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História Hogwarts Terceira Geração - Interativa - Armada de Hogwarts


Escrita por: BiggestBlueGirl

Notas do Autor


Desculpem a demora e os erros, não revisei tudo, mas acho que compensei com mais de 7000 palavras, então... Boa leitura!

Capítulo 18 - Armada de Hogwarts


O vento levemente gélido do início do outono ia de encontro com a pele de dois jovens quintanistas, fazendo com que seus pelos se arrepiassem, que umas vez já estavam arrepiados por estarem compartilhando do calor e do contado das suas mãos dadas. A proximidade aumentava a cada instante e Freddie estremecia toda vez que Violet sorria de canto para ele à medida que caminhavam por Hogsmead.

_Onde vamos? - A morena perguntou sorridente.

_Bem, eu estava pensando... Mas você é quem deveria escolher...

A garota soltou uma leve risada e apertou sua mão contra a dele, depois disse com a voz sussurrante. O coração de Freddie deu um salto contra suas costelas.

_Relaxa, quero ver o que planejou... Eu vou amar qualquer coisa que tenha feito.

_Você é tão linda...

O loiro enrolou um cacho dos cabelos castanhos da garota no indicador direito e aproximou-os ainda mais. Apenas centímetros distanciavam seus corpos de se chocarem. Permaneceram alguns segundos apenas se encarando, a garota deixara de sorrir sendo tomada pelo nervosismo e ruborizara-se. Frederich quase mergulhou nos olhos azuis de Violet mais uma vez, porém desviou o olhar lentamente e puxou-a pela mão:

_Vamos... - O garoto esbelto guiou-a até o fundo de uma das ruas que eram ligadas a avenida principal do vilarejo.

Pararam em frente a uma lanchonete bastante animada. Ela era totalmente enfeitada com cores em tom de rosa, além de possuir alguns laços e babados nas cortinas, mesas e balcões. O cheiro de rosas invadiu as narinas de ambos e a música calma e doce atingia todo o ambiente. O loiro mordeu a bochecha sem graça e se virou para encarar a garota ao se lado. Ela parecia bastante surpresa enquanto observava a estrutura do antigo e famoso Café Madame Puddifoot.

_Ahn... Eu não sei ainda se é uma boa ideia... Eu só pensei que seria um lugar romântico e, talvez, que você fosse gostar, mas...

O loiro engoliu em seco. O nervosismo tomava conta de seu corpo aos poucos. Suas palmas das mãos suavam, por isso ele retirou a mão que envolvia a de Violet e limpou-a nas vestes azuis e bronze da Ranveclaw. A morena sorriu de lado para ele e afrouxou a gola amarela e preta da sua roupa.

_Eu amei. Parece muito aconchegante, Freddie. E tem mais, eu nunca tinha vindo aqui antes, vai ser ótimo para o nosso primeiro encontro - Ela estendeu a mão para ele - E não precisa ficar acanhado - Soltou uma leve risada e o garoto relaxou um pouco - Estamos entre amigos.

O loiro sorriu de volta. Era incrível poder passar um tempo com ela, como ele sempre gostara. Ela sempre fora sua garota preferida, sua melhor amiga. E agora ele não sabia qual era a explicação de se sentir tão nervoso perto dela, ou o medo de algo sair errado que parecia dominá-lo. Ela estava certa. Eles estavam entre amigos e tudo sairia bem. Além do mais, Violet parecia realmente a vontade e também quisera apanhar sua mão, ela mesma estendera para que ele a pegasse novamente, isso fez com que seu estômago dançasse, contudo Freddie ignorou a sensação de impotência e entrelaçou seus dedos no da morena, que sorriu docemente.

Ambos adentraram o lugar sendo invadidos pelo cheiro doce das guloseimas. Se aproximaram do balcão, por onde uma mulher já em torno de seus 50 anos, com os cabelos presos em um laço cor de rosa frouxo estava sentada. Ela usava óculos pretos puxados como olhos de gatos e sorriu ao avistá-los.

_Bom dia, meus jovens. Formam um lindo casal - Ambos se entreolharam e sorriram timidamente um para o outro - Sejam bem-vindos, ao Café Madame Puddifoot, minha falecida mãe. Bem, o que desejam?

Frederich apanhou o cardápio de cima do balcão e estendeu a mão para que Violet escolhesse o lugar, onde deveriam se sentar. A garota passou os olhos por todo o ambiente, então se deteve em uma mesa ao lado de fora, na sacada, que dava uma bela visão de fora e era apanhada pela brisa leve.

_Vamos olhar o menu... - Freddie disse enquanto era guiado pela jovem até os assentos.

_Fiquem a vontade - A mulher sorriu e voltou o olhar para o Profeta Diário que tinha em mãos, antes de eles chegarem.

A lanchonete era bastante aconchegante, porém não muito movimentada. Normalmente eram no dia dos namorados, 14 de fevereiro, que o lugar lotava realmente. Em dias normais, apenas alguns casais resolviam passar um tempo juntos por lá, raramente alguém solteiro ou entre amigos aparecia no Café, esses normalmente optavam pelo famoso pub: o Três Vassouras.

_Então, o que vai pedir? - Freddie sentou-se de frente para a menina e estendeu-lhe o cardápio cor de rosa.

_Hum... - Violet observou as opções atentamente - Acho que vou querer um chá de jasmim com cupcake de morango - A jovem sorriu e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.

_Certo... Parece delicioso.

O garoto sorriu de lado e levantou a mão para convocar a atenção da mulher, que em poucos segundos aparecera ao lado dos dois. O garoto informou o pedido de Violet e também pediu mais um bolinho e uma xícara de café com creme, em seguida, a mulher assentiu e se retirou segurando o pergaminho cor de rosa ao qual anotara os pedidos. O loiro desviou a atenção para a morena. Vi permanecia encarando a paisagem através das grades da sacada. Seus olhos se detinham em um casal de idosos sentados em frente à uma das casas do vilarejo. Eles pareciam estar compenetrados em uma longa e profunda conversa enquanto o senhor acariciava a mão da senhora. A garota sorriu.

