1. Spirit Fanfics >
  2. Histórias do lado obscuro da minha mente >
  3. T1 - EP08 Eu e meu professor - (MAIS 12)

História Histórias do lado obscuro da minha mente - T1 - EP08 Eu e meu professor - (MAIS 12)


Escrita por: Jheff-Senpai

Notas do Autor


SINOPSE:

Jefferson é um garoto com um núcleo de amigos muito seletivo; ao entrar no ensino médio junto com suas duas melhores amigas, Yasmin e Natalie, ele acaba conhecendo Patrick, que é um aluno de outra turma. Ele acaba se apaixonando pelo seu professor de matemática Paulo, um homem super esforçado e gentil, que por conta disso, algo dentro do Jefferson cresceu em relação a ele.

Capítulo 8 - T1 - EP08 Eu e meu professor - (MAIS 12)


Fanfic / Fanfiction Histórias do lado obscuro da minha mente - T1 - EP08 Eu e meu professor - (MAIS 12)

Tudo começou no primeiro ano do ensino médio, eu tinha acabado de completar meus 16 anos; eu sempre fui uma pessoa muito tímida para conhecer pessoas novas, óbvio que eu tinha meu núcleo de amigos, mas tirando eles eu quase nunca me aproximava de alguém.

— Jefferson você não vai vir com a gente?

— Oi?

— Você está no mundo da lua de novo?

— Ele anda muito assim ultimamente...

— Está acontecendo alguma coisa com você?

— Não.

— É que você é sempre tão tagarela, e agora está todo recluso.

— É que eu não estou tão animado hoje.

— Nem hoje nem a semana toda né!?

Essas duas são minhas melhores amigas, Yasmin e Natalie, apenas elas sabem da minha sexualidade, somos amigos desde do fundamental e criamos um vínculo tão forte que tive coragem de assumir para elas primeiro.

— Oi pessoal lindo!

— Oi Patrick.

E esse é o Patrick, ele também é meu amigo, porém se nos conhecemos a pouco tempo então praticamente ainda me sinto inseguro em relação a ele, não que eu não goste dele mas é que ele é o famoso hétero TOP, sim, a gente atura um cara desses, pelo menos ele é engraçado e gentil por incrível que pareça; difícil engolir hétero TOP e gentil na mesma sentença né?

— O que vocês estão fazendo, vendo que vai ser a primeira a perder o BV comigo?

— Ele jura né!

— Estamos convidado o Jeff para ir tomar sorvete depois do colégio?

— Ele anda com essa cara já faz algum tempo, e é sempre nas segundas, terças e quintas...

— Né, justo dos dias que temos aulas de matemática...

— Eca!

— Então você vai ou não?

— Não gente, eu não estou muito afim, e sem contar que tenho que ajudar meu pai com algumas contas da oficina.

— Tá bom então, vamos apenas nós três mesmo!

— Você vem né Patrick?

— Claro!

Já faz quatro meses desde que eu entrei no ensino médio e completei 16 anos, e o que eles disseram de eu ficar avoado nos dias de aula de matemática é verdade, pelo seguinte motivo: eu me apaixonei pelo meu professor de matemática.

— Bom dia gente, como passaram o final de semana?

Esse é o Paulo, professor de matemática e física, ele é o cara mais comum que eu conheço mas por algum motivo ele me chama muito a atenção, o mesmo usa sempre camisa social e colete, calça jeans preta, usa um óculos e deixa sua barda por fazer, é um visual que me excita muito.

— Bom dia Jefferson!

— H-Hã... B-Bom dia...

— Está dormindo ainda?

— D-Desculpa, eu estava apenas distraído.

— Vou começar a aula recolhendo o visto da lição de casa, fizeram né, e não quero ver desculpas porque vocês tiveram o final de semana inteiro.

— Jefferson: Aqui!

— Você eu nem me preocupo. — Ele sorrir para o Jefferson.

Ele fica todo vermelho.

— Jefferson! Psiu!

— Oi? — Diz ele olhando para trás.

— Eu só não fiz a questão 13, me passa aí please!

— Aqui!

— Obrigado!

