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História Homewrecker - Hinny - Disturbia



Notas do Autor


Nikoly: Oieee! Tudo bem com vocês?
Como de praxe, obrigadaaa pelos comentários e favoritos! Vocês já são lindos, e todos que estão nos apoiando são mais maravilhosos ainda!
Minha mãe ARRASOU nesse capítulo! Boa leitura 💗🌝

Kelly: Olá, como estão? Mais uma vez gostaria de agradecer a todos que estão comentando e nos apoiando com essa história. Ver que vocês estão amando nos deixa imensamente feliz!
E vamos conhecer um pouco mais dessa Família hehehe

Capítulo 5 - Disturbia


Fanfic / Fanfiction Homewrecker - Hinny - Disturbia

Release me from this curse

I'm in trying to mantain

But I'm struggling

Disturbia; Rihanna

 

 

Gina Weasley

 

Naquela noite, eu mal consegui dormir. Tantas coisas se passavam pela minha mente, que eu sabia que tentar dormir seria um tempo perdido. Eu puxei uma coberta grossa e me enrosquei em uma das poltronas da varanda do meu quarto.

Olhei ao redor, absorvendo o local luxuoso e gigantesco que agora era meu novo endereço. Aquilo era tão diferente do que eu estava acostumada. Aquele jardim enorme que dava vista para minha varanda não se comparava com a hortinha de orgânicos que mamãe cultivava em nossa sacada. Aquele quarto era tão grande que caberia três do meu antigo. Aquela mansão era tão ridiculamente grande que poderia acomodar cinco famílias de quatro pessoas.

Era tudo tão grande e, ao mesmo tempo, tão vazio e desconhecido. Meus olhos arderam com as lágrimas. Eu sentia tanta falta da minha mãe. Sentia saudade de Liam e do seu jeito extrovertido de viver. Sentia, principalmente, falta da minha vida. Se alguém me dissesse que em menos de dez dias minha vida mudaria por completo, eu teria rido histericamente.

Todos aqueles dias trancada e longe, me fez odiar ainda mais o pai que havia me abandonado. Eu sabia que eu estava perto do meu limite de explodir, eu podia sentir as garras da ansiedade e medo se afundando nos meus pulmões, me tirando o ar, dia após dia. A raiva que eu sentia, contribuía. A saudade, piorava.

Eu sentia que iria quebrar a qualquer momento.

Mas, antes disso, eu precisava quebrar meu pai. Queria que ele sentisse tudo que eu estava sentindo, naquele momento. Queria fazê-lo sentir a dor que me causou com sua falsa morte. Eu não tinha ideia de como eu faria aquilo, mas eu daria um jeito.

O relógio digital ao lado da cabeceira da cama indicava que eram quatro da manhã. Eu sentia cansaço, contudo, minha mente não parecia confiar o suficiente naquele lugar para dormir. Me arrastei para dentro do quarto, aumentando a temperatura do aquecedor e ligando a televisão. Sentei em outra poltrona confortável, recusando-me a deitar naquela cama e então coloquei algum filme aleatório. Sequer notei quando acabei adormecendo de cansaço.

Batidas exigentes na porta fizeram-me pular de susto.

– Srta. Weasley, seu pai está requisitando sua presença – falava a voz chata atrás da porta.

– Que foi, inferno? – abri a porta com um olhar mortal e grunhi ao ver o segurança idiota me olhando com reprovação.

– Seu pai quer falar com você.

– Eu não quero falar com ele, eu quero dormir – fechei a porta na cara dele, no entanto ele a segurou.

– Ele disse que não irá tolerar petulância – avisou. – Disse que se precisasse era para te arrastar.

Pisquei atônita.

– Claro que ele disse – cruzei os braços, irritada. – Babaca.

– Você tem dez minutos para se recompor. Estou esperando do lado de fora – falou entredentes.

– Você é uma ótima babá, Detona Ralph – gritei, querendo que ele ouvisse e me odiasse o suficiente para sair do cargo. Eu não queria segurança nenhum.

