História Histórias Hiccstrid- RTTE - Histórias de bebês

Histórias de bebês.
Se passou mais 3 mêses, o tempo realmente estava passando muito rápido, Stoick ainda estava se recuperando ele ganhou mais três semanas de repouso por ter se forçado a ir ver as netas naquele dia, o corte começou a sangrar sem parar de novo, pelo esforço de pegar as pequenas e ficar sentado na cama, mas ele já estava melhor, apesar de tudo. As duas já estavam mais acostumadas com a mãe e o pai, a cor dos olhos já estava ficando definida, Lynae seria loira e teria os olhos verdes claros,iguais aos do pai, Kristen ruiva com os olhos azuis iguais os da mãe.
— a Lynae dormiu durante o banho de novo! — disse Soluço saindo da casa de banhos com a bebê no colo.
Astrid riu, Lynae era a mais preguiçosa.
— a Kristen não quer soltar meu dedo, ela é bem fortinha! — disse Astrid. A ruiva estava sentada em seu colo com os olhos azuis safiras a encarando e mordendo seu dedo indicador.
Alguém bateu na porta, Astrid fungou irritada, e revirou os olhos, ou as pessoas iam chamar o líder pra ajudar em qualquer coisa ou queriam ver as meninas.
— visitas encerradas por hoje! — sussurrou ela pra Soluço, ela estava sentada em uma cadeira na sala, Soluço sorriu entregou Lynae pra ela, só pra ir atender à porta rapidamente. Kristen começou a tentar puxar a toalha branca que envolvia a irmã.
— oi.. — disse Soluço, parecendo um pouco incomodado, eram os primos de Astrid, Soluço ainda remoía na mente a briga que teve com Leila, um dia depois do nascimento.
— oi! Viemos conhecer nossas priminhas! — disse eles.
Soluço olhou pra Astrid sem saber o que fazer ela balançou a cabeça negativamente. Ela realmente não confiava naquele lado da família. O ruivo bloqueou o caminho.
— desculpa gente, elas estão dormindo! — disse ele.
Em resposta, só pra contrariar Kristen deu um gritinho, ela estava frustada por não conseguir puxar a toalha branca de Lynae. Soluço fez uma careta, enquanto os dois homens entravam na casa.
— olha ela aí, priminha! — exclamou um dos dois.
— como vai? — perguntou a loira dando um sorriso forçado.
— a você sabe.. Saudades da Daniela! — disseram eles.
— sinto muito! — disse ela.
— sabemos! — respondeu o primo mais novo, 19 anos. 
— podemos segura-las? — perguntou o mais velho, 30 anos.
Astrid recuou, apertando as meninas contra si.
— eu preciso levar elas pra cima! — disse Soluço.— tá na hora delas dormirem, ou tomar banho, ou de comer! — ele encarou Astrid sem saber que desculpa dar. — certo,milady? — perguntou ele.
— certo! — disse ela entregando-lhe Lynae, Kristen olhou eles tirarem sua irmã e a toalha que ela queria de perto dela, assim começou a chorar.
— é talvez não seja uma boa ideia, desculpe atrapalhar! — disse o mais velho. — só queríamos trazer uma mensagem da mamãe, ela disse que sente muito pelo dia da morte de Daniela! — continuou ele.
Astrid sorriu enclinando a cabeça, enquanto dava um ursinho de pelúcia para filha, que começou morder o mesmo, ficando quieta.
— nós entendemos! — disse Soluço.
— então ela disse que, se possível até quer manter um relação próxima com as meninas.— continuou o mais novo. — ela se ofereceu pra ser baba!.
— agradeço! — disse Astrid. — mas não precisamos! — é claro que existiam mil e uma pessoas se oferecendo pra cuidar das meninas mas eles estavam se dando bem sozinhos.
Quando os dois se foram, Soluço terminou de secar e trocar Lynae colocando-a no berço em seguida. Depois pegou Kristen pra tomar banho, esta fez mais farra durante o banho e ensopou o pai. 
— deuses! Eu termino com ela! Você precisa de um banho! — disse Astrid pegando a pequena quando ele saiu com ela da casa de banhos.
— pra que banho, a Kristen já me deu banho! Não sou eu que dou banho nela, ela dá em mim! — disse ele, como se tivesse entendido a pequena sorriu dando um gritinho pro pai.