_Eles parecem tão apaixonados... Devem viver aqui há anos - Comentou e pousou a cabeça na mão direita para poder observá-los mais à vontade.

_Aqui é mesmo um lugar muito bonito.

_Com certeza. É tudo realmente calmo e mágico. Sempre que estou aqui me sinto realmente feliz, é inacreditável.

A morena desviou o olhar para as demais casas e chalés, algumas pessoas passeavam pelas ruas, uma delas uma mulher com uma criança pela mão, não deveria passar dos seus 4 anos e Violet se pegou imaginando como teria sido crescer em um lugar como aquele, tão familiar e maravilhoso. Ela não sentia vergonha de ser mestiça e possuir um pai trouxa, além de amar Londres e o bairro simples e aconchegante onde moravam, ela e sua família. Amara ter crescido rodeada de amigos e estudado como trouxa, ela apreciava tanto quanto a irmã mais nova, poder ter conhecimento de ambos os mundos em que compartilhavam, uma vez que eram a sua união. Todavia ela realmente era encantada com Hogsmead desde a primeira vez que visitara o lugar, há 2 anos.

_O que foi? - A morena sorriu fraco e se voltou para encarar Freddie, ele a estava observando todo o momento - No que estava pensando?

_Ah... Só que aqui deve ser um ótimo lugar para se morar e crescer - Riu levemente - Bom, mas deveria estar prestando atenção em você e no nosso... Encontro.

Freddie balançou a cabeça sorridente e estendeu a mão para amanhar a esquerda de Violet, que se encontrava solta sobre a mesa. Ele entrelaçou seus dedos e mergulhou no oceano azul profundos dos olhos da morena.

_Que nada! Isso é que é importante, estarmos aqui juntos... E, bem, eu poderia - O loiro deu uma pausa, levemente sem graça, ele podia sentir o coração batendo contra seu peito, porém as palavras lutavam para sair de seus lábios - Passar o dia todo apenas olhando para você.

Violet mordeu o lábio inferior enquanto sorria e, não pode impedir que suas bochechas começassem a queimar. A voz de Frederich ainda ecoava em sua cabeça e o efeito que elas tiveram ao passar pelos seus ouvidos foi o mesmo de um choque por todo o que corpo. A morena sabia, se antes tinha aluna dúvida a respeito, agora não tinha nada a não ser a certeza de que estava apaixonada e de que estar com Freddie era como atravessar um arco-íris no céus: os mesmos sentimentos mágicos e estranho que faziam daqueles momentos tão perfeitos. Aquela sensação a dominava.

_Aqui está, pombinhos - A nova Madame Puddifoot apareceu através da porta de vidro da sacada e depositou dois pratos, cada um com um cupcake de morango, em seguida colocou duas xícaras, uma de chá e ou de café, conforme o pedido do casal de jovens - Tenham um ótimo apetite! - Piscou antes de sair e fez com que ambos saíssem do transe.

Freddie sorriu de lado em direção a garota e separou suas mãos por um momento para que pudessem saciar sua fome e se deliciarem com os gostosos bolinhos doces e as saborosas bebidas, que haviam sido servidos. Assim que ambos deram a primeira mordida, sentiram como se a comida dançasse em suas línguas. Permaneceram apenas se encarando nos olhos claros um do outro e escutando as próprias batidas de seus corações, enquanto se terminavam de comer.

Quando os minutos passaram, e o loiro deu o último gole em seu café, finalmente, empurraram os pratos e voltaram a conversar. Freddie revirou o cérebro a procura de algo para dizer a Violet, quando a menina soltou uma leve risada e chamou sua atenção:

_Ahn... Aqui está - A morena apontou para a própria boca e fez um sinal ao redor do buço - Com um pouquinho de creme...

O loiro sentiu as bochechas vermelhas enquanto procurava por algum guardanapo para que pudesse se limpar, porém a morena foi mais e estendeu o papel em direção de Frederich. Ela se levantou e abaixou-se o suficiente para eu pudesse limpá-lo. Quando a menina terminou de passar o guardanapo no rosto do menino e dirigiu o olhar para encará-lo, um arrepio percorreu o corpo de Freddie. Eles estavam realmente próximos, naquele momento.

O garoto engoliu em seco. Aquela proximidade fazia com que dividissem o mesmo oxigênio. Violet mordeu o lábio inferior enquanto dividia o olhar entre os olhos e a boca de Freddie, com aquela gostosa sensação de que borboletas brincavam em seu estômago.

O garoto quis dizer alguma coisa. Ele sentia que precisava quebrar o gelo daquele momento. Mas as palavras simplesmente não saiam. E Violet encontrou seus olhos anos uma vez antes de começar a se aproximar. A garota se abaixou mais um pouco para estar a sua altura, uma vez que ainda estava sentado, e puxou-o para mais perto pelo pescoço. O loiro sentiu um nó na garganta quando o oceano profundo dos olhos de Violet começaram a se fichar, assim fechou os próprios olhos e encontrou seus lábios. Ambos selaram aquele momento com um beijo apaixonado.

De início, ambos se assustaram com a situação. Aos poucos foram conduzindo o beijo suavemente enquanto Violet apoiava aos mãos ao redor do pescoço de Frederich, que procurou com os braços envolvê-la pelas costas e puxá-la para mais perto, porém como a garota estava em pé inclinada fora difícil e quando, finalmente, conseguiu e puxou-a para si, Vi desequilibrou-se levemente e caiu em seu colo. Por um segundo a cadeira não tombou para trás, o loiro segurou a mesa para se manter equilibrado.

