1. Spirit Fanfics >
  2. Home >
  3. Capítulo 1

História Home - Capítulo 1


Escrita por: Liberum

Notas do Autor


Iaiiii mouressssssssssssssssssssssss

Ressurgindo das cinzas like a Phoenix.
Pois é mores, essa fic saiu da minha necessidade de ler uma fanfic de AWAE que seja narrada em primeira pessoa pq eu nn gosto de ler em terceira pessoa. E isso VLW FLW.

Agora é serio, eu preciso saber o que se passa na mente do personagem e eu fico doida... kkkk é serio.

Então eu decidi escrever porque grande foi meu incomodo.

Espero que vocês gostem da historia.
Ela não sera muito grande, mas é de coração mores.

Apenas uma Kindred Spirit que shippa esse casal loucamente. Beijus

Capítulo 1 - Capítulo 1


     Por toda a beleza que há no mundo e grandeza eu tenho certeza de que há um caminho para todos nós. Ninguém está aqui por acaso ou por acidente.

     O mais louco de sair de casa e viver seu sonho é o momento onde nós voltamos ao lar, passei muito tempo achando que a palavra tinha um teor mais literal, mas é a figura de linguagem mais gloriosa que eu pude aprender. Espero ter dado valor o tanto quanto sinto que dei quando me ponho em frente ao túmulo.

     Será que Matthew e Marilla estariam orgulhosos de minhas conquistas? Será que desde o início eles sabiam que eu voltaria onde tudo começou para mim? Depois de ter visto e vivido de tudo não parecia ter lugar mais certo do que Greengables. Era o meu lugar. E no fundo de minha alma tenho certeza de que eles sabiam desde o início. Eu voltaria.

     Muitos anos na faculdade, alguns cuidando de meus pais, outros dando aula através dos condados e mais alguns perdidos em aventuras. Amores que vieram e se foram, espíritos amigos que se mostraram verdadeiros, e até mesmo aqueles que me esqueceram me formaram de uma forma tão bela.

     E por mais que algumas tristezas são difíceis de lidar não mudaria nada. Tudo estava do jeito que deveria ser.

    

+++

 

     Estava longe de Avonlea uns bons dez anos, me comunicava por carta com Diana, Josie e Ruby que me mantinham atualizadas sobre as novidades. Todas nós tínhamos nos formado, mas as meninas tinham uma certeza familiar que eu não conseguia ver imediatamente encaixada na minha vida. Começando com todas casadas, com filhos e algumas com uns quilinhos a mais. Certamente a pessoa que mais encaixava no perfil de mulher que eu tinha me tornado era Cole, e talvez por isso nos morávamos juntos e nos dávamos tão bem.

     Além das diferenças obvias entre nós, Cole estava em um relacionamento bem sólido com Jonah o que me fazia focar cada vez mais em outras coisas e não entrar na bolha do amor que parecia sufocante a cada momento. A pressão era enorme por eu estar sozinha, logo eu, a mais “romântica”.

    Mas sinceramente eu estava aberta ao amor verdadeiro e duradouro e não aceitaria mais do que isso, e somente a pessoa certa, nunca menos que isso.

    A convivência nas primeiras semanas pareceu um tanto aterradora, o que se fala com amigas que estão preocupadas com fraldas e intervalos irregulares de fezes de neném? Também não era o tipo de literatura que eu estava inclinada a me dedicar.

     Cole estava compenetrado com as decorações de seu casamentos secreto e eu esperava os dias passarem para começarem as aulas.

     Tinha conseguido juntar um dinheiro e graças a ajuda de algumas mães e o louvável apoio de Josephine eu havia conseguido fundos o suficientes para alavancar um projeto. Uma faculdade, ainda que pequena em Avonlea.

     Não eram muitos cursos oferecidos e como todo começo nós éramos voluntários mas eu via potencial. Um grandioso potencial.

     Ensinar culturas, línguas e mudanças. Inovações, criações e arte para todo aquele que precisa de um lugar para se encaixar. Um lugar para chamar de lar. Era isso que era minha ideia. Universidade Cordélia Cuth.

     Como toda iniciativa feminina em ambientes puramente masculinos eu já conseguia sentir a represália, e todas os alunos matriculados eram mulheres, no fundo eu não me importaria se permanecesse assim por toda a existência, o conhecimentos era aberto a todos e não obrigaríamos ninguém a aderir. Mas que dádiva era aqueles que eu pude já começar a ver participar.

 

+++

 

     Ao me levantar da cama senti o cheiro de café da manhã. Cole estava na cozinha outra vez. Toda a historia de casamento estava deixando ele meio adepto a serviços caseiros e eu com certeza apoiaria se isso significava não precisar cozinhar enquanto tinha boa parte de sua atenção.

    Ao descer as escadas ele estava de avental e com linhas de trigo no rosto.

— Vou sentir falta de você fazendo minhas refeições. – Murmurei com o cabelo desgrenhado me sentando a mesa.

— Não precisa. Seremos vizinhos e seu lugar a mesa sempre estará posto. – Ele beijou minha cabeça enquanto virava um omelete – Animada para o primeiro dia? – Seu sorriso era brilhante e envolvente, típico dos apaixonados.

— Sim, é como um sonho se tornando realidade, um filho. — Meu olhar se perdeu diante a xícara de chá.

— Sabe Anne, espero que isso preencha o seu coração com felicidades. — Começamos a comer em silêncio quando Jonah entrou na casa.

    Para o resto dos moradores ele era um amigo querido, houve especulações sobre ser um interesse amoroso para mim e mantivemos dessa forma. Era alto e esbelto, os cabelos negros levemente encaracolados, a pele dourada pelo sol. Era formoso como se tivesse sido esculpido e sua beleza se estendia além da exterior. Não era os olhos densos e escuros ou o maxilar quadrado. Era a bondade no coração e o superpoder de fazer Cole se sentir como a pessoa mais amada do mundo.

— E então Anne... Animada?  — Olhei de um para o outro sorrindo, estavam passando tanto tempo juntos que já pareciam duas faces de uma pessoa só.

— Sim, muito. — Sem querer atrapalhar o momento me despedi e fui me trocar.

     Eu daria aula de Inglês e Literatura, Cole de esculturas, Diana música e Jonah história. Era um começo.

     Sai empolgada de casa, me dependurando na bicicleta e sentindo os ventos em meus cabelos, os aromas ao redor e a sensação de liberdade.

     E assim minha nova aventura começava.

    

+++

 

     A primeira aula foi mágica e decepcionante, eu amava os livros ao qual iriamos nos aprofundar no semestre, mas os jovens não pareciam apaixonados pelo que faziam. Senti falta doo brilho nos olhos de pessoas que pretendem mudar o mundo e a imposição de sentimentos e satisfações. Não que a concentração seja errônea, mas onde estava a sagacidade?

     Olhares vidrados de pessoas que viviam o mesmo estilo de vida e não pareciam querer mudar e eu jurei naquele momento que eu mudaria a mente de cada um. Tenho paixão dentro de mim o suficiente para dividir e multiplicar e todos seriam impactados.

 

+++

 

     Mais tarde naquele dia tinha um jantar só com as meninas, o tipo de tradição que começamos que servia disfarçadamente para “explorar minha mente e testar minha paciência”

— Anne, conte para nós como foi? – Diana sentou ao meu lado com a pequena Jill em seu colo.

— Estranho, os jovens de hoje não parecem engajados em nada além de coisas banais. — Me servi de uma porção de batatas.

— Nem todo mundo é tão imaginativo quanto você, para de ser paranoica. — Josie cruzou as pernas exibindo seus novos sapatos.

— Para de ser implicante Josie, não fazemos esses jantares para falar de trabalho. — Ruby se aconchegou ao sofá.

— E espero que nem de fraldas dessa vez. — Provoquei.

     Não julgava os assuntos dela na verdade, eu só não tinha acompanhado o mesmo ritmo de suas vidas.

— Vamos falar então da cidade, ouvi que tem gente embarcando rumo a Avonlea, consegue imaginar quem Anne? — Josie tinha os olhos cerrados como uma gata pronta a dar o bote.

— Ah Deus não me digam que tentaram me marcar outro encontro! Já disse que não quero e que não preciso. — Tomei Jill do colo de Diana para me distrair e tentar pensar em algum assunto de bebe que poderia vir a calhar.

— Esse vai dar certo: é médico, bonito e educado, gentil e bom, se contar que tem a mesma intensidade ardente de viver que você — Diana já espelhava o olhar de Josie.

— E ele tem o bônus de já ter roubado seu coração uma vez. — Ruby disse empolgada.

    Elas só poderiam estar falando de uma pessoa. Sério que elas achavam que isso poderia ser um tipo de realidade que daria certo? Blythe? Não mesmo.

— Ele não estava noivo de Winifred?  — Perguntei neutra, até onde eu sabia ele estava.

— Há rumores de que terminaram e que ele abrirá uma clínica em Avonlea, pra ser exata no terreno ao lado da faculdade. — Eu realmente estranhei a construção da clínica ao lado, mas okay.

— Então todo esse alvoroço provém de especulações? — O deboche não era defensivo. Eu era uma menina, já tinha bons anos que meu coração não palpitava ao ouvir o nome Blythe.

— Histórias de amor foram construídas com muito menos. — Ruby já parecia em cólicas.

— Ruby lemos sobre exceções, não exagera. Estou feliz que todas vocês tem o amor de suas vidas mas eu não tive isso ainda e não tem nada de errado nisso. — Dei de ombros e coloquei Jill no berço.

— Uma de nós teria um amor épico, você lembra da quiromante. Com certeza não foi uma de nós. Anne precisamos de entretenimento. — Josie sorriu.

   Olhei para Diana pedindo ajuda, um ombro amigo ou qualquer coisa.

— Anne tem certeza de que não sentiria nada por Gilbert se o visse? – Imaginei seu rosto e suas feições, o traço de amor que eu poderia ter, toda a imaginação e peripécias de uma mente jovem e romantizada. Abri a portinha para o mundo que criara para Gilbert e pude me recordar da sensação de estar inundado por um sentimento indescritível. Então lembrei de minhas experiências, de tudo que havia se passado, o tempo e o ar romântico se destoou. O amor infantil ainda estava lá com carinho, quem esqueceria seu primeiro amor? Mas com todas as possibilidades talvez ele nunca viesse a ser mais do que isso.

— Tenho certeza que não sentirei nada além do que um reencontro de amigos representa. — Cruzei meus braços e simples assim o assunto foi encerrado com vários olhares ressabiados.

 

+++

 

     Ao chegar em casa ouvi as risadas de Cole Jonah e me deixei levar pela onda de afeto. Não que alguém reparasse mas eu começava a parecer emotiva e um tanto carente.

    Amigos são importantes e eu amava estar cercada por eles, mas sem Matthew e Marilla eu não tinha mais uma definição de família ou lar. No fundo do meu coração era solitário. E mesmo assim eu sabia como era complicado encontrar um homem decente na cidade. Que me respeitaria como mulher e meu sonhos. Pelos quinze anos onde ando pelas ruas do amor eu havia percebido que inteligência e sagacidade não era bem, visto aos olhares masculinos, e minha independência soava como ofensa por onde passava. Os homens que se interessavam por mim eram demasiadamente velhos e com os jovens eu só parecia uma boneca de luxo. Não era o tipo de opção que me enxia os olhos.

     Por mais que a vida tenha me empurrado para a realidade eu queria como qualquer mulher ter a minha história de amor, mas na vida real é uma chance de uma em um milhão. Eu permanecia esperançosa, mas noções de probabilidade haviam me tornado mais pé no chão.

     Não me importaria de esperar e se a pessoa não chegasse eu acredito que a Cordélia me realizaria.

 

+++

 

     As demais semanas se passaram depressa e o tão famigerado encontro com Blythe não ocorreu. Acreditar em rumores não parecia concreto de qualquer forma.

     Comecei a mudar de tática nas aulas e pouco a pouco conseguia ver as mudanças, era um processo lento é claro, mas daria frutos. O casamento de Cole se aproximava e eu estava de coração partido por perder minhas refeições matinais e as meninas tinham sossegado o facho a respeito de suas desilusões com minha vida amorosa.

     Sob controle eu diria.

 

+++

 

     Liberei as alunas mais cedo para processo criativo e aproveitei para ter a mesma experiência.

     Alcancei minha bicicleta e pedalei sem rumo, os ventos no cabelo e uma euforia inquietante, borboletas pulsantes e a sensação latente de um coração apaixonado pela primeira vez. A adrenalina fazia isso comigo.

     Quando dei por mim estava de frente ao penhasco, o peito subindo e descendo e um sorriso débil.

     Me deitei na grama na borda do mundo que eu conhecia e gargalhei. Por estar viva, por pedalar mais do que minhas pernas aguentavam, por todos altos e baixos e pressões. Por tudo e por nada.

     Fechei meus olhos por um segundo sem noção de tempo, se eu os abriria em algum momento, se faria diferença.

     Me perdi novamente no cheiro das flores, ouvindo os vento, os animais, o aninhar das plantas. Passei a mão pelo pescoço abrindo alguns botões do vestido e pousando a mão no meu coração.

     Minha palma estava gelada e meu coração acelerado.

     Não havia percebido que estava acompanhada até virar de lado e abrir os olhos.

     Os lábios estavam entreabertos, os meus e os deles. Seu peito subia e descia como o meu, não sei se por motivos diferentes. Ele poderia estar olhando para o meu decote que estava maior do que a cortesia recomendava, mas ele se compenetrava em meus olhos, uma intensidade que não me deixava recuperar o ar que havia perdido.

     Seu rosto se aproximou do meu devagar como se esperasse aprovação enquanto sua mão levemente trilhava meu braço. Meus pensamentos foram todos revirados enquanto sua testa colava na minha.

— Olá Anne com E. 


Notas Finais


IAIIIIIIII?

Muito bom? Muito ruim?

Mereço uns bixxxcoitos ou tomate na carinha?

(Que seja os bixcoitos ~dedos cruzados~)

Nos vemos por ai.. Te mais ^^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...