Astrid riu.
— vamos te botar pra dormir! — disse ela pegando a pequena e se virando pro quarto.
Soluço voltou pro banheiro afim de tomar um banho. 
Quando voltou pro seu quarto e de Astrid ela já estava lá, sentada na escrivaninha, olhando os projetos de Soluço pra pequenas, berços, celas, trocadores, etc.
— estou trabalhando neles! A Kristen dormiu rápido hoje.. — murmurou ele.
Eles ouviram um choro do quarto. Astrid sorriu e foi pro quarto ao lado ela voltou em um minuto. 
— foi rápido! — disse Soluço.
— era a Lynae, Kristen pegou a coberta dela enquanto dormia! — disse ela.
Soluço sorriu e pegou ela pela cintura puxando-a rapidamente ele sorriu olhando pra baixo. Ela era  um pouco mais baixa e ele ainda gostava da sensação.
— você ainda tá todo molhado! — murmurou ela, passando os braços em volta do pescoço dele. 
Soluço ignorou o comentário se inclinou e a beijou, colando seus corpos, ela correspondeu. Soluço tirou a blusa dela, Astrid sorriu, enquanto ele descia os beijos pelo pescoço dela e dava leves chupões pelo caminho. Ele a pegou no colo, ela riu, Soluço a deitou na cama e tirou sua leg, deixando-a com as roupas de baixo, ele ainda estava só de toalha, bom não mais a partir do momento que Astrid puxou a mesma, jogando-a em algum canto.
— e se as meninas acordarem? — perguntou ela, Soluço voltou a beijar sua boca.
— elas são bebês,Astrid! — murmurou ele entre o beijo. Ela riu, enquanto ele puxava a última peça de sua roupa.
*
Astrid acordou com um choro, ela olhou pro lado na cama e Soluço não estava lá, logo o choro parou e ela sentiu ele se deitar na cama de novo, ela se aproximou abraçando-o, o ruivo deu um beijo na testa dela.
— eu te amo milady! — sussurrou ele.
— eu te amo,bebê! — sussurrou ela de volta.
Ele começou a passar a mão nas costas nua dela, fazendo movimentos circulares dos ombros até o fim da coluna. Astrid sorriu pelo toque, carinhoso. Ela se inclinou e beijou o pescoço dele.
— quer me induzir a fazer tudo de novo? — perguntou ele, sorrindo.
Astrid riu.
— o que aconteceu com as meninas? — perguntou ela.
— Kristen achou que a mão da Lynae era seu peito! — explicou ele,rindo. 
— então ela tava com fome? — perguntou ela.
— não, a Lynae não achou divertido a ideia e começou a chorar. — explicou ele.
— problemática! — disse Astrid revirando os olhos. Ela sorriu de novo se lembrando o que eles fizeram antes de dormir. — temos que fazer isso mais vezes! — sussurrou ela bem próxima ao ouvido dele.
— é, antes que elas fiquem mais velhas e decidam nos vigiar! — murmurou ele. Astrid riu, se lembrando que fazia isso com seus pais quando tinha uns 7 anos.
Soluço se virou e beijou ela novamente, mais calmo dessa vez.
— por que o tempo tá passando tão rápido?! — perguntou ele.
— deve ser porque não tem nenhum maníaco nos perseguindo!— disse Astrid.
***
Assim o mundo gira e o tempo passa, as meninas já estavam completado 1 ano de idade, e o casal já tinha completado 24 anos cada um.
Eles tinham acabado de terminar de cantar parabéns pra as pequenas no grande salão, estava de noite, e alguns já estavam bêbados, mesmo assim foi inesquecível. 
Heather se aproximou com Perna-de-Peixe, ele segurava o recém-nascido nos braços. Ao olhar pro pequeno, Soluço e Astrid lembraram do dia de seu nascimento.
*
Perna-de-Peixe estava hiper ventilando. Andando de um lado pro outro, Batatão atrás dele, Soluço encarou o amigo. 
— olha pelo lado positivo, você não tá escutando os berros dela, porque o parto está acontecendo na casa da Gothi e não estamos sendo atacados! — disse o ruivo.