_Oops... Desculpe... - Violet riu envergonhada com a situação e começou a se levantar - Eu não sei onde estava com a cabeça...

Freddie também se levantou e, enquanto a menina levanta as mãos para colocá-las na cabeça indignada, ele as apanhou entre as suas.

_Ei, ta tudo bem, Vi. Aquilo não foi culpa sua. - Ele se referia ao incidente que acabara de acontecer - E quanto ao beijo... Foi maravilhoso - A garota sorriu timidamente e Freddie entrelaçou seus dedos - Você é mesmo muito especial para mim.

_E você também é muito especial, Freddie - Ele sorriu de volta.

_Ahn... Agora, vamos pagar e dar uma volta?

A menina assentiu e o garoto se dirigiu até o balcão, dessa forma, retirou algumas moedas de dentro das vestes e estendeu-as para a mulher. Ela sorriu para o casal e acenou antes que deixassem o local.

_Obrigada por virem, voltem sempre e tenham um ótimo passeio! - Desejou tão doce quanto suas guloseimas.

A morena acenou de volta para a madame, enquanto atravessava as portas do salão. Freddie, então, estendeu-lhe a mão para que apanhasse e saíram em caminhada pelas ruas da vila, mais uma vez, de mãos dadas, sorrisos nos rostos e os corações batendo contra as costelas em completa sintonia.

Thomas Harry Potter - POV's

Assim como o pessoal que iria visitar Hogsmead, tivemos o dia todo livre, por isso Patrícia e Malina resolveram se encontrar comigo no Salão Principal um pouco depois do horário que normalmente acordaríamos.

Aproveitei a longa noite de sono e acordei completamente disposto. Espreguicei e soltei um bocejo, antes de me levantar e empurrar os cobertores amarelos da Hufflepuff. Me troquei rapidamente e, no momento, em que estava me encaminhado para a saída do quarto, acabei por me deparar com um garotinho de cabelos alourados, que também ainda estava no dormitório.

_Bom dia, Jean! - Sorri e cumprimentei-o com um Hi-5.

_O que vai fazer hoje? Já que temos o dia de folga? - O garoto me perguntou.

_Hum, vou me encontrar com minha irmã e minha prima no Salão Principal - Cometei e me dirigi até a porta, quando a abri, me voltei para encará-lo - Ei, não quer ir também?

Inacreditavelmente, esse era um garoto que eu sentia que podia chamar de amigo. Nunca foi muito fácil para mim me enturmar, eu sempre tive dificuldade e era mais fácil andar atrás da Patrícia, embora sejamos muito diferentes, ela sempre foi minha melhor amiga e quem sempre me ajudava quando eu precisava ou passava um tempo comigo. Claro que sempre admirei Maxwell, afinal ele é uma presença masculina muito marcante na minha vida e também meu irmão mais velho, e acho que normalmente soa os irmãos mais velhos quem mais nos influencia, porém Patrícia é minha gêmea e sempre fomos muito próximos desde o nascimento.

Malina também sempre foi nossa grade amiga. Era quem brincávamos e passávamos mais tempo juntos, mesmo antes de Hogwarts. Muitas vezes íamos brincar na sua casa ou ela na nossa e era bastante divertido. Com certeza, era engraçado como tia Lily havia tido suas filhas na mesma época que meus pais, uma vez que ambos Max e Violet eram quintanistas e todos nós três menores, primeiranistas.

Agora, eu podia afirmar que estava sendo bastante divertido ter alguém com quer conversar que fosse da mesma casa que eu. Embora Violet também fosse uma Hufflepuff, certamente era uma garota mais velha e por isso não poderia ficar atrás dela o tempo todo, mas Jean também é um primeiranista. Nós dividimos o mesmo dormitório e sempre conversarmos um pouco antes de dormir e vamos as aulas juntos no outro dia. Conversamos entre as aulas, quando dividimos alguma mesa dupla, assim como acontece em Transfiguração, uma vez que Pati divide com Mal. E as vezes fazemos alguns deveres juntos. Fico mesmo feliz por ter um amigo com quem poder conversar, sendo um garoto e também não sendo um familiar, como sempre acontecia com meus demais relacionamentos.

_Ah, seria uma boa - Sorriu para mim, dessa forma me tirando de meus devaneios.

_Então, vamos nessa!

Atravessei o portal e parti pelo corredor dos dormitórios masculinos da nossa comunal, amarela e preta, no porão de Hogwarts, enquanto me encaminhava com destino, o Salão Principal, juntamente com Jean ao meu lado.

~•~

Até o instante em que adentramos o salão, ficamos ambos conversando sobre o jogo de quadribol da semana anterior. Para Jean ele havia sido completamente decepcionante, uma vez que a equipe da Hufflepuff não ganhara e sim a Gryffindor. Tive que descordar afirmando que o outro time era muito talentoso especialmente por conta de meus irmãos e que ficava feliz por eles. Depois ele comentou que nada decepcionante havia sido o duelo entre a bela Lilith e a esquisita Joey. Ele assistira tudo, enquanto eu não fazia ideia do que acontecera de fato.

Logo, duas morenas sentadas a mesa da Gryffindor nos avistaram e acenaram para nós. Abri os lábios em um sorriso para Tiça e Mal, assim me encaminhei até elas. Jean um pouco receoso foi atrás.

_Bom dia, meninas - Ele comentou e sorriu levemente.

_Ah, olá, Jean... - Patrícia cruzou os braços contra o peito encarando o loiro fixamente.

Minha irmã sempre agia estranha quando se tratava do garoto. Não tinha coragem de perguntá-la e não acho que admitiria tão fácil, mas segundo Malina, ela estava mesmo era com ciúmes, porque agora eu tinha um amigo com quem passar o tempo e não ficaria o tempo todo atrás dela como antes.