Logo que começamos a conhecer todos os professores ele já me chamou atenção de cara, ele sempre é muito paciente e carinhoso com todo mundo, no início eu achava que era apenas comigo, coisa de pessoa apaixonada, mas é apenas o seu jeito; confesso que muitas vezes eu fingia não saber questões para que ele viesse até mim e me ajudasse, quando ele vinha por trás e colocava sua cabeça ao lado da minha por cima do meu ombro, meu coração só faltava saltar da minha boca, mas ao mesmo tempo sentia uma grande felicidade, sem contar com o seu cheiro, um perfume amadeirado e fresco fazia com que meus sentidos ficassem atordoados.

— Espero que vocês tenham entendido tá, nos vemos na próxima semana!

— P-Paulo...

— Diga Jefferson!

— Hum...

— Não entendeu algo?

Apesar de sentir tudo isso por ele, eu não tinha coragem de falar algo, na verdade eu nunca tive coragem de puxar nenhum assunto que não fosse sobre a aula; eu realmente queria que a gente tivesse um relacionamento fora do colégio: será que não seria estranho um aluno de 16 anos e um professor de 25.

Era o que eu pensava constantemente quando tentava puxar papo com ele.

— Na verdade não é nada... Eu acabei de lembrar como faz...

— Tá bom então.

— Por que eu não consigo, que droga... — Pensa ele.
 
Após a aula o Jefferson vai para a sua casa.

— Pai!

— Que foi filho?

— O senhor quer ajuda?

— Quero sim!

Ele se aproxima e começa ajudar o seu pai.

— Eu queria conversar algo com o senhor...

—  O que?

— É sobre uma pessoa...

— Pode falar, eu estou ouvindo.

— Tem alguém que está me despertando interesse.

— Então, você tá gostando de alguém?

— Basicamente.

— Você quer conselho?

— Sim, essa é a primeira vez que sinto algo por alguém e meio que estou perdido em como proceder.

— Bem filho, eu não sei se sou a melhor pessoa para te ajudar, até porque sua mãe foi a primeira e única mulher que eu tive relações então não tenho um histórico amplo de namoros, mas posso tentar!

— Eu venho gostando dessa pessoas desde que eu entrei no ensino médio, e tento me aproximar mas não consigo, sempre que tento puxar assunto eu travo!

— Isso é normal, ficamos nervosos em frente de alguém que a gente gosta.

— Essa pessoa também é mais velha.

— Mais velha quanto?

Ficou óbvio naquele momento, que se eu falasse a real idade do Paulo meu pai não aprovaria aquilo, então a única forma foi mentir em relação a ele.

— 18...

— Essa pessoa é do terceiro ano?

— Sim... Não é ruim eu que tenho apenas 16?

— Você deve tomar cuidado, até porque essa pessoa é mais vivida que você mas se ela é uma pessoa de confiança, não vejo problema, eu e a sua mãe quando começamos a namorar, ela era 5 anos mais velha que eu, e na época eu tinha apenas 17!

— Então o senhor começou tarde também...

— Tarde?

— É... Achei que eu que era esquisito por não namorar ninguém com 16 anos...

— Não tem isso de esquisito, se você não se sente confortável você não precisa só porque as pessoas acham de devem.

— Hum...

— Eu conheço essa pessoa?

— Talvez...

— Bom, de qualquer forma faça no seu tempo, não precisa se apressar, se quer se aproximar é só ser você!

— Tá bom, obrigado!

— Por nada...

— Se o senhor não se importa, tenho algumas tarefas para fazer ainda!

— Claro pode ir, já estou quase acabando também!

Dois dias se passam e novamente chega as esperadas aulas de matemática.

— Jefferson!

— Oi?

— Novamente você está avoado, que coisa em!

— Desculpa.

— Migo, o que está acontecendo em?

— Eu vou contar para vocês, mas é para guardar segredo!

— Claro, pode confiar na gente!

— Eu meio que estou apaixonado por alguém...

— Não brinca...

— Por quem amigo, a gente conhece, é nosso amigo, vocês já conversaram antes?

— Se vocês conhecem!

— Quem é, estou curiosa já!

— Pensei que vocês não gostasse de ninguém aqui.

— Dele eu gosto...

