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História Hipnosis - Que horas são?


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Olá leitores amoress, aqui estou eu :)
Peço perdão pela demora, mas vou deixar os devaneios para as nota finais. Afinal, sei que vocês estão mais interessados no capítulo!
Não foi revisado, então perdoem os erros (e me avisem caso encontrem algum, que aí eu corrijo).
Sem mais delongas,

Boa leitura!

Capítulo 18 - Que horas são?


Fanfic / Fanfiction Hipnosis - Que horas são?

Sentia o suor gélido escorrendo pela nuca. Agora, o nervosismo tomara conta do corpo, e o coração batia sôfrego na garganta, trazendo consigo uma ânsia de vômito nada confortável.

Pensou que seria assim mesmo, se um dia voltasse a beijar Taehyung, mas não foi bem o que aconteceu. Os sintomas de asco e angústia só vieram depois. Na hora, Jungkook ficara incapaz de se mover, parado feito uma inútil estátua, enquanto Taehyung investigou de seus lábios numa tortura lenta e dolorosa. Mais impiedoso que o ato em si, fora a sensação de que aquele beijo prometido não era nada mais que certo, e o corpo de Jungkook respondera de forma tranquila e calma, a mente desobediente se desligando do mundo, o coração batendo devagar para não interromper o momento e a respiração lhe saíra pelo nariz num sopro tolo de paz.

Depois do fim, no entanto, os sintomas de agonia vieram todos de uma só vez, e Jungkook sentiu os joelhos fracos ao sair do apartamento e pegar outra vez o elevador desconhecido de um condomínio estranho. Caminhou apressado até o carro e notou que as mãos tremiam agitadas ao segurar o volante.

Parou por um segundo e respirou fundo. Seria incapaz de dirigir dessa forma, e esperou que uma breve pausa amenizasse a angústia que se acumulava sobre os ombros, mas era só pensar que Taehyung estava apenas alguns andares acima de si e o corpo teimoso implorava para que fugisse o mais rápido possível.

Saiu com o carro do estacionamento e foi recebido pela chuva. Pensou que não precisava daquela surpresa melancólica, as gotas grossas batendo sobre o vidro do carro, e já sentia a vista turva e a mente enevoada mesmo sem aquele empecilho. Dirigiu quase às cegas pela rua vazia e molhada, o gosto doce de Taehyung ainda vívido nos lábios, como se ele continuasse a beijá-lo com torturante ternura. Mal enxergava a estrada, como se os olhos inebriantes de Taehyung ainda o engolissem na imensidão castanha.

Um carro passou raspando ao seu lado, e Jungkook virou o volante de súbito, o som de buzinas irritantes e impropérios raivosos ressoando em sua direção. Não devia estar dirigindo nesse estado.

Parou no acostamento. Não podia ficar ali por muito tempo, mas pensou que apenas alguns minutos já o deixariam mais aliviado. Desligou o carro e encheu os pulmões de ar, descansando a cabeça sobre o encosto da poltrona e encarando o forro cinza do teto. À sua volta, nada mais que o manto negro da noite e os sons da cidade adormecida para oferecerem conforto. Permitiu-se fechar os olhos e o cheiro da pele de Taehyung maltratou-lhe as narinas. Passou a língua pelos lábios, degustando o sabor doce dele que parecia ter se infiltrado ali, muito mais vívido do que em sua memória e infinitamente mais cruel.

Por um segundo de fraqueza, invejou a amnésia de Taehyung. Pensou no que poderia ter acontecido caso o carro de poucos minutos atrás realmente o acertasse, e talvez fosse sortudo o suficiente para perder a memória, aliviando aquele aperto que comprimia o peito. Ou talvez, tivesse morrido de vez. De qualquer jeito, aquela dor lancinante ia cessar.

Jungkook encostou a testa úmida no volante e chorou como criança, os ruídos sôfregos e incontidos acobertados pelo barulho incessante da chuva.

 

Capítulo 17 – Que horas são?

 

Eu acordei no dia seguinte me sentindo pior do que lixo, com olhos inchados e vermelhos como duas bolas de bilhar. Não fazia ideia de quanto tempo tinha ficado chorando vergonhosamente antes de enfim cair no sono, mas assim que despertei fui invadido pelo cheiro vívido de Jungkook impregnado nos meus lençóis.

Então levantei logo e me arrumei. Não estava com ânimo pra passar o dia sentindo pena de mim mesmo, e não acho que eu deveria. O que eu tinha feito de errado, afinal? Jungkook foi pra minha casa por livre e espontânea vontade. Na verdade, ele quem instigou a coisa toda.