_Ahn, senta com a gente, Jean - Mal sorriu para ele e deslizou para que tivesse espaço para o garoto entre ela e Patrícia.

Minha irmã fuzilou-a com o olhar e depois me encarou como se pedisse ajuda. Certamente, ela queria que eu me livrasse dele de alguma forma. Dei de ombros, não queria parecer inconveniente com meu novo amigo e também não entendia porque ele precisava ir.

_Na verdade, vou me sentar na mesa da Hufflepuff... Eu gostei muito de ver vocês - Ele pareceu desconfortável, poderia apostar que era por causa da minha irmã. Ela era durona e deveria causar-lhe um pouco de medo - Obrigada, pelo convite Mal. Até mais, Tom! - Fizemos um outro Hi-5 antes de ele, finalmente dar as costas para nós.

_Não a de que, Jean. Foi muito bom te ver também - Malina sorriu para ele e mexeu nas pontas dos cabelos.

Patrícia bufou assim que ele saiu e se virou para mim. Ela balançou a cabeça levemente de forma negativa e me puxou pela manga para que me sentasse ao seu lado. Então, nos puxou pelos ombros para mais perto dela.

_Precisamos colocar o plano em pratica hoje! - Ela afirmou sorridente.

_Porque você tratou o Jean daquele jeito? - Perguntei intrigado.

_Não precisava Tiça, ele não fez nada de mal... - Mal também estava descrente.

_Ora essa, ele não pode saber o que estamos fazendo. Somos um trio e precisamos entrar em ação - Pati revirou os olhos - Ele só ia nos atrapalhar. Agora, comam que precisamos andar logo com isso.

Não adiantava discutir com ela, por isso apanhei um pouco de pão e comecei a comer enquanto elas também tomavam seu café da manhã. Alguns minutos depois e a morena já estava de pé e nos obrigava a levantar. Ela parecia tão entusiasmada quanto antes. E não fazia diferença tentar convencê-la de que era total loucura tentar invadir a sala de uma professora, quando tem alguma coisa na cabeça da Pati, ninguém consegue tirá-la de lá.

_Tem certeza disso? - Mal perguntou apreensiva - E se der algo errado?

Não podia deixar de discordar dela. Patrícia as vezes ia longe demais com suas marotices.

_Se tem regras deveríamos segui-las... Não podemos invadir a sala da Prof. Cremont... E se ela tiver lá? Hoje não é dia de folga? - Engoli em seco, enquanto a garota nos puxava pelos pulsos para atravessarmos o portal até o Saguão de Entrada.

_Seus tolinhos, é exatamente por isso que tem que ser hoje. Ela é uma das supervisoras dos alunos em Hogsmead, portanto ela não está em Hogwarts.

_Como sabia disso? - Mal perguntou chocada.

_Eu falei com Max hoje mais cedo antes de ele sair para a visita - Como ela poderia ser tão esperta assim? Apesar de sua ideia ser bastante errada, não poderia deixar de ter orgulho da minha irmã - Ah, e se tem regras são para serem quebradas, Tom. Agora, não podemos perder tempo. Antes que ela volte!

Desviei o olhar em direção de Malina, do outro lado de Patrícia. Ela também estava me encarnado com uma expressão de desaprovação no rosto. Então, revirei os olhos e seguimos minha irmã pelos laces de escadas até a sala da professora de DCAT.

~•~

No momento em que chegamos até o local, permanecemos paramos em frente à porta. Patrícia, então, olhou ao redor e quando percebeu que ninguém passava por aquele corredor, retirou um longo tecido de dentro da mochila, então era por isso que ele estava carregando mesmo sem ter aula. Estendeu a capa da invisibilidade a nossa frente.

_Vamos entrar. Vai estar aberta porque algum aluno poderia ir tirar dúvidas ou pegar alguma coisa emprestada... O único problema é a sala da prof... Mas não acho que ela tenha trancado tão bem, que dizer, ela não podia pensar que arrombariamos o lugar, não é? - Patrícia comentou e jogou a capa sobre mim - Vamos usar isso para nós escondermos se alguém vier.

_Ainda não devolveu ao Max? Não podemos roubar dele também - Retruquei - E é claro que a prof não poderia esperar que faríamos algo assim. É ilegal!

_Ai, Tommy, relaxa. Isso tudo é para ajudarmos todo mundo em Hogwarts. Não é apenas por diversão - Malina acabou concordando - Mas se bem que não deixa de ser divertido.

A morena entrou na sala primeiro e nós a seguimos. Ela observou ao redor, se não havia alguém, porém estava completamente vazia. Então, caminhamos devagar até os fundos, onde se localizava uma porta que dava para o dormitório da professora, pois o quarto dos professores era exatamente junto a suas salas de aulas.

_Agora precisamos... - Pati mordeu o lábio pensativa - Abrir de alguma maneira - Ela tentou girar a maçaneta, porém não teve efeito nenhum. Estava trancada.

_Ótimo, vamos voltar. Foi divertido, mas não temos como abrir - Suspirei e comecei a dar meia volta.

_Espera! - Malina tomou a frente e retirou sua varinha de dentro das vestes - Tenho uma ideia! - Não podia acreditar que ela também estava aceitando a situação, numa boa agora - Sei de um feitiço... Alohomora!

No momento em que Mal conjurou o feitiço, escutamos um barulho como o de uma fechadura sendo aberta e os olhos de Pati brilharam. Ela girou e a porta se entreabriu com o famoso rangido habitual.

_Wow! Foi genial, Mal! - Tiça exclamou e adentrou o local.

Eu as segui. O quarto da professora era bastante escuro. Os lençóis de sua cama eram negros e alguns enfeites roxos, azuis e verdes estavam pregados nas paredes, além de uma escrivaninha com alguns papéis e fotos de família em cima. Na outra extremidade duas estantes, uma de frente para a outra, possuíam alguns livros, velas e objetos, provavelmente mágicos.