— Quem é?

— É o... É-É o professor Paulo...

— Chocada...

— Eu sei que é meio estranho, um garoto de 16 anos se apaixonar por um homem de 25...

— Não é estranho, eu também tenho crush no professor de educação física, acho que todo mundo tem!

— Aquela calça mole dele, da uma marcadas gostosas.

— Né menina, nossa...

— E o que vocês vai fazer Jeff?

— Eu não sei, eu tenho muita vergonha de chegar e dizer: "Oi professor Paulo, eu tenho um crush em você."

— Ele gosta muito de você porque vocês sempre ajuda os outros alunos com matemática, usa isso ao seu favor, matemática é um assunto tão amplo sei que vocês vão ter muito papo para jogar fora.

— Verdade.

— Vou tentar, mas acho que vou travar, quando ele conversa comigo eu fico sem chão...

— Você realmente está falando como alguém apaixonado.

Após acabar as aulas de matemática o Paulo arruma suas coisas; o Jefferson e aproxima.

— Quer ajuda Paulo, para carregar os livros?

— Pode ser.

— Você ainda vai ter aula hoje?

— Apenas no último horário.

— A gente pode conversar?

— Sobre?

— Hum... Eu meio que queria saber como é a faculdade de matemática...

— Então você pensa em seguir na matemática?

— Eu acho que sim.

— Eu guardarei minhas coisas na sala dos professores, aí poderemos ir para a pracinha.

— Está bem...

Após o Paulo deixar suas coisas na sala dos professores, ambos seguem para a pracinha e conversam sobre muitas coisas principalmente sobre matemática.

— Eu nunca tinha parado assim para conversar com você, você já é bem decidido em questão do que vai fazer, é difícil achar pessoas na sua idade que já pensa no futuro.

— É que desde pequeno eu sempre me dei bem com matemática, por isso que eu meio que já sei o que eu quero fazer.

— Isso é bom!

— Aqui no colégio é um pouco difícil para conversar com você, será que a gente poderia conversar mais fora daqui?

— Depende muito do dia, eu sou mais livre no domingo, a gente pode as vezes se encontrar em um algum lugar que você queria.

— Seria muito bom, a gente pode ser encontrar em uma lanchonete que tem no centro.

— Então está combinado.

Jefferson abre aquele sorriso; o intervalo termina e ambos se dirigem para a sala. Várias semana se passam e como combinado o Paulo e o Jefferson começam a se encontrar várias vezes por semana para conversar sobre tudo, e uma relação nova entre eles começam, a amizade, aquela vergonha que o Jefferson tinha sempre que o Paulo se aproximava acaba indo embora.

— Você e o Paulo ficaram bem próximos né, você resolveu conversar com ele?

— Sim, vocês tinham razão, eu só precisava da o primeiro passo.

— E aí, sobre o que vocês conversam tanto agora em?

— Sobre várias coisas, principalmente sobre o que eu vou fazer depois do ensino médio.

— Ah sim.

— E aí pessoas, saudades de mim?

— Não!

— Nossa Yasmin você é sempre tão má!

— Olha o draminha dele.

— Eu estou passando por uma situação difícil, vocês poderiam ter pelo menos um pouco de sensibilidade comigo!

— Você está passando pelo que?

— Eu estou com dificuldade em matemática, e minha mãe tá me ameaçando a tirar minhas coisas se eu não melhorar...

— E porque você não pede ajuda ao Jefferson?

— É verdade, ele é muito bom em matemática né!

— Você ajudaria ele Jefferson?

— Ajudo sim, podemos nos encontrar depois das aulas!

— Pode ser na minha casa, já que meus pais trabalham a tarde ai teremos paz!

— Pode ser!

— Tá, valeu Jeff, você é um cara muito legal!

— Eu sei. —  Ele sorri.

O Patrick sorri de volta.

— Ui, vou para o meu lugar essa professora é o diabo, para ele me mandar para a diretoria só por eu estar em pé é daqui para ali!

Após as aulas o Jefferson arruma algumas coisas em sua mochila e pede o endereço ao Patrick, e segundos depois ele envia.

— Pai.

— Diga filho.

