e isso já podia ser bom para melhorar seu ânimo. Mikasa desce para retirar o corpo de Eren já do titã endurecido. Então mais uma vez, Mikasa sede e dar sua capa para Eren que ao se transformar em titã, perdeu.

— Obrigado, Mikasa. — Eren respondeu, fazendo a menina sentir-se bem.

Levi deu as costas, revirando os olhos em claro tédio. Certificando-se do alto da muralha que o buraco tinha sido fechado. Levando um soldado soltar o sinalizador verde, mostrando sucesso na primeira parte da missão.

— Nós conseguimos! — Hange comemorou. — Eren, você está bem?

— Sim! Pronto para fazer conforme nos treinos. — afirmou o Jaeger.

Hange deu a ordem para todos irem para o portão interno. Parte do esquadrão passaram a correr atrás da comandante. Levi não aguentou, segurou Mikasa, à impedindo de prosseguir. Se assustou com a atitude, não estava acostumada com isso em público, mesmo que ninguém estivesse vendo os dois.

— Tome cuidado. — ele disse. — E não morra! Isso é uma ordem.

Ficou contente com a visível preocupação especial que recebia de seu capitão. Sorriu por isso.

— Entendido.

Voltou a correr atrás dos demais.

Já assumindo a frente de todos, Levi notou Eren com suas supostas lembranças da tragédia que ocorreu ali. Viu esse mesmo olhar em Mikasa. Imaginava como ambos se sentiam. Correndo na frente dos dois, decidiu falar para ambos:

— A missão só acaba quando a gente matar Reiner e Berthold.

— Entendido, Capitão! — Eren e Mikasa responderem em uníssono.

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A descoberta de Armin, havia feito Erwin descobrir o grande potencial do soldado, sobre o inimigo estar os observando. Dado as ordens de Armin, ficando no comando a mando de Erwin, soldados buscaram entre casas e construções os inimigos, Reiner e Berthold. Contudo, Erwin optou por não cancelar a missão, deixando o capitão Levi dar continuidade com Eren. Mas visto que não obtiveram resultados bons, o cérebro de Armin teve que trabalhar mais uma vez. Mudando o plano e mandando olharem dentro das muralhas.

Divididos em dois grupos, os soldados liderados por Armin, vasculharam as muralhas, procurando o mísero sinal de que havia alguém escondido ali.

Levi olhava tudo de cima, sendo acompanhado por Mikasa e Eren, e o restante que estavam espalhados. E viu e ouviu perfeitamente o soldado gritando para o restante da tropa e sinalizando com a fumaça que havia encontrado uma parede falsa na Muralha. Mas não imaginava que daquele maldito buraco sairia o canalha do Reiner, matando o soldado que avisou. Deu uma última olhada para Mikasa, antes de saltar da muralha usando o DMT e cravar uma das espadas no pescoço do blindado e logo mais, outra no peito. Mas ao notar que ele tinha uma carta na manga, recuou, parando onde Armin estava.

— Droga! — Praguejou puto e frustrado. — Eu não consegui acabar com ele!

Sob seus olhos, viu a luz amarela faiscar e o titã blindado aparecer. E logo depois, outras luzes aparecem revelando um exército de titãs liderados pelo bestial. Que arremessou uma enorme pedra, com uma mira perfeita, bloqueando o espaço entre as duas partes do esquadrão que foram divididas. Com um único intuído, deduzido por Erwin, de ferir os cavalos, para que ninguém fugisse.

E tudo que Levi pensava era em como iriam sair vivos daquilo?

Olhou para cima, desejando olhar o rosto dela mais uma vez.

Erwin decidiu dividir toda a tropa, com uns para proteger os cavalos e a equipe Hange e equipe Levi, derrotar o Blindado. Ao correr atrás da sua equipe, Levi é parado por Erwin, mudando seu plano e pedindo para que Levi proteja os cavalos.

— Eu entendi. Assim posso me redimir por não ter matado o blindado, arrancando a cabeça do titã bestial.

Levi correu para o outro lado da muralha, sendo assim, separado de Mikasa. Acreditava nela e torcia para que todos do seu esquadrão se saíssem bem.

