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História Homewrecker - Hinny - Best Thing I Never Had



Notas do Autor


Kelly: Oie! Prevejo opiniões polêmicas para esse capítulo, mas amamos causar 😂😂

Nikoly: Olá! Como diria o Louis: obviamente, boa noite, mas na realidade, obviamente, não há verdade em ser óbvio. Obviously. Estou só me enrolando para preparar psicologicamente vocês hehheh

Espero que gostem do capítulo! Boa leitura 💗

Capítulo 20 - Best Thing I Never Had


Fanfic / Fanfiction Homewrecker - Hinny - Best Thing I Never Had

There was a time

I thought, that you did everything right

No lies, no wrong

Boy I, must've been outta my mind

So when I think of the time that I almost loved you

You showed you ass and I saw the real you

Best Thing I Never Had; Beyoncé

 

 

 

Gina Weasley

 

Dante

Hey, gata

Preciso conversar com você

Chego aí em 20

 

Eu encarava as mensagens de Dante com ansiedade. Desde o dia em que estive na sede da gangue, nós não conversamos mais, contudo, eu sabia que ele estava ainda em sua investigação. Eu só não sabia onde ela nos levaria.

– Sis, está me ouvindo? – Liam estava jogado em um dos sofás da mansão, o notebook aberto no colo, os papéis dos primeiros dias da faculdade espalhados em volta de si.

– Desculpa, mas, não – mordi os lábios e Liam bufou dramaticamente.

– O melhor amigo esquecido, é isso que sou – ele jogou a cabeça para trás e eu o acertei com uma daquelas almofadas caríssimas e bregas.

– Duas crianças. Estou de olho no caralho de duas crianças – Aramis resmungou, do outro lado do cômodo. Minha babá nos encarava como se fôssemos estranhos e talvez, nós fôssemos.

– Aramis, meu anjo, você está muito rabugento – apoiei meu braço no sofá e molhei meus lábios. – Sabe do que você precisa?

– Férias de você?

– Não, mas é uma boa ideia, de qualquer forma – meneei a mão. – Você precisa transar.

Liam deu uma risada cretina, levantando os olhos do notebook.

– Sabe que eu também estou muito estressado? – meu melhor amigo piscou um olho para Aramis, que bufou. – Muito mesmo.

– Quer parar de ser uma cadela e se oferecer para cada projeto de macho nesse lugar?

– Eu não me ofereci para Harry – Liam me encarou ofendido. – Nem para seu pai, nem para seu irmão. É realmente um mérito, ok?

– Até imagino porque não se ofereceu a Harry – Aramis deu uma risadinha, erguendo uma sobrancelha e cruzando os braços na frente do peito. – É por isso que está tão felizinha, amor?

Ergui um dedo médio na direção do segurança.

– É bem por isso – Liam confirmou e eu chutei a canela dele, que grunhiu em reclamação. – Porra, só por isso vou dar em cima do seu pai. Só Deus sabe o quanto eu estou precisando de um sugar daddy na minha vida.

– Dê mesmo, usurpe todo o dinheiro dele – assenti com a cabeça, apreciando a ideia. – Só deixe uma parte para mim, é claro.

– Para mim também – a voz de Dante soou ali e eu virei-me ansiosa. – Independente do que seja.

– Dante, querido – levantei-me, indo até seu encontro. Ele sorriu e beijou minha bochecha, lançando um olhar para o primo.

– Quanto tempo, garoto – Aramis piscou para ele, dando um soco amigável no braço de Dante.

– Eu também quero um beijo na bochecha – Liam fez um biquinho dramático e eu rolei os olhos, indo até ele.

Estalei um beijo no seu rosto e sorri cretina.

– Pronto, ganhou, babaca.

– Isso tudo é ciúmes? – Dante brincou, se jogando no sofá. Sentei ao lado dele, vendo-o pegar uma mecha do meu cabelo e a enrolar em seus dedos.

– Óbvio, babe – mordi os lábios e pisquei para Dante. – Eu cheguei primeiro.

– Pode parar de mijar no poste, por favor?  – Liam grunhiu e eu gargalhei alto.

– Não briguem por mim – Dante ergueu as mãos em sinal de rendição. – Tem um pouco do Dante aqui para todos.

– Nojento – empurrei o ombro dele, ficando repentinamente séria. – O que houve para aparecer aqui no meio da semana?

