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História Hogwarts lendo Percy Jackson - Uma luta contra meu parente imbecil


Escrita por: nieceofthegods

Notas do Autor


EU CONSEGUI, TÔ MUITO FELIZ, EU TERMINEI A TEMPO, EU GANHEI DA PREGUIÇA.
Eu tava assistindo Operação big Hero semana passada e eu percebi que a Gogo e o Hiro parecem com a Thalia e o Nico, galera olha a semelhança.
E eu descobri que a disney fez a serie de big hero, eu viciei, é muito boa.

Capítulo 28 - Uma luta contra meu parente imbecil


Fanfic / Fanfiction Hogwarts lendo Percy Jackson - Uma luta contra meu parente imbecil

Leo entrou sorrateiramente no salão e logo se aproximou de Piper.

— Onde você estava? — A garota perguntou.

Leo fingiu irrelevância ao responder.

— Só me limpando da bagunça dos quatro.

Piper avaliou Leo por mais alguns segundos antes de se virar para os quatro bagunceiros. O que ela não sabia é que Leo também estava envolvido nessa, a guerra de comida foi só uma entrada para a verdadeira pegadinha.

Os quatro saíram do salão e foram se trocar.

— Acho melhor continuarmos. — Sugeriu Afrodite pegando o livro.

Todos se acomodaram rapidamente em seus lugares.

VINTE – A luta contra o meu parente imbecil.

— Põem imbecil nisso. — Falou Clarisse.

— Ele é seu pai.— lembrou Daphne.

— Por isso eu tenho tanta certeza.

 Um barco da Guarda Costeira nos recolheu, mas eles estavam ocupados demais para ficar conosco por muito tempo, ou para querer saber por que três crianças com roupas casuais foram parar no meio da baía. Havia um desastre para cuidar. Seus rádios estavam entupidos de chamados de emergência. Eles nos largaram no píer Santa Monica com toalhas em volta dos ombros e garrafas d'água que diziam EU SOU UM GUARDA-COSTEIRO MIRIM!

— Lindos.— Elogia Thalia.

 e saíram às pressas para salvar mais gente. Nossas roupas estavam encharcadas, inclusive as minhas. Quando o barco da Guarda Costeira apareceu, eu implorei baixinho que eles não me tirassem da água e me achassem perfeitamente seco, o que teria feito algumas sobrancelhas se erguerem.

— Se você não quer sair da água, está tudo bem garoto. — Disse Luna fazendo um joinha.

— Esse lado seu eu não conhecia.— Ri Rolf. 

 Então desejei ficar encharcado. Sem dúvida, minha mágica à prova d'água me abandonara. Eu também estava descalço, porque entregara meus sapatos a Grover. Era melhor a Guarda Costeira se perguntar por que um de nós estava descalço do que se perguntar por que um de nós tinha cascos.

— No desespero de não me afogar, eu esqueceria desse detalhe. — disse Vitória.

 Depois de chegar a terra firme, saímos cambaleando pela praia vendo a cidade queimar contra um lindo pôr-do-sol. Era como se tivesse acabado de retornar do mundo dos mortos

— Não foi isso que vocês acabaram de fazer? — Perguntou Matheus confuso. 

 — o que era verdade. Minha mochila estava pesada, com o raio-mestre de Zeus. Meu coração estava ainda mais pesado por ter visto minha mãe.

- Eu não acredito - disse Annabeth. - A gente passou por tudo aquilo e…

— Foi um truque. — Disse Astória.

— Digno de Athena.— Concorda Avalon.

- Foi um truque - disse eu. - Uma estratégia digna de Atena. 

- Ei - avisou. 

- Você entendeu, não é? Ela baixou os olhos, a raiva murchou. 

- Sim. Entendi. 

— Foi muito bem pensado e planejado. — comentou Apollo— Não foi difícil perceber que não era um plano de ares.