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A batalha para o destino da humanidade, estava dividido em duas grandes equipes. Junto de Hange, eles teriam que matar o titã blindado. Mikasa estava bem determinada. Notou Levi tomar outro rumo ao receber ordens de Erwin. Seu coração palpitou quando viu isso. Não era como se não confiasse nele, só estava preocupada que nem percebeu Eren se morder e virar um titã, ganhando assim a atenção do blindado que estava no topo da muralha. E conseguiram, quando o Reiner de titã correu atrás do titã do Eren.

E não demorou para a luta mano a mano de titãs começar. Um grande espetáculo, mas também um circo de horror.

Mikasa viu o total empenho de Eren em servir de isca para o blindado não atacar os cavalos. Sabia que estava perto de poder usar a nova arma projetada para perfurar a armadura do titã encouraçado. Havia treinado muito para esse momento, só gostaria que Levi estivesse aqui para ver. Então voando com os DMT, Mikasa e Hange fizeram um ataque frontal com a nova lança de trovão perfurando os olhos do titã e logo depois explodindo ao puxarem a corda. Sasha, Jean e Connie fizeram os ataques surpresas por trás, com mais lanças de trovão, explodindo a armadura da nuca do blindado.

— Mais uma vez! Usem a lança mais uma vez! — Ordenou Hange.

E mesmo que tivessem ficado incertos se faziam ou não, pelas lembranças de que Reiner já fingiu ser um amigo, Jean conseguiu os incentivar. Gerando assim, mais um golpe certeiro de toda tropa.

Mas depois de acharem que tinham derrotado o Blindado, surge seu grito de guerra que era um sinal para Berthold aparecer, voando pelos céus dentro de um barril. A aproximação de Berthold e a decisão de Hange em derrotá-lo de uma vez, fez Armin sentir uma última vontade de finalizar aquilo com um diálogo amigável. E tudo aquilo irritou Mikasa vendo que isso não chegaria à nada. E depois do amigo e Berthold saltarem no telhado de uma casa abandonada, Mikasa não aguentou o golpe certeiro, chegando sorrateiramente por trás, mas o mesmo conseguiu impedir com a espada, mas ainda sim conseguiu arrancar uma de suas orelhas e ainda impedir que ele atacasse Armin.

Mas Berthold estava decidido.

Ao ir para alto e se transformar no colossal, fazendo com isso uma enorme explosão que destruiu boa parte das casas e jogou entulho e fez Hange sumir com seu soldado. Destruindo assim, um futuro casal que tinha tudo para dar certo.

Era quase inacreditável o tamanho do colossal completo. Mikasa pensou se realmente conseguiria sair viva disso tudo e em como Levi estava do outro lado da muralha.

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Levi olhou por cima de uma casa e conseguiu ver o estrago que o colossal estava fazendo. Será que seu esquadrão e Hange estavam bem? Aquela explosão tinha sido enorme e os estragos grandes. Mas mal teve tempo de pensar em Mikasa quando viu parte dos seus homens mortos à pedradas. E sabia que do outro lado não estava melhor, ao ver o titã do Eren ser arremessado para o alto da muralha.

— Erwin, se você acha que não temos chance de contra atacar, vamos fugir daqui. — No momento tudo que importava era não ter mais vítimas. — Acorde o Eren, monte nele e fuja. Assim, teremos sobreviventes.

Observaram os soldados com medo e protegendo os cavalos, mesmo depois do massacre com as pedras lançadas pelo bestial.

 Levi respirou fundo, pronto para tudo, continuando a falar: 

 — Eu arriscarei tudo. Se você voltar vivo com os pirralhos, ainda haverá uma esperança para a humanidade. E não esqueça dela. Eu quero ela viva.

Fez ênfase na última palavra. Ganhando maior atenção de Erwin.

— É. Mas você vai voltar vivo com ela ao lado. Porque nós temos como contra atacar.

— Nós temos? — Arregalou os olhos em puro espanto. — E por que não falou antes? Por que ficou de boca fechada, porra?

Erwin respirou fundo.