Malina se aproximou da escrivaninha e começou a observar o local. Ela apanhou uma das fotos e encarou por um instante, depois se virou para nós.

_Olha que estranho! - Observamos e minha boca de entreabriu - Essa aqui ao lado da prof. Cremont, não seria a prof. Froyer?

A morena tinha razão. No retrato duas garotinhas risonhas acenavam para a câmera e depois se voltavam uma para a outra e soltavam risadinhas. Observei o pequeno boomerang se repetir várias vezes. Uma delas, a garota mais baixa e loira usava vestes azuis e bronze e a mais alta e morena trajava vestes verde e prata, certamente eram as nossas professoras. A mais incrível e a mais detestável de todas, juntas. Inacreditável.

_Será que eram amigas? - Pati perguntou visivelmente chocada - Mas a Eveline é tão inspiradora e a Madelyn tão detestável... Como elas se davam bem?

Balancei a cabeça. Estava tão surpreso quanto elas. Permanecemos algum tempo observando a fotografia, então desviei o olhar para as demais fotos, mas todas eram com familiares quando a professora era menor, como uma com uma mulher que provavelmente era sua mãe e outra com um homem que diria ser seu pai, além de uma sozinha com um papel na mão: diploma de Hogwarts. Nenhuma possuía Madelyn novamente.

_Vamos voltar ao trabalho. Tom procure naquela estante - Pati apontou para a minha esquerda - Procuro nessa - Ela caminhou até a da direita.

Comecei a vasculhar todo o local. Não havia nada de tão especial assim. Algumas velas perfumadas de diversos aromas. Alguns livros sobre diversas criaturas e magia das trevas, além de um livro de histórias infantis, se eu diria ela guardava desde quando era criança. Havia uma caixinha, que continha algumas horas com pedras como safira azul, ônix roxa, opala negra, rubi, topázio amarelo, esmeralda e jade. Um relógio antigo jazia marcando a hora exata e algumas bugigangas, provavelmente mágicas estavam no local, mas não sabia com certeza para o que serviam. Me abaixei, então, para observar dentro das gavetas. Não havia nada de tão significante dentro. Mais alguns objetos, porém nem sinal das esferas que atacaram Glenda e Giselle.

_Nada aqui - Neguei com a cabeça.

Patrícia suspirou indignada:

_Nem aqui...

Alguns segundos depois e Malina soltou uma exclamação quase entrecortada com sua fala seguinte:

_Pessoal! Olha isso! - Ela saiu em nossa disparada.

_As esferas? - Patrícia perguntou esperançosa.

_Não! Melhor! - Ela estendeu para a gente - É uma pesquisa sobre alguma coisa semelhante àquelas esferas... Aposto que é com isso que a professora está investigando o caso!

_Muito bem, Mal! - Apertei seu ombro entusiasmado.

_Precisamos levar isso aqui - Pati começou.

_Não dá. Ela vai descobrir que está faltando - Malina comentou - Vamos dar uma lida e ver se encontramos algo importante.

Assenti e Patrícia apanhou as folhas com agilidade e começou a ler rapidamente as palavras. Tentei acompanhá-la por sobre os ombros. Malina fez o mesmo. Quando de repente, um ruído cativou nossa atenção. Alguém entrara na sala da professora e poderia nos flagrar a qualquer instante.

Nos entreolhamos. Então, me lembrei na capa, ainda no meu braço e coloquei-a sobre mim. Abri espaço para que elas entrassem. Patrícia fez menção de levar as folhas junto da gente, mas Malina retirou-as de suas mãos e colocou onde as encontrara, antes de empurrá-la para de baixo da capa junto de mim. Os três nos esprememos e perdemos a respiração. Estávamos invisíveis e quem quer que fosse não poderia nos ver.

Caminhamos lentamente em direção à porta e Patrícia empurrou-a da forma mais delicada possível, apesar de o forte rangido ter chamado a atenção da pessoa que jazia parada no meio da sala. Era o zelador Lewis Davis. Ele estava procurando por alguma coisa ou talvez alguém? Nos encarou, embora não pudesse nos ver e encaminhou em nossa direção. Com o susto sem querer pisei no pé de Malina que gemeu baixinho, então, tapei sua boca antes que soltasse um barulho mais alto e empurrei-as para que nos dirigíssemos a saída.

O zelador passou por nós sem perceber nossa presença e passou pela porta do quarto da professora. Ele deveria pensar que alguém estava se escondendo lá dentro. Patrícia nos guiou até a porta da sala e atravessamos o portal, em seguida, caminhamos rapidamente e tomando o cuidado para não tropeçamos uns nos outros e não revelarmos onde estávamos, até os lances de escadas, por onde retiramos a capa.

_Toma! - Joguei o tecido para Pati que abriu a mochila e começou a guardá-lo.

Malina respirou fundo. Parecia recuperar o fôlego por ter prendido tanto a respiração. Patrícia nos puxou pelos pulsos em direção ao andar de baixo. Quando atingimos o corredor, ela finalmente nos soltou.

_Foi por pouco - Comentei - Foi uma ótima descoberta, Mal. Pena que não conseguimos encontrar informações suficientes.

_Nada disso - Tiça levantou os lábios em direção às maçãs do rosto. Um sorriso. Aquele sorriso que dizia que ela sabia alguma coisa. Ela tinha um plano e não estava tão à vontade para descobrir - Eu gravei algumas palavras muito significativas.

_O que? Quais? - Malina perguntou curiosa.

_Parece que é algo relacionado a Arte das Trevas - Ela comentou e abaixou a voz imediatamente - Chama-se Slytherol, uma espécie de ovos mágicos. Eu me lembro perfeitamente dessa palavra. 