— Ainda bem que não puxamos dele o quesito inteligência — Falou Clarisse.

Os semideuses e deuses riram, Afrodite nem tentou defender Ares.

- Bem, eu não entendi! - reclamou Grover. - Será que alguém poderia…

— Grover sou eu no rolê — Disse Miyuki.

 - Percy... - disse Annabeth. - Eu sinto muito pela sua mãe. Sinto tanto…

— Ainda bem que eu to bem — exclamou Sally, depois fez cara de confusa— Isso fez sentido?

Os alunos concordaram com a cabeça.

 Fiz que não estava ouvindo. Se eu falasse sobre a minha mãe, ia começar a chorar como uma criancinha.

— Completamente normal após um abalo tão forte — Yasmin comentou.

 - A profecia estava certa - disse eu. - " Você deve ir para o oeste, e enfrentar o deus que se tornou desleal". Mas não era Hades. Hades não queria guerra entre os Três Grandes. Algum outro executou o roubo. Alguém roubou o raio-mestre de Zeus, e o elmo de Hades, e tramou contra mim porque sou filho de Poseidon. Poseidon será culpado por ambos os lados. Ao pôr-do-sol de hoje, haverá uma guerra tríplice. E eu a terei causado.

— E eu achei que minha vida era difícil — resmunga Ellen.

 Grover sacudiu a cabeça, desconcertado. 

- Mas quem seria tão fingido? Quem iria querer uma guerra tão ruim?

— Eu era muito inocente nessa época.

 Parei bruscamente, olhando para a praia. 

- Puxa, deixem-me pensar. Ali estava ele, aguardando por nós, em seu casaco preto de couro, e óculos escuros, um bastão de beisebol de alumínio ao ombro. A motocicleta roncava ao seu lado, o farol deixando a areia vermelha.

— Por que a maioria dos motoqueiros são tão idiotas? — pergunta Grover.

 - Ei, garoto - disse Ares, parecendo genuinamente contente em me ver. - Você devia estar morto.

— Você devia aprender a ficar de bico fechado, mas como vemos, nossos desejos não se realizam. — falou Thalia cruzando os braços.

 - Você me enganou - disse eu. - Você roubou o elmo e o raio-mestre. 

Ares arreganhou um sorriso.

— Deve ser assustador. — disse Angel.

— É.— responde Clarisse.  

 - Bem, mas eu não os roubei pessoalmente. Deuses tirando símbolos de poder uns dos outros, nã-nã-nã, isso é inaceitável. Mas você não é o único herói do mundo que pode dar recados.

 - Quem você usou? Clarisse?

— Como é que é? - fala a citada. 

 Ela estava lá no solstício de inverno. A ideia pareceu diverti-lo.

— Calo que parece — Reyna se irrita — ele é o maxismo em pessoa.

 - Não importa. A questão, garoto, é que você está impedindo o esforço de guerra.

— Ares tem razão — A voz de Crystal pinga sarcasmo — não se pode deter uma guerra totalmente sem noção, criada por algum motivo estupido, provavelmente para os deuses se matarem entre si, assim outro idiota qualquer pode assumir o trono.

Os alunos riram. 

 Entenda, você precisa morrer no Mundo Inferior. Então o Velho Alga do Mar vai ficar furioso com Hades por matá-lo. O Hálito de Cadáver ficará com o raio-mestre de Zeus, e assim Zeus ficará furioso com ele. E Hades ainda está procurando por isto... 

— Mate antes que se reproduza demais — disse Andressa.

Ele tirou do bolso um capuz de esqui - do tipo que os ladrões de banco usam - e o colocou no meio do guidão da sua moto. Imediatamente, o capuz se transformou em um elaborado capacete de guerra em bronze. 

— O elmo das trevas. — disseram alguns alunos.

- O elmo das trevas - arfou Grover. 

