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História Hostility - Before the story begins...


Escrita por: LilithShadows

Notas do Autor


Tô tão feliz que vocês estejam gostando, acompanhando e percebendo algumas dicas que eu deixo pelo meio do caminho. É sem dúvida alguma recompensador. E pra vocês, meninas lindas do meu coração que estão relendo. MUITO OBRIGADA PELA PACIÊNCIA. Sei que é um porre esperar por capítulos novos, mas logo eles virão.

Tá aí mais um para vocês. Espero que se divirtam.

Bjks

Enjoy

Capítulo 10 - Before the story begins...


Pov’ s Matt

 

Como em eu destruí a vida de tantas pessoas em tão pouco tempo?

Há uma semana Jade estava internada e seu quadro não havia mudado. Zacky tinha acabado de ser expulso por Syn e por Jess ( pois é, acabamos ficando um pouco próximos da estagiária) após ter passado a noite e metade do dia acordado ao lado do leito de Jade. Ele estava literalmente acabado. Não comia direito, as olheiras eram mais fundas que o normal. Ele relutou um pouco em me deixar em seu lugar e eu não podia culpá-lo. Eu era o responsável direto por essa merda toda. Acredito que o cansaço o venceu, já que no fim ele deixou ser conduzido por Jess e Syn para casa.

Os compromissos da banda foram todos adiados. A desculpa, simples. Estou com um aparente problema nas cordas vocais. Val nos convenceu de que não seria uma boa ideia informar a mídia que Jade estava no hospital. Seria uma atenção que nem nós, menos ainda ela, merecíamos. Ela precisava se recuperar e quando acordasse... Porque ela iria acordar, ia precisar descansar e ter paparazzi cercando o prédio do hospital e manchetes inventando histórias e denegrindo sua imagem, não a ajudariam.

Aproximei-me ligeiramente da cama de Jade. Ela estava imóvel e respirava lentamente. Passei a mão por seus cabelos e pousei meus lábios em sua testa. Meus olhos ardiam e eu tinha vontade de me machucar por tê-la machucado. Passei a mão em sua testa e quase pulei para trás. Tive a impressão de ter visto sua boca se mexer. E não havia sido impressão. Ela parecia tentar falar alguma coisa.

Eu baixei meu rosto levando meu ouvido próximo a boca de Jade que balbuciava alguma coisa. Isso me encheu de esperanças. E meu coração disparou quando ouvi meu nome. Levantei o rosto apressado e assisti encantado, os olhos de Jade se abrirem lentamente. Ela me encarou sorrindo. Um sorriso que eu não via há muito tempo e uma corrente elétrica percorreu meu corpo. Ela tentou falar alguma coisa, mas não conseguiu. Passei a mão lentamente por seus cabelos.

-Shh! Não se esforce Baby Doll. Espere que eu vou chamar a enfermeira...

Virei-me e ela segurou meu braço com força. 

- Não me deixa sozinha... – Disse ela com muita dificuldade e eu não pude negar isso a ela. Quando ela se acalmasse eu chamaria alguém.

Ela olhou para o quarto, confusa. Tentou se mexer e gemeu de dor.

- Meu amor, não faz isso. – Disse enquanto apertava o botão em cima de sua cama que chamava a enfermeira, do qual anteriormente havia me esquecido.

- O que aconteceu? – Disse Jade. Nós já estávamos em um quarto comum da enfermaria e eu a ajudei a se acomodar um pouco na cama. O médico que a examinou me disse que só a manteria sob observação por mais alguns dias e depois ela iria precisar iniciar um acompanhamento psicológico.

- Você não se lembra de nada? – Me sentei na poltrona ao lado de sua cama.

- Me lembro do quarto do hotel ontem...

- Há uma semana que isso aconteceu.

Ela me olhou apavorada. Mas uma vez me culpei por tudo isso. Parece que essa culpa nunca iria desaparecer.