Andei até o closet do quarto e achei algumas malas lá, com todas as roupas que eu tinha em casa. Mordi o interior da bochecha, contendo a as lágrimas que pinicavam os olhos.

Quinze minutos depois, tendo-me atrasado cinco propositalmente, saí do quarto.

Aramis me olhou friamente e eu sorri.

– É chato ser babá, não é?

Pisquei inocentemente, sendo ignorada.

– Vamos de uma vez, menina.

Andamos por um longo corredor e quando chegamos na escadaria dupla, Aramis começou a descer. O segui por mais um corredor – até aquele ponto eu já tinha perdido as contas de quantas portas passamos – e então paramos em uma porta de mogno gigantesca.

Aramis bateu e ouvimos um “entre”. Ele empurrou a porta e ela correu pelo trilho, revelando um escritório gigantesco – nada incomum, até então. Entrei no local, olhando tudo com curiosidade: havia uma estante do chão ao teto, de uma ponta a outra da parede e estava repleta de livros e objetos diversos, pedras preciosas brutas, lembranças de cidades, animais empalhados e até mesmo porta-retratos.

– Bom dia, querida.

A voz de Arthur me chamou para a realidade e eu me virei para ele. Atrás de si, havia algumas armas estranhas e que estavam dentro de um vidro, como se fossem fotos em porta-retratos. Ao lado delas uma pintura de quase um metro de um leão rugindo, em cima dele havia uma frase “pius an mortis”, o que eu não fazia ideia do que significava.

– Sei que está absorvendo as informações, mas eu gostaria de conversar com você.

– O que quer? – perguntei, desviando meu olhar para ele.

– Conversar, Gina. Creio que agora que está aqui, chegou a hora de te contar tudo que precisa saber – ele apontou uma cadeira na frente da mesa e eu me sentei.

– Ótimo – bufei. – Podemos começar com você devolvendo o meu celular. Eu o quero.

Arthur respirou fundo e me olhou.

– Vou providenciar um novo, o seu antigo foi descartado.

– Como assim foi descartado? Você enlouqueceu? Era meu!

– Ginevra, eu sou seu pai, exijo respeito. Não fale comigo como se fosse um de seus colegas.

Bufei, perplexa.

– Exige respeito, isso até parece piada – rolei os olhos. – Vamos falar sobre outra coisa então, que tal começarmos com sua falsa morte, não é? – o encarei irritada, embora Arthur parecesse tranquilo.

– Na verdade, ainda não – ele maneou a cabeça. – Devemos começar antes disso, Gina.

– Que seja – rolei os olhos.

– Tudo isso aqui, tudo que temos hoje, eu herdei do meu pai, que herdou do meu avô – começou ele e eu reprimi um bufo de tédio. – Somos uma Família, Gina.

– Que bom que vocês são uma família, isso é realmente comovente – sorri petulante e ele balançou a cabeça.

– Não, criança – suspirou. – Uma Família. Somos uma Máfia.

Pisquei desconcertada e então uma risada histérica saiu da minha boca.

– O que é engraçado? – Arthur me olhou com curiosidade, os olhos azuis semicerrados.

Foi então que o riso morreu, alinhei a coluna e o encarei lívida.

– Máfia, porra? Achei que estava brincando!

– Por que eu faria isso?

Esfreguei o rosto, assimilando a informação.

– E você me conta assim? Somos uma Família. Somos uma Máfia – engrossei o tom de voz em uma imitação ridícula dele.

– Queria que eu dissesse como? É a verdade, Gina. Nós somos a Regiorum. Está no seu sangue.

– Meu Deus, isso é maluquice – murmurei, me levantando da cadeira e andando de um lado a outro no escritório. – Máfia? Sem chance, essas coisas só existem em filmes!

Meu pai me olhou firme, havia tanta convicção em seu olhar que não tinha outra alternativa. Aquela loucura era verdade.

– Não seja ingênua, Ginevra – ele riu sem humor.

