1. Spirit Fanfics >
  2. His Lies >
  3. 1st

História His Lies - 1st


Escrita por: Liaomg

Notas do Autor


Espero que gostem.
Boa leitura

Capítulo 1 - 1st


Uma sociedade sem mentiras. Parece perfeito não? Ninguém mente, todos são honestos, com apenas algumas mentiras a parte.

Desde pequenos somos instigados a não mentir. "Não minta outra pessoa vai sentir a dor da sua mentira" eles dizem para as crianças. Mas todos mentem em algum momento da vida não? Por exemplo eu. Eu estaria mentindo se dissesse que nunca menti. Confuso, mas faz sentido.

As tatuagens eternas que ficarão no corpo da sua alma gêmea nunca são estranhas. Talvez um "Desculpe" ou um "foi sem querer" 

Mas uma das únicas que eu tinha, dizia "Eu te amo". Quando ela surgiu em meu corpo, em símbolos que eu não reconhecia, a primeira coisa que eu fiz foi chorar. Eu era apenas uma criança de 10 anos, e doía como o inferno. A cicatriz queimada em minha pele estava ardendo, o que me fez correr para minha mãe gritando para ela me levar no médico. Foi a primeira vez que aquilo aconteceu.

É posicionada logo abaixo da minha clavícula e quando passo o dedo, posso ouvir alguém falando baixinho, no fundo da minha mente: "사랑해"

Me acostumei com ela, era provavelmente a mais bonita das mentiras que ele ou ela falou. Eu tinha algumas outras, mas a única que eu nunca escondia com maquiagem era aquela. 

Nunca tive receio em falar o seu significado para as outras pessoas. A maioria quando descobre me olha com um olhar de pena como se falassem "nossa, a alma gêmea dele está com outra pessoa", mas eu sabia que não era assim. Provavelmente ele ou ela eram apenas crianças assim como eu quando aconteceu.

Com 16 anos, eu já tinha 5 tatuagens. A maioria não tinha nem 2 na minha idade. E todas eram algo relacionado com "desculpe". Todas nessa língua que eu não conhecia. Mas assim que a primeira apareceu, minha mãe me levou para um especialista em almas gêmeas, que me disse ser coreano. Mas um dia, todas elas começaram a ser em inglês. 

Eu não estava entendendo a mudança repentina de linguagem, mas pelo menos era uma linguagem com a qual eu já estava acostumada. 

Agora, com 20 anos, eu tinha 10 tatuagens. 5 em coreano, 5 em inglês. Me pergunto quantas tatuagens ele deve ter. Me pergunto também se ele se preocupa comigo. A maior parte tem medo de mentir e prejudicar sua alma gêmea, mas ele não parece ter medo. E sinceramente, depois de tantos anos, eu também não tenho.

Mas minha mãe tem. Todas as vezes que ela descobre que eu contei uma mentira, é um puxão de orelha. Eu não gostava de deixá-la brava, mas não conseguia não mentir. Era algo inevitável. Quando ela vê as tatuagens em minha pele, eu consigo sentir seu olhar de pena. Como se minha metade fosse alguém que não se importa comigo. Mas eu sei que não é verdade. Não deve ser não é? Talvez ele seja uma pessoa que foi educado desde pequeno a ser gentil, e não seja isso que ele quer pra sua vida, talvez todas as vezes que ele é gentil com alguém, é uma mentira. São muitos talvezes.

Essa seria minha primeira semana da verdade. A semana em que todos ficam de férias do trabalho e escola, para comparecer ao questionário da polícia. Eu estava com medo. Meus pais disseram não ser nada demais, que eles apenas perguntam algumas coisas sobre a sua vida, outras sobre sua carreira, família e depois checam suas tatuagens, coisa simples. Mas e se a minha alma gêmea mentisse e aparecesse na minha pele? Isso não seria bom, seria? 

"É impossível! Ninguém mente nessa semana!"

É. Eu achava isso também. Até que no dia em que eu iria fazer o questionário, a tatuagem queimada em minha pele apareceu, bem grande em minha perna. "Meu nome não é Jeon Jungkook."


•°•°•°•°•°•


- Então... Você é... Kim Taehyung, certo?

O policial que estava sentado a minha frente me perguntou, mas eu estava tão nervosa que a única coisa que eu fiz foi assentir. Eu não queria prejudicar ele. Tudo bem, ele pode ser um criminoso ou até mesmo um fugitivo, mas ainda sim, era minha alma gêmea. Eu já sabia seu nome ao menos.

- Senhor Kim!

O grito me assustou, mas percebi que nada havia acontecido. Ele só tinha me perguntado minha idade.

- Eu tenho 20 anos.

- Por que aparenta estar tão nervoso?

- Estou me sentindo mal.

Em partes era verdade. Apenas o pensamento de prejudicar a minha metade, me fazia ter vontade de vomitar.

- Tudo bem... Mora sozinho?

- Sim...

- Não encontrou sua alma gêmea?

- Não...

- E seus pais?

- Moram em outra cidade.

- É formado em alguma faculdade?

- Sim... Design gráfico.

- Quanto você ganha por mês?

Ao ouvir essa pergunta meus olhos se arregalaram. Não esperava que as perguntas fossem pessoais a esse ponto. Eu não queria responder essa pergunta, ninguém precisava saber quando eu ganho por mês. Ele me olhou insistente, então presumi ser obrigado a responder.

-... Cerca de dez mil.

O barulho das teclas me incomodava, e o policial parecia cansado, como se todas aquelas coisas fossem irrelevantes, mas se ele não fizesse isso devidamente, ele seria demitido. Ele ficou um tempo sem me perguntar nada. E os meus pensamentos faziam cada vez mais barulho, e eu pulei na cadeira quando ele finalmente falou algo.

- Alguma tatuagem nova apareceu essa semana?

O suor escorria pela minha testa, e eu sabia que eu não podia mentir. Eu tenho que ser honesto, eles descobrirão de qualquer jeito, e se eu mentir, eu vou ser considerado um criminoso.

-...Sim.

- Tudo bem. Agora é a parte da vistoria. Entre naquela porta, e tudo será explicado para você.

Me levanto, com as pernas trêmulas, e quase caio no primeiro passo. Parei na frente da porta e sussurro um "me desculpe" para Jungkook e entro pela porta.

A primeira coisa que vejo, é uma mulher. Ela parece um robô, e a única coisa que fala é:

- Por favor, retire suas roupas e fique parado. Não se preocupe, não temos nenhuma câmera no quarto.

Ao tirar as roupas, me senti mais exposto e nervoso do que nunca. Eu sabia que Jungkook enfrentaria graves consequências, e eu não queria isso para ele. Ele deveria ter os seus motivos para mentir. Minha respiração estava pesada e eu me segurava para não correr ou chorar ali mesmo. Ela examinou cada uma das minhas tatuagens até chegar na minha perna. Ela ficou mais tempo que o normal na nova tatuagem.

- Quando essa apareceu?

Eu sabia que ela era especialista nessas tatuagens, e saberia se ela apareceu a pouco tempo ou não. Eu não poderia mentir. Ela saberia.

-... Algumas horas atrás.

Ela me encarou por alguns segundos antes de me mandar colocar a roupa e esperar na recepção da delegacia. Eu não sairia dessa delegacia tão cedo.

E a minha única saída seria sair correndo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado ><
Ate o proximo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...