_E o que isso quer dizer? - Tive medo da resposta.

_Que precisamos encontrar informações sobre essa... Coisa. Foi isso que atacou as meninas - Concluiu.

Suspirei. Estava começando a me preocupar com como iríamos conseguir essas informações. Em nenhum livro de Defesa Contra a Arte das Trevas da biblioteca falava sobre isso, talvez na área restrita, mas como entraríamos lá? E se não fosse, quem poderia nos ajudar com algumas respostas? Era quase uma causa perdida, porém sabia que Patrícia não desistiria até encontrá-las.

Maxwell Thorton Potter - POV's

Acabara de passar pela Zonko's juntamente de minhas atuais melhores amigas, Lary, Marie, Leny e Coraliny. Eu amava a loja de logros e brincadeiras, era bastante amigável e os novos arquivos estavam de arrasar. Eu tinha de levar alguma coisa para meus irmãozinhos e nada mais divertido do que a Zonko's. As meninas apenas me acompanharam, mas não levaram nada, então, nos encaminhamos até o Três Vassoras, pois fora ideia de Marie que passássemos um tempo juntos por lá. Precisamos mesmo conversar, todos nós.

Estávamos a princípio meio calados enquanto estávamos. Eu segurava as sacolas da loja e caminhava ao lado de Lary e Coraliny, enquanto Marie e Leny conversavam calmamente sobre nada em particular, apenas comentavam sobre a vila. Resolvi quebrar o gelo e iniciar um assunto:

_Pessoal, não foi incrível a nossa vitória na semana passada? - Optei, logicamente, por quadribol - Aquele jogo foi épico!

_Quis dizer vitória de vocês, não é? - Leny comentou e apontou para o próprio emblema de monitora da Ravenclaw - Foram mesmo muito bem, mas a nossa casa vai acabar com vocês da próxima - Ela brincou e segurou no braço de Marie.

_Nem vem. Esse ano e da Gryffindor. Tivemos até uma falta! Aquele jogo foi mesmo demais! - Rapidamente me virei pra Lary e Marie especificamente - Ei, meninas, precisamos treinar muito para o nosso próximo jogo contra a Slytherin depois do Natal! Precisamos dessa taça! E eu aprendi algumas técnicas com meu pai, vai ser bomba!

Leny revirou os olhos. Lary e Marie se entreolharam e soltaram um breve risadinha, enquanto Coral de curva para me encarar aborrecida:

_Ai, você só fala em quadribol, Max! - Dizendo assim, caminhou em direção a loira e a ruiva à frente e me deixou para trás.

Continuamos assim por um tempo. Elas desciam a rua principal do vilarejo juntas e, de alguma forma, eu ficara para trás com Lary, ainda ao meu lado. Estava com a cabeça baixa e encarava meus próprios pés, quando a garota de cabelos loiros e curtos se aproximou mais de mim, ela começou:

_Sabe, Max, eu gostei do que tava falando... Sobre quadribol - Levantei o olhar para encará-la, Lary mexia freneticamente em seu pingente, como sempre - Hum... Eu já te disse alguma coisa boa?

Arqueei as sobrancelhas e continuei fitando-a. Lary encarava as meninas andando uns dois metros a nossa frente. Pensei sobre sua pergunta, bastante incomum, mas de fato a garota normalmente implicava comigo e não me elogiava. Ela era divertida e uma boa amiga, assim como Marie. E as duas eram inseparáveis o que me fazia gostar ainda mais delas, porém ela nunca estava do meu lado. Sempre implicante e discutíamos muito. Aquela pergunta me fez ficar extremamente confuso, qual o sentido daquilo? Por que ela queria saber?

_Ahn... Na verdade, não que eu me lembre - Tentei esvanecer o meu completo constrangimento naquela situação e fiz um sorriso forçado aparecer entre meus lábios - Por que?

_Ah, bem... - Lary desviou o olhar para mim, ela ainda estava séria, não sorria. Era como se não estivesse brincando ou descontraída - Então, vou dizer agora... Apesar de tudo e de eu querer muito ser capitã, eu tenho que admitir, Maxwell. Você é um bom líder e tem ótimas estratégias de quadribol.

Aquelas palavras me comoveram e atingiram meu peito em cheio. Ela estava sendo gentil comigo como nunca era. Ela estava deixando o orgulho de lado e me elogiando. Não entendi o porque, mas senti muito bem e percebi que ela estava sendo sincera. Sorri verdadeiramente e Lary mexeu nos cabelos e sorriu de volta, então, devíamos o olhar para a frente e percebi que precisava retribuí-la. Ela dissera boas palavras para mim, de incentivo e algo dentro de mim ansiava por sair quando, finalmente, abri os lábios:

_Obrigado. Bom, eu sei que brigamos mais do que tudo, mas você é uma garota de atitude e eu aprecio isso. Além de que, você foi incrível no último jogo. É uma ótima artilheira, talvez a melhor da Gryffindor inteira.

_Você acha mesmo? - Ela sorriu.

_Pode apostar que sim.

Seus olhos quase tão claros quanto os meus, desviaram-se e ela começou a apressar o passo para alcançar as meninas, que já estavam chegando a porta do Três Vassouras, faltava muito pouco para o pub. Observei-a, porém senti algo dentro do meu peito que me fez ter um frio na barriga. Aquela conversa fora realmente inovadora para gente e eu particularmente havia gostado bastante. Estava acostumado a brigar com ela e até achava bastante divertido, mas ela podia ser tão profunda quanto nervosa e, tinha de admitir, ela era uma garota bem bonita.

Cocei a cabeça confuso e parei de andar por um instante, então, senti algo se mexendo nas minhas vestes e procurei com a mão pelos bolsos até encontrar meu amiguinho. Estendi em frente ao mu rosto e sussurrei para ele. Era o único que poderia me ajudar, afinal ele sempre me ouvia e dava os melhores conselhos, embora fosse apenas um sapo.