– Descobri umas coisas – Dante olhou para o primo, que bufou. – Sobre aquilo.

– Pode falar o nome de Sirius – repliquei. – Aramis estava comigo quando ele me ameaçou.

– Estão investigando Sirius? – o segurança pareceu interessado e eu dei de ombros.

– Dante foi o único, além de vocês dois – apontei para Aramis e Liam. –, que acreditou em mim e se propôs a isso – baguncei os cabelos loiros dele, que rolou os olhos. – Eu não vou ficar de braços cruzados até ser morta.

Aramis parecia surpreso.

– E com isso, descobri uma coisa, no mínimo, interessante – Dante segurou o queixo com os dedos e eu me amaldiçoei mentalmente por lembrar-me de Harry com isso.

– Olha onde você vai se meter, menino – Aramis avisou.

– Não é a hora para dar uma de superprotetor – Dante bateu os dedos ritmadamente na minha perna. – Você, antes de tudo, morava em Hampton, certo?

Assenti com a cabeça, interessada.

– Então – Dante ficou repentinamente reticente. – Quando sua mãe... quando sua mãe faleceu, Gina, Sirius estava em Hampton. Ele estava na cidade.

Eu não sei por quantos minutos eu fiquei piscando, absorvendo o choque da informação. Eu estava tão lívida que até Liam deixou de fazer suas coisas para prestar atenção em mim.

Saber que Sirius esteve na cidade acendeu uma fúria dentro de mim, ainda mais sabendo que foi no mesmo momento em que minha mãe morreu. Porra, eu não sabia o que pensar daquilo. Ele já me odiava sem motivo algum e está atrás de mim, teria ele também odiado minha mãe ao ponto de matá-la? O que nós havíamos feito?

– Pode ser uma coincidência – Aramis se intrometeu, tirando minha linha de raciocínio.

Uma vez é acaso, duas são coincidências e mais do que isso é um padrão – repliquei, apática. – Que porra ele fazia lá?

– Eu não sei – Dante coçou o rosto, parecendo realmente perdido. – Mas que é estranho, é.

– Ele não mataria Molly para trazer Gina para perto do pai e matá-la depois, faria? – Liam questionou, parecendo realmente preocupado. Dei de ombros.

– Não seria mais fácil simplesmente me matar lá? – perguntei, olhando para Aramis. Ele parecia pensar muito naquilo, seus olhos me analisando.

– Eu só não consigo entender porque Sirius teria qualquer motivação para isso – Aramis coçou o rosto. – Essa situação é tão fodida. Eu não sei em quem confiar.

– É mesmo, uma porra – suspirei, encostando a cabeça no peito de Dante e inspirando seu perfume cheiroso. – Obrigada, de qualquer forma.

– Que nada, gata – sua mão voltou a brincar com meus cabelos e eu suspirei. – Só queria que fosse algo positivo, em vez de algo tão...

– Merda? – Liam completou e ele anuiu.

– Pois é – dei de ombros, tentando sorrir e falhando. – Mas não se preocupe com isso, querido.

– Como não, Gina?

Seus dedos tocaram meu queixo, o levantando. Engoli em seco, me afastando brevemente dele.

– Vamos falar de outra coisa – encerrei o assunto, escutando seu suspiro cansado. – Pode começar me explicando como você virou um pequeno hacker, Dante Malfoy?

 

 

Meus dedos travavam uma batalha bem conhecida com aqueles nós que Harry fazia. Não que eu estivesse reclamando, mas, dessa vez, ele havia caprichado. Meus pulsos ardiam e eu queria gritar com ele, xingando até a avó de Harry em línguas que eu não sabia falar.

– Cansou, princesinha? – ele deu uma risada debochada, seu olhar levantando do celular.

– Porra – senti as pontas dos meus dedos começarem a formigar. – Inferno de treinamento.

Harry gargalhou, mal escondendo a sua diversão. Aramis prendia os lábios para não rir.

– Se eu prometer te pagar um boquete, você me solta?

Ele me olhou interessado e o segurança ergueu as sobrancelhas.

– Boa tática para usar com seus inimigos – aprovou ele. – Mas não vai funcionar comigo.

– Vai ter que se contentar com sua mão, mais tarde – mordi os lábios, piscando para ele. – Quando me imaginar de joelhos para você, com a boca no seu...

– Está ficando gráfico demais – Aramis me cortou e eu rolei os olhos. – Não quero imaginar a menina dessa forma... nojenta.