- Exatamente - disse Ares. - Mas onde é mesmo que eu estava? Ah, sim, Hades ficará furioso com ambos, Zeus e Poseidon, porque ele não sabe quem pegou isto. Logo logo teremos uma bela pancadariazinha tríplice em andamento.

— Mãe, o mundo acabou do nada. — Leo disse.

- Mas eles são a sua família! - protestou Annabeth. Ares encolheu os ombros. 

- O melhor tipo de guerra. Sempre a mais sangrenta. Nada como ficar olhando seus parentes lutarem, eu sempre digo.

— Ele tem razão. — diz Hermione — Olha só o Harry e Voldemort.

— Não somos da mesma família. — resmunga Harry.

— Tecnicamente sim, já que todas as famílias de puro sangue estão ligadas entre si. — responde Gina.  

 - Você me deu a mochila em Denver - disse eu. - O raio-mestre estava lá o tempo todo. 

- Sim e não - disse Ares. - Provavelmente é complicado demais para o seu pequeno cérebro mortal acompanhar, mas a mochila é a bainha do raio-mestre, apenas um pouco adaptada. O raio está conectado a ela, tipo aquela sua espada, garoto. Ela sempre volta para o seu bolso, certo? 

Não estava bem certo de como Ares sabia disso,

— Ele é o deus da guerra, — Clarisse revira os olhos e apoia um dos cotovelos na mesa — tem que saber sobre armas.

 mas acho que um deus da guerra precisa tratar de conhecer tudo sobre armas. 

- De qualquer modo - continuou Ares - eu modifiquei a mágica um pouquinho, para que o raio só retornasse à bainha depois de você chegar ao Mundo Inferior. Chegou perto de Hades... Bingo! Você recebeu um e-mail. Se você morresse no caminho, não haveria perda. Eu ainda teria a arma. 

- Mas por que você simplesmente não ficou com o raio para você? - disse eu. - Por que mandá-lo para Hades?

— Ele tá sendo controlado. — Avalon ri ao falar — Quem diria.  

 O queixo de Ares crispou-se. Por um momento, foi quase como se ele estivesse ouvindo uma outra voz, bem no fundo da cabeça. 

- Por que eu não... sim... com esse tipo de poder de fogo... Ele manteve o transe por um segundo... dois segundos... Troquei olhares nervosos com Annabeth. A cara de Ares clareou. 

- Porque eu não queria ter problemas. Melhor você ser pego em flagrante, segurando a coisa. 

- Você está mentindo - disse eu. - Mandar o raio para o Mundo Inferior não foi ideia sua, foi?

— O cérebro dele é pequeno demais pra pensar num plano assim. — Apollo não estava ligando para as consequências de suas palavras.

Poseidon riu um pouco.

 - É claro que foi! - Fumaça escapou por baixo dos seus óculos escuros, como se eles estivessem a ponto de pegar fogo. 

- Você não ordenou o roubo - adivinhei. - Alguém mais enviou um herói para roubar os dois itens. Então, quando Zeus mandou você caçá-lo, você pegou o ladrão. Mas você não o entregou a Zeus. Alguma coisa o convenceu a deixá-lo ir. Você guardou os itens até que outro herói pudesse vir e completar a entrega. Aquela coisa no abismo está dando ordens a você.

— Pego no flagra. — disse Travis se sentando ao lado de Katie.

— Que banho rápido foi esse? — pergunta a garota.

— Os chuveiros são mágicos. — ele disse como se isso respondesse tudo.   

 - Eu sou o deus da guerra! Não aceito ordens de ninguém! Eu não tenho sonhos!

— Se entregou — falou Camila.

— Pego na mentira cara, que feio. — repreende Savitor na brincadeira. 

 Eu hesitei. 

- Quem foi que disse alguma coisa sobre sonhos? Ares pareceu agitado, mas tentou encobrir isso com um sorriso forçado. 