- Você misturou algumas coisas e nos deu um baita susto. - Continuei sorrindo, sem que ela tivesse tempo para perguntar o que havia acontecido. – Você tem que ser muito grata ao Zacky por estar aqui hoje. Ele que a encontrou e trouxe para o hospital.

- Matt, eu poderia ter morrido né? Fora que eu perdi uma semana... - Sua voz já estava ficando embargada pelo choro- Perdi uma semana inteira da minha vida.

Jade começou a chorar e eu em um impulso me levantei e a envolvi em meus braços. Meu dever deveria ser protegê-la e tudo que eu fiz foi brincar com seus sentimentos e destruir seus sonhos. Eu queria que alguém me batesse! Só isso. Era pedir muito?

- Agora passou Baby Doll. – Disse tentando acalmá-la enquanto acariciava seus cabelos e naturalmente aproveitava para sentir o seu cheiro, que mesmo misturado a aquele cheiro característico de hospital, era o melhor que eu já havia sentido. E me aproveitando para sentir a proximidade de nossos corpos. Eu precisava reparar o que eu tinha feito a ela. E ali coloquei em minha cabeça que eu iria fazer ela feliz custasse o que custasse.

A porta do quarto se abriu e logo Syn , Jess e Zacky entraram. O ultimo tinha trocado de roupa, mas a aparência abatida continuava a mesma. Ele se aproximou lentamente de nós dois e acariciou a cabeça de Jade que levantou o rosto e o encarou sorrindo.

- Obrigada – Ela murmurou sem conseguir mais ter o que dizer. Eu me soltei dela delicadamente e logo Zacky a abraçou. Só que eu notei o desespero que ele tinha de se certificar que aquilo não era um sonho. Ele segurava possessivamente no rosto de Jade , a enchendo de beijos e eu fui obrigado a sorrir. Syn veio logo em seguida agarrando os dois a fazendo gargalhar agora.

-Você nunca mais faz isso comigo ta me ouvindo? – Dizia ele abraçado à menina. – Se você morresse eu ia atrás de você no inferno e te matava garota!

- Será que eu fui a única que percebi que ela precisa descansar? – Disse Jess encostada no batente da porta.

-Não! – disse Jade quase desesperada. – Eu descansei uma semana... A ultima coisa que eu preciso é descansar.

- Olhando por esse ângulo. – Jess se apresentou e esticou a mão. – Meu nome é Jessica, é bom te ver acordada Jade. Não aguentava mais esses marmanjos chorões!

Com alguma dificuldade para se desvencilhar dos dois Jade apertou a mão de Jess.

- Que bom que cuidou deles. E eu sei que eles dão muito trabalho.

- Você está falando como se fossemos crianças. – Disse Zacky sentando na beirada da cama de Jade.

- Mas pareciam. – Completou Jess- Você fez falta pra eles. Você tem sorte garota. Tem amigos que te amam de verdade.

- Não liga pra ela Cat- Syn se manifestou logo.- Ela amou ficar segurando minha mão enquanto eu estava inconsolável. Ela ta fazendo é charme.

Jade riu gostosamente ao ver que Jessica corou e balbuciava tentando formular algo para atacar Syn e algo me dizia que aqueles dois fizeram mais que simplesmente se apoiar. Mas o foco na minha atenção se desviou completamente quando eu olhei para Zacky. Ele estava radiante, deslizando as mãos pela cama e timidamente segurou a mão de Jade. Eles entrelaçaram os dedos em seguida e se encararam por alguns minutos. Eu vi nascer ali uma cumplicidade que eu invejei.

-Vocês avisaram aos outros?- Disse tentando afastar esse sentimento de mim.

- Não deu tempo. Viemos para cá que nem uns loucos e acabamos esquecendo. – Disse Syn.

Essa era uma ótima oportunidade para que eu saísse de lá.

- Vou lá fora telefonar. Daqui a pouco eu volto. – me dirigi a porta e antes de sair me virei e vi Brian tentando sufocar Jade em mais um abraço. – E deixem a menina respirar por favor!