– Então... você disse que sua falsa morte era coisa da minha mãe – balbuciei, assimilando os fatos. – Ela não aceitava isso – apontei para as coisas e o vi assentir.

– Sua mãe e eu nos conhecemos em uma reunião de negócios – ele deu de ombros. – A curta história é que eu escondi isso dela por cinco anos, eu sempre soube a opinião dela a respeito de foras da lei. Mas entenda, eu amava sua mãe e você também. Eu amava nossa família.

– Mas não o suficiente – retruquei.

– Ela descobriu tudo, me mandou escolher – ele deu de ombros. – Eu não poderia largar meu legado, Gina.

– Mas podia largar sua garotinha – meus lábios tremiam, eu sentia o choro vir aos poucos, mas não queria me entregar.

– Foi uma escolha difícil – ele se levantou, vindo até mim. – Doeu muito ter que te ver crescendo de longe, criança. Mas eu e sua mãe assinamos um trato, você estava fora da minha vida até completar a maioridade.

Soltei a respiração trêmula e o encarei.

– Isso não faz sentido algum – sussurrei. – Essa história toda... está muito mal contada.

– Eu sei – ele tentou se aproximar de mim, mas eu me afastei. – Eu te contei o necessário, apenas. Essa noite haverá um jantar em sua homenagem, apenas para nossa Família. Quero que conheça a todos. Amanhã eu viajo a negócios, então preciso que você esteja inteirada de tudo, quando eu voltar, podemos conversar melhor – garantiu ele, sorrindo. – E também em breve quero que comece o treinamento, precisa aprender algumas coisas.

– Treinamento? – retruquei indignada. Quem ele pensava que eu era?

– Sim, Gina. Tem muitas coisas que você precisa entender: como a disciplina de ser da Família, nosso lema, nossos costumes, o que esperamos de você...

E de repente tudo aquilo era demais, muito, muito mais do que eu estava conseguindo acompanhar.

– Minha cabeça vai explodir – murmurei, fechando os olhos e segurando as laterais da cabeça. – Santo Deus, preciso de café.

– Eu posso pedir para trazerem...

– Não, eu me viro – falei e sai apressada.

Haviam muitas informações na minha cabeça e a maioria dela não fazia sentido algum.

Meus pés tropeçaram para fora do escritório e eu saí apressadamente dali. Eu estava cada vez mais confusa e desnorteada. Cheguei na cozinha e me deparei com duas mulheres, elas riam de alguma coisa, uma estava lavando louças e a outra mexia em algo no fogão, ao me verem, o riso morreu imediatamente.

– Senhorita! Precisa de alguma coisa? – a que estava lavando a louça parou abruptamente, secando a mão no avental.

– Desculpe o incomodo – pigarreei, sem graça. – Eu gostaria de um café, se não tiver problema.

– De forma alguma, senhorita – a moça sorriu bondosa e apontou uma cadeira para mim. – Como prefere seu café?

– Pode ser uma xícara grande, forte e com uma colher de açúcar.

Ela colocou uma xícara fumegante na minha frente e eu suspirei com o cheiro.

– Quer comer algo? Temos pães, bolos, iogurte, croassaint... ou se quiser algo específico...

– Estou sem fome, obrigada – murmurei e a moça assentiu. Ela voltou ao trabalho, mas agora as duas pareciam muito mais rígidas. Elas certamente sabiam que trabalhavam para um mafioso, seria por isso que eram tão prestativas? – Podem conversar, se quiserem – murmurei, incomodada. – Não precisam ficarem caladas.

As duas me lançaram olhares e sorrisos nervosos, mas não falaram nada. Terminei o café e sai dali. Céus, eu estava odiando morar ali e não tinha passado nem vinte e quatro horas.

Sem saber o que fazer, resolvi sair da casa e andar pela propriedade. Eu não podia negar que era um lugar lindo, claro. Haviam muitas árvores, canteiros com as mais diversas flores, ao longe parecia ter um pequeno lago e eu bufei. Mafiosos pareciam presunçosos.