- Vamos voltar ao problema em pauta, garoto. Você está vivo. Eu não posso deixar que leve aquele raio para o Olimpo. Pode ser que consiga convencer aqueles idiotas cabeças-duras a ouvi-lo. Portanto preciso matá-lo. Não é nada pessoal.

— Agora é bem pessoal. — Frank diz.

 Ele estalou os dedos. A areia explodiu aos seus pés e surgiu um javali feroz investindo, ainda maior e mais feio que aquele cuja cabeça estava pendurada acima da porta do chalé 7 do Acampamento Meio-Sangue. A besta escavou a areia, olhando furiosamente para mim com olhos pequenos e brilhantes enquanto abaixava os presas afiadas como navalhas e aguardava a ordem para matar.

— Posso ter um desses de estimação? — perguntou um garotinho da gryffindor ao irmão.

— De jeito nenhum — o irmão disse — mamãe nós mataria. 

 Eu entrei na arrebentação. 

- Enfrente-me você mesmo, Ares. Ele riu, mas ouvi um pouco de tensão na sua risada... um certo constrangimento. 

- Você só tem um talento, garoto, que é fugir. Você fugiu da Quimera. Você fugiu do Mundo Inferior. Não tem coragem para me enfrentar. 

— ELE TEM DOZE ANOS!!! — grita Minerva, depois que percebeu que se exaltou a professora se sentou no seu lugar, mas era possível notar a vermelhidão em suas bochechas.

- Com medo? 

- Só nos seus sonhos de adolescente. - Mas seus óculos escuros estavam começando a derreter com o calor dos olhos. - Nada de envolvimento direto. Sinto muito, garoto. Você não está no meu nível.

— Claro que não — falou Sally — está muito acima.

 Annabeth disse: 

- Percy, corra! O javali gigante atacou. Mas eu já estava cansado de correr de monstros. Ou de Hades, ou de Ares, ou de qualquer um.

— Fudeu. — disseram todos os semideuses.

Quando o javali investiu contra mim, eu destampei minha caneta e dei um passo para o lado. Contracorrente apareceu nas minhas mãos. Dei um golpe para cima. A presa direita decepada do javali caiu aos meus pés, enquanto o animal desorientado investia contra o mar. Eu gritei: 

- Onda! Imediatamente uma onda surgiu do nada e engolfou o javali, enrolando-se nele como um cobertor. A besta guinchou uma vez, aterrorizada. E então se foi, engolida pelo mar.

— Senhoras e senhores é isso que acontece quando Percy Jackson fica irritado.— diz Piper.

 Voltei-me novamente para Ares. 

- Você vai lutar comigo agora? - perguntei. - Ou vai se esconder de novo atrás de um porquinho de estimação?

— Ele não vai recusar, — afirma Reyna — seria motivo o suficiente para chamá-lo de covarde. 

 A cara de Ares estava roxa de raiva. 

- Tome cuidado, garoto. Eu poderia transformá-lo em... 

- Uma barata - disse eu. - Ou uma lombriga. Sim, eu tenho certeza. Isso o salvaria de ter o seu divino couro chicoteado, não é mesmo?

— Que garoto debochado — disse Astória rindo.

 Chamas dançaram por cima dos seus óculos. 

- Ah, você realmente está pedindo para ser esmagado até virar uma poça de gordura. - Se eu perder, me transforme no que quiser. Fique com o raio. Se eu vencer, o elmo e o raio são meus, e você tem de ir embora.

 Ares me olhou com uma expressão de escárnio. Ele brandiu o bastão de beisebol que trazia ao ombro. 

- Como gostaria de ser esmagado: modo clássico ou moderno?

— Em qual deles você perde? — perguntou Leo.

— Isso eu não sei responder, mas numa competição de ego ele com certeza ganharia. — afirma Thalia.

 Eu lhe mostrei a minha espada. 

- Legal, menino morto - disse ele. - Modo clássico então. - O bastão de beisebol transformou-se em uma enorme espada de duas mãos. A guarda era uma grande caveira de prata com um rubi na boca. 

— Exagerado? — perguntou Nico — Claro que não.

- Percy - disse Annabeth. - Não faça isso. Ele é um deus. 

— Um deus muito idiota, mas mesmo assim, um deus. — concorda Frank. 

- Ele é um covarde - disse eu para ela. Ela engoliu em seco. 

- Use isto pelo menos. Para dar sorte. Ela tirou o seu colar, com cinco anos de contas do acampamento e o anel do pai dela e colocou em volta do meu pescoço.

— Gina? você tá chorando? — perguntou Mione sorrindo.

— Sim, eu nunca vou ter um relacionamento desse.

Ela só não sabia a verdade.

— Eles são muito fofos juntos — exclama Luna — tirando a parte em que estão brigando.

 - Reconciliação - disse ela. - Atena e Poseidon juntos. Meu rosto ficou um pouco quente, mas consegui sorrir. 

- Obrigado.

- E pegue isto - disse Grover. Ele me entregou uma lata achatada que parecia estar no seu bolso há mil quilômetros. - Os sátiros lhe dão respaldo. 

— Você também é um amigo muito bom Grover — disse um garoto da slytherin.

- Grover... eu não sei o que dizer. Ele me deu uma palmadinha no ombro. Enfiei a lata no meu bolso de trás. 

- Vocês já se despediram? - Ares veio em minha direção, o comprido casaco de couro preto se arrastando atrás dele, a espada faiscando como fogo ao nascer do sol. - Eu venho lutando há uma eternidade, garoto. Minha força é ilimitada e eu não posso morrer. O que você tem?

— Um ego menor — Harry supôs.

 Um ego menor, pensei, mas não disse nada. Mantive os pés na arrebentação, recuando na água até os tornozelos. Pensei no que Annabeth havia dito no restaurante de Denver, tanto tempo atrás: Ares tem força. É tudo o que ele tem.

— E uma libidu estremamente forte — Apollo acrescenta e quase é morto pelo olhar de todas as adultas do salão.

 Mesmo a força às vezes tem de se curvar à sabedoria. Ele desceu a espada, tentando rachar ao meio a minha cabeça, mas eu não estava lá. Meu corpo pensava por mim. A água pareceu me empurrar para o ar e eu me lancei para cima dele, golpeando para o lado com a espada ao descer.

 Matheus se lembrava de algo que tinha acontecido no clube de duelos, assim como Percy, o corpo dele pensou sozinho naquele dia.

 Mas Ares foi igualmente rápido. Torceu o corpo e o golpe que deveria tê-lo pego diretamente na espinha foi desviado para fora pela guarda da sua espada. Ele sorriu. 

- Nada mau, nada mau. Ele atacou de novo e fui forçado a pular para a terra seca. Tentei sair de lado, para voltar à água, mas Ares parecia saber o que eu queria. Ele foi mais habilidoso, me pressionando tanto que tive de me concentrar totalmente em não ser cortado em pedaços. Continuei recuando para longe da arrebentação. Não conseguia achar nenhuma abertura para atacar. O alcance da espada dele era bem maior que o de Anaklusmos. Chegue perto, Luke me dissera uma vez, em nossa aula de esgrima. Quando a sua lâmina é a mais curta, chegue perto.

— Ele tentou te matar? tentou, mas as aulas foram úteis. — Hazel sussurrou para Frank.

 Avancei com uma estocada, mas Ares estava esperando por isso. Ele arrancou a espada das minhas mãos e me chutou no peito. Eu saí voando — cinco, talvez dez metros.Teria quebrado as costas se não tivesse desabado sobre a areia fofa de uma duna. 

- Percy! - gritou Annabeth. - Polícia!

— Maldita lei de Murphy — gritaram os alunos brasileiros. 

 Estava vendo tudo dobrado. Parecia que o meu peito tinha sido atingido por um aríete, mas consegui me pôr em pé. Eu não podia desviar os olhos de Ares por medo de que ele me cortasse ao meio,

— Do jeito que ele é eu não duvido nada — resmunga Afrodite. 

— Se minha mãe tá dizendo é porque tá certo.

Poseidon e Apollo gargalharam com a confirmação.

mas com o canto do olho vi as luzes vermelhas piscando na avenida beira-mar. Portas de carros batiam. 

- Ali, guarda! - gritou alguém. - Está vendo? 

Uma voz brusca de policial: - Parece aquele garoto da tevê... que diabo... 

- Aquele cara está armado - disse outro policial. - Peça reforços. Rolei para o lado e a lâmina de Ares cortou a areia. Corri para a minha espada, peguei-a e desferi um golpe contra o rosto de Ares, apenas para ver a minha lâmina desviada de novo. Ares parecia saber exatamente o que eu ia fazer um momento antes. Recuei para a arrebentação, forçando-o a me seguir.

Todos ficaram calados prestando atenção em cada palavra que Afrodite lia e tentando imaginar a cena. 

 - Admita, garoto - disse Ares. - Você está perdido. Estou só brincando com você.

Meus sentidos estavam fazendo hora extra. Agora eu entendia o que Annabeth dissera sobre como o transtorno do déficit de atenção pode manter você vivo na batalha. Eu estava totalmente desperto, notando cada pequeno detalhe. Eu podia ver onde Ares estava se retesando. Podia dizer de que lado ia atacar. Ao mesmo tempo, tinha consciência de Annabeth e Grover, dez metros à minha esquerda. Vi uma segunda viatura parando, a sirene uivando. Espectadores, pessoas que perambulavam pelas ruas por causa do terremoto, começavam a se juntar. No meio da multidão, pensei ver alguns andando com aquele estranho passo de trote de sátiros disfarçados. Havia também vultos rebrilhantes de espíritos, como se os mortos tivessem se erguido do Hades para assistir à batalha. Ouvi o bater de asas coriáceas circulando em algum lugar acima. Mais sirenes. Avancei mais para dentro da água, mas Ares foi rápido. A ponta da sua espada rasgou a manga da minha roupa e roçou o meu antebraço.

 Os alunos sussurravam entre si, os adultos estavam nervosos, e alguns alunos se sentiam incomodados.

 A voz de um policial no megafone disse: - Larguem as espingardas! Coloquem na areia. Agora! Espingardas?

— Névoa — responderam os que já tinham entendido.

 Olhei para a arma de Ares, e ela parecia estar tremeluzindo; às vezes parecia uma espingarda, às vezes uma espada de duas mãos. Eu não sabia o que os seres humanos estavam vendo nas minhas mãos, mas tinha certeza de que não os faria gostar de mim. Ares virou-se para olhar ferozmente para os nossos espectadores, o que me deu um momento para respirar. Havia cinco viaturas de polícia agora, e uma fileira de policiais abaixados atrás delas, com pistolas apontadas para nós. 

- Este é um assunto particular! - berrou Ares. - Vão embora! Ele fez um movimento circular com a mão, e uma parede de chamas vermelhas passou através das viaturas. 

— Ele não fez isso — Afrodite disse com raiva.

Pelo visto alguém iria ficar sem a Dite por um tempo.

Os policiais mal tiveram tempo de mergulhar para se proteger antes de os carros explodirem. A multidão se dispersou aos gritos. Ares soltou uma gargalhada retumbante. 

- Agora, heroizinho. Vamos acrescentar você ao churrasco.

— Quem vai virar churrasco vai ser você, espero só eu chegar no olimpo — Afrodite falou ao livro.

 Ele golpeou. Eu desviei da lâmina. Cheguei perto o bastante para atacar, tentei enganá-lo com uma ginga, mas o meu golpe foi rechaçado. As ondas agora estavam me atingindo nas costas. Ares estava mergulhado até as coxas, avançando atrás de mim. Senti o ritmo do mar, as ondas ficando maiores enquanto a maré avançava, e de repente tive uma idéia. Ondas pequenas, pensei. E a água atrás de mim pareceu recuar. Eu estava segurando a maré com a força da minha vontade, mas a tensão se acumulava, como gás carbônico atrás de uma rolha. Ares avançou, sorrindo confiante.

— Eu não poria a mão no fogo se fosse você — comenta Ianka. 

 Eu abaixei a minha lâmina, como se estivesse exausto demais para prosseguir. Aguarde, eu disse para o mar. A pressão agora estava quase me levantando acima dos pés. Ares ergueu a espada. Eu liberei a maré e pulei, subindo como um rojão em uma onda, passando diretamente por cima de Ares. Uma parede de dois metros de água o atingiu em cheio no rosto, e ele ficou praguejando e cuspindo com a boca cheia de algas. Caí em pé atrás dele, espirrando água, e simulei um ataque em direção à cabeça dele, como já havia feito. Ele se virou a tempo de erguer a espada, mas dessa vez estava desorientado e não previu o truque. Mudei de direção, investi para o lado e mandei Contracorrente diretamente para baixo na água, enfiando a ponta no calcanhar do deus.

Todos comemoraram, gritaram, riram, entre outras coisas.

 O rugido que se seguiu fez o terremoto de Hades parecer um evento menor. O próprio mar explodiu para longe de Ares, deixando um círculo de areia molhada com quinze metros de diâmetro. Icor, o sangue dourado dos deuses, jorrou de um talho profundo na bota do deus. A expressão no seu rosto ia além do ódio.

— É isso que dá botar os bois antes do carro — avisa Yasmin.

Os alunos olharam estranho para a garota, não tinham reconhecido a fala dela, mas a garota ignorou a dúvida de todos.

 Era dor, choque, incredulidade total por ter sido ferido. Ele veio mancando na minha direção, resmungando antigas pragas gregas. Alguma coisa o deteve. Era como se uma nuvem tivesse encoberto o sol, mas pior. A luz foi sumindo. Sons e cores se extinguiram. Uma presença fria e pesada passou sobre a praia, retardando o tempo, diminuindo a temperatura até o congelamento, e fazendo-me sentir que a vida não valia a pena, que lutar era inútil.

— Cronos não quer que você morra — Avalon sussurrou para si, mas Luna escutou e concordou com a garota.

— Ele pode ser útil no futuro, assim como Harry foi para Voldemort.

 As trevas se dissiparam. Ares parecia aturdido. As viaturas da polícia ardiam atrás de nós. A multidão de espectadores fugira. Annabeth e Grover estavam plantados na praia, em choque, observando a água se derramar de volta em torno dos pés de Ares, e o seu luminescente icor dourado se diluindo na maré. Ares abaixou a espada. 

- Você fez um inimigo, filhote de deus

— O que é UM, quando tem vários — exclama Jason.

 - disseme ele. - Você selou o seu destino. A cada vez que erguer a sua lâmina em batalha, a cada vez que você esperar sucesso, sentirá a minha maldição. Cuidado, Perseu Jackson. Cuidado.

— Que filho da puta, ele amaldiçoou meu filho — Poseidon ficou com raiva e o lago negro começou a ficar agitado — É hoje que eu mato um dos meus sobrinhos.

 Seu corpo começou a brilhar. 

- Percy! - gritou Annabeth. - Não olhe! 

Virei-me enquanto o deus Ares revelava sua verdadeira forma imortal. De algum modo eu sabia que, se olhasse, iria me desintegrar em cinzas.

— Ou precisar de óculos — falou Leo.

 A luz se extinguiu. Olhei para trás. Ares se fora. A maré recuou para revelar o elmo de bronze das trevas de Hades. Eu o recolhi e fui andando na direção dos meus amigos. Mas, antes de chegar lá, ouvi o bater de asas de couro. Três vovós de aparência maligna com chapéus de renda e chicotes flamejantes desceram do céu e pousaram diante de mim.