— não tá ajudando, Soluço! — murmurou ele.
Alexandra se aproximou do pai preocupada, ela ainda tinha 2 anos e não entendia nada que estava acontecendo.
— a mamãe vai morrer? — perguntou ela.
— não meu amor! Ela está trazendo  o seu irmão ou irmã ao mundo. — disse Perna-de-Peixe.
— e porque você está nervoso? — perguntou Alexandra.
— porque ele sabe que dói pra o bebê sair de dentro da sua mãe! — disse Cabeça-Dura. Melequento jogou um dos brinquedos do filho na cabeça do genro.
Alexandra fez uma careta tentando imaginar.
— mentira do tiu cabeça,filha! Não dói! — disse Perna-de-Peixe.
— então,um dia posso ter um bebê? não dói mesmo! — disse ela sorrindo.
— não! — gritaram todos os homens na sala ao mesmo tempo.
— dói sim, dói muito, você não pode ter um bebê! — disse Melequento.
Soluço bateu na testa com o comentário do primo.
— mamãe tá sofrendo? — perguntou ela, com os olhinhos com lágrimas.
— não, porque nela não dói, em você vai doer! — disse Melequeto, encostando na cadeira como se tivesse resolvido tudo, Torresmo, que já estava com 2 anos dormia no colo dele.
— pelo amor de Thor, por que não mudamos de assunto? — perguntou Soluço massageando as têmporas.
Eles ficaram em silêncio por alguns segundos, todos estavam na casa de Perna-de-Peixe, esperando Cabeça-Quente aparecer falando que a criança nasceu. Soluço encarou as filhas dentro do carrinho, as duas dormindo,isso era quase um milagre depois que elas completaram 6 meses, não paravam quietas. Astrid estava ajudando no parto da amiga também.
— eu não aguento a pressão! — disse Perna-de-Peixe, voltando a sapatear pela casa. 
Soluço pegou Alexandra no colo e começou a brincar de cavalinho, isso a fez esquecer a discussão de segundos atrás.

Astrid estava tendo a mão esmagada, ela entendeu como sua mãe estava se sentindo durante seu parto, Heather gritava e praguejava sem parar, já fazia uma hora que estavam lá.
— calma! Respira! — disse Astrid, isso era mais pra ela do que pra Heather,sua mão estava realmente quase quebrando.
— respira?! Tem uma criança saindo de mim e tá doendo! — gritou Heather.
— você já passou por isso antes, para de reclamar! — disse Cabeça Quente, Heather pegou um travesseiro e jogou na loira.
— pelo menos não são duas! — disse Astrid, ela se virou pra loira a fuzilando com os olhos. Heather estava suada, e a respiração desregulada, ela se virou novamente soltando um grito.
— você está quase lá! — disse a parteira. Heather só apertava mais a mão da amiga.
Astrid não prestou muita atenção no que aconteceu, Heather parecia ter conseguido quebrar um dos dedos dela, elas ouviram um choro, Heather sorriu, Astrid se afastou analisando a mão, estava vermelha e o dedo mindinho estava torto, ela fez uma careta.
— é um menino! — disse a mais nova parteira da ilha,sorrindo. 
Heather sorriu ao pegar o bebê. Astrid sorriu pra amiga. Cabeça Quente foi buscar o pai e Astrid começou a procurar por gelo enquanto a parteira dava banho no bebê.
Perna-de-Peixe entrou no quarto, ele sorriu ao ver o filho, que ainda chorava, mas agora sem nenhum sangue e no colo da mãe. Heather se virou pro marido, sorrindo.
— é um menino! — disse ela, Perna de Peixe sorriu.
— Hey... Papai está aqui! — disse Perna de Peixe, passando a mão no rostinho do bebê, ele começou a se acalmar ao ouvir o pai.
Soluço apareceu ao lado de Astrid com gelo. Ela sorriu e colocou o saquinho no dedo mindinho, provavelmente estava no máximo torcido ou trincado, ela não podia ter conseguido quebrar, podia?!.
— como sabia? — perguntou Astrid,fazendo uma careta de dor.
— eu imaginei! — disse ele, voltando a observar os amigos, com o mais novo membro da família.
Heather se inclinou e beijou o marido, depois voltou pro bebê, que estava agarrado ao dedo do pai.
— quem é esse? — perguntou Alexandra, ao lado da cama, Perna-de-Peixe a pegou no colo.
— é seu irmão filha! — explicou ele.
— e..o que eu faço? — perguntou ela.
Heather sorriu.
— você vai protegê-lo e ele vai te proteger! — explicou a morena. — ele vai crescer com você, e a mamãe e o papai vão amar vocês igualmente! — continuou ela.
Alexandra sorriu gostando da ideia, então passou os bracinhos pelo pescoço do pai e da mãe, eles sorriram, Soluço e Astrid sorriram também até ouvirem um choro vindo da frente da casa, Soluço se lembrou que tinha deixado as gêmeas lá, na varanda de uma casa que ficava em cima de um penhasco, o que poderia acontecer?! Os dois deixaram os amigos e saíram correndo pro lado fora.
*
As meninas sobreviveram até agora, mesmo tendo um pai e uma mãe um pouco doidos. O dedo de Astrid melhorou mas foi preciso colocar uma tala nele por uma semana. 
Voltando ao aniversário, Kristen tinha pegado um pedaço de bolo e estava toda lambuzada, enquanto Lynae encarava a irmã, que estava no colo do pai, Lynae no colo da mãe, quando Kristen levou as mãos cheias de bolo até ela,a loira recuou abraçando Astrid, que sorriu, as duas não paravam de brigar e tinham só 1 ano.
— parabéns meninas! — comemorou Heather chamando atenção delas, as pequenas sorriram pra ela.
— Teté! — exclamou Lynae, foi o jeito mais fácil de dizer o nome da tia que as duas acharam.
Kristen estava achando mais divertido esfregar bolo na armadura do pai.
— filha! Você sabe que isso não sai! — resmungou Soluço.
Banguela riu com se dissesse " estou ensinando ela direitinho!".
— a tia Teté trouxe algo pra vocês! — começou Heather.
— livros! — completou Perna-de-Peixe.— sabemos que só vão gostar disso daqui alguns anos mas... Esses eram edição limitada!.
Lynae pareceu ter gostado mesmo sem entender direito, Kristen franziu a testa pro livro, olhos azuis raivosos como os da mãe.
— eu sei! — disse Heather pra pequena ruiva. — que tal um mine machado? — disse ela entregando um desses pra pequena, ela sorriu pegando o novo brinquedo. Ela se virou pra Perna-de-Peixe mandando um olhar de " eu disse que elas iam gostar mais de uma arma".
— boa Heather, agora elas vão se tornar assassinas como os pais delas! — gritou Cabeça-Quente, Melequento riu.
— hãn.. Sobre isso.. — Soluço olhou pra Astrid e ela acenou pra que ele fizesse. Ele levantou o tom de voz pedindo silêncio no salão. — tenho um pronunciamento!— gritou o jovem fazendo todos o encararam. — não queremos que Kristen ou Lynae descubram que matamos por elas! Todos estão proibidos de contar esse segredo pra elas a partir do momento que começaram a entender disso! — disse Soluço, as pessoas começaram a murmurar pelo salão. — estamos todos entendidos? Isso é um favor que peço a todos! Elas não podem descobrir! — completou o jovem líder antes de se virar pra esposa.
Kristen ainda estava passando bolo pela armadura do pai, toda vez que o encarava achava divertida a cara de bravo dele, Soluço percebeu que seria difícil brigar com ela quando ficasse mais velha.
— fui convincente? — perguntou ele pra Astrid.
— até que sim, apesar de estar hilário com todo esse bolo! — disse Astrid, passando o dedo no queixo dele e lambendo.— Humm morango.— disse ela.
— não querem que descubram?! — disse Cabeça-Dura, com lágrimas exageradas nos olhos. — mas foi tão lindo.
Banguela encarou o humano confuso, "um homem matando outro era lindo?!". O dragão desistiu da conversa dos adultos e começou a lamber Kristen, pegando bolo pra ele, a ruiva achou muito divertido, ela também era mais confiante que Lynae, toda vez que o dragão negro chegava perto da loira ela começava a chorar, mas ao contrário da irmã Kristen amava dragões.