_Ei, Rodolf, ouviu isso? A Lary foi gentil comigo... Você sabe, aquela garota linda e irritante - Suspirei - P que você achou? O que eu deveria fazer?

Levantei o olhar para encará-la por um momento enquanto alcançava as meninas. Depois me voltei para o sapo que parecia me encarar de volta. Ele coaxou em resposta e mexeu em minha mão. Era incrível o poder que ele tinha em conversar comigo. Naquele instante, tudo fez sentido. O coaxar dele atingiu meu cérebro em forma de palavras, como sempre e senti o que devia fazer. Ele me dera forças e me mostrara o que talvez eu não tivesse percebido. Acariciei sua cabeça em agradecimento e o guardei no bolso novamente.

_Eu sei o que fazer... Obrigado, Rodolf, por me entender tão bem. - Sai em disparada até a porta do Três Vassouras, por onde as meninas estavam entrando.

Marie e Leny atravessaram o portal, seguidas de Coraliny, porém antes que Lary fizesse o mesmo, eu a puxei pelo pulso levemente e a fiz se voltar para mim com a expressão confusa.

_O que foi, Sr. Capitão? - Ela debochou como sempre.

Sorri ao ouvir aquelas palavras saindo de sua boca. Ela era mesmo divertida. Soltei minha mão de seu pulso e por um segundo ela escorreu por sua mão. Senti um choque com o contato e percebi que Lary também, porque removeu sua mão com estrema rapidez. Seus olhos encontraram os meus e, me senti um pouco mais nervoso, quando abri a boca:

_Só estava pensando que talvez - Mordi o lábio enquanto falava - Quisesse ser minha acompanhante no baile, mas sabe como amigos. Porque somos todos amigos e já vai ser semana que vem, e estava sem par... Se tudo bem para você, é claro.

A loira começou a mexer mais freneticamente do que o normal em seu colar. Ela parecia nervosa e mexia os olhos enquanto pensava, de repente pelo excesso de atrito a correntinha dourada do pingente de Lary se arrebentou e soltou de seu pescoço, escorregando até sua mão. Ela apanhou e encarou com os lábios entreabertos.

_Oh, não! Esse colar é muito importante! - Ela choramingou.

_Calma - Apanhei o medalhão e estendi em frente aos meus olhos. Não parecia tão mal - O estranho não é muito grande. Posso concertar para você.

A loira mexeu nos cabelos, visivelmente sem graça e, em seguida, sorriu antes de me responder, enfim.

_Obrigada... Tudo bem, Max - Começou - Se concertar o meu colar, eu vou ao baile com você, mas com uma condição: - Ela levantou o indicador esquerdo, olhei-a atentamente - Como amigos.

_Claro. Como eu disse. Somos todos amigos... Mas fico feliz que vá me acompanhar - Sorri e guardei o pingente dentro de um dos bolsos das minhas vestes - O seu colar logo estará pronto também.

Sorrimos gentilmente um para o outro e começamos a caminhar em direção ao pub. As meninas já estavam sentadas em uma das mesas ao meio e pareciam nos esperar a bastante tempo, embora não fosse mais do que cinco minutos. Marie arregalou os olhos quando nos aproximamos e sentamos à frente delas, na outra extremidade da mesa.

_Onde vocês dois estavam? Já pedidos cinco cervejas amanteigadas, porque não sabíamos o que iriam querer.

_Por mim ta ótimo - Lary comentou e concordei com a cabeça.

Marie nos encarou de forma suspeita, antes de ser interrompida por Coraliny que tomou a atenção de todos.

_Certo. O importante é que estamos todos aqui. Esses dias não tivemos muito sucesso em nos encontrar e falar sobre a Operação: Salvar Hogwarts, mas precisamos agir - Todos assentimos - Ainda mais agora que sabemos o significado da profecia.

_Se somos os inocentes como poderemos ajudar Hogwarts se nem sabemos usar magia direito? - Leny suspirou e pousou a cabeça sobre a mão - E também somos só cinco adolescentes e não sabemos por onde começar...

Ficamos em silêncio por alguns segundos. Observei Marie rabiscar com a unha na madeira da mesa, enquanto pensava. De repente, ela se coloco ereta para nós.

_Exato. Hogwarts tem muitos estudantes em treinamento, não somos só cinco e é isso que precisamos explorar. Precisamos nos unir.

_Mas todos nós? - Perguntei confuso - Como fazemos isso?

_Onde quer chegar? - Lary indagou.

_Não todos. Mas o bastante. Precisamos juntar um pessoal para ajudar a nossa casa que é Hogwarts. E podemos treinar e investigar juntos.

_Hum, me parece uma ótima ideia - Coral concordou.

_Você diz como a Armada de Dumbledore que nossos avós fizeram parte? - Leny sugeriu.

Marie assentiu e todos concordamos e nos entreolhamos sorridentes. Finalmente, estávamos começando a desvendar todo aquele problema. Caminhando para a luz no fim do túnel. Um homem se aproximou da nossa mesa com uma bandeja e nos entregou cinco canecas de suculentas cervejas amanteigadas, uma para cada um. Comecei a bebericar a minha, enquanto Lary apenas brincava com seu copo. E Leny quebrou o silêncio.

_Vamos unir os melhores, então. Vamos marcar de nos encontrar o mais rápido e unir quem conseguirmos para trabalharmos todos juntos - A loira sugeriu - Não vamos espalhar para todo mundo é muito menos para gente que talvez não seja confiável, mas quem conseguimos para ajudar na vai ser ótimo.

_Isso mesmo! - Cora sorriu e balançou os seus cabelos ruivos - Mas precisamos de um nome... Vamos manter o Armada de Dumbledore, mesmo?