— Um minuto de paz, é tudo que eu peço — implora Daniela.

 A Fúria do meio, a que tinha sido a sra. Dodds, deu um passo à frente. Seus caninos estavam expostos, mas pela primeira vez não tinha um aspecto ameaçador. Parecia mais desapontada, como se tivesse planejado me comer na ceia, mas percebera que eu podia lhe dar indigestão. 

- Nós vimos tudo - sibilou ela. - Então... realmente não foi você? Joguei o capacete para ela, e ela o agarrou, surpresa. 

- Devolva isto ao Senhor Hades - disse eu. - Conte-lhe a verdade. Diga-lhe para cancelar a guerra. Ela hesitou, depois passou uma língua bifurcada pelos lábios coriáceos verdes. 

- Viva bem, Percy Jackson. Torne-se um verdadeiro herói. Porque, se você não o fizer, se algum dia cair nas minhas garras de novo... Ela cacarejou, saboreando a idéia.

— Não se preocupe, isso não vai acontecer — Grover comemora.

 Então ela e as irmãs levantaram vôo em suas asas de morcego, pairaram no céu cheio de fumaça e desapareceram. Juntei-me a Grover e Annabeth, que olhavam para mim assombrados.

- Percy... - disse Grover. - Aquilo foi tão incrivelmente... 

- Aterrorizante - disse Annabeth. 

- Legal! - corrigiu Grover.

— Existem dois tipos de pessoas — diz Leo.

 Eu não me sentia aterrorizado. Certamente não me sentia legal. Estava cansado, doído e sem nenhuma energia. 

- Vocês sentiram aquele... o que era aquilo? - perguntei. Os dois assentiram, constrangidos. 

- Devem ser as Fúrias lá no alto - disse Grover. Mas eu não tinha tanta certeza. Alguma coisa impedira Ares de me matar, e o que quer que pudesse fazer isso era muito mais forte do que as Fúrias. Olhei para Annabeth, e tivemos a mesma sacação. Agora eu sabia o que estava naquele abismo, o que havia falado da entrada do Tártaro. Resgatei a minha mochila com Grover e olhei dentro. O raio-mestre ainda estava lá. 

— Melhor devolver antes que mais alguma merda aconteça — aconselha Ron. 

Uma coisa tão pequena quase causara a Terceira Guerra Mundial. 

- Temos de voltar a Nova York - disse eu. - Esta noite. 

- É impossível - disse Annabeth -, a não ser que nós... 

- Fôssemos voando — completei.

— Que maravilha — Astória coçou os olhos — Perfeito.

 Ela arregalou os olhos para mim. 

- Voando, tipo num avião, coisa que avisaram você para nunca fazer, para que Zeus não o fulmine para fora do céu, e ainda for cima carregando uma arma que tem mais poder destrutivo do que uma bomba nuclear? 

- É - disse eu. - Mais ou menos isso. Vamos.

 

— Vamos — Grover faz seu drama — como se fosse simples assim, vamos!!

— Melhor passarmos pro próximo — Juniper pega o livro enquanto observa seu namorado reclamar.

Mas antes que ela tivesse a chance de abrir na página algo estranho aconteceu. duas filhas de Athena, uma filha de nice e por último, um filho de zeus. Duas corujas, uma coroa de louros e um raio. 

— Zeus!!! — Gritou Poseidon irado.

 


Notas Finais


Uma pergunta muito importante: já enalteceram Percabeth Hoje? 🤨
Assim como a Gina eu choro por que nunca vou ter um Percy pra mim.

Do nada brotou a ideia na minha cabeça, eu quero fazer uma fic de percabeth como pequena sereia, só que eu preciso de ajuda, alguém se dispõem a ajudar a autora?


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