E eu já tinha sentido pena de mim por tempo demais na noite anterior, enquanto chorava as minhas pitangas. Lembro que durante meu surto melancólico quase me levantei e fui direto para o nosso apartamento, aquela porcaria de apartamento fechado, mas felizmente não tive forças pra ficar de pé. Estava exausto, física e emocionalmente. No dia seguinte, com a cabeça mais clara, me pareceu uma ideia ridícula e eu larguei pra lá.

A voz de Jungkook não saía da minha cabeça, aquela tara dele pelo meu cabelo loiro, então depois do banho e café da manhã, eu fui direto ao cabeleireiro. Adeus, Taehyung loiro. Foi bom enquanto durou, mas a droga do Jungkook contaminou a cor de cabelo. Idiota.

Pensei num monte de cores enquanto estava sentado de frente ao espelho, mas senti genuína vontade de voltar ao castanho. Não só por ser minha cor natural e a que eu estava mais acostumado, mas também porque queria ver a reação do Jungkook ao me ver de novo com o tom que ele conhecia tão bem. Egoísta, eu sei. Eu queria o torturar e punir, acho, por estar agindo com tanta frieza e bipolaridade. Uma hora, queria tudo. Na outra, fugia. Não estava claro na minha cabeça o que ele estava sentindo, mas na noite anterior eu vi tão transparente e límpido, aquele brilho adolescente de ternura, e queria ver de novo. O desejo não era mais suficiente para mim, e o loiro estava ligado ao desejo. O castanho, não. O castanho era outra coisa.

Já com a tinta pinicando meu couro cabeludo, o celular começou a vibrar no meu bolso. Uma mensagem. Fiquei feliz por aquela distração, pensando em me distanciar das lembranças da noite anterior, mas me aborreci ao ver que era de Jin hyung. E ele ia me fazer contar tudo.

“Tae, estou no consultório te esperando”

Revirei os olhos. Mal conseguia suportar os pensamentos dentro da minha cabeça, quanto mais dizer o que tinha acontecido em voz alta. Mesmo assim, pensei que não podia adiar mais. Já que precisaria enfrentar tudo de uma vez, que pelo menos fosse com Jin hyung ao invés de Dahyun ou da Dra. Lana. Dahyun ia romantizar a situação toda, e a Dra. Lana ia problematizar mais do que o necessário. Seokjin ia entender meu lado e ser direto, ou pelo menos era o que eu esperava.

A cabeleireira terminou de lavar e secar meu cabelo, e finalmente virou minha cadeira para o espelho. Nossa, foi como voltar no tempo. Um Taehyung de dois anos atrás me encarou do outro lado, e eu me senti ao mesmo tempo uma pessoa completamente diferente e mais eu mesmo do que em muito tempo. Abri um sorriso triste e saudoso, mas satisfeito.

Olá, velho Kim Taehyung. Seja bem-vindo de volta. – Disse pra ele, dentro da minha cabeça. – Você não vai gostar nada de como as coisas estão agora, então aguente firme.

Idiota, eu sei, mas confesso que foi bom dar aquele ânimo pra mim mesmo.

Saí de lá e fui direto para o consultório de Jin hyung, sem pensar muito sobre o assunto. Não sabia se ele ia querer só saber as novidades da noite anterior, ou se ia começar com o negócio da hipnose – que eu já nem tinha mais certeza se queria mesmo fazer. Mas fui mesmo assim.

A secretária simpática não estava lá. Seokjin abriu a porta do consultório pessoalmente, e arregalou os olhos assim que me viu – provavelmente por causa dos cabelos castanhos. Só que seu primeiro comentário não teve a ver com isso.

- Você não está com cara de quem transou ontem à noite. – Foi o que ele disse.

Direto ao ponto, Kim Seokjin. Pensei que é melhor desse jeito, menos desconcertante sem as ladainhas desnecessárias.

- Isso é porque eu não transei. – Disse, entrando no consultório e me jogando na poltrona creme. – Jungkook chegou a voltar para casa comigo, mas eu o beijei e ele foi embora.

Seokjin deu um sorrisinho meio de lado, deixando uma covinha simpática à mostra. Ele confirmou de leve com a cabeça, fechou a porta atrás de si e se sentou na outra poltrona.

- Imaginei que algo assim pudesse acontecer. Ele deve ter ficado confuso, no mínimo. Na verdade, acho que você o quebrou de vez. Ninguém sabe dele desde ontem, Tae. Yoongi está pensando que ele dormiu no seu apartamento.