— Se meu plano funcionar, você terá uma maior chance contra o titã bestial. Mas — fez uma pausa dramática. — Os recrutas e eu teremos que nos sacrificar. — Novas pedras foram arremessadas, assustando ainda mais os soldados. — Assim, você vai vencer o bestial e dar uma esperança a humanidade. E ela estará salva.

Ao se afastarem e Erwin contar que o plano envolvia não apenas o sacrifícios dos homens, como também o dele. Levi fora treinado para esses momentos, e em total reverência, ajoelhou-se e apoiou o plano e jurou que mataria o titã bestial. O encantamento de Erwin funcionou, havia conseguido recrutar os soldados para aquela missão suicida em se jogar na linha de frente com os cavalos e caminhar para a morte certa. Por outro lado, Levi aproximava-se sorrateiro do bestial tendo o exército liderado por Erwin como distração, assim o bestial não notaria sua aproximação.

O titã bestial notou muito tarde seu exército de titãs caídos. A distração havia funcionado como Erwin planejou.

Por trás da fumaça verde que se formava, Levi surgiu com nada mais que vontade de matar em sua mente. Não dando se quer condição de ataque para o bestial. Retalhando o braço enorme com as lâminas afiadas e cortando seus dedos em pequenos fragmentos. Não dava para acreditar que existiam humanos como os Ackerman que poderiam ser uma ameaça para os titãs. Os ataques não tinham acabado, mesmo após proteger a nuca, Levi o deixou cego ao furar ambos os olhos e rompeu os tendões, fazendo o gigante perder o controle das pernas e cair de joelhos.

— O que aconteceu? Você não estava se divertindo matando meus soldados? — Levi saltou, mirando e parando em cima da nuca. Sorte o bestial tinha por Mikasa não estar daquele lado da muralha, caso contrário, ele pegaria ainda mais pesado se ele machucasse ou a matasse. De qualquer forma, o colossal e o blindado ainda eram os adversários dela no momento. — Que tal me contar como é essa dor? — Retalhou a nuca, até arrancar o indivíduo que estava lá dentro e enfiando sua espada na boca do homem, rasgando a carne.

Levi pensou que não podia o matar ainda. E se questionava se ainda tinha alguém vivo além dele ali. Alguém moribundo, que ele pudesse aplicar o soro de titã e que comesse o titã bestial e herdasse seu poder. E logo pensou em Erwin. Mas baixou a guarda quando o quadrúpede apareceu e roubou o corpo do homem que ele tinha como refém. E a última ordem do bestial foi para que os titãs restante matassem Levi.

— Você se ferrou, Levi! Eu vou te matar! — Berrava de dor enquanto era carregado pelo titã parceiro dele — Levi! Você vai se foder na minha mão!

Levi havia feito uma promessa, disse que  mataria o titã bestial e cumpriria.

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Não sabia bem o que fazer, mas ela tinha que confiar no Armin.

E foi ela quem deu o golpe que arrancou Reiner do corpo do titã. Com a lança de trovão enfiada dentro de sua goela. Conseguiram a vitória ao ver Reiner no chão.

— Mikasa — Hange chamou. — Eu preciso que você cheque a situação do Armin e Eren. E traga a injeção do Levi. Se por algum motivo você não conseguir, lance um sinal de fumaça. Esse será o sinal para eu arrancar a cabeça dele.

— Entendido.

Saltando pelo DMT, Mikasa seguiu para fazer o que a comandante disse. Com uma certa urgência em rever Levi e os outros. Afinal, ele estava do outro lado, não sabia a situação dele.

Mas ao chegar lá, a situação era completamente diferente do que ela imaginava. Não havia se preparado para esse momento. Levi estava lá sim, Eren também, mas o Armin... Armin estava totalmente carbonizado. Seus olhos estavam cheios de lágrimas no possível luto pelo amigo de infância. Nem mesmo a presença de Levi lhe importava no momento, tampouco Eren.

— Ele ainda está vivo! Mikasa, ele está vivo! Ele respira! — Eren gritava em desespero em cima do corpo do amigo. — Capitão, pega a seringa!

Levi estava relutante. Demorou mais que o necessário para pegar a seringa.