Comecei a me soltar lentamente.

– Eu sou quase sua filha, não sou? – brinquei, vendo-o revirar os olhos.

– Deus sabe o quanto eu não quero isso – Aramis deu um sorriso amarelo em minha direção. – Sem ofensas, criança.

Mostrei a língua para ele, finalmente conseguindo desatar o nó. Quando me soltei, levantei-me do maldito chão e cocei os pulsos.

– Dez minutos – Harry sorriu orgulhoso e talvez, só talvez, aquilo tivesse feito eu agradecer por o nó ter sido tão bem feito. – Estou realmente impressionado.

Dei de ombros, mostrando uma indiferença que não existia. Mas ele não precisava saber, precisava?

Como de costume, eu deveria me preparar para o que ele tinha planejado para o treino. Mas, ao invés de perguntar sobre o próximo exercício, ou se eu estava dispensada, eu falei o que tanto rondava a minha mente.

Eu não deveria, no entanto. Se eu soubesse o que aconteceria, eu não o teria feito. Eu teria evitado, porque, querendo ou não, havíamos saído machucados. E ambas partes estavam sendo injustas. Harry não era culpado por Sirius estar em Hampton quando mamãe morreu, mas não era minha culpa, igualmente, se tudo apontava para o padrinho dele.

– Harry, você conhece Hampton?

Potter levantou a cabeça, deslizando o celular para o bolso, enquanto eu via, pelo canto do olho, Aramis mudar sua postura. Ele sabia o que eu faria.

– Não – ele me analisou e eu quase vacilei. – Por que?

– É curioso... – passei a mão pela borda da mesa, chegando perto de Harry, evitando seu olhar. – Que Sirius conheça.

– Não comece.

Os olhos de Harry brilharam na minha direção e eu peguei uma arma.

– Era uma arma bem parecida com essa – analisei-a, sentindo a respiração de Harry perto de mim. – Quer dizer, no momento, eu não prestei atenção. Mas, agora, lembrando, eu consigo ver.

Apontei para frente a arma, o dedo no gatilho.

– Parece com a arma que matou minha mãe.

– O que quer dizer com isso? – Harry rosnou, tirando a arma da minha mão e colocando-a na mesa. – Não é brinquedo, porra.

– O que eu quero dizer? – estralei os dedos e o encarei. – É curioso que Sirius estivesse em Hampton quando minha mãe morreu.

Harry ficou alguns segundos absorvendo a informação, os braços cruzados no peito musculoso. Ele molhou os lábios.

– Você não sabe o que está falando – concluiu, não dando a menor importância. – Dez flexões, agora.

– Eu estou falando – grunhi para ele, o olhar fulminante na sua direção. – E eu quero que me escute.

– Ótimo – Harry se encostou na mesa e acenou com a cabeça na minha direção. – Me conte de que gaveta desse seu cérebro essa história saiu.

Contive a vontade de socá-lo naquele momento.

– Foi Dante quem descobriu – disse.

Harry pareceu ferver de ódio em segundos.

– E por que seu precioso Dante estava investigando meu padrinho, porra?

Era estressante ver Harry perder a cabeça.

– Porque ele me ofereceu ajuda – cerrei a mandíbula, erguendo o queixo em sua direção, um sinal claro de desafio. – E eu aceitei, é claro. Achou que eu era burra o suficiente para esperar o seu precioso padrinho me matar?

– Eu já disse que não foi Sirius! – o rosto de Harry ficou púrpura e eu hesitei, engolindo em seco.

– Pois não parece! – gritei da mesma forma. – Vai me dizer que tudo isso que aconteceu são coincidências?

– Essas merdas são sim!

– Ah, é uma coincidência Sirius estar na porra de Hampton quando minha mãe foi morta – ergui um dedo, encostando no peito de Harry. – A primeira ameaça aparecer quando ele chegou aqui – apontei mais um dedo e Harry segurou meu pulso. – Foi uma coincidência ele ter me ameaçado claramente para me manter afastada de você! Uma coincidência ainda maior ele estar no caralho do meu quarto com sangue banhando os meus lençóis! Todas. Malditas. Coincidências!

Eu sentia que ia perder o controle, então me afastei de Harry. Ele passou os dedos pelos cabelos, tão descontrolado quanto eu.

– Eu sei que não foi ele – a voz de Harry exalava uma falsa calma e eu ri com aquilo. 

– Você é leal a ele – ergui as sobrancelhas. – Você é cego por ele.

– Estou sendo realista, porra – Harry grunhiu e eu balancei os braços.

– Você estaria sendo realista se acreditasse em mim! – falei, desesperada.

– Gina, você mal chegou aqui e já quer cagar regra – resmungou ele, irritadiço. – Eu sei que não foi Sirius.

– Por acaso falou com ele? Questionou esse comportamento? – analisei Harry e ele ficou reticente. – Foi o que eu pensei.

– Gina, chega – Aramis se intrometeu e eu rolei os olhos.

– Não se meta – grunhi, a primeira vez dando uma ordem para ele. Até mesmo o segurança se surpreendeu. – O problema aqui é com Harry.

Comigo?! – Harry deu uma risada incrédula, batendo as mãos. – Com certeza o problema é comigo. Tudo estava bem até você chegar e ferrar com tudo, garota.

Eu tentei, realmente tentei não ficar magoada com aquelas palavras. Mas era uma briga. E pessoas, quando brigam, falam coisas que machucam umas as outras. E Harry havia machucado. E, por mais egoísta que soasse, eu queria o machucar igualmente.

– Desculpa se suas vidas eram boas demais antes de eu chegar e ferrar com tudo – fiz uma péssima imitação da voz dele. – Mas, caso você não saiba, eu nunca pedi, nem tinha a intenção, de estar aqui.

Harry pareceu vacilar mais uma vez.

– Eu fui idiota demais em acreditar que você se importava comigo o suficiente para se preocupar se minha cabeça está sendo caçada – sussurrei, a voz tão abalada que Harry me olhou.

– Eu me importo, porra, não distorça as palavras da minha boca – rosnou. – E não me faça escolher de que lado ficar.

Titubeei com suas palavras, porque ali estava tão explícito ao lado de quem ele ficaria. Minha garganta trancou, mas eu não choraria por ele. Ele não merecia minhas lágrimas, muito menos suas palavras vazias.

– Sabe, Harry – andei de um lado a outro, batendo os pés. – Você é a única pessoa desse lugar que eu pensei que realmente me via como eu sou.

Dei uma risada incrédula.

– Papai vê a sua garotinha. Ron, vê a irmã que nunca teve. Hermione, a cadela que ela tem que aguentar. Liam me vê como a melhor amiga que conquistou com o tempo. Aramis vê um fardo que tem que carregar. Dante vê uma garota interessante – apontei para Harry. – Mas você... você, e só você, vê todos os meus demônios. Vê o quão problemática e fodida minha cabeça é.

Parei no meio do local, as mãos cerradas em punhos. Harry me encarava chocado.

– Sabe por quê? – olhei-o como se fosse a última vez que o fazia. Talvez, pois fosse. – Porque, mesmo não sabendo o que te quebrou, você é assim. Como eu. Tão fodido quanto.

Ele pareceu engolir em seco.

– Nós dois somos dois filhas da puta quebrados – apontei para ele novamente. – Você me vê como eu realmente sou. Desde o primeiro fodido dia, você viu a pessoa egoísta e destroçada que eu sou. Você pode escutar todos os meus demônios. Você os entende.

Voltei o meu olhar para o dele, mas Harry já se escondia atrás daquela máscara de indiferença.

– Eu realmente confiei em você – sussurrei, cansada. – Achei que confiasse em mim. Mais uma vez fui idiota em achar que podia esperar alguma coisa de você – ri sem humor algum.

– Não é do meu feitio confiar nas pessoas – retrucou ele, fazendo meu coração doer. – Não é nada pessoal. Não é você...

– Eu juro que atiro na porra da sua cara se você disser “não é você, sou eu” – grunhi, revoltada. Harry arregalou os olhos sutilmente.

– Eu mal confio na minha própria sombra, Gina – continuou ele, como se consertasse alguma coisa. – Eu sou assim, inferno!

– Mas no Sirius você confia.

Harry desviou o olhar do meu e, naquele momento eu tive certeza, aquilo entre nós não podia mais acontecer. Balancei a cabeça, afirmando, embora aquilo me quebrasse mais que o inferno.

– Então eu não vejo motivos para continuar com isso – apontei para nós dois pela última vez. – Eu e você. Isso claramente não está dando certo.

Harry pareceu perdido e eu recuei uns passos para trás.

– Vai correr para sua segunda opção? – questionou ele venenoso.

Dei dois passos e antes que pudesse raciocinar, minha mão já tinha ido de encontro ao rosto de Harry. Ele me encarou chocado. Eu também estava, embora.

– Você não tem o direito de falar sobre minha vida – falei, recuperando meu controle. – Fique bem longe de mim. E vá para o quinto dos infernos. Você e o seu padrinho do caralho.

Sem falar mais nada, sai correndo dali.

 

 

– Eu não sei o que pensar sobre isso – disse Liam, um tempo depois. Contei para ele sobre a discussão que tive com Harry, e Liam, como o bom melhor amigo que era, fez de tudo para me acalentar. Ele pegou uma infinidade de doces e até mesmo um filme, para me deixar mais feliz. Como se isso fosse possível. – Quer dizer, eu entendo que é o padrinho dele, mas mesmo assim...

Respirei fundo, lembrando da última notícia que eu tinha escutado por Aramis. Agora, seria meu irmão que ministraria meus treinos. Harry havia desistido.

Embora não quisesse, Harry mexia comigo muito mais do que eu queria admitir. A gente sempre brigava, porém, nunca tinha sido tão sério. E aquilo, mesmo que eu me recusasse a aceitar, me deixou mais abalada do que eu fiquei com todo o resto.

– O pior é que ele pediu para acabar com meus treinos, também – comentei, mordendo um chocolate. – Quer dizer, falar todas essas merdas já é ruim o suficiente, mas agora cortar todo e qualquer laço...

– Mas foi o que você pediu – Liam pontuou e eu gemi frustrada. Eu odiava quando ele estava certo.

– Tudo está uma merda, não jogue verdades na minha cara –  me joguei em seu peito, abraçando-o.

– Ok, pode continuar falando mal de Harry que eu irei escutar – meu melhor amigo afagou meus cabelos e eu fechei os olhos, sentido seu cheiro gostoso.

– Você acha que eu estrago tudo que eu toco? – perguntei o que tanto estava me conturbando, de supetão. Liam pensou por alguns segundos, parecia desprovido de palavras.

– Não – respondeu, por fim. – Harry disse isso porque estava com raiva. Pessoas com raiva falam merdas.

– Ele nunca fala nada da boca para fora – repliquei, o odiando mentalmente. – E você disse que iria me escutar quando eu falasse mal dele. Não o defenda na minha frente!

– Há uma primeira vez para tudo – falou Liam, e eu finalmente ri. – Estou fazendo o advogado do Diabo aqui, babe.

Abri mais uma barrinha e a mordi, sem saber o que replicar. Ele estava certo.

– Você é o melhor amigo do mundo, Li – Pisquei para ele, mudando de assunto bruscamente. – Obrigada por estar aqui comigo, significa muito para mim.

– E você querendo me trocar pelo gostoso do Dante.

Ergui minha cabeça, indignada.

– De onde tirou isso?

– Agora tudo é Dante! – replicou ele. – Dante isso, Dante aquilo.

– Você acha o Dante gostoso? – questionei com o cenho arqueado.

– Esse não é o ponto – ele me olhou firme. – O ponto é sua traição em me trocar por uma possível foda.

– Retiro o que disse – apoiei-me nos cotovelos e o encarei com os olhos semicerrados. – Você é um babaquinha. Fez mestrado com o Harry Potter?

Liam me mostrou a língua, aumentando o volume da televisão. Ele me olhou significativamente e eu bufei.

– Você não vai me calar com um som alto, Liam! – disse, rosnando quando ele aumentou o volume ainda mais. – Eu vou te quebrar na porrada, garoto! Eu já desacordei um homem e ele era mais forte que você!

Liam apontou para o ouvido, como se dissesse que não estava escutando e eu bufei. Pulei em cima dele e peguei o controle, desligando a televisão no mesmo momento em que ele grunhia de dor.

– Agora você me escuta – apoiei meu queixo em seu peito, sorrindo cretina. – Babaca miserável.

– Eu sei que você me adora, Sis – Liam apertou minha bochecha. – Mas eu juro que contarei todos os seus podres para o Dante, se me trocar por ele.

– Liam, você também não confia em mim? – questionei, mais chateada do que queria mostrar.

Liam pareceu perceber e me abraçou.