Minhas mãos tremeram, e eu cerrei os punhos com força. Merda! Sou mesmo um bastardo egocêntrico, mas como não tinha me preocupado com Jungkook? Nenhuma dor podia justificar tal egoísmo. Depois daquele beijo unilateral, do olhar apaixonado e puro, da forma como ele fugiu sem olhar para trás e me deixou sozinho sobre o colchão, como eu pude nem pensar no que ele ia fazer? Jungkook saiu do meu apartamento completamente vulnerável, um bocado embriagado e dirigindo a droga de um carro. Me senti o pior dos lixos por não ter pensado nem por um segundo em como ele tinha chegado em casa.

- Merda, hyung, ele saiu dirigindo bêbado. – Disse, buscando pelo celular no bolso, procurando o contato de Jungkook. Fiquei tão preocupado que nem lembrei do meu orgulho imbecil e liguei para ele, mas o celular só chamava e ninguém atendia. – Como assim ele sumiu desde ontem?

Minha voz saiu fraca, tola e rouca. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu me odiei até o último fio de cabelo castanho.

- Calma, Tae. Notícias ruins correm rápido. A gente já estaria sabendo se alguma coisa tivesse acontecido. – Jin hyung tentou me tranquilizar, mas eu não acreditei nele. Acho que estava tão preocupado quanto eu. – Também, você não é responsável por ele.

- Hyung, não me venha com esse papo de psicólogo agora, por favor. – Me levantei da poltrona e comecei a andar pelo escritório de um lado para o outro, o telefone em mãos, ligando uma, duas, três vezes. Sem resposta. – Se alguma coisa tiver acontecido com o Jungkook eu nunca vou conseguir me perdoar.

- Ele deve estar dormindo até agora. Calma.

- Dormindo? Você sabe que horas são? Jungkook não dorme até três horas da tarde. – Praticamente gritei. – Sério, dormi na mesma cama que ele tempo suficiente pra saber. Era eu quem fazia esse tipo de coisa, não Jungkook.

- Mas talvez agora ele faça, Taehyung. Isso tem muito tempo.

Respirei fundo. Estava prestes a gritar com Jin hyung, mesmo sabendo que brigar com ele não ia ajudar em nada a resolver o problema, mas fui impedido pelo barulho do telefone. Sumiu. Ele parou de chamar.

Fiquei em silêncio, paralisado no lugar. Arregalei os olhos para Seokjin, e ele ergueu as sobrancelhas em minha direção, evidenciando o quanto também estava preocupado.

“Tae?”

Fui inundado por alívio. Era ele, do outro lado da linha, meu coelhinho. Com uma voz de quem acabou de acordar, zonzo demais para evitar me chamar de “Tae”. Fiquei mudo, o peso do meu orgulho voltando aos ombros, sem nenhuma justificativa do porquê eu estaria ligando para ele um punhado de vezes.

“Eu sei que é você, Taehyung. Seu nome está escrito na tela. Por que está me ligando a essa hora?”

- Jungkook, são três da tarde.

“Não posso dormir às três da tarde?”

Ele perguntou num tom de voz bem seco, e eu pensei que foi meio rude. Queria desligar logo, meu orgulho implorando para que eu o fizesse de uma vez, mas uma pontada de preocupação no peito não me deixou.

- Então você está em casa?

“Não acho que isso seja da sua conta mas, sim, estou em casa”

Pensei que ele podia até ter mudado um pouquinho e agora estava dormindo até bem tarde, mas a mania irritante de não atender a droga do telefone continuava a mesma.

- Ótimo, obrigado por ter sumido e deixado todo mundo preocupado me perguntando onde você se meteu.

Na verdade, ninguém tinha vindo me perguntar coisa nenhuma, mas pensei que era uma boa desculpa pra ter ligado tantas vezes.

Ouvi um “hm” do outro lado da linha, seguido por uma bufada impaciente e a ligação foi interrompida. Ou seja: Jungkook desligou na minha cara. Eu fiquei com vontade de xingar alto, e ia fazer isso, mas Jin hyung estava olhando para mim com aquele sorrisinho convencido dele de volta no rosto.

- Então ele estava dormindo?

Revirei os olhos.

- Estava.

Seokjin soltou uma risadinha soprada. Às vezes acho que ele faz isso de propósito, porque sabe que me irrita aos montes. Ele gosta de implicar.

- Se você ficou tão preocupado, imagino que as coisas ontem devem ter ido pior do que a encomenda.