Um pouco sem graça Brian se afastou dela enquanto eu saia do quarto. Eu faria o que fosse preciso para reparar os erros que eu cometi e vi naquele momento, que minha oportunidade era abrindo realmente mão de qualquer vestígio de sentimento que pudesse sentir por Jade. Mesmo que eu sofresse, Zacky amava a Jade e não a machucaria. Cuidaria dela, coisa que eu não fui capaz de fazer. Eu tenho que dar essa chance a eles de serem felizes. E com esse pensamento andei até a cafeteria do hospital. Pensamento esse com o qual mais uma vez me enganei.

 

 

Pov’s Jade

 

 

Turnê suspensa temporariamente e estávamos de volta à Califórnia.

Eu me sentia melhor. Muito melhor mesmo e não conseguia explicar o por que. Após minha saída do hospital tudo foi se normalizando aos poucos. Claro que naturalmente eu não conseguia fazer mais nada sozinha. Para todos os lugares que eu ia, era seguida por um dos meninos ou Val que tem sido maravilhosa novamente comigo e até mesmo Jessica. Nós duas ficamos muito próximas. Descobri que ela era super fã dos meninos e tinha um deathbat imenso tatuado nas costas.

- Menina... Isso é lindo sabia? – Exclamei quando ela me mostrou em uma das vezes que foi me visitar no apartamento que eu havia alugado. – Mas uma coisa que eu não entendo Jess. Pode me chamar de louca, mas você não faz o estilo “assistente social”. Tipo, não que você não seja boa, mas...

- Eu entendi. Não faço mesmo. Só que a oportunidade de vaga no intercambio era essa e eu não podia deixar de aproveitar uma oportunidade de sair de lá.

- Lá onde? – indaguei confusa.

- Do meu país. Eu não sou daqui, sou brasileira. Eu sempre sonhei em vir para cá. Queria a Califórnia, claro. Ainda me mudo para esse lugar.Tudo o que eu quero eu consigo.

-Você é brasileira? Eu nunca ia adivinhar isso garota! Você não tem sotaque nenhum...

            - Costume... Horas treinando quando eu canto ou toco.

- Você toca o que?

- Baixo- disse a morena como se isso fosse muito corriqueiro. Subitamente tive uma idéia.

- Jess... – comecei com um pouco de receio – Você entende de musica né?

- Sim...


            - E não gosta do seu trabalho?

- Não é que eu não goste Jade... Eu só... – Ela considerou alguns segundos e começou a rir- Eu o detesto! Eu não gosto de lidar o tempo todo com a tristeza dos outros. É horrível.

- E se você tivesse a oportunidade de trabalhar com coisas um pouco mais divertidas. Que você com certeza se estressaria, mas em contrapartida conheceria o mundo todo?

- Esse é o tipo de emprego que não existe amiga... – Disse rindo.

Depois dessa nossa conversa fui conversar com os meninos. E como eles me pajeavam o tempo todo agora, foi fácil convencê-los a contratar mais um roadie... Na verdade uma roadie.

 

As coisas entre mim e Matt melhoraram muito. Lógico que eu às vezes sentia aquela pontadinha no peito quando me lembrava de tudo o que aconteceu. Mas preferi relevar isso. Principalmente porque eu notei que ele e Val se aproximavam cada vez mais. Eu torcia para que desse certo para eles dessa vez. Se eles se amavam o que eu poderia fazer? Pensar nisso me machucava, mas se eu parasse para analisar, quem era a intrusa ali? Eu não queria odiar ninguém, menos ainda ele. Sentia-me diferente e eles também me achavam diferente. Johnny como sempre, era o único que estava “mais normal impossível”. Continuamos assistindo filmes de madrugada no ônibus e conversando sobre coisas que só nós dois entendíamos. Arin andava cabe baixo e decidiu até desistir de me ensinar a tocar bateria.

- Definitivamente, você não tem um pingo de coordenação motora... – me disse em uma tarde.

Syn e Zacky pareciam disputar minha atenção. Quando o Syn não estava discutindo com Jess ( o que se tornou um hábito e que garantia ótimas risadas a todos), ele estava me seguindo. Pra onde quer que eu andasse , dava de cara com aquele Sonic mal despachado. E por incrível que pareça, ele não sumia mais durante as noites.

Zacky por sua vez, fazia questão de me acompanhar em todas as minhas consultas semanais ao psiquiatra ( Sim , eu estava fazendo acompanhamento por mais que eu afirmasse que tinha sido um acidente.). Sei que no fim o apoio dele era tão importante para mim que eu nem reclamava de ir.

Mas como sempre, tem aquele dia em que você não quer só apoio. Eu queria mais do que só alguém para me apoiar. E como eu decidi ser intensa e parar de ter medo de tudo, eu resolvi experimentar novas sensações. Não comecei a me drogar não... Antes que alguém pense. Só que eu passei a medir menos os meus atos, e a me preocupar menos com eles, já que me preocupar só me deu trabalho em dobro.

Então, um dia, Zacky não pode me levar a consulta por algum motivo místico que eu não me recordo no momento. Quem me levou, foi lógico, o Syn. Quando saímos do consultório o sol já estava se pondo. E antes de Syn dar partida no carro, pousei minha mão em sua perna.

            - Brian...- Eu falei um pouco relutante e ele ficou tenso segurando o volante.

  Sua tensão era palpável. Parecia que ele já imaginava o que eu iria pedir.

- Diz Cat.- Ele engoliu em seco.

- Eu não quero ir para casa.

Ele respirou profundamente e deu partida no carro.

- Ok. – E essa foi a única palavra dita no decorrer do nosso trajeto.

Talvez esse tenha sido o momento mais tenso da minha convivência com Synyster Gates. Já que nós não conversamos o caminho inteiro. O que nunca havia acontecido. Nós sempre tínhamos algum assunto, por mais idiota que fosse para comentar. O carro parou de frente a um parque. E ele saiu do carro. Eu estava muito, mas muito nervosa pra conseguir abrir a porta e descer. Ele contornou o carro, abriu a porta e estendeu a mão. A segurei com um pouco mais de força do que deveria e saí do veiculo.

Syn retirou algumas coisas do porta malas do carro enquanto eu o esperava.

- Você pode achar muito estranho isso, mas eu tinha que te trazer aqui.

- Em um parque Brian? – O encarei um pouco descrente.

- Esse não é um parque... Esse é O Parque Cat.

E segurando minha mão foi me fazendo acompanhar seu passo em direção as arvores que eram muito densas em determinada parte do lugar. Depois de andarmos pelo menos uns trinta minutos sem nos falar Chegamos a uma clareira com uma espécie de cabana caindo aos pedaços.

Synyster me pegou no colo, já que havia um tronco imenso na frente da entrada da cabana que eu não conseguia pular. Ele entrou comigo na cabana e sorriu.

-Seja bem vinda.

Haviam garrafas velhas e empoeiradas de cerveja em alguns pontos da sala que cheirava fortemente a mofo. Era tudo antigo e a madeira com certeza já tinha apodrecido, mas algo naquele lugar me fascinava. Mas uma coisa que eu não conseguia explicar o porquê. Nas paredes ainda podiam se ver pôsteres do Iron, AC/ DC , Metálica e Guns . Deteriorados sim, mas eram eles. Haviam um sofá empoeirado que eu encarei por alguns segundos. Ele me recordava algo muito familiar. Syn segurou em minha mão e me puxou para o centro da casa.

-Espera aqui que eu vou dar uma olhada na caixa de força ali fora. - E ele saiu me deixando sozinha.

Eu fui mais uma vez para frente do sofá e voltei a encará-lo. Mas o porquê ele me chamava tanto?

Ele estava encostado na parede. Tinha um estampado floral rosa e bege que com certeza contrastava com o lugar. Estava todo marcado de queimaduras de cigarro, na melhor das hipóteses. Muito encardido e empoeirado. Mas mesmo assim ele me atraia? Será que eu tinha ficado cafona depois que eu sai do hospital?

Senti uma mão de Brian envolvendo minha cintura e me puxando para junto de si com delicadeza. Ele beijou meu pescoço com cuidado e arrepiou meu corpo todo. Em seguida ele se afastou e eu o olhei. Ele tinha duas caixas de cerveja na mão e duas cobertas.

- Acho que duas dão né... Eu ia vir para cá sozinho hoje... Por isso só comprei elas.


Comecei a rir.

- Seu alcoólatra. – Ele forrou ainda rindo o chão com uma das cobertas colocou as cervejas do lado e me segurou pela cintura novamente, só que dessa vez de frente para mim. Sua testa encostou-se à minha e o castanho dos seus olhos me encararam profundamente.

- Você tem certeza disso Cat?

- Claro que eu tenho. – Era mentira pura. Eu nem sabia o que eu tava fazendo ali afinal e tive vontade de correr.

Ele primeiro roçou levemente seus lábios aos meus. Em seguida sua língua pediu passagem para invadir minha boca e logo estávamos nos beijando intensamente. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas pela primeira vez eu tive certeza do porque as mulheres faziam fila pelo Brian. Seu beijo era delicado e ao mesmo tempo quente e suas mãos percorriam velozmente cada pedaço do meu corpo que ele conseguia alcançar. Eu tirei sua jaqueta apressadamente, louca para sentir o contato de sua pele a minha. Ele nos afastou e tirou a jaqueta e em seguida a blusa. Um minuto de pausa para se perder o fôlego! Que homem era aquele Deus. E o pior ele via que eu estava secando ele sem a menor vergonha.

- Você não precisa só babar Cat. Você pode tocar também... – Ele disse com um sorriso muito sínico no rosto.

- Eu poderia te bater agora sabia? – Disse fingindo raiva, me ajoelhando no local onde ele havia forrado.

- Tenho uma ideia muito melhor. – Brian ajoelhou na minha frente e voltou a me beijar só que muito mais voraz do que dá primeira vez. Aos poucos ele foi me deitando na cama improvisada que ele forrou no chão. Ele ao mesmo tempo em que me beijava, desabotoava minha blusa. Sentei-me ainda o beijando, para ajudá-lo a tirar o que restava do pano incomodo, e quando me deitei novamente eu o peguei me encarando. Ali, pela primeira vez eu tive a impressão de que eu era “bonitinha’ já que quando eu deitei, Syn ficou a contemplar minha pele descoberta, mas especificamente meus seios cobertos pelo sutiã preto, rendado, meia taça que eu usava.

– Você não precisa só babar Syn, Pode tocar também! – Disse o imitando e ele sorriu.

- Nossa Cat... Isso é... Tava tudo do meu lado o tempo todo? Mentira!- Syn disse isso com um sorriso tão bobo que foi impossível sentir raiva.

Ele se aproximou novamente de mim e traçou uma linha delicada com os dedos pela pele da minha barriga e foi subindo até chegar perto do meu seio esquerdo. Então nos beijamos novamente, mais urgente do que jamais havia beijado alguém, nem mesmo Matthew. E quando sua mão circulou meu seio eu... Eu... Comecei a rir descontroladamente e ele se afastou de mim me olhando assustado.

- O que foi Cat?

- Desculpa, fez cosquinha. – Disse me levantando também.

- Cosquinha? Você disse que eu tocar em você faz com que sinta cócegas? – Ele olhava para mim incrédulo.

Apenas balancei a cabeça afirmativamente, e ainda rindo um pouco.

- Não é possível. Era no mínimo para você sentir tesão Cat. NO MÍNIMO!


            Sentei-me ao seu lado e puxei duas cervejas de dentro da caixa. Uma entreguei a ele e a outra eu abri e bebi um gole. Eu já tinha quebrado o clima mesmo. Então só nos restava beber.