– Não, baby. Estou brincando, ok? Não fique assim – ele depositou um beijo doce na minha bochecha. – Nada nunca poderá mudar nossa amizade. Somos almas irmãs, lembra?

– Promete que não vai desistir de mim? – sentindo a garganta trancar, querendo chorar.

– Por que está dizendo isso, Gina?

– Porque eu não suportaria se você também me deixasse – sussurrei e Liam me olhou surpreso. – Promete que não desiste de mim?

Ele assentiu com a cabeça, as sobrancelhas quase se unindo.

– Prometo – disse Liam, enlaçando nossos dedos mindinhos. – Por mais cadela que você possa ser, jamais vou desistir de você. Porque você é minha irmãzinha e eu te amo demais para viver sem você.

– Eu te amo mais, seu palhaço – me encolhi no peito de Liam, sentindo seus braços me envolverem, trazendo a paz que eu precisava naquele momento.

 

 

Lydia Miller

 

Não era uma coisa comum ver Harry bebendo àquela hora do dia. Para ser sincera, eu nunca tinha visto ele bebendo de manhã, então, fosse o que fosse, era algo sério.

– E aí, Harry – olhei para ele, que tinha os olhos injetados.

– Eu vim te ver ontem, você estava de folga – disse ele, a voz pastosa.

– Uma folga merecida, querido – respondi. – Não me diga que está aqui desde ontem.

– Talvez?

– Harry, isso não é nada bom – ralhei com ele, preocupada. – Aposto que se o Capo ver você assim, vai ter problemas.

– Você é uma boa amiga, Lydia – Harry disse de repente. – E eu acho que nunca te disse o quanto aprecio sua amizade.

Harry estava bêbado, por algum motivo que eu sabia ser chamado de Gina Weasley. Era estranho vê-lo sofrendo por uma mulher. Harry nunca foi sentimental, ele nunca se apegou. Era por isso que o lance entre nós funcionava tão bem.

– Eu também aprecio sua amizade, Harry – apertei sua mão e troquei o copo de whiskey por um de café. – Por esse motivo, eu não quero que tenha um coma alcoólico.

– Eu sou forte para a bebida – ele empurrou o café e tentou alcançar o copo, claramente errando o caminho.

– Estou vendo o quanto – eu ri baixinho e sentei no banco ao lado. – São dez da manhã, Harry. Tenho certeza que tem coisas melhores para fazer do que ficar aqui bebendo sozinho.

– Não tenho – ele balançou a cabeça. – Por mais que eu tente caçar o maldito que está fazendo tudo isso, eu não o encontro. Tudo está caindo aos pedaços ao meu redor e eu não sei como consertar, Lydia. Eu... eu estou tão preocupado e não há nada que eu possa fazer para melhorar as coisas.

– Sinto muito – Harry me lançou um olhar triste que partiu meu coração. Ele era um dos amigos mais próximos que eu tinha, odiava vê-lo daquele jeito.

– A culpa é minha, de qualquer forma – ele deu de ombros, por fim. – Eu acho que estou apaixonado por ela, Lydia.

– Talvez se você conversasse com ela...

– Não importa mais – Harry levantou, de repente. – Ela está melhor sem mim, eu preciso aceitar isso.

– Harry...

– Acho que vou aceitar o café – ele resmungou e então foi embora da Rubrum.

Eu soltei um suspiro e balancei a cabeça, esperava que as coisas melhorassem para ele.


Notas Finais


Kelly: Harry e Gina são… ai ai 😂😂😂
Mas não podemos desistir porque a esperança é a última que morre 😂

Nikoly: Agora, parafraseando a linda da Taylor, em New Romantics há uma citação que poderia nos definir agora: 'Cause, baby, I could build a castle, out of all the bricks they threw at me HUAHAUAH

Como sempre tem em nossas collabs, rolou tapa na cara do Harry SIMKKKKKKK amo!

E sim, continuem com esperanças que, uma hora, Hinny vai dar certo. Só não é agora.

Que maldade hehehe por que não jogam gasolina em mim e acendem um fósforo?

Enfim, espero que tenham gostado! Comentem, muito obrigada por tudo!!!


✨Playlist oficial de Homewreker ✨

Youtube: https://music.youtube.com/playlist?list=PLUdwQnVZYaF0uErTsfgDqrqdWtnsDZ6sB

Spotify: https://open.spotify.com/playlist/3AtLTZyB4NulqncUJXEqOz?si=8035e481b17a456a

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