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História House Of Wolves - O Primeiro Dia do Resto de Nossas Vidas


Escrita por: WantedKilljoy21

Notas do Autor


AMORES DA MINHA VIDAAAAA!!!

CÁ ESTOU EU DE NOVO COM UM CAPÍTULO NOVINHO PRA VOCÊS!!!

Não quero entregar spoilers, mas acho que o nome já conta alguma coisa.... :D

Bem, boa leitura!

Capítulo 39 - O Primeiro Dia do Resto de Nossas Vidas


Fanfic / Fanfiction House Of Wolves - O Primeiro Dia do Resto de Nossas Vidas

Por mais que Frank tentasse esconder, o inevitável acabou acontecendo e Gerard viu o hematoma na barriga do rapaz. Obviamente o homem entrou em pânico e foi preciso quase uma hora para que Gerard se acalmasse o suficiente para ouvir as explicações de Frank e acreditasse que estava tudo bem.

O rapaz contou que teve um incidente na cozinha e que assim que notou o hematoma, correu para Jason, que o examinou e o assegurou que estava tudo bem, mas claro que Frank omitiu os detalhes mais importantes, como o aumento dos sintomas da pré-eclampsia e o risco eminente de uma complicação coloque sua vida em sério risco.

Como era de se esperar, o rapaz ouviu um sermão sem tamanho de Gerard, questionando-o de forma aborrecida o porquê de não ter sido comunicado sobre o fato no mesmo dia. Frank admitiu que não queria trazer ainda mais preocupação para o amado, que estava lidando com os advogados e o processo de divórcio litigioso no exato momento no ocorrido, mas se desculpou sinceramente por não ter contado depois. Sua justificativa de não preocupar o amado, uma vez que tudo havia se resolvido, não foi recebida de bom grado, mas foi aceita por Gerard, sob a promessa de que isso nunca mais se repita e que ele seja informado imediatamente, caso aconteça alguma coisa com Frank ou Violet.

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No dia seguinte à conversa, dia 14/08, os dois estavam, pontualmente, no consultório de Jason, para o check up de 36 semanas. Gerard inquiriu Jason sobre o ocorrido com Frank. O médico confirmou a versão de Frank e contou tudo que seu sigilo médico/paciente permitiu. Mas foi o suficiente para acalmar o coração do futuro pai.

Após realizar todos os exames, os três sentaram-se para tomar uma importante decisão. A data da cesariana de Frank.

- Você completa 38 semanas no dia 28/08, então a partir dessa data já é seguro realizar o parto, pois os pulmões dela já estarão praticamente formados, e o risco que qualquer problema respiratório é quase nulo. - diz Jason.

- Então temos que escolher uma data a partir do dia 28? - pergunta Frank.

- Eu preferia já te internar no dia 28, mas se você quiser escolher uma data em especial para o nascimento da neném, por mim tudo bem. Desde que você já esteja no hospital.

- Certo. - ele diz e se vira para Gerard. - O que você acha?

- Se ela nascesse no dia 31, seriam dois meses certos antes do seu aniversário. Acho que seria uma data bacana. E no dia do seu aniversário, ela já teria dois meses e você já estaria quase totalmente recuperado da cirurgia. Poderíamos fazer uma comemoração dupla. Um bolo pra você e um bolo pra ela. O que acha? - diz Gerard, e Frank sorri.

- Acho perfeito! Dia 31 de agosto de 2018. É a data de nascimento da nossa filha.

- Então podemos marcar? - pergunta Jason.

- Sim, podemos! Nossa princesa já tem data para chegar. - diz Frank. Gerard toma a mão do rapaz e a beija.

- Mal posso esperar.

- Vocês podem anunciar no almoço de sexta feira, junto com o nome dela. - diz Jason, fazendo anotações. - Eu só digo que a JJ está histérica com essa ansiedade. Ela jura que eu já sei de alguma coisa e não quero contar pra ela.

- Só mais três dias e todos vão saber. Você vai estar lá, não é? - pergunta Gerard.

- Se ela não arrancar minha cabeça antes, eu não perderei por nada.

- Então, se eu fosse você, dormiria com um olho aberto. A JJ curiosa é perigosa. - Frank diz, e os três caem na risada.

- E eu não sei? - Jason ri, mas logo volta para seu modo médico. - Aqui tem uma lista de recomendações pra você seguir até o dia da internação e durante a internação. Não precisa decorar, nem nada, porque eu estarei monitorando você de perto, mas é bom já ter as informações. Eu recomendo que vocês já comecem a arrumar a mala da neném e a de vocês, porque serão alguns dias de internação antes do parto, e mais alguns dias depois. Frank só receberá alta se estiver 100% bem.

- Certo! E eu poderei ficar com ele o tempo todo no hospital? - pergunta Gerard.

- Sim, como acompanhante, você pode entrar quando ele se internar e só sair, quando ele receber alta. Eu vou colocar a Sra. Iero e a JJ como possíveis acompanhantes também, porque vai ser meio difícil manter as duas longe desse hospital. Frank, seu pai não estará como acompanhante, mas terá livre acesso durante o horário de visita, assim como a sua madrasta, Gerard.

- Maravilha. Muito obrigado!

- Bem, acho que é isso por hoje. Nós nos vemos novamente no dia 21, pro check up de 37 semanas e depois é começar o show! - ele diz e os três levantam ao mesmo tempo.

- Ai, agora que ela já tem data pra chegar, minha ansiedade está nas alturas. - diz Frank.

- Eu imagino! Mas tente manter a calma. Você já esperou 8 meses pela sua filha, agora só faltam duas semanas. - diz Jason.

- Eu sei, seu sei.

- Não se preocupe, Jason! Eu vou tentar mantê-lo o mais calmo possível.

- Ah, tá bom! Falou o Sr. Calma Em Pessoa. - Frank brinca e os três riem.

- Okay, eu admito que tive meus momentos. Então vamos combinar de um manter o outro calmo, tá certo?

- Combinado! - diz Frank. Gerard puxa o amado para perto e planta um beijo no topo de sua cabeça.

- Bem, esperamos você na sexta, hein? Sem falta! - diz Gerard, cumprimentando o médico com um caloroso aperto de mãos.

- Eu não perderei por nada.

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Dois dias depois, Bethany e Cole se reúnem novamente com Keith Hawke no apartamento de Cole. Assim como da outra vez, o detetive entrega uma pasta com novas fotos e relatórios para Bethany. O sangue de Bethany ferve ao ver as fotos de Frank e Gerard tiradas no dia da consulta.

- Vai acontecer algum evento na casa amanhã. - ele diz, chamando a atenção dela.

- Como assim?

- Eu verifiquei a movimentação do cartão de crédito dos dois e há compras de decoração de festa, bolo e bebidas e um buffet contratado. Os pais do Iero também chegam de NJ amanhã pela manhã.

- E vão embora quando?

- No dia seguinte, dia 18. Voo marcado para 14:30h.

- E o motorista do Gerard?

- Geralmente ele tira folga aos fins de semana.

- Então dia 18 e 19 ele não deve estar lá.

- Provável que não.

- Ótimo! Sr. Hawke, eu agradeço pelos seus serviços. A quantia final será transferida em meia hora para sua conta.

- Foi ótimo fazer negócios com a senhora, Sra. Way. E acho que não preciso lembrar que meu trabalho é baseado em discrição. Então nosso vínculo termina aqui.

- O mesmo vale para o senhor. Uma boa tarde! - ela diz, indicando a porta para o homem.

Assim que estão sozinhos, Bethany volta sua atenção para todas as informações conseguidas pelo detetive.

- Tem que ser nesse final de semana. É a ocasião perfeita!

- O que você pretende fazer, Bethany?

- O que você acha? Eu vou acabar com eles! Eu disse pra você, eu só vou descansar quando os dois estiverem mortos.

- Eu acho que você está deixando essa vingança te cegar. Você tem um tesouro nas mãos. Você entrega tudo isso pra imprensa e o Gerard está acabado pro resto da vida, e você ainda sai disso tudo por cima. Você mesma disse que a América adora uma vítima. Além de destruir a carreira e a reputação dele, com esse material, você arranca cada centavo dele no divórcio.

- Divórcio? Quem falou em divórcio? Eu não vou me divorciar do Gerard. Divórcio é muito pouco, acabar com a reputação dele é muito pouco. Qualquer coisa que não envolva os dois mortos em um caixão é muito pouco por tudo que o Gerard me fez. - ela diz, deixando Cole em choque.

- Você não pode estar falando sério.

- E por que não? Ele merece isso! Eles dois merecem isso!

- Bethany, você tá se ouvindo? Você está falando em assassinato! Você está mesmo disposta a matar uma pessoa assim, a sangue frio?

- E o que você quer que eu faça? Que eu fique sentada, vendo os dois serem felizes, depois de tudo que o Gerard me fez? Depois dele ter me humilhado publicamente? Não! Eles merecem morrer! Todos eles!

- Você não está pensando direito! Não está raciocinando! Tá bom, beleza, você mata o Gerard e o Iero e acha que vai acontecer o quê? Que você vai sair ovacionada pelo povo? Que vão te abraçar e fazer de você uma líder? Você mata os dois e vai ser presa na hora! Você vai ser presa e condenada e aí sim, tudo isso, todos os seus planos vão acabar!

- Você acha que vão me prender? Depois de tudo que eu passei? Do trauma de ser traída e exposta? O júri ficará do meu lado! Não tenho dúvida disso!

- É mesmo? Você acha que um júri vai te absolver de um triplo homicídio qualificado? Porque, caso você não se lembre, se você matar o Iero, você mata a criança também.

- Eu estou pouco me lixando pra essa criança! Que morram os três! Que sofram a pior das dores e que morrem de forma lenta e agonizante. - ela diz, e Cole chega a seu limite.

Ele começa a juntar os papeis que o detetive trouxe, na intenção de destruí-los. Bethany se mete no meio, para proteger as informações e tenta agredir o amante.

- Não toque nisso! Para! Eu te mato, Cole! Eu juro por Deus! Eu te mato! - ela grita, quando ele a segura contra a parede.

- Você não precisa fazer isso, Beth! Você não precisa de nada disso. Você não é essa pessoa! Você não é uma assassina, eu sei disso!

- Você não sabe nada de mim!

- Eu sei que eu te amo! Eu sei que nós ainda podemos ficar juntos. Nós ainda podemos ser felizes. Por favor, não faça isso! Vamos embora daqui, só nós dois. Nós podemos começar do zero. Eu te amo, Bethany, eu sempre te amei. - ele toma o rosto da mulher entre as mãos e a beija, de forma urgente. - Por favor, por favor, não faça isso! Você tem uma nova chance de ser feliz. Aceite. Aproveite! Vamos ser felizes juntos.

Bethany, então, empurra o homem e se livra de seus braços. Com uma expressão que mistura raiva e nojo, Bethany limpa a boca.

- Começar do zero? Com você? Você perdeu a cabeça? Quando você vai entender de que não passa de um divertimento, de um passatempo, de um bichinho de estimação que eu uso para não ficar entediada?

- Você não está falando sério. Você sente algo por mim, eu sei, eu sinto!

- O que eu sentia por você evaporou no momento em que você se acovardou. No momento em que você mostrou que não passa do sujeitinho ridículo e fracassado que eu sempre soube que você era. - ela diz, fria.

- Olha, eu realmente amo você, Bethany. Amo o suficiente para não querer que você destrua a sua vida. Mesmo você achando tudo isso de mim, o que eu sinto não vai mudar de um dia pro outro. Então, eu te peço novamente, não faça isso. Não faça! Porque se você pegar esses papeis e sair por essa porta, acabou. Eu não vou mais poder estar ao seu lado. Se você sair por essa porta, aí sim, você estará sozinha.

Após alguns segundos se olhando fixamente, Bethany se abaixa, recolhe todos os papeis que se espalharam pelo chão. Ela segue até o sofá, pega sua bolsa e segue para a porta, mas não sem antes se virar para o, agora, ex-amante mais uma vez.

- Aproveite sua vida patética. - ela diz, antes de se virar e bater a porta.

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A arrumação começou cedo no Refúgio. JJ e mais duas moças contratadas para o buffet arrumavam a mesa com o bolo e os docinhos, penduravam as bolas cor de rosa, os adornos e uma grande faixa escrita "Chá de Bebê da Baby Iero-Way". O casal já havia comunicado à família que a filha levaria o nome dos dois pais, mas ainda mantinha seu nome em mistério. Quando Harry e Christine chegaram, a arrumação acelerou ainda mais. Harry e Jason cuidaram das bebidas, enquanto Christine supervisionava as comidas preparadas pelas moças do buffet. Os únicos que não tiveram a presença permitida na arrumação foram Frank e Gerard, que ficaram restritos ao segundo andar da casa.

A festa seria pequena, estava mais para uma reunião íntima. Além dos pais de Frank, JJ e Jason, June também era aguardada, assim como Adam com sua esposa e filhos. Afinal, sem todas essas pessoas, o dia de hoje não seria possível.

Ás 13h em ponto, Frank e Gerard se dirigiram ao deck do Refúgio e se sentiram tomados pela emoção imediatamente. Estava tudo tão lindamente decorado, que o casal não pôde conter as lágrimas de alegria. Um por um, eles cumprimentaram os convidados. Frank se encantou pelos filhos de Adam. Especialmente por Emily, a primogênita do assessor de imprensa, que se mostrou absolutamente apaixonada e impressionada pela barriga do rapaz. Constantemente com a mão na barriga do rapaz, sempre que sentia a bebê mexer, a pequena corria para sua mãe e dizia que "o bebê na barriga do Tio Frank dança igual o Jensen". Nem é preciso dizer que a menina foi uma das grandes estrelas da pequena festa.

Já Gerard precisou se conter para não monopolizar o caçula de Adam, que já está com quase nove meses de pura fofura e simpatia. Risonho e solícito, Jensen passou de colo em colo, espalhando sua fofura pela festa. Obviamente que seu tempo com Frank foi reduzido, já que Emily decidiu que o jovem gestante era seu mais novo melhor amigo, e demandou mais de sua atenção.

Quem também aproveitou para apresentar parte da família foi June, que trouxe seu noivo, Dylan. Com o almoço pronto, todos se reuniram na enorme mesa montada no deck, com vista para o lago e degustaram a refeição preparada pelo buffet.

Após o almoço, a mesa foi retirada e o ambiente foi preenchido com puffs e poltronas, para que os convidados se sentissem mais a vontade. Assim que Frank se acomodou em uma das poltronas, Christine se aproximou do filho.

- Comeu bem, meu amorzinho? Tá satisfeito?

- Comi sim, mãe. Não era a sua comida, mas assim mesmo estava tudo uma delícia.

- Eu podia ter cozinhado, você sabe disso.

- Eu sei, mas esse dia é seu também. Então seu trabalho é só curtir o chá de bebê da sua netinha. - ele diz, sorrindo e recebendo um beijo no topo da cabeça.

Reunidos no deck, o grupo bate um papo animado, até que Gerard se levanta e pigarreia, chamando a atenção de todos.

- Bem, meus queridos. Família, amigos e novos amigos! Nos reunimos hoje para celebrar o amor. - ele diz, e oferece a mão para ajudar Frank a se levantar e trazê-lo para junto de seu corpo. - Hoje celebramos o amor que sentimos um pelo outro, o amor que sentimos por cada um de vocês e o amor que sentimos por essa pequena aqui, que logo estará conosco, completando nossas vidas e nos ensinando um novo tipo de amor. - ele diz, colocando a mão na barriga do rapaz. - E hoje não seria possível se não fosse por cada um de vocês. Então foi por isso que não pedimos que trouxessem presentes. Nosso maior presente já está aqui, nesse deck. Todos vocês são presentes que Deus nos deu para nos ajudar nessa jornada até aqui. Então, muito obrigado por tudo! - ele diz, recebendo uma salva de palmas emocionadas dos convidados.

Antes que Gerard possa continuar seu discurso, JJ ergue a mão, pedindo a palavra.

- Eu sei que não deveríamos trazer presentes, mas eu vi algo que foi impossível não comprar. É pro Frankie e pra bebê. Posso entregar?

- Claro! - diz Frank. Assim que recebe o embrulho, Frank o abre, animado, e gargalha com o conteúdo.

- O que é? - pergunta Christine.

- É um body pra neném e uma camiseta pra mim, dos Ramones. - ele ergue as duas peças de roupa.

- Experimenta a camiseta, pra ver se serve. - pede a moça. Frank vai até o banheiro do andar de baixo da casa e volta vestindo a camiseta da banda.

- Ficou lindo! - diz Gerard.

- Obrigado, JJ. Eu adorei.

- Você e ela com a mesma roupa, vai render uma bela foto. - diz Jason.

- Verdade! - diz June.

- Bem, vamos ao que interessa, porque a festa tá linda, mas eu sou uma avó ansiosa e estou louca pra saber o nome da minha neta.

- Ah, sim! - diz Gerard. - Hoje, além de revelarmos o nome dela oficialmente, também vamos poder dizer, ao certo, que dia ela vai nascer.

- Sério? - pergunta JJ.

- Quando? Ah, meu Deus do céu! - Christine se emociona e Harry a abraça, rindo.

- A menina nem nasceu e você já está fazendo vexame! Se acalma, Christine!

- É nossa primeira neta, Harry! Me deixa chorar.

- Deixa ela, pai. Eu tenho a sensação que ela ainda vai chorar mais um bocado. Bem, vamos começar pela data. Na terça feira nós fomos à consulta com o Jason e marcamos o dia da minha cesariana. Ou seja, marquem em suas agendas, nossa princesa chegará dia 31 de agosto! - ele revela, provocado uma nova comoção.

Christine, Harry e JJ vibram, abraçando e enchendo o casal de beijos. Adam e June também os parabenizam, mas de uma forma mais contida.

- Agora só falta o nome. Chega de mistério! - