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História Hold me Tight - Seu maior fã


Escrita por: KiitaT

Notas do Autor


Olá de novo~ ;3
Então, nesse capítulo seremos apresentados à um dos meus personagens favoritos. :v
Não que a pessoa real não seja um dos meus favoritos, ele tá no meu top4, mas... enfim UHASUAHSUHA
Boa leitura <3

Capítulo 7 - Seu maior fã


Fanfic / Fanfiction Hold me Tight - Seu maior fã

- Jimin POV -

Esta manhã eu acordei animado, pois era um dia muito importante pra mim. Tomei muito cuidado para estar bem vestido mas sem exagerar, usando um moletom escuro e largo com a estampa do meu time de basquete favorito por cima de bermudas esportivas, com um boné virado para trás completando o look. Acelerei a bicicleta conforme o meu destino se aproximava. Não pude conter o sorriso quando vi o complexo da universidade. Eu havia conseguido uma bolsa de estudos numa das universidades particulares mais renomadas de Seoul. Infelizmente a bolsa não cobria a mensalidade toda, e a universidade não fornecia dormitórios para os estudantes, mas eu ainda me considerava o cara mais sortudo do mundo. Não conseguia acreditar que finalmente eu podia seguir meu sonho de fazer carreira como dançarino profissional, talvez até montando um pequeno estúdio pra ajudar crianças com o mesmo sonho que eu.

Os prédios que compunham o complexo possuíam aquele típico charme do estilo gótico, fachadas de pedra, torres altas e imponentes, vitrais multicoloridos e aparência antiga. Chegava a ser engraçado ver a universidade representando o melhor estilo europeu em meio aos inúmeros arranha-céus de aço e vidro no coração de Seoul, mas era exatamente isso que a tornava especial pra mim. Dentro do complexo, você se sentia em outro lugar, mais calmo e descontraído, muito diferente do resto da cidade. Os prédios estavam dispostos ao redor de um pátio central, bastante extenso e coberto por gramado; espalhados por ele haviam estudantes de todos os tipos, fazendo diversas coisas: casais namorando, amigos brincando e rindo, algumas pessoas solitárias com a cara enfiada nos livros, outras desenhando, outras dançando. Me senti imediatamente acolhido, e o primeiro dia nem havia começado.

Fiz meu caminho para o prédio que abrigava todos os cursos ligados à arte. Percorri corredor atrás de corredor em busca do pequeno estúdio onde eu teria minha primeira aula prática de dança. De repente, uma série de cartazes coloridos pregados num dos quadros de avisos chamaram minha atenção. Todos eles traziam a mesma informação: haveria uma apresentação de dança num clube em Hongdae no final de semana. Prendi a respiração quando vi quem iria se apresentar. J-Hope. Ninguém menos que o meu dançarino favorito, o meu ídolo underground. Nunca tive a honra de vê-lo se apresentar ao vivo, mas já assisti diversos vídeos dele na internet. Seu estilo era único, e eu tinha um sonho secreto de fã de me apresentar com ele algum dia. Arranquei um dos cartazes do mural e guardei na mochila; eu estava determinado a ir, nem que seja a última coisa que eu faça.

Depois de pedir algumas informações pelo caminho, acabei encontrando o local da aula. Infelizmente eu estava eufórico demais pra me dedicar totalmente aos movimentos que fazia, mas meu corpo já estava treinado o suficiente pra conseguir executá-los sem esforço. Cheguei a conversar com alguns dos meus colegas de turma, e um deles até comentou que também estava ansioso para o final de semana. As aulas seguintes, teóricas, passaram de forma extremamente lenta e angustiante. Quando chegou a hora do almoço, corri para me encontrar com Taehyung e Jungkook no refeitório. O prédio do refeitório era o mais modesto, mas não deixava de ser belo. Apesar de possuir apenas um pavimento, ainda mantinha o pé-direito elevado do estilo gótico, e suas paredes laterais eram ornadas com largos vitrais que cobriam quase toda a sua extensão. Peguei um prato de carne com legumes que parecia incrivelmente apetitoso e me juntei aos dois, que já estavam sentados numa das mesas mais próximas das janelas.

- Cancelem todos os compromissos que vocês tem no final de semana. – ordenei, me sentando ao lado de Taehyung e de frente pra Jungkook. Tae tomou um leve susto com a minha aparição repentina, mas Jungkook apenas me encarou com uma expressão esquisita.

- Por que? – perguntou o moreno.

- Nós vamos ver uma apresentação de dança. – expliquei, enfiando comida na boca de forma nada educada.

- Ah, daquele cara que você stalkeia na internet? – Taehyung se virou pra mim, deixando claro que esse pouco tempo de amizade foi o suficiente pra ele me conhecer por completo.

- Eu não stalkeio ele. – corei, tentando me defender.

- Qual é o nome dele mesmo, hein? – Tae continuou, me ignorando completamente. – É alguma coisa com J, tenho certeza... J-House? J-Horse?

- J-Hope. – corrigi, fazendo o meu melhor para não parecer ofendido. J-Horse? Jura?

- E por que você quer me arrastar pra ver essa porcaria? – Jungkook perguntou.

- Porque sim. E você vai ver que ele não é nenhuma porcaria. – eu disse, encerrando o assunto. Conversamos mais um pouco sobre nossas aulas, Tae entusiasmado com seu curso de filosofia – pela segunda vez – e Jungkook abominando o curso de direito. Nos separamos para mais uma tarde de aulas, e ao final da tarde nos encontramos para voltar para casa juntos.

Naquela noite, pensei em mandar uma mensagem convidando Jin, Namjoon e Suga para a apresentação, mas me contive ao lembrar da reação deles ao mencionar o assunto dança. Decidi então a não brincar com a sorte tão cedo, e apenas me contentei em assistir um filme de zumbis com Tae-Tae e Jungkook. Eu e Tae ocupamos o único sofá da sala e passamos a duração inteira do filme agarrados um ao outro, com muito medo para sequer abrir os olhos em certas cenas. Por outro lado, Jungkook, que estava jogado confortavelmente sobre uma poltrona, encarava a televisão sem nem ao menos piscar os olhos. Já era tarde quando o filme acabou, e mostrando seu melhor aegyo, o pequeno filhote de coala que estava agarrado à mim comunicou – veja bem, comunicou, não pediu – que iria dormir na minha cama hoje. Sem outra opção além de concordar, suspirei e passei a mão por seus cabelos lilases e macios, recebendo um grunhido – meio gemido, meio miado – do garoto.

Assim que nos deitamos, – eu e Taehyung na cama e Jungkook no futon ao lado – Tae virou as costas pra mim e dormiu, uma respiração pesada e constante escapando de seus lábios. Eu soltei uma leve risada, incrédulo. Até hoje não entendia porque ele insistia tanto em dormir comigo, usando a desculpa do medo, se ele pegava no sono tão rápido. Virei para o outro lado, onde estava a cama de Jungkook, e o peguei me encarando com seus olhos escuros.

- Não consegue dormir? – perguntei, tentando disfarçar o rubor que coloria minhas bochechas. O quarto estava parcialmente escuro, mas o abajur aceso ao lado da minha cama deixava meu rosto bem visível. Eu não sabia explicar o porquê, mas o jeito que o mais alto me encarava me perturbava um pouco.

- Vocês dois são bem próximos, né? – ele desviou minha pergunta, expressão indecifrável no rosto.

- É, eu acho que sim. – ri, meio sem graça. – Nos conhecemos quando eu vi o anúncio que ele deixou na internet, procurando um colega de quarto. Isso já faz quase dois meses. Eu pensei que não conseguiria morar com um completo estranho, mas Tae-Tae deixou de ser um estranho já no primeiro dia. – sorri ao lembrar da forma animada e afoita que ele se apresentava, listava todas as coisas que ele gostava e desgostava, contava toda a história da sua família e afins. Taehyung era extremamente sociável, mas eu sentia que havia alguma ligação mais profunda entre nós. Naquele momento eu simplesmente soube que ele seria meu melhor amigo pro resto da vida.

- Você realmente não se lembra da época em que éramos crianças? – Jungkook indagou, sua voz quase um sussurro.

- Ah, eu tenho uma lembrança muito vaga. – admiti, corando novamente. Por que esse assunto parecia ser tão importante pra ele? – Eu lembro de um garotinho com cabelos muito negros e um sorriso lindo. Mas é só. – pude ver a mistura de emoções que passaram pelos olhos do moreno. Esperança, constrangimento, desapontamento. Porém, ele se recuperou e voltou a estampar uma expressão neutra mais do que depressa. Ele sustentou meu olhar por mais alguns instantes, parecendo procurar por algo.

- Hm. Boa noite. – ele se virou de costas para mim, me deixando extremamente confuso. Será que éramos tão amigos que ele esperava que eu ainda me lembrasse mesmo tendo nos afastado por anos? Eu ainda pensava nisso quando murmurei um “boa noite” em resposta, apaguei a luz e deixei o sono me envolver por completo.

 

O resto da semana passou sem maiores incidentes. Conheci novos professores, fiz novos amigos, aprendi passos novos de dança. A faculdade estava me mantendo bem ocupado, e todo o meu tempo livre era dedicado a empregos de meio-período, por isso não consegui ver Suga de novo. Eu trocava algumas mensagens de texto com Jin-hyung, que parecia sempre disponível e disposto a jogar conversa fora, mas todas as tentativas de puxar conversa com o loiro falharam miseravelmente. Ele visualizava todas as mensagens, mas não respondia nenhuma.

Quando o final de semana chegou, eu já não conseguia mais me conter de tanta ansiedade. Quando descemos do ônibus em Hongdae, eu praticamente saltitei até o clube, pagando três entradas para a apresentação. Acotovelei algumas pessoas para tentar chegar o mais próximo possível do palco, já que eu não queria perder um único movimento sequer. Taehyung parecia animado, sonhando com a promessa de poder dançar e curtir o clube após o show. Jungkook, por outro lado, parecia um pouco claustrofóbico. Haviam muitas pessoas espremidas ao nosso redor, e ele mantinha uma careta plantada firme no rosto.

A plateia começou a gritar enlouquecida quando as luzes diminuíram no resto do clube e focaram o palco. Eu pensava que não havia como um ser humano gritar mais alto do que isso, mas me peguei gritando junto quando vi J-Hope se deslocando para o centro do palco. Ele se movia lenta e descontraidamente, seguro de si. Estava vestido com uma calça de tecido fino que parecia bastante confortável, um moletom largo com o capuz por cima de um boné que escondiam seus olhos e tênis nos pés, tudo em preto. Assim que ele sinalizou o DJ, uma batida alta e forte começou a tocar, e J-Hope começou a se mover de acordo. Os músculos de seus braços contraíam e relaxavam de acordo com a batida – marca registrada de seu estilo favorito, o popping – e suas pernas se dobravam em ângulos inacreditáveis. Eu não conseguia desgrudar meus olhos dele, maravilhado ao notar que assisti-lo ao vivo era infinitamente melhor que pela internet.

Ao final do seu número de dança, ele tirou o boné e o moletom, jogando-os de qualquer jeito no canto do palco. Por baixo ele vestia uma regata bastante reveladora, deixando seus braços e clavículas à mostra. Eu podia ver o suor escorrendo por seu pescoço até desaparecer por baixo do tecido, mas antes que minha mente focasse muito nisso, ele pegou um microfone e começou a cantar alguns versos de rap. Sua voz era um pouco anasalada, mas combinava perfeitamente com as letras divertidas que saíam numa velocidade impressionante de seus lábios. J-Hope fazia muitos gestos e pulava bastante no palco, obrigando a plateia a se juntar a ele. Eu podia jurar que em um dos versos ele apontou pra mim e piscou, mas antes que eu pudesse surtar o rap acabou e ele não demorou a dançar de novo. Após um tempo considerável de show, ele se despediu da plateia, agradecendo a todos, e saiu do palco. Todos ao meu redor – inclusive eu – clamavam por mais. Depois de longos segundos de pura angústia, ele apareceu novamente no palco com um sorriso de orelha à orelha e sinalizou o DJ. Imediatamente começou a tocar uma batida leve e animada de verão, e então reconheci a música de um dos grupos femininos mais famosos do país. J-Hope dançava a música de forma cômica, rebolando de um jeito nada masculino. Mas era exatamente por isso que eu era seu fã; adorava a forma como ele dançava qualquer coisa, exibindo o sorriso mais radiante que eu já vira, mostrando o quão apaixonado ele era pela música e pela dança. A plateia cantava junto no refrão, batendo palmas e alguns até arriscavam imitar os movimentos que J-Hope fazia. Ao finalizar a música, ele ria abertamente enquanto batia palmas animadas.

- E ai galera, vocês gostaram? – ele falou ao microfone que lhe estenderam, tirando os cabelos vermelhos e encharcados de suor dos olhos. Seu sorriso aumentou ainda mais quando recebeu uma resposta positiva. – Vocês também foram incríveis! Então, eu gostaria de anunciar que mês que vem vamos ter uma competição de dança nesse mesmo clube. Quem estiver interessado em participar pode se inscrever com aquele cara bonitão ali, tá? – ele brincou, apontando para um staff que acenou constrangido. – E advinha só? Eu serei o jurado, e o ganhador além de receber um pequeno prêmio em dinheiro, também vai poder participar do meu próximo show! – a plateia foi à loucura com essa informação, fazendo-o rir. Imediatamente eu senti meu coração acelerar. Tudo o que eu mais queria era participar em alguma de suas apresentações, e agora eu tinha a chance. – Quero ver todo mundo aqui mês que vem, hein? Até a próxima! – ele se despediu, saindo do palco pra valer dessa vez. Me virei para Tae com os olhos arregalados, mal conseguindo conter a animação. Ele me agraciou com aquele sorriso retangular que eu tanto gostava e se juntou à mim nos meus pulinhos de alegria. Jungkook apenas bufou e se dirigiu ao bar para beber alguma coisa – não-alcóolica, já que ele tinha apenas dezoito anos – enquanto o DJ tocava uma batida dançante e a multidão ao nosso redor se dispersava, alguns indo embora e outros ficando para dançar.

Sem saber muito o que fazer, ainda eufórico por causa do show, olhei ao redor e pude ver J-Hope num canto próximo ao palco rodeado por fãs, dando autógrafos. Taehyung, notando onde meu olhar estava pousado, me cutucou na costela e indicou a pequena aglomeração com a cabeça.

- Vai lá pedir autógrafo também. – ele disse, me entregando um pequeno bloco de papel e uma caneta. Sempre prevenido.

- Ah, e-eu não sei... Tem muita gente ali... Ele d-deve estar cansado. – gaguejei, mas Taehyung apenas revirou os olhos para minha hesitação e me empurrou para frente. Eu imediatamente quis recuar, mas a encarada que recebi me fez diminuir a distância entre mim e a pequena multidão, que agora já dispersava. J-Hope me notou de cara, seus olhos castanhos me analisando de cima a baixo. Corei violentamente sob seu olhar, e me aproximei de forma cautelosa.

- O-olá... Eu sou seu maior fã. – cumprimentei, me curvando de forma respeitosa.

- Muitas pessoas já me disseram isso hoje. – ele riu, me fazendo corar ainda mais.

- Ah, claro... Você é tão incrível e... – lutei para achar palavras, minha mente completamente em branco. Ótima primeira impressão que você vai deixar pro seu ídolo, Park Jimin. Parabéns.

- Qual seu nome? – ele perguntou, exibindo um sorriso encantador enquanto tirava o bloco e a caneta das minhas mãos. No meu nervosismo, tinha esquecido completamente de lhe pedir o autógrafo. Respondi ainda gaguejando, atento à forma como suas mãos assinavam o papel com destreza. Infelizmente, a atenção de J-Hope foi capturada por algum staff que chamava seu nome. Ele acenou com a cabeça para o estranho e se voltou pra mim, sorrindo enquanto me devolvia o papel autografado. – Você é fofo, Park Jimin. A gente se vê por ai.

E com isso fui deixado para trás, imóvel com o bloco de papel em mãos, assistindo a silhueta alta e esbelta de J-Hope se movimentar entre a multidão como um gato. Meu cérebro repassava a nossa pequena conversa milhares de vezes, tentando descobrir alguma falha que denunciasse que tudo não passava de um sonho. Quando recebi um esbarrão bem real que me tirou do transe, me dirigi determinado ao responsável pelas inscrições na competição. Eu ia entrar nessa pra ganhar.


Notas Finais


Jimin fangirlizando mais do que a gente no TRB, vejam só. HUASUHASUHAUHS


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