24 de julho de 1943. Naquele dia havia acordado com um mal pressentimento. O céu azul celeste não continha nenhum rastro de nuvens, pássaros cantavam alegremente em seus ninhos, as borboletas com suas cores vívidas davam um toque à mais naquela manhã de domingo. Seria um dia perfeito, se não estivéssemos em tempos de guerra, onde sangue inocente era derramado dia após dia por conta de uma guerra estúpida, deixando o clima ainda mais tenso e melancólico na cidade de New Orleans.
Estava terminando de fazer o café, quando ouço baterem à porta. Minha mãe que já havia chegado do trabalho atendeu a mesma e empalideceu diante da figura alta e imponente com o impecável uniforme verde musgo do batalhão do exército prostrado à sua frente. Este apenas estendeu uma espécie de pergaminho envolto de fita vermelha, minha mãe pegou o mesmo com mãos trêmulas e agradeceu fracamente, recebendo apenas um aceno em troca por parte do homem e logo bateu em retirada.
Lembro - me exatamente de sua expressão naquele dia. Medo. Sim, medo era a palavra exata para descrevê - la. Tomei o papel de suas mãos, desfazendo o laço e lendo logo em seguida...e quando terminei, minhas pernas foram de encontro ao chão e grossas lágrimas ameaçavam cair de meus olhos.
Naquele maldito papel estava escrito tudo aquilo que eu mais temia. Foi exatamente naquele dia em que recebi a minha carta de execução. Naquele momento eu percebi que havia recebido a minha sentença de morte, sem ao menos ter pedido ou feito algo para tal. Eu havia sido convocado.
Meu nome é Matthew Collins, e esta é a breve, porém não menos bela, história de um prisioneiro.
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