Quando viu a caixa que continha a seringa nas mãos de Levi, Mikasa lançou o sinal de fumaça. Acompanhou a demora eminente para o capitão entregar a seringa nas mãos de Eren. Até Floch aparecer com o corpo de Erwin nas costas e Levi recuar e não entregar mais a injeção. Fazendo Mikasa enfurecer com a atitude de Levi.

Levi deitou Erwin em cima do telhado, e conferiu que ele ainda estava respirando.

— Ele ainda está vivo. — Ficou de pé o capitão. — Vou usar a injeção no comandante Erwin.

Eren que tinha seus dentes rangendo e olhos banhados em lágrimas grossas, também se levantou, peitando e indo contra a ordem do superior.

— Capitão, você disse que ia usar no Armin.

Ainda olhando dentro dos olhos de Eren, respondeu:

— Eu vou reviver aquele que pode ajudar a salvar a humanidade.

Mikasa não acreditava no que seus sentidos estavam levando ela à fazer, quando sacou sua espada e viu Levi olhá-la por cima do ombro, claramente assustado com a atitude da menina, porém, sem demonstrar.

E mesmo depois de Eren ainda tentar retrucar, Levi faz o que estava há um tempo querendo fazer, o soca forte, fazendo-o cair longe. Mikasa que é movida com o um instinto defensivo enorme, apaga de sua mente cada beijo e cada abraço, cada sensação de conforto no fim do dia e até mesmo a sensação de estar se apaixonando novamente, quando pula em Levi e força sua lâmina contra seu pescoço. Estava indo a favor de um amigo de infância. Não deixaria Armin morrer assim, sabia que ele faria o mesmo por ela. E ali, montada no capitão e sua espada afiada em seu pescoço desejou ser mais forte para ter coragem de retirar a seringa da mão dele. E mesmo ele estando rendido e cada vez mais fraco, sabia que ele não à atacaria, pois se quisesse já tinha feito.

A troca de olhares dos dois Ackerman, era difícil de se compreender. Nenhum deles desejava passar por aquela situação. Mas lutar por aquilo que acredita ia muito além de se apaixonar. 

— Mikasa, você sabe que sem a força do Erwin, a humanidade não vai vencer os titãs. — disse o capitão à baixo dela, sem nenhuma demonstração de que pretendia sair. — Não faça isso...

— Mikasa, por favor, pare com essa loucura de uma vez. — comentou Floch, espantado com a situação, e tudo que recebeu foi um olhar mortal da Ackerman.

Eren os fez lembrar de todas as vezes que Armin também foi um líder. Quando suas ideias ocorriam com sucesso e avançavam para o bem da humanidade. Deixando todos presentes pensativos e Mikasa ainda mais convencida de que Armin merecia a injeção.

Mikasa que tinha sua mão presa na de Levi que segurava forte a caixa da injeção, bateu sua mão com a dele.

— Capitão. — Fechou os olhos, respirou fundo, os abrindo novamente. — Levi, me dá isso. Por favor.

Floch, que também optava pelo comandante Erwin, contou como tinha sido triste a batalha do outro lado da muralha, que o comandante Erwin lutou até o fim para proteger a humanidade. Quase convencendo com seu discurso. E sentiu coragem de encarar Mikasa naquela hora, avançando em cima da mesma que, não recuou e também se pôs em posição com a espada pronta para fazer o que for para lutar pelo que acredita.

— Não faz isso! — Levi gritou, e com uma mão ainda conseguiu segurar ela.

Abraçando-a por trás, Hange aparece para que ela não fizesse algo que claramente iria se arrepender depois. Matar um companheiro. Hange manteve Mikasa presa em seus braços. Ela estava muito descontrolada para ficar solta.

Os olhos de Jean e Connie se arregalaram ao ver a atual posição do comandante e do companheiro.

Levi não tinha mais pelo que esperar, retirou a injeção e iria aplicá-la em Erwin. Mas de repente, Mikasa começou a gritar e seus gritos eram de dor. Não suportava a ideia de vê-la sentir dor. Mas missões precisavam ser cumpridas.

— Acalme-se, Mikasa! — Hange dizia enquanto segurava a menina que gritava e chorava ao mesmo tempo. — Você sabe que precisamos do Erwin para o avanço da humanidade.