— Eu vou na casa de um amigo tá, vou ajudar ele com matemática.

— Tudo bem, só não volta muito tarde ok, essa cidade tá um perigo.

— Está bem, até depois!

— Até filho.

— Qualquer coisa só me ligar!

— Tá bom!

Jefferson sai e segue em direção a casa do Patrick.

— Eu nunca fui na casa dele... E já somos amigos desde o início do ano...

Após uma caminhada de 30 minutos ele finalmente chega.

— É aqui?

É um condomínio classe média/alta.

— Uau...

Ele manda uma mensagem dizendo que já estava na portaria e em segundos o porteiro o deixa entrar.

— Eu estou completamente perdido aqui, faço a menor ideia de onde eu tenho que ir...

Ele manda outra mensagem e o Patrick desce vindo buscá-lo.

— Patrick: E aí Jeff!

— E aí Patrick, não sabia que você morava aqui...

— É, eu moro.

— Que legal.

— Vamos subir!?

— Vamos!

Os dois entram no elevador e vão até o apartamento dele.

— Fica a vontade tá!

Jefferson olha em volta, é um apartamento extremamente grande e muito bem mobiliado e decorado.

— Nossa, quando as pessoas falavam que morava em apartamento eu imaginava algo pequeno e sem espaço... — Pensa ele.

— Vamos estudar aqui na sala de estar, já preparei até algumas coisas para a gente beliscar enquanto estudamos.

— Posso te fazer uma pergunta?

— Pode sim!

— Seus pais me parecem ter bastante dinheiro né?

— Eles tem o suficiente para nos manter aqui.

— Por que você estuda em uma escola pública?

— Bem, até o 9° ano eu estudava em escola particular e nunca gostei muito, tudo muito regrado e todos lá trabalham sem prazer, apenas por dinheiro... Diferente de escolas públicas, eu vejo que os professores realmente gostam de dar aula e ajudar o alunos, por isso que eu decidi ir para a pública, e essa escola que estamos é muito boa a melhor da região superando até particulares.

— Entendo... Sobre eu te ajudar com a matéria, porquê não contratou um professor particular, seria melhor não?

— Não, eu quis você para me ajudar porque você é meu amigo, até parece que você não queria está aqui...

— Não foi isso que eu quis parecer, eu quero te ajudar sim... Desculpa, eu não sei porque eu faço essa perguntas desconfortáveis, quando eu vejo eu já fiz.

— Não tem problema, porquê não começamos?

— Boa ideia, vamos!

Eles sentam e começam a estudar, algumas horas se passam.

— Então Jefferson...

— Hum?

— Você é gay não é?

Jefferson arregala seus olhos e seu corpo congela.

— O-O-O que?

— Uma dia você e as meninas estavam conversando na sala de vocês e eu acabei escutando a conversa de vocês sobre atores que vocês pegariam e tals...

Jefferson engole seco.

— Humf... Eu sou...

— Ou... Então você é mesmo...

— Sim... Algum problema se eu for?

— Não nenhum, mas porque você não me contou sobre, somos amigos não somos? Ou você pensou que eu fosse homofóbico algo do tipo?

— Não, é que eu não tenho que sair dizendo por aí que sou gay, nenhum hétero precisa ficar dizendo que ele é hétero, entende?

— Sim... Você gosta de mim?

— Que? Do que você está falando?

— Se você gosta de mim ué.

— Eu gosto de você como amigo apenas.

— Ah, eu pensei que você me ajudou por... Esquece...

— Patrick, não é porque um gay gosta de algum cara que a intenção dele é beijar ele, eu sou gay mas não vou sair pegando qualquer homem que aparecer em minha frente.

— Eu sei...

— Por que você está falando todas essas perguntar, você quer me falar alguma coisa?

Patrick engole seco.

— É que eu... gosto de você sem ser como amigo...

Aquilo que sai da boca dele é um choque para o Jefferson.

— Mas eu também gosto de meninas e por isso eu estou muito confuso aí quando soube que você era gay eu precisava conversar com você!

— Então você me chamou aqui para conversar sobre isso?

— Sim...

— Eu acho que você seja bissexual.

— Bissexual?