— Cabeça-Dura, por favor! Você sabe que a Astrid e o Soluço querem parecer perfeitos e bonzinhos, gente boazinha não mata! — disse Cabeça-Quente.
— o que é matar? — perguntou Torresmo.
— seu pai te explica! — disse Cabeça-Quente saindo e deixando os dois.
— é.. Que.. Sabe filho.. As pessoas que amamos não podem ficar com a gente pra sempre! — começou Melequento.
— por que? — perguntou o pequeno.
— quer saber isso é conversa pra outra hora, vai brincar com a Alexandra! — disse Melequento, o pequeno saiu correndo atrás da amiguinha.
— Cabeça Quente! Não pode fazer isso comigo, sabe que não quero contar as coisas ruins da vida pra ele! — murmurou Melequento, pra a esposa ao seu lado na mesa.
Ela sorriu e deu um beijo rápido na bochecha dele, ele sorriu de lado esquecendo por quê estava bravo.
— de qualquer maneira, achamos melhor elas não saberem dos maníacos. — disse Astrid.
Depois de explicarem todos entenderam e concordaram em não contar.
Após um tempo Soluço estava encarando as bebês no carrinho, chegou um momento que elas capotaram de sono, Astrid estava com Cabeça-Quente, que bebia e falava sem parar, Heather e Perna de Peixe foram pra casa, assim como Stoick e Valka. Soluço mudou o olhar das filhas pro primo, do nada, ele reparou como Melequento era carinhoso com o filho, Torresmo estava lhe contando algo e ele sorria gentilmente pro mesmo, Soluço percebeu que ele devia estar contando sobre alguma criança que brincava antes, o menino se virou e começou a andar em direção das crianças, Soluço olhou pra onde ele estava indo, a maior e mais velha das crianças, Soluço se lembrou de como a família de seu primo era, nunca fique por baixo, nunca apanham, encaram o inimigo mesmo não tendo chances de vitórias. Soluço olhou de uma criança a outra, isso não iria acabar nada bem. Ele se levantou tentando chegar a cena mais rápido passível, mas Torresmo chegou ao garoto mais rápido, ele cutucou o garoto que se virou o olhando de cima.
— desculpe por querer pegar seu bolo! — disse o pequeno loiro. — foi errado! — completou Torresmo.
Soluço sorriu, isso não era o que ele esperava.
— tudo bem! Quer ser meu amigo? — perguntou o outro. Torresmo fez que sim com a cabeça e saiu atrás do novo amigo, ele já tinha 2 anos de idade e sabia brincar com os outros apesar que Melequento sempre estava por perto.
— por que estava seguindo meu filho? — perguntou Melequento.
— eu pensei que.. Pensei que — Soluço se enrolou.
— pode ficar tranquilo Soluço, se tem algo que não vou ser igual meu pai, eu vou apoiar o Torresmo, vou ensina-lo a respeitar as mulheres, os dragões, ele vai se tornar um bom homem! — disse ele olhando pro filho ao longe.
— estou orgulhoso de você! — disse Soluço colocando uma mão no ombro do primo.
Quando Astrid conseguiu sair da conversa com Cabeça Quente eles foram embora pra casa.
— acho que elas gostaram da festa de um ano! — disse Astrid olhando pra ruiva encapotada no colo dela.
— é, a Lynae desmaiou! — disse Soluço enquanto dava um beijo na testa da mesma e a colocava no berço. As duas já estavam dormindo em berços separados.
Kristen acordou rapidamente mas voltou a dormir,depois de um tempo, enquanto brincava com a trança de Astrid então ela colocou a pequena no berço, ela gostava muito de ser mãe, ela amava aquelas duas mais que tudo.
 No próximo dia, eles decidiram tentar fazer Lynae se acostumar com os dragões. 
— filha, o Banguela não vai te fazer mal! — disse Soluço, ele abriu a boca do dragão e enfiou sua cabeça dentro da mesma.— viu? — disse ele, Lynae berrou de chorar sentada em uma cadeira.
— não filha! Olha a mamãe! — chamou Astrid, ela abraçou Tempestade e sorriu. A bebê continuou chorando.
Kristen encarou a irmã, ela também estava sentada na cadeira, a ruiva desceu com dificuldade e foi até Tempestade abraçando uma das patas dianteiras da dragão, Astrid sorriu.