Há menos de quinhentos metros da Mansão, havia uma outra construção. Não era grande, parecia o tamanho normal de uma casa. Franzi o cenho me perguntando o que era aquele lugar, foi quando eu os vi saindo.

Harry, Rony, Hermione e mais dois que eu não conhecia. Eles pareciam absortos em uma conversa e sequer notaram que eu os encarava. Resolvi sair antes que alguém me visse, porém, não tive tempo. Uma garota loira que estava junto com eles me viu e pareceu falar alguma coisa, dois segundos depois cinco pares de olhos estavam em mim.

Eu estava tentada a virar as costas e ignorar todos eles, mas eu estava curiosa para saber o que era o lugar de onde eles tinham saído. O grupo se aproximou de mim, Harry me lançou um sorrisinho, Rony me olhou incerto, Hermione nem olhou na minha cara e os outros dois me olhavam com curiosidade.

– Veja só, estávamos falando de você agora mesmo – Harry me lançou um sorriso malicioso e eu arqueei o cenho. – Esse são Theodore Nott e Luna Lovegood, eles também trabalham para seu pai.

– Oi – olhei para eles e acenei com a cabeça.

Theodore era ainda mais alto que Harry, os cabelos e os olhos eram pretos, em contraste com a pele clara. Sua barba era bem feita e ele era lindo. A moça ao seu lado, Luna, era linda também. Ela tinha um cabelo loiro que estava preso em um rabo de cavalo alto, seus olhos eram de um azul fascinante e ela estava sorrindo para mim.

– Gina, que legal te conhecer! – disse ela, me surpreendendo ao me abraçar firme. – Harry tem razão, você e Ron são parecidíssimos!

Estaquei, surpresa com a afeição repentina, mas sorri um pouco de volta, porque era quase impossível não sorrir de volta ao ter um sorriso como aquele direcionado a você.

– Obrigada?

Luna deu uma gargalhada e eu lancei um olhar para Harry, que deu de ombros.

– Você é linda, garota! Olha só esse cabelo... uau! E todas essas sardinhas... esse piercing doeu? Eu sempre achei bonito no septo, mas eu não gosto de agulhas, sabe? – ela tagarelava e eu sorri um pouco mais.

– Eu queria ter feito nos seios, mas minha mãe disse que me expulsaria de casa – dei de ombros, decidindo que gostava dela. – E teve a vez que eu raspei todo o cabelo, uns quatro anos atrás.

– Uau! – Luna piscou, olhando para minha cabeça e acho que estava me imaginando careca. – Bem que eu não acreditei que você era insuportável, quando me disseram.

Eu dei uma risada em desdém e lancei um olhar a Hermione, a vaca.

– Eu sou mesmo, mas de você eu gostei – sorri para Luna, que abriu um sorriso ainda maior de volta.

– Deixe a menina respirar, baby – Theodore puxou Luna e envolveu seu braço na cintura dela. – Luna se anima facilmente.

– Arthur falou com você, Gina? – Harry me olhou e eu bufei.

– Falou. Foi uma conversa deveras divertida – respondi irônica.

– Ótimo, você precisa se inteirar dos assuntos e do treino.

– Eu não vou treinar – retruquei. – Eu nunca pedi para ele me buscar, ele não vai me obrigar a treinar porcaria nenhuma.

– Você meio que não tem escolha – Rony falou e eu lancei um olhar irritado a ele.

– Eu não pedi sua opinião.

– Você chegou ontem, garota. Mostre algum respeito.

– Desculpa, eu não entendo vacas – sorri gélida para Hermione, que avançou para mim e foi segurada por Rony.

– Ela vai ser ótima – Theo riu baixinho.

– Eu disse, ela é explosiva.

– Quer calar a boca? Babaca.

