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História Hold me Tight - Caça ao tesouro


Escrita por: KiitaT

Notas do Autor


Olá, bem-vindos à mais um capítulo!
Minha intenção inicial não era postar um capítulo atrás do outro assim, eu juro. UHASUASUHUAH
Mas como semana que vem eu não estarei em casa pra postar, eu resolvi deixar mais um aqui e aproveitar pra avisar do meu sumiço. UASHASUAHU
Não se preocupem, na outra semana eu apareço com dois capítulos pra vocês. (se Deus quiser)
Sem mais delongas, boa leitura! <3

Capítulo 3 - Caça ao tesouro


Fanfic / Fanfiction Hold me Tight - Caça ao tesouro

- Jimin POV -

O caminho de volta pra casa foi feito completamente no automático, minha mente ocupada demais com o turbilhão de perguntas que lhe ocorriam. Quem era aquele garoto loiro? Por que seus olhos eram tão frios? Por que ele carregava uma arma? Por que ele me salvou? Por que ele foi embora antes que eu pudesse agradecê-lo?

O mais engraçado era que eu só conseguia pensar sobre o estranho à quem eu devia minha vida, o fato que a loja quase fora roubada e que eu ficara frente a frente com o cano de um revólver foi totalmente esquecido. Eu tinha uma dívida com ele, uma dívida muito grande, uma que precisava ser paga. Eu precisava descobrir quem era esse cara.

Cheguei em casa pra me deparar com todas as luzes apagadas, a sala iluminada apenas pela fraca luz azulada vindo da televisão onde Taehyung jogava algum jogo de corrida. Já eram 3h da manhã, mas Tae nunca fora do tipo de dormir cedo. Suspirei, tirando os sapatos de qualquer jeito e ligando o interruptor da luz da sala. O garoto estava tão absorto no jogo que apenas piscou pra se acostumar com a claridade, mas sua atenção permaneceu intacta na pista e suas curvas fechadas. Me joguei no sofá ao seu lado e suspirei alto, tentando chamar sua atenção. Sem sucesso.

- Tae-Tae... eu preciso falar com você. – chamei.

- Hm? – foi a única resposta que obtive, os olhos castanhos do garoto ao meu lado nunca deixando a tv.

- Hoje a loja foi assaltada. – isso sim arrancou uma reação digna dele. Taehyung virou seu rosto pra me encarar, sobrancelhas formando uma careta que misturava choque, perplexidade e preocupação. Pude ouvir um estrondo de batida de carro, o jogo agora completamente esquecido.

- Você está bem? – sorri para o tom de preocupação que sua voz grave adotou. Tae pode ser irresponsável, carente e com uns parafusos a menos, mas eu sabia que podia contar com ele pra qualquer coisa.

- Sim. – respondi. - ... Um cara me salvou. – acrescentei, hesitante. Isso despertou seu interesse completamente.

- Cara? Que cara?

- Ai que tá. – suspirei. – Eu não faço a menor ideia. Ele chegou, botou o assaltante pra correr, e foi embora sem nem dizer nada.

- Oi? Pera, isso tá muito confuso. Me conta tudo desde o começo. – ele pediu, cruzando as pernas enquanto se virava pra ficar de frente pra mim. Espelhei seus movimentos e relatei tudo que acontecera. Desde a hora que o loiro aparecera, tomando meu tempo pra descrevê-lo da forma mais exata possível, até o momento que tinha uma arma apontada pra mim e ele tinha uma arma apontada pro meu agressor. Contei até sobre seu gosto duvidoso para bebidas alcoólicas, e o modo como ele foi embora sem me deixar agradecê-lo.

- Hm... Baixo, branquelo e loiro... Não conheço ninguém assim, mas o fato dele carregar uma arma me diz que ele faz parte de alguma gangue. – comentou, pensativo. Taehyung era o tipo de pessoa que fazia amigos com facilidade, devido à sua natureza sociável. Porém, muitas vezes esses amigos eram um pouco... duvidosos. Ele tinha muitos contatos no underground da cidade, inclusive em algumas gangues. Eu sempre o julgava silenciosamente por isso, mas acho que agora esses contatos se provarão muito úteis. – Posso perguntar por ai, se você quiser. Alguém deve saber quem ele é.

- Você faria isso? – mal consegui esconder minha excitação, ansioso pra finalmente dar um nome ao rosto.

- Yah, Jiminie! E por acaso tem algo que eu não faria por você? – ele brincou, apertando minhas bochechas enquanto exibia aquele sorriso retangular que eu tanto gostava. Taehyung era realmente um bom amigo, não esperava menos dele. Eu podia sentir as borboletas dando voltas no meu estômago, a possibilidade de encontrá-lo me deixando mais excitado do que nunca.

 

Na noite seguinte eu fui trabalhar esperançoso de que o garoto pudesse voltar. Quando cheguei na loja, estavam instalando as câmeras de vigilância que o gerente encomendou após saber do incidente de ontem. Ele ficou horrorizado quando lhe contei, e até me ofereceu o dia de folga caso eu precisasse. Eu agradeci a oferta, mas recusei. Felizmente não havia acontecido nada, e eu precisava ver se ele voltaria. No final do expediente, fui embora sem o menor sinal de cabelos loiros.