— O Armin também pode ajudar. — Dizia entre seus gritos e choros.

— Tem razão. Mas o Armin não tem a experiência do Erwin. — Tentava inutilmente acalmar a menina. — Eu sei que você entende, Mikasa. Eu também queria trazer pessoas que eu amo de volta. Hoje eu perdi um... Sei exatamente como está se sentindo em relação a tudo. Moblit.. Eu o amava e não posso trazer ele de volta como eu gostaria.

Mikasa sessou os gritos por um momento. Aceitando a derrota. O discurso de Hange era verdadeiro e havia consolo no abraço que ela lhe dava.

Dando-se por vencidos, Mikasa foi com Hange e Eren carregado por Floch. Deixando para trás o corpo do amigo, do comandante e Levi.

Mas os sentimentos de Levi se confundiram ali. Tendo seus flashes, ele optou por Armin. Fazendo Mikasa e os outros se assustarem quando o viram chegar com o corpo de Erwin e revelar que aplicou a injeção em Armin.

— Erwin, eu prometi matar o titã bestial, mas tenho que fazer isso outra hora.

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Mais tarde, Mikasa encarava o capitão encima das muralhas. Ele estava sozinho fitando o horizonte, com certeza ele sofria e ela se sentia mal por de alguma forma ter contribuído para esse fim com a insistência pela vida de Armin. Não se arrependia de forma alguma por ter lutado pela vida do amigo que, encontrava-se debilitado ao topo da muralha. Mas uma parte dentro dela sofria junto de seu capitão. Deu um passo para frente para poder ir até ele, mas Hange segura seu ombro a impedindo de prosseguir.

— Se eu fosse você, eu esperaria mais um pouco. — Hange alertou, vendo a menina de olhar triste olhar para o chão. — Levi já perdeu muitos companheiros em campo de batalha. Erwin era o cara que ele mais respeitava. Dê um tempo à ele.

— Comandante, eu só queria mostrar meus mais sinceros pêsames. É triste que estejamos em uma guerra e sempre um dos lados tem que perder. Estou triste pelo capitão...

Hange arregalou um pouco os olhos, surpreendeu-se com as palavras da jovem Ackerman e sorriu não passando despercebido por Mikasa que estranhou o sorriso.

— Eu sabia que tinha apostado certo em você, Mikasa. — Disse, deixando Mikasa ainda mais confusa. — Sabia que seria você à tirar o Levi de vez do mundo escuro que tem em volta dele. O subterrâneo. Se Moblit estivesse aqui, ele estaria me devendo três moedas de ouro por ter duvidado. Obrigado por cuidar bem dele.

Mikasa que nunca foi de sorrir ou corar, estava completamente encantada. E aquele rosto um pouco machucado de Hange à fez lembrar de um dos sacrifícios mais impactantes que ela já tinha visto, quando Moblit empurrou Hange e morreu por ela. Afinal, aquilo era uma devoção dele por ela ou algo muito maior?

— Obrigada, comandante. — Agradeceu de volta. — Você acreditou tanto em mim que me ajudou dizendo que eu estava no seu quarto, quando na verdade eu estava em outro lugar. Com isso eu e o capitão conseguimos mais uns dias juntos.

Hange gargalhou alto, chamando a atenção de alguns em volta da muralha. Colocou seu braço em volta do ombro de Mikasa para sussurrar algo.

— É divertido fazer isso no proibido, né?


Notas Finais


Eu pensei muito sobre escrever ou não esse capítulo dessa forma, mas correndo o risco eu resolvi escrever. Tentei não mudar muita coisa e algumas falas foram retiradas do próprio anime (não sou capaz de alterar a perfeição que foi essa ep, o meu preferido). Eu queria trazer pra cá a emoção dessa cena, da Mikasa pulando no Levi e, meu Deus, eu fui a única que pensei “nem guindaste me tiraria de cima desse homem” se eu fosse a Mikasa naquela cena? Desculpem se não ficou tão bom, estou me esforçando ao máximo para concluir toda essa história.

Sobre o Erwin: Lendas nunca morrem, eles se tornam parte de você🎶 Sasageyo!


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