– E então! – Luna andou até mim, enganchando seu braço no meu. – Arthur disse que teremos um jantar essa noite – ela riu animada e eu só queria gritar de irritação. – Ele me pediu para ir com você ao shopping e comprar um vestido bem bonito, ou então, qualquer outra coisa que queira usar.

– Eu não quero nada disso – murmurei para Luna, que me arrastava de volta para a mansão.

– Vai ser bem divertido – prometeu ela. – Podemos fazer o cabelo, as unhas! Tem uma loja incrível de acessórios, você vai amar. Será um dia de meninas!

– Tudo bem – suspirei, vencida. – Desde que seja apenas nós duas.

– Por isso ele pediu a mim – Luna deu uma risadinha. – Hermione é legal também.

– Ela é uma vaca, isso sim – resmunguei.

Luna me olhou solidária.

– Eu preciso fazer umas coisas, mas eu passo te buscar depois do almoço, ok?

– Certo – assenti. – Acho que vai ser legal sair um pouco.

Luna me abraçou e depois ela e Theodore saíram de mãos dadas até um Bentley.

– Luna é ótima – Harry falou para mim. – Vocês se darão bem.

Vi Rony e Hermione entrando na mansão, eles pareciam conversar rapidamente sobre alguma coisa.

– Eu entendo que é muito para digerir, mas dê um tempo, acho que você vai gostar – continuou ele.

– Eu não quero nada disso, eu preferia não saber nada disso – rolei os olhos e Harry me olhou indignado.

– Isso aqui pode não ser o que você queria, mas pelo menos é sua família, garota. Seja mais grata por ter uma.

– Família são as pessoas que você ama e que te amam, que se cuidam e fazem tudo pela sua felicidade. Eu tinha uma família, Harry. Era minha mãe e ela morreu. Ela me criou e foi a única família que eu tive por anos – retruquei, apontando ao redor. – Isso? Não. Isso aqui é meu castigo, meu purgatório, qualquer coisa, menos minha família.

– Você está sendo injusta – ele riu cético. – Sequer deu chance para ver que está enganada.

– Foda-se, Harry. Eu não pedi a porcaria da sua opinião, ok? Não estou nem aí para o que você pensa.

– Hermione está coberta de razão quando diz que você é mal-agradecida e petulante – ele disse entredentes.

– Então você e ela vão se foder juntos, porque eu não pedi nenhuma opinião.

Mostrei o dedo para ele e saí, pisando duro.

 

 

Após termos entrado em várias lojas, achamos um vestido que Luna decretou ser digno de uma entrada triunfal. Depois de fazermos a unha e o cabelo, estávamos na praça de alimentação do shopping, tomando sorvete.

– Faz tempo que trabalha para meu pai? – perguntei, com curiosidade. Eu tinha evitado aquele assunto a tarde toda, estava receosa de tocar nele.

– Não muito – Luna deu de ombros.

– Você... hum... você não tem cara de quem trabalha para a máfia – disse eu, sussurrando a última palavra.

Luna riu baixinho.

– Gina, você não faz ideia do quanto isso é normal. Aos poucos você vai se adaptar e conhecer todo o pessoal, não se preocupe.

Eu suspirei contrariada, cutucando com a colher meu Sunday de morango.

 – Eu não quero nada disso, Luna – admiti. – Eu cresci sem meu pai, até dias atrás ele estava morto para mim. Agora ele aparece e diz que é líder da Máfia.

– Capo – corrigiu ela e eu franzi o cenho. – O nome correto é Capo.

– Ah – sorri sem graça. – Vê? Eu não sirvo pra isso. Sem contar que odeio todos eles.

– É seu pai, Gina, e também seu irmão... pelo que entendi vocês nem sabiam da existência um do outro.

– Não – eu dei de ombros. – Mas saber que meu pai me deixou por conta disso, que ele esteve presente pela vida toda de Ronald, enquanto eu chorava todos os anos no dia dos pais porque o meu estava morto – soltei uma risada sem humor. – Não sei se posso perdoa-lo.

– Deve ser difícil – Luna me olhou de uma forma estranha, como se se identificasse com a situação, no entanto, ela não falou nada. – Mas quem sabe vocês possam resolver isso e conviver como uma família.

– Acho difícil – sorri maliciosa. – Você vai ver, Luna, eu vou ser a porra na pedra do sapato de Arthur até ele me mandar de volta para Hampton.

Ela piscou atônita, mas deu de ombros.

– Se é o que você quer – murmurou, por fim.

– Claro que é, quero estar bem longe dessa Família fodida o mais rápido possível – bufei. – Mas, antes disso, vou comprar um celular novo e, de preferência o mais caro que tiver.

Ergui o cartão black para Luna que sorriu aprovadora. A tarde tinha sido bem mais divertida do que eu esperava, afinal.

 

 

O jantar estava sendo a coisa mais tediosa da minha vida. Arthur me obrigou a ficar ao seu lado, enquanto ele me apresentava para pessoas que eu nem me dava o trabalho de escutar o nome. Eu estava irritada com aquilo, parecia que eu era um objeto que ele havia recentemente comprado e que agora mostrava para os amigos.

– Sorria, Ginevra – ele sussurrou no meu ouvido, o tom de ameaça era nítido.

– Não tenho motivos para sorrir – retruquei. – Odeio essa merda.

– Você não teste minha paciência – avisou ele, segurando meu braço. Um homem passou por nós e Arthur acenou educadamente, disfarçando a irritação. – Estou tentando dar seu tempo de adaptação, mas sua malcriação não será tolerada.

Puxei meu braço de seu aperto e estreitei os olhos, pronta para revidar com palavras nada educadas, quando fomos interrompidas.

– Capo Weasley – um dos homens que reconheci serem segurança da casa, se aproximou. – Temos uma situação.

Arthur olhou para o homem e suspirou.

– Comporte-se, Gina. Eu preciso trabalhar – disse e então saiu.

Rolei os olhos e comecei a olhar ao redor. Não haviam muitas pessoas, no máximo quarenta, as quais eu fui devidamente apresentada e que já não lembrava mais quem era quem. Aquele jantar era a maior chatice e eu detestava tudo aquilo. Era simplesmente ridículo.

Percebi que não havia visto Harry desde cedo e estranhei. Ele parecia bem intimo da família e não estar ali, era no mínimo estranho. Talvez ele tivesse ficado bravo comigo, pensei e soltei uma risadinha maliciosa. Que fosse. Eu não iria agradar ninguém naquela merda.

Aproveitei que ninguém prestava atenção em mim e fugi dali, indo direto para meu quarto, onde eu poderia ter um pouco de paz, ficar sozinha e ainda entrar em contato com meu melhor amigo que, conhecendo-o como eu o fazia, devia estar surtando.

 


Notas Finais


Nikoly: Já que vocês disseram que estava linda a interação de Hinny, a gente resolveu deixar ainda mais HEHEHEHEH a primeira briga aconteceu, e temo dizer que não vai ser a única 🌝
É tudo recente, tem muita coisa acontecendo, mas é nesses momentos em que a Gina vai ver em quem pode se apoiar realmente!
Beijos! Até mais 🥰


Kelly: A primeira briga a gente nunca esquece né kkkkkkkk a Gina está completamente assustada com esse novo mundo que ela foi inserida, sem contar que fazem poucos dias que ela enterrou a mãe, então não a julguem por não estar sob controle kkkk
Hoje conhecemos mais dois personagens importantíssimos para a história: Theo e Luna!
Esperamos que tenham gostado!

Nos nossos perfis do Instagram há spoilers dos próximos capítulos:

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✨Playlist oficial de Homewreker ✨

Youtube: https://music.youtube.com/playlist?list=PLUdwQnVZYaF0uErTsfgDqrqdWtnsDZ6sB

Spotify: https://open.spotify.com/playlist/3AtLTZyB4NulqncUJXEqOz?si=8035e481b17a456a

✨ Pasta do Pinterest✨
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