Apenas dois dias mais tarde Taehyung voltou com notícias. Era final de tarde e eu estava prestes a sair da academia quando recebi uma mensagem dele dizendo que tinha um assunto urgente pra discutir. Pedi pra ele me encontrar numa praça próxima, prometendo que pagaria um sorvete. Fiquei uns quinze minutos esperando por ele, dois picolés derretendo na mão, – um de morango pra mim e um de limão pra ele, seu favorito – quando sinto mãos largas cobrindo meus óculos.

- Advinha quem é~? – perguntou uma voz melodiosa, mas o tom grave da voz de Taehyung o entregou.

- Aish, Taehyungie! Você está sujando minhas lentes! – exclamei irritado, entregando bruscamente os picolés pra ele enquanto tentava limpar meus óculos o melhor que pude na camisa. Ele não demorou dois segundos pra desembrulhar seu picolé de limão e enfiá-lo quase todo na boca. Quando devolvi os óculos um pouco menos sujos pro rosto, Tae devolveu meu picolé de morango e sentou-se num banco próximo.

- Tenho boas e más notícias pra você. Qual você quer primeiro? – ele me perguntou, expressão de divertimento no rosto.

- A boa.

- A boa notícia é que eu descobri quem é o loiro misterioso. – ele riu da expressão de excitação e ansiedade que eu fiz com a notícia.

- Aish, estou até com medo de perguntar... E a má?

- A má é que meu palpite estava certo: ele realmente faz parte de uma gangue. E, pra piorar, tem uma reputação muito ruim. Metade das pessoas pra quem eu perguntei tremeram de medo quando o descrevi, e a outra metade me olhou como se eu tivesse chutado um filhote de cachorro na chuva. Eu não sei que tipo de cara ele é, mas só pelas reações eu sei que boa pessoa não é.

- Mas... – hesitei, isso não fazia nenhum sentido. – Se ele não fosse uma boa pessoa, por que ele me salvaria?

- Sei lá, vai ver ele só não queria que a loja fosse roubada antes que ele pudesse comprar o uísque de origem duvidosa dele. Você sabe, se o caixa estivesse vazio você não teria troco pra dar.

- Ele nem sequer esperou o troco, Taehyung. Isso não está certo. Não faz sentido. – continuei, pensativo.

- Aish, eu realmente não sei, tá legal? Não peguei detalhes, só sei que ele não é a pessoa mais amada do universo.

- Qual o nome dele? – perguntei, determinação estampada nos olhos.

- O pessoal conhece ele como Suga. Por que? Que cara é essa?

- Onde ele costuma ficar?

- Jiminie, não inventa. Não vou deixar você ir até lá. – Taehyung calou minha tentativa de protesto colocando um dedo sobre meus lábios antes mesmo que eles pudessem se abrir. – É perigoso, sabe-se lá o que ele pode fazer com você!

- Tae-Tae, eu preciso procurá-lo. Odeio esse sentimento de dívida que tenho com ele. Eu só vou lá agradecer e vou embora. Prometo. – tentei convencê-lo com o meu melhor aegyo, mas ele só suspirou profundamente e me disse que eu parecia ridículo. Então começou a me ensinar o caminho que levava até a sede de sua gangue.

 

Confesso que o caminho parecia muito mais simples enquanto Taehyung estava me ensinando. Fazê-lo era outra coisa completamente diferente. Todas as esquinas eram estranhas demais e os becos escuros demais; meu péssimo senso de direção me fez virar em algumas esquinas erradas e eu já estava quase desistindo quando avistei um prédio de estacionamentos desativado. Bingo.

O sol já estava baixo no céu, dando lugar à lua e às estrelas. O único acesso ao prédio era feito por um túnel que servia aos veículos. Estava escuro como breu, e meu primeiro instinto era dar as costas e ir embora; porém, eu havia levado quase uma hora pra achar este lugar, e não tinha certeza se poderia achá-lo de novo no futuro, então não tive outra escolha a não ser segui-lo. Depois de alguns minutos andando na penumbra, tateando as paredes do túnel pra não ficar perdido, dei de cara com um portão de tela. Tentei abri-lo só pra perceber que estava trancado. Que ótimo. Pulei o portão com uma certa dificuldade, caindo no chão do outro lado de forma nada graciosa. Assim que me levantei, quase gritei de susto ao ver um rosto jovem meros centímetros distante do meu. Ah, que pena, eu não reconhecia aquele rosto.

- Quem é você? O que você quer aqui? - indagou o garoto, desconfiado.

- O-oi... – eu dei um sorriso meio sem graça, tentando aliviar um pouco da tensão. – Eu estou procurando um garoto chamado Suga.

- Alguém me chamou? – reconheci a voz imediatamente. Ela possuía um timbre que era difícil de descrever, mas era inconfundível. Olhei por cima dos ombros do estranho à minha frente, apenas pra confirmar o que meus ouvidos já sabiam. Ele estava parado alguns passos à frente, mãos escondidas nos bolsos do moletom branco, calça jeans rasgada e uma expressão de tédio no rosto. Os cabelos loiros estavam ocultos por um gorro preto, mas eu não tinha dúvidas.

 Eu finalmente o encontrara.



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