- Claro que foi pior que a encomenda. A encomenda parecia ótima. – Revirei os olhos outra vez. – Já disse que ele foi embora logo depois que eu o beijei, nós não fizemos nada. E ele não me beijou de volta.

Me joguei na poltrona de novo. Estava tendo um dia péssimo, e isso que ainda nem tinha entrado nas redes sociais. Tinha certeza que estariam lotadas de fotos minhas com Jungkook da noite anterior, fotos que eu não estava nem um pouco interessado em ver. Já me bastava a imagem dele dentro da minha cabeça, o gosto familiar na ponta da língua. Não precisava de fotos pra ficar relembrando, e esperava que Jin hyung não fosse perguntar nada sobre o resultado do nosso fanservice.

Felizmente ele ficou calado, mas ainda estava com aquela cara de deboche irritante. Resolvi fingir que nem estava notando, já que falar sobre o assunto provavelmente pioraria minha situação.

- Você está com o colar? – Seokjin disse, e eu arqueei as sobrancelhas, sem ter certeza se ele estava mesmo se referindo àquele colar. – O que Jungkook te deu.

Comecei a tossir. Engasguei com a minha própria saliva. Como diabos Seokjin podia saber que eu estava com o colar, ou ao menos desconfiar? Claro que eu tinha tirado ele do pescoço há alguns dias, antes da festa – já que estava com esperanças de tirar a camisa na frente do Jungkook, não posso negar. Mas andava carregando a coisa dentro da carteira desde então. Fiquei sem graça, achando que devia parecer um idiota que anda usando os presentes do ex-namorado, e me sentindo ainda pior porque era verdade. E, se possível, mais idiota ainda porque bastou Jin hyung tocar no assunto e eu engasguei.

- Ahn, estou. – Disse, quando finalmente consegui recuperar minha compostura. Jin hyung esticou a mão na minha direção, e eu tirei a carteira do bolso, pegando o colar do porta-moedas. – Você não vai balançar esse troço na frente da minha cara feito nos filmes, vai?

Foi Seokjin quem revirou os olhos dessa vez. Ele negou com a cabeça, pegou meu colar e deu uma boa olhada. Depois, o devolveu para mim e me mandou olhar também. Achei meio bobagem aquilo, porque eu já tinha olhado aquele colar mais de um milhão de vezes e tinha a imagem exata na minha cabeça até do último milímetro de prata envelhecida. Mas, ok, ele é o profissional, quem sou eu pra contestar? Tudo maluquice de psicólogo.

Li em voz alta. “Eu encontrei o amor nos seus olhos”.

- Ok, agora você segura isso. – Jin hyung disse. – Mantém Jungkook em mente, tente se lembrar do rosto dele quando você acordou na cama de hospital.

Ele abriu a palma da mão bem na frente do meu rosto, mandou eu prestar atenção, um papo louco de respirar devagar, lembrar do Jungkook e prestar atenção nos dedos tortinhos dele ao mesmo tempo. Apontou pra cada dedo. Disse que eram números, disse que a mão era um  relógio e me perguntou que horas eram. Tipo, não de verdade, mas a hora que o relógio da mão dele estava marcando. E eu sei lá como eu sabia, mas eu sabia! E aí, Jin hyung disse “dorme”.

E dormi.

 

~x~

Eu fiquei o dia todo meio aéreo depois daquilo. Não foi nada demais, e eu sabia o que eu tinha feito. Não estava realmente dormindo, me lembro da voz de Jin hyung perguntando se eu estava vendo o relógio, se eu estava vendo Jungkook. E lembro de responder que sim, estava. O rosto de Jungkook quando eu acordei no hospital naquele dia, a primeira memória que eu tenho dele. A expressão de alívio e afeto em seu rosto. E, depois, de tristeza.

E aí Jin me disse pra pegar o relógio – que ainda era a mão dele, mas na hora me pareceu um relógio bem real – e voltar no tempo. Juro, ele disse pra eu literalmente mudar os ponteiros, atrasar a hora. Ele disse que ia dar certo, e eu acreditei. E voltei.

- E a gente tava naquele restaurante, lembra Dahyunie? Estava chovendo pra caramba e você fez um escândalo, saiu batendo o pé porta a fora. – Eu comentei com ela, quando já estávamos no escritório. Não falei especificamente sobre a hipnose, mas falei sobre aquela memória tão vívida, da Dahyun adolescente e brava, com um vestido caro e braços cruzados. A Dahyun do presente, sentada na minha frente, arregalou os olhos pra mim, sobrancelhas arqueadas e queixo caído. – É a última lembrança que eu tenho. Nós dois, na chuva, passando vexame do lado de fora de um restaurante caro. Não lembro nem de como fomos pra casa naquele dia. Tudo o que lembro é de acordar no hospital, quase três anos depois.