— É, são pessoas que gostam tanto de homens quanto de mulheres.

— Ah sim.

— Eu sei que você de mim mas eu já tenho alguém que eu gosto...

— Entendo.

— Mas eu achei você de muita coragem de falar isso, não é todo mundo que tem!

— Valeu, mas eu não sei se estou preparado para contar para outras pessoas...

— Você tem que ir no seu tempo!

— Valeu Jefferson, essa pessoas que você gosta deve ser muito sortuda por ter alguém como você gostando dele!

— É... Eu acho...

Após essa revelação do Patrick, os dois acabam de estudar e o Jefferson vai embora; algumas semanas se passam.

— Como está sendo estudar com o Patrick?

— Está legal, ele pega as coisas muito rápido.

— A casa dele é chiquérrima né!

— Sim.

— Eu e a Yasmin fomos lá a algumas semanas atrás.

— Nem me chamaram né, falsas.

— Foi muito encima da hora, foi no dia que vocês saiu cedo porque disse que iria ajudar seu pai, ai eles nos chamou e fomos.

— Entendi.

— Mas de qualquer forma, você viu também!

— Vocês dois só conversaram sobre os deveres ou sobre mais alguma coisa, sabemos que você não vai muito com a cara dele.

— Não é verdade, eu não ia, agora eu estou gostando mais dele.

— Por que isso tão de repente.

— Bem, ele me pediu para guardar segredo, mas vou contar a vocês se vocês manterem em segredo.

— Claro, nossa boca é um túmulo.

— Ele me disse que é Bi.

— Mentira...

— Verdade, ele veio com uns papos tipo: se eu gostava dele, coisas assim.

— O que você respondeu.

— Eu disse que gostava como amigo e que tinha já alguém que eu gostava.

— Hum...

— E ele disse que gostava de mim.

— Gostar como amigo ou gosta do outro jeito?

— Gostar do outro jeito.

— Eu percebia que ele sempre se empolgava mais quando você estava por perto.

— Verdade, ele sempre fica mais animado se você está envolvido.

— Será?

— Sim, ele gosta muito de você, uma vez ele já veio até perguntar porquê vocês não gostava dele.

— Eu não sabia, agora me deu até um peso na consciência...

— Relaxa, ele não é de ficar triste com isso.

Após esses acontecimentos, semanas se passam, apesar do Jefferson ter se aproximado muito do Paulo, ele acabam ficando um pouco distante novamente por conta das provas do semestre.

— O Paulo não está falando muito comigo... —  Pensa ele um pouco triste. —  Será que é por conta das provas?

— O que foi Jeff?

— É só que, com as provas eu e o Paulo não conversamos muito.

— Ah sim, é que ele está muito ocupado ajudando outros alunos com a matéria; como você não precisa muito de ajuda ele meio que está se preocupando mais com os outros.

— Entendo...

Jefferson tem uma ideia.

— Já que ele está dando mais atenção quem está precisando de ajuda, então eu também vou receber atenção...

Ao decorrer da semana, o Paulo tem notado que o Jefferson tem tido um péssimo desempenho com as atividades.

— Ué, esses cálculos tão simples ele errou, será que aconteceu alguma coisa?

Ele continua olhando várias atividades e provas da semana.

— Ele errou muita questão, não faz sentido... 

Paulo decide ligar para o Jefferson.

— Alô?

— Oi Jefferson, é o Paulo.

— Oi Paulo, algo problema?

— Sim, suas últimas atividade e provas...

— O que que tem?

— Seu desempenho baixou muito, eu liguei porquê queria saber se aconteceu, ou está acontecendo algo com você?

— Não, não está...

— Você é um dos meus melhores alunos, e do nada você sua taxa abaixa muito.

— Eu não sabia...

— Amanhã eu quero conversar com você, tá bom?

— Está sim...

— Até amanhã então!

— Até...

Ele desliga.

— Claramente, ele não está sendo sincero...

— Droga, acho que ele descobriu que eu estou fazendo todas as atividades erradas de propósito...

No dia seguinte na aula.

— Vamos Jefferson, eu quero que você resolve esse problema...

— Hum... E-E-Eu não sei...

— Esse é um dos cálculos mais  simples do assunto, eu sei que você sabe.

— É... Eu sei...

— Então porquê você está fazendo tudo errado, isso pode te prejudicar, você é um dos poucos alunos que tem notas perfeitas aqui em matemática.

— É que eu...

— Você?

— Eu não posso falar... Pelo menos não aqui...

— Entendo, o que acha de você ir para a minha casa depois das aulas, aí poderemos conversar e você me conta o que está havendo?!

Jefferson cora.

— Ir para a casa dele... — Pensa ele. — O que eu respondo?

— Se você quiser eu até ligo para o seu pai, falo que você vai almoçar comigo hoje.

— T-T-Tá... Eu v-v-vou sim.

— Que ótimo, mas eu quero que você resolva essas problemas ok!

— Ok...

Após o fim das aulas, o Jefferson liga para o seu pai avisando que vai almoçar com o seu professor; depois dele avisar ao seu pai ambos seguem para a casa do Paulo.

— Fique a vontade, eu vou trocar de roupar rapidinho, tem um banheiro naquela porta ali caso queira usar!

— Está bem...

Paulo vai ao seu quarto.

— Eu estou na casa dele... E se acontecer alguma coisa... Se a gente se beijar... Ou rolar aquilo... Eu não sei se estou preparado... Estou muito nervoso. —  Pensa ele.

— Voltei.

O Paulo aparece com uma camisa e uma bermuda, uma roupa bem despojada muito diferente do que o Jefferson está acostumado a ver ele usar na escola.

— Vou preparar o nosso almoço, aí a gente vai conversando enquanto isso tá bom?

— Uhum...

— Então Jefferson, porquê suas notas começaram a ficar tão ruim, eu sei muito bem que matemática é o seu forte, imagino que você não estava se dedicando muito de propósito.

— Sim... Eu estava fazendo tudo isso de propósito...

— Mas porquê?

— É difícil falar assim do nada...

— Mas viemos para cá justamente para isso.

— É que eu gosto de você!

Ele fala sem pensar.

— Mas eu também gosto de você.

— Mas não gosto de você como aluno e professor, de maneira romântica.

Paulo fica sem reação.

— O-Ou... Então você gosta de mim...

— É...

— Mas isso não explica suas notas baixas.

— Bem, quando a gente começou se aproximar foi muito bom, conversávamos todos os dias, mas você foi meio que se afastando por conta das finais, eu percebi que você ajudava mais aqueles que estavam precisando de ajuda, então se eu piorasse você também viria me ajudar...

— Jefferson, eu nunca me afastaria de você de propósito.

— É que eu me senti excluído, já que eu era o único que não precisava de tanta ajuda...

— Entendo você.

— Você também gosta de mim?

— Claro Jefferson, mas não do jeito que você gosta de mim.

— Hum...

— Você é meu aluno então seria estranho a gente ter alguma coisa, isso poderia causar problema para mim entende?!

— Entendo sim...

— Mas você é um garoto incrível, quem sabe quando você se formar, a gente não sabe para conversar novamente.

— Está bem, mas eu vou cobrar.

— Pode cobrar!

Com isso, os anos se passaram e eu me formei no ensino médio, no ano seguinte eu ingressei em uma faculdade e para a minha surpresa o Paulo dava aula nela, começamos a conversar e eventualmente começamos sair como bons amigos; nós dois seguimos nossas vidas, ele nesse período acabou se casando e eu comecei a namorar, tudo aquilo que senti durante meus 16 anos foi de verdade, mas eu sabia tanto quanto ele que seria muito impossível ir para frente, mas de qualquer forma viramos bons amigo e colegas de trabalho, e até hoje temos contato um com o outro e sempre nos encontramos para matar a saudade e colocar a conversa em dia.

FIM.


Notas Finais


O que acharam dessa história? Deixem um comentário com críticas construtivas ou até sugerindo um tema para eu poder escrever, ficaria bem feliz com a interação de vocês. Ignorem qualquer erro de ortografia :)

RECOMENDAÇÃO DE HISTÓRIAS:

Segredos de um diário: https://www.spiritfanfiction.com/historia/segredos-de-um-diario-14791788


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...