— viu?! Segue o exemplo da sua irmã! — disse Astrid.
Lynae desceu da cadeira na dúvida, ela ficou um tempo parada, encarando os dois dragões. Ela olhou pra Banguela. Soluço se inclinou e abraçou o amigo, fechando os olhos e acariciando a cabeça dele. Lynae avançou, Banguela abriu os olhos saiu do abraço do amigo e se abaixou na altura da pequena , ela esticou a mãozinha parando na frente do foucinho do dragão, ele fechou os olhos verdes e colocou a cabeça pra frente, encostando na pequena mão. Astrid e Soluço sorriram, como ela podia saber do truque da mão?!. Banguela se afastou e sorriu Tempestade grunhiu, feliz também, Lynae logo se afastou, animada, Kristen deu um gritinho de felicidade, ela ensinou a irmã a confiar em dragões.
— dagões! — disse Kristen animada.
— isso mesmo meu amor! Dagões!
— disse Astrid a pegando no colo.
Soluço abraçou Lynae, animado também, ela venceu seu medo e em grande estilo.
*
Poucos dias depois, aconteceu uma tempestade, uma das piores e onde Soluço e Astrid estavam com as duas bebês? Isso mesmo, explorando. Eles estavam em uma ilha próxima mas pegaram bastante chuva no caminhos de casa. 
— ufa, pensei que a gente ia ter que achar abrigo lá mesmo! — disse Soluço, após fechar a porta atrás de si.
Astrid se virou pra ele o fuzilando com o olhar, Lynae em seu colo chorando, todos os quatro estavam encharcados Kristen ainda estava na cela de Soluço, em sua cadeirinha, ela também estava chorando. Os dois deram banho nelas, e o casal forrou o chão da sala com mantas, Banguela acendeu a lareira. Astrid acabou deitada no colo de Soluço, Lynae deitada no peito dela e Kristen no colo do pai. Ele ficou encarando o fogo, de repente Astrid espirrou ela fungou.
— ficou resfriada? — perguntou Soluço.
— to bem... — murmurou ela, um pouco rouca.
— não, você está resfriada! — disse ele. Ele colocou Kristen no meio de um monte de cobertas e se levantou, a cabeça de Astrid caiu no chão ela não gostou muito.
Ele voltou com uma xícara de chá, pegou Lynae do peito dela e lhe entregou a xícara ela bebeu e sorriu, ela amava quando ele ficava preocupado e cuidava dela. Eles ficaram muito preocupados quando as gêmeas começaram a tossir de noite,Astrid acordou no meio da noite ouvindo espirros vindo de sua colo, Lynae, a loira acordou o marido ao seu lado, Kristen foi a primeira a ficar incomodada de noite e começar a chorar foram momentos agonizantes o resto da semana, elas não melhoravam começaram a vomitar, ficar com febre e choravam sem parar, Astrid também piorou, Soluço resolveu chamar sua mãe pra ajudá-lo a tomar conta das pequenas. A febre estava passando e nenhuma das duas tinha vomitado o dia todo.
— obrigado de novo,mãe! — disse Soluço.
— eu adoro passar tempo com as duas! Estou à disposição sempre! — disse Valka beijando a testa dele e indo embora. Stoick tinha assumido o lugar do filho como líder pela ultima semana.
Ele voltou pro quarto dele e de  Astrid, ela estava deitada de lado, o resfriado piorou pra ela também. Ele se deitou abraçando-a, ela estava quente, quente demais, a loira estava queimando de febre.
— Astrid, você piorou! — murmurou ele.
— não.. — disse ela rouca. — como as meninas estão? — perguntou, se esforçando pra falar.
— estão bem,milady! Elas estão melhores! — disse Soluço, Astrid estremeceu ele apertou os braços em volta dela.
— quer toalhas quentes? Um chá? Ver a Gothi?— ele começou.
— eu quero que fique aqui! — respondeu ela deitando no peito dele. A respiração dela estava desregulada.
Soluço suspirou massageando as costas dela.
— eu me sinto culpado! — murmurou ele. — eu levei vocês três pra aquela ilha idiota no dia da tempestade. 
— está tudo bem! Podia ter acontecido com qualquer um! Todo mundo pega resfriado vez ou outra! — disse Astrid.
— mas quando você pega resfriado eu fico desesperado! Eu me lembro de quando você pegou a praga de Odim! Tenho medo de te perder! — disse Soluço.
— é preciso mais que um resfriado pra me derrubar, obrigada pela preocupação, bebê.— disse Astrid.
Depois de um tempo a respiração dela se tornou mais regulada e ela dormiu, ja o mesmo não podia ser dito de um certo ruivo, ele levantava de 25 em 25 minutos pra verificar as filhas e a esposa. Que depois de mais um dia já estavam prontas pra explorar mais.
*
Os dentinhos das gêmeas começaram a crescer, elas não paravam de chorar, nem por um segundo, Astrid e Soluço tentaram de tudo, Tempestade saiu da casa e Banguela fazia o que podia pra não ouvir o choro.
— por favor,Kristen! — murmurou Astrid, ela estava tentando coçar a gengiva da menina com os dedos, mas não estava adiantando.
Soluço estava tentando passar gelo nas gengivas de Lynae, também não estava adiantando. 
Eles decidiram dar uma volta com as pequenas na ilha, isso acalmou elas. Encontraram com o resto da gangue no grande salão.
— olha só! O que trás vocês aqui? — perguntou Heather.
— dentinhos crescendo! — disse Astrid, se sentando ao lado da amiga.
Todos na mesa gemeram.
— Torresmo me deixou surda! — murmurou Cabeça Quente.
— a Alexandra começou a morder tudo que achava na frente, o problema era quando ela achava a Tesoura de vento! E queria morder os espinhos dela! — disse Heather.
— quando eu olhei a boca dela estava toda cortada! — disse Perna-de-Peixe, fazendo uma cara triste, Heather colocou sua mão por cima da dele e sorriu. 
— ela ainda está viva! Você é um bom pai! — disse Heather quase em um sussurro.
— lembra que o Torresmo acabou lambendo o gel do Dente de Anzol? Depois ele ficou com dor de barriga por um mês! — disse Melequento.
A cada comentário mais Soluço e Astrid ficavam com medo.
— de qualquer maneira! Vocês conseguem! — disse Cabeça Quente. — nós conseguimos.
— ok, vamos combinar em não deixar elas morderem os dragões.— disse Soluço, Astrid concordou com a cabeça.
Quando voltaram pra casa se concentraram em Lynae que berrava de chorar, tentaram dar um banho nela, quando terminaram e ela ficou mais boazinha foram dar um sopa pra pequena.
— cadê a Kristen? — perguntou Soluço, enquanto colocava uma colherada de sopa na boca da loira que estava no colo da mãe, ela gostava que toda atenção estivesse nela.
— você não colocou ela no berço? — perguntou Astrid.
— não! Você tirou ela do carrinho? — perguntou Soluço.
Os olhos de Astrid se arregalaram, não, ela não tinha tirado, e Kristen sabia descer do berço. Nesse extrato momento ela podia estar dentro da boca de Banguela, brincando com os dentes retrateis. Os dois se levantaram num pulo e desceram as escadas. Kristen tinha colocado uma das orelhas do dragão na boca, pareceu gostar e os dentes pararam de coçar, Banguela não parecia incomodado. Eles sorriram, talvez confiar as meninas aos seus dragões não fosse tão ruim como os outros disseram.
*
Eles acabaram se acostumando em ser pais, queriam proteger as pequenas de tudo, prepara-las pra tudo, às vezes eles davam certos foras(como deixá-las em um carrinho no topo de um penhasco) mas no fundo eram ótimos, as pequenas amavam eles, elas gargalhavam quando os dois faziam graça e os colocavam pra cima se qualquer um voltasse estressado do trabalho, elas adoravam brincar com os dragões, que viraram uma paixão para as duas. Kristen desenvolveu uma vontade maior de imitar os movimentos da mãe na academia, ela observava a loira treinar com machado e achava incrível, já Lynae gostava mais de observar o pai estudando e fazendo projetos, todas as noites ela pedia um história pra dormir. Com o tempo cada uma começou a desenvolver sua própria identidade. Passaram a fazer tudo sem presa, eles ainda tinham tempo pra aproveitar suas gêmeas, elas tinham só um ano.