Pensamos por um tempo a respeito. Era um ótimo nome e ele fora um ótimo homem. Até porque honraríamos a nossos avós assim, mas também não parecia a melhor opção, quando Marie mais uma vez se prontificou.

_Não... Não vamos ser a AD, seremos a AH. Porque mesmo Dumbledore sendo uma boa pessoa e inspiradora. Amaria conhecê-lo. Ele se foi e o nosso verdadeiro lar, onde está a nossa família é Hogwarts. Ela precisa ser salva, por isso seremos a Armada de Hogwarts.

Nos entreolhamos mais uma vez e todos abrimos os lábios em sorrisos contentes. Encontrei os olhos de Marie e, assim, que ela me encarou, pisquei para ela dizendo que estava orgulho por suas ideias. Então, ela sorriu para mim, agradecida. Em seguida, uma mão segurando uma caneca de vidro se ergueu em nosso meio. Era Lary, ela tomou a frente:

_À Armada de Hogwarts! - Exclamou - Quem está comigo?

Marie entendeu a deixa e colocou sua bebida ao lado da da amiga no alto.

_À Armada de Hogwarts!

Entreolhei as meninas para que captassem a mensagem. Dessa forma, eu, Leny e Coraliny também estendemos nossas cervejas amanteigadas para junto das garotas e brindamos entusiasmados e esperançosos.

_À Armada de Hogwarts! - Exclamamos os três em coro.

Por fim, todos demos um grande gole em nossa bebida e a mesa explodiu em risadas amigáveis e contentes. Hogwarts precisava de nós. Ela estava em apuros. Iríamos ajudá-la. E agora, enfim, tínhamos uma estratégia.

Joanne Jordan - POV's

Reflexos brilhantes de luzes verdes brilhavam na frente de meus olhos enquanto saiam da ponta da minha varinha. Mais uma vez estava brincando com o objeto de madeira acima da cabeça enquanto deitada em um dos degraus das escadas que levavam ao Hall de Entrada, subindo das Masmorras, onde fica a comunal da Slytherin.

A maioria dos estudantes, cerca de 90% para ser mais exata, se encontrava passeando em Hogsmead. Eu tinha que passar todo o dia de folga sozinha no tédio total. Estava feliz por estar em Hogwarts, meu verdadeira lar, ao invés de em casa com pessoas que mais parecem desconhecidos do que familiares para mim. Pessoas que não me entendem e muito menos se parecem comigo. Mas gostaria de poder aproveitar cada minuto no vilarejo bruxo, nem que eu tomasse algo sozinha no Três Vassouras, ou apenas ficasse admirando a Casa dos Gritos, meu passatempo favorito.

Claro que meus pais tinham assinado meu formulário para poder ir aos passeios como em todos os anos eu ia, porém dessa vez, depois te a diretora tê-los incomodado para falar sobre o incidente com a cobra da Lilith, eles concordaram que eu merecia uma punição e por isso pediram a ela que não me deixasse ir a primeira visita. A vontade que eu tinha era de não apenas usar magia para puxar os belos cabelos loiros da 'rainha' como também de cortá-los com uma tesoura afiada.

Me sentei e encarei meus pés. Me recusara a comer desde o momento em que acordara e já era quase meio-dia. Meu estômago roncava ferozmente como se um leão tivesse sido deixado preso em uma jaula e começasse a rugir. Finalmente, me levantei, guardei a varinha dentre as vestes e comecei a subir o restante degraus em direção ao Salão Principal.

Assim que atingi o Saguão de Entrada me deparei com apenas um ser vivo no local. Contudo não era um garoto normal. Ele não estava bem. Estava caído no chão, inconsciente. Me assustei a princípio, mas meu instinto falou mais alto e sai correndo em disparada até ele. O garoto parecia dormir em um sono profundo. Ele possuía cabelos alourados e vestes amarelas e pretas, não conseguia me lembrar tão bem dele, talvez fosse um primeiranista?

Naquele instante, passou pela minha cabeça tudo o que Lilith e Jack estavam planejando. O que eu precisava descobrir e detê-los. Então, rapidamente contive meus nervos de ver um garoto inconsciente a minha frente e me lembrei do que ocorrera há algumas semanas com as garotas também da Hufflepuff, Glenda e Giselle. Falavam sobre algo a ver com algumas esferas... Dei a volta no local com os olhos, mas não encontrei nada sobre o objeto.

Estava começando a pensar que era apenas coincidência quando encontrei-a. Estava entre uma das mãos do garoto. Ele a segurava firme, porém mais frouxo. Apanhei-a e observei. Estava apagada e fosca como se toda a sua magia tivesse se esvaído e seu propósito atingido.

Pensei em guardá-la em minhas vestes, mas não fazia ideia do que faria com ela. De repente, escutei alguns passos no corredor e quando me virei dei de cara com Lewis Davis. O zelador de cabelos grisalhos caminhou em minha direção aflito.

_O que houve? - Ele se ajoelhou e apanhou o garotinho em seus braços.

_E-eu não sei... - Balancei a cabeça e, em seguida, entreguei a prova que tinha - Encontrei isso.

O senhor não boquiabriu-se e segurou o menino fortemente. Então, me instruiu para que o seguisse até a enfermaria e que deveríamos entregar o objeto diretamente nas mãos da diretora Rose. Fiz o que ele havia pedido e o segui, ainda sentindo a textura lisa como vidro porém menos resistente da esfera em minha mão.


Notas Finais


Agora a história está avançando ainda mais e, bem, se tivesse tempo o cap seria ainda maior, porém nos próximos caps ainda vão ter muita coisa pela frente e já adianto que o próximo vai ser intitulado "Baile de Halloween - Parte 1"... ATÉ A PRÓXIMA!

XOXO


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