-Sabe Syn... Acho que Nós estávamos sendo...

-Precipitados? – Perguntou ele arqueando uma sobrancelha e em seguida abrindo a cerveja e dando um imenso gole. - Eu concordo. Quase sucumbimos a uma noite de imenso prazer e luxuria. Ainda bem que você riu da minha cara... - Disse sarcástico e bebendo sua cerveja.

- Primeiro, eu não ri da sua cara. Mas sei lá... Eu não sei o que é, mas... Parecia errado. Apesar de gostoso... – ele riu pelo nariz e deitou me puxando para que eu deitasse em seu peito.

- Sabe Cat. Seria incesto, isso sim. Eu te amo tanto, mas não desse jeito. Fiquei excitado sim, e ainda estou, porque você é linda e demais, e sim nós dois juntos seriamos demais. Mas ainda assim seria incesto.

Ele beijou o topo da minha cabeça com carinho e continuou.

Continuou murmurando que seria incesto, parecendo que queria se convencer disso. Mas eu e ele sabíamos em nosso intimo que essa era uma péssima desculpa. Nos desejávamos, isso já era um fato. Então finalmente ele voltou a falar comigo.

- O que acontece é que estamos carentes. Isso sim. E quase nos deixamos levar pela carência.

- Synyster Gates carente? – Perguntei surpresa.

- Não... Synyster Gates nunca fica carente, ele é um destruidor safado de corações. Eu nunca deixaria ele tocar você. – Ele disse alisando meu rosto com a ponta dos dedos. – O carente é o Brian mesmo. Sinto falta de carinho e só você me dá esse tipo de carinho. Sinto falta de estar com uma pessoa só por gostar da companhia dela. E isso só sinto ultimamente com você e... Enfim vamos dormir, porque não há ninguém no mundo com quem eu queria estar aqui, que não fosse você.

- Jura mesmo?

- Juro Cat. Parece que tudo foi programado para que nós dois estivéssemos aqui hoje sabe? Era aqui que eu e o James matávamos aula, enquanto ele estava matriculado, claro. Quando a gente não tinha pra onde ir, vinha pra cá. – Ele respirou fundo. – Bebíamos escondidos, fumávamos. Esse é o nosso ‘“Velho lugar” E só trazemos aqui quem...

- O que você falou? – Eu disse levantando de seu colo.

- E você não sabe que a gente bebe e...


- Não é isso Brian... – Levantei e andei em direção ao sofá. – Aqui é o Velho Lugar? Syn... Levanta por favor!!!

Brian levantou assustado sem entender absolutamente nada do que eu estava falando.

- Você ta ficando maluca Jade o que...

- Empurra o sofá. – Tudo fazia sentido. Minha vontade louca de estar com o Syn no mesmo lugar. Aquele sofá. Ser o tal do “Velho Lugar”. Me sentir tão confortada nos braços de Syn. Tudo fazia sentido e um sentido completamente insano já que eu não sabia o motivo. Mas no fundo do meu coração. Eu sabia que tinha alguma coisa ali.


Syn levantou e empurrou o sofá. Atrás do sofá tinha um buraco de onde dava pra se ver uma caixinha. Syn arregalou os olhos a reconhecendo na hora e puxou a caixinha, tirando a poeira de cima.

- Como você sabia?

Ta aí uma coisa que eu não poderia responder a ele. Eu não fazia a mínima ideia de como eu sabia que estava lá. Eu só sabia...

Ele abriu a caixa e em segundos as lágrimas começaram a rolar por seu rosto, descontroladas. Nunca havia visto Brian assim. Aproximei-me e logo fui envolvida por seus braços, colocando seu rosto na curva do meu pescoço e continuou a soluçar. Eu não tinha reação. Só tentar abraçá-lo com força. 

Mas do que nunca eu queria saber o que tinha dentro daquela caixa e ele, para variar, como se lesse meus pensamentos se afastou um pouco e colocou a caixinha em minhas mãos.

 



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