- Então essa é sua última lembrança? – Ela disse, com uma cara de abismada. – Não é atoa que você não ficou surpreso por a gente ter terminado. Nosso namoro estava uma merda.

Confirmei com a cabeça e Dahyun ficou calada. Estava pensando em algum outro assunto qualquer, alguma coisa que pudesse impedir uma deixa para que ela perguntasse o que tinha acontecido com Jungkook na noite anterior. Achei estranho ela não ter perguntado logo de cara, nem falado nada sobre o fanservice. Mesmo assim, não queria arriscar.

- Gostou do meu cabelo?

- Hm. – Ela afirmou com um sorriso. – Oppa, o que você acha que o Jungkook vai dizer quando-

Batidas na porta. Eu e Dahyun olhamos um para o outro, sem entender quem poderia estar do lado de fora. Não demorou para a nossa confusão ser esclarecida, e a porta se abriu, Yoongi hyung entrando sem pedir licença. Notei que ele me lançou um olhar impaciente antes de se virar para a minha ex e abrir a boca.

- Tá todo mundo na sala de reuniões. A gente tem que decidir as filmagens do teaser da coleção. Jungkook e Dongsun também. – Yoongi olhou para mim por um segundo, e voltou a encarar a Dahyun. – Mas antes eu preciso conversar à sós com você, maluca.

- Ah… – Ela concordou, com uma cara de quem estava tão desnorteada quanto eu. – Tudo bem. – Ela se levantou da poltrona, olhando pra mim antes de sair do escritório. – Então a gente se vê lá embaixo, oppa.

Não deu tempo nem de eu responder, e Yoongi puxou ela pelo pulso e os dois sumiram da minha vista. Fiquei ainda mais atordoado do que já estava. Reunião? Não tinha reunião nenhuma marcada. Merda, era domingo!

Minha cabeça estava tão cheia com aquela coisa do beijo de Jungkook, somado à hipnose esquisita do Jin hyung, que eu nem tinha pensado sobre trabalho ainda. A gente tinha que gravar o teaser da coleção, é verdade. A coleção cujo tema era o milagre das flores de cerejeira durante a primavera. Eu e Jungkook, debaixo de flores de cerejeira, de novo. Meu estômago deu um monte de voltas desconfortáveis.

Me levantei da poltrona, mas as minhas pernas estavam meio bambas. Na noite anterior, Jungkook estivera nu na minha cama. Eu tinha pedido para que ele ficasse, e ele simplesmente me deu as costas. Agora, precisava ficar cara a cara com ele de novo, o gosto dele ainda vívido na memória, como se continuasse a estalar na minha língua. Os olhos ternos do adolescente que me amava assombrando a minha cabeça. Não pensei que precisaria encontrar com ele tão cedo, merda! E eu juro que achei que estivesse bem, mas certamente não estava mesmo. Estava morrendo de medo. E com vergonha do que eu tinha feito.

Mas, ao mesmo tempo, queria saber qual seria a reação de Jungkook ao olhar para mim depois de tudo isso. Queria saber se ele sentiria a mesma coisa que eu senti ao ver meu reflexo de cabelos castanhos.

Se Jungkook veria, de novo, o Taehyung que ele não conseguiu esquecer.

 


Notas Finais


Olá! Espero que tenham gostado do capítulo :)
Eu demorei porque, sinceramente, ando com um bloqueio horrível e não estou ficando muito satisfeita com as coisas que escrevo. Em Hipnosis, nem tanto, mas Incógnito... socorro. Enfim, estou me esforçando de verdade pra sair dessa (e acho que encontrei um meio) MAS, aceito comentário encorajadores - estou precisando deles no momento.
Finalmente chegamos à hipnose, obas. As coisas vão ferver a partir daqui, e eu estou ansiosa.

Obrigada a todos os comentários, favoritos e leitores <3 Ao pessoal do twitter que sempre me coloca pra cima, mesmo quando eu tô um lixo pior que Taehyung de ressaca. Amo vocês!

Quem quiser falar comigo:
twitter/curiouscat @ btsnoonafanfics

Um beijo cheio de purpurina à todos, e eu espero que possamos nos ver em breve.
<3

~BtsNoona


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