História Hold me tight - 2 temporada - Surpresa!

POV Kyung Min

Fiquei numa aflição só, olhei para trás, então, Suga me mandou um olhar alegre, senti uma sensação estranha, apenas concordei com a situação e coloquei a mão na maçaneta, virando-a. Assim que eu entrei naquilo que aparentava ser o porão da universidade (onde eu nunca havia pisado) comecei a desconfiar de algo a mais, tudo estava escuro, procurei onde ligava a luz e logo achei o receptor, acendendo-a, quando fiz isso, várias pessoas pularam e gritaram “SURPRESA” olhando para mim sorridentes.

         — Ai meu deus... — Fiquei muito assustada com tudo, o porão inteiro era enorme e estava decorado, além das várias pessoas que estavam lá pra comemorar o meu aniversário. — Isso é sério? — Me virei e Jimin estava me olhando rindo, assim que o fitei, pulei em seus braços, o abraçando forte.

         — Parabéns MINNIE-AH!! — Jimin me segurou enquanto eu o apertava ainda. — Foi ideia do Suga Hyung. — Ele sussurrou em meus ouvidos, com o meu corpo ainda em seus braços.

         O soltei sorridente e virei para o lado, onde o Suga observava o pessoal abrindo um sorriso escancarado. Apenas esbocei um riso calmo no rosto, apreciando-o. Logo me perdi quando fui pega por Jimin, ele segurou minha mão e me puxou até o outro canto, onde havia uma enorme mesa com um bolo super fofo e lindo e uma faixa com o meu nome na parede, que por sinal estava brilhando.

         — Isso é inacreditável, fizeram tudo isso por mim? — Coloquei a mão tampando a boca, enquanto sorria muito. Olhei para Jimin novamente e ele apenas me devolveu o seu famoso eyesmile.

         — Fizemos... — Ouvi a voz do Hoseok, um pouco amargurado. Logo fechei a cara e hesitei em responde-lo. — Kyung Min, parabéns, eu sei que o que fizemos não irá simplesmente desaparecer da sua memória, mas farei de tudo pra que desapareça, desculpa! — Ele disse, seus olhos estavam vermelhos, e logo isso, derrubou lágrimas me olhando.

         Isso cortou meu coração, eu sei o que acontece quando espalham boatos mal explicados, isso não foi tanta culpa dele, estava disposta a perdoa-lo. Apenas devolvi um sorriso lateral fechado, e assenti com a cabeça, fazendo-o gargalhar.

         — Que tal a aniversariante vir da uma palavrinha aqui no palco? — Era a voz do Rapmon, isso realmente me deixou muito feliz, era legal saber que todos estavam na minha festa.

         Corri para direção do palco desviando das pessoas, mas antes que eu pudesse subir em cima do próprio, Tae Wan foi antes de mim, pegou o microfone da mão do Namjoon, afastando-o do palco e logo depois focando no meu rosto; a multidão parou de falar, inclusive a música.

         — Isso... Isso está ligado? — Ela deu dois toques no microfone. — Oi... pessoal, eu sei que vocês sabem o motivo de eu estar aqui em cima do palco, não a aniversariante, mas é que, nesse dia especial para todos nós, eu só queria esclarecer alguns fatos... — Ela parou me olhar e até percebi sua mão tremer alguns momentos.

         Olhei para o lado e o Jungkook havia chego na festa, atrasado, porém ele estava lá, isso me deixou feliz, mas o sentimento de incomodo pela Tae Wan querer falar algo, estava constantemente vivo naquele momento; ele correu para minha direção, colocou a mão no meu ombro e sussurrou no meu ouvido.

         — Não precisa ouvir isso. — Depois do sussurro, me olhou fixamente nos olhos, sério.

         — Deixa, eu quero. — Dei um sorriso confortante para que ele ficasse melhor, e voltei a focar nela, que havia pausado a sua fala para me observar falando com o Jungkook.

         — Já que você chegou, isso vai ser para os dois. — Ela olhou para Jungkook ao falar. — Eu não devia ter achado que eu tinha o direito de ter algum tipo de ciúmes de você, eu não devia ter alimentado um boato, eu podia ter acreditado na pessoa que me acolheu nessa universidade e ter apoiado, mas, o meu sentimento por ele... foi mais forte. — Ela preferiu não usar nomes.

         Ela respirou fundo, e esboçou um riso nervoso.

         — Eu, eu só quero enfiar minha cabeça no chão e não tira-la, de vergonha, isso é frustrante, eu com certeza estou perdendo uma das melhores pessoas da minha vida por uma coisa que foi tão, ridícula, infelizmente fiz algo que não posso voltar atrás pra arrumar, e eu entenderei se você, Kyung Min, quiser me odiar pra sempre. — Ela me olhou, enquanto suas lágrimas escorriam sobre sua bochecha. — Você pode me odiar pra sempre, só espero que esteja consciente, que, eu nunca vou me perdoar pelo o que eu fiz, e que ainda sim, se você não quiser olhar pra minha cara, ainda você vai ser a melhor Unnie que eu já pude ter, pois aguentou tudo quieta e com o orgulho intacto, parabéns para você, eu... estou muito arrependida. — Ela assim que falou, ficou olhando para meu rosto, que estava totalmente sem expressão. Foi em direção do Namjoon, e devolveu o microfone, descendo do palco.

         Limpei a lágrima que quase caiu do meu rosto e subi correndo no palco; sorri para o Namjoon e peguei o microfone, indo pro centro, olhar para cada rosto, inclusive os dos meus amigos.

         — A todos que me fizeram sofrer, eu não ligo mais, isso não interfere no que eu estou sentindo agora e o que eu vou sentir no futuro, rancor é para os trogloditas. — Assim que eu disse, alguns riram, peguei foco e voltei a falar. — Eu sou capaz de perdoar todos, Sung Young, eu sei que eu fui rude primeiro com você e te conhecendo, você só estava se vingando, cruel da sua parte fazer isso, porque eu sofri bullying. — Olhei para e ela rindo, mas minhas lágrimas começaram a descer. — Foi bom ser sua melhor amiga, mas agora, eu quero dizer algo pra você: boa sorte para tentar achar outra amiga, uma melhor, pois eu já estou na procura, mas enfim, parte disso tudo foi minha culpa, eu te perdoou. — Desviei o olhar, agora procurando o Jung Hee.

         Assim que o achei, não consegui segurar, e parei um pouco, dei de costas para o público, e comecei a segurar o choro; isso estava mais difícil do que eu pensava.

         — Park Jung Hee, a gente nasceu praticamente juntos, isso é doloroso, mas infelizmente eu sei o quão bom o seu coração é, e o quão inocente foi, eu não sou uma das melhores pessoas do mundo, certamente achou que tinha uma possibilidade de eu ter feito uma besteira daquela, eu não quero e nem consigo viver sem você, mas eu vou tentar. — Disse, respirei fundo e parei de falar nisso. — O resto é só esquecer e pronto, só vamos... SÓ VAMOS APROVEITAR A FESTA. — Gritei, coloquei o microfone no chão e desci do palco, correndo até o Jungkook.

                   Ele me abraçou sorridente e depois de me soltar me olhou nos olhos.

         — Isso foi corajoso da sua parte, eu sei que metade disso é um orgulho enorme, se quiser voltar a falar com eles, tentarei junto com você. — Ele disse.

         — Acho que não vou precisar, a partir de semana que vem... — Ele não entendeu, porém, ignorando sua reação, o puxei para a mesa de doces, pegando alguns.

         POV Jungkook

         Hiyeon e Jimin levaram Kyung Min para longe, acho que iria mostrar os presentes recebidos pelos convidados, algo que realmente deixaria ela feliz, eu penso. Me perdi olhando a multidão dançando, estava realmente muito lotado, a universidade inteira praticamente estava lá. Ao olhar para tantas pessoas, me deparei com uma, que não era de agora que estava me encarando, Tae Wan; devolvendo seu olhar, ela resolveu seguir em minha direção, me deixando com medo.

         — Jeon Jung... — Ela ia completar meu nome, mas ao virar meu rosto para o seu, com uma expressão séria, ela parou e ficou me olhando.

         — Eu já ouvi o seu discurso, o que mais quer explicar? — Me feria tratar alguém assim, mas ela pediu por isso.

         — Eu simplesmente achei que agora estaria tudo bem, mas eu acho que é muito cedo pra isso... — Ela se virou e começou a andar cabisbaixa. Revirei os olhos e a puxei pelo braço.

         — Sei o que sente por mim agora, mas por enquanto, se quiser manter uma amizade, concordarei se a Kyung Min quiser, entende? Não quero me voltar contra ela nesse momento de sua vida. — Disse convicto e sério.

         — Sim, eu posso aceitar isso, eu não quero que ache que eu sou outra pessoa, quando estiverem prontos pra me aceitar de volta, eu estarei aqui... — Me olhou triste.

         — Não te vejo como outra pessoa. — Minha mão ainda segurava seu braço, agora de forma uma delicada. — Todo mundo erra, isso não te faz diferente do que era quando te conheci. — Ela esboçou um sorriso ao ouvir o que eu disse.

         Um sentimento conhecido por mim fluiu novamente ao olha-la nos olhos, mas o arrependimento bateu juntamente com isso, soltei seus braços, sorrindo de forma caridosa e desviando de seu corpo. Agora, por mais que eu queira, eu devo focar em outras coisas, assim Kyung Min não estará prejudicada em nada.

         POV Suga

         Assim que rolou todo aquele chororô, eu fui para a cozinha ver como estava o serviço de bufê, juntamente com o Jin, que se achava o rei nisso. Após verificar, sai de lá e fui novamente para o salão, onde havia muita gente, procurei o Jimin que certamente estaria com a Kyung Min, e ao acha-lo fui em sua reta.

         — Contratou garçom? — Puxei a orelha do Jimin, que gemeu enquanto tentava tirar minha mão. — Alguém ta servindo? Diz pra mim que você não esqueceu, Jimin! — Soltei com força sua orelha.

         — AIGOO, Eu contratei devem estar chegando. — Jimin me olhava com desprezo enquanto choramingava.

         — Quer relaxar um pouco? — Hiyeon disse me olhando. — Só olha a como ela está feliz, isso realmente importa agora? Seu plano foi bem-sucedido. — Olhei para onde a Kyung Min se encontrava.

         Ela estava lendo as etiquetas dos presentes, fui até onde ela estava e parei em seu lado, não dizendo nada.

         — Cadê o seu? — Ela sem ao menos me olhar, procurando de presente a presente nas etiquetas o meu nome.

         — Não comprei. — Olhei para a montanha de presente, colocando a mão no bolso. Percebi que ela virou para mim com um olhar julgador, então virei meu rosto em direção do seu, sorrindo sarcasticamente.

         — Para de mentir. — Ela deu um empurrãozinho de leve no meu ombro, enquanto ainda fazia sua cara de deboche.

         — Não, eu não to mentindo, o meu presente não é algo que possa comprar, no final da noite eu vou te dar. — Sorri de lado e deixei que ela pensasse sobre o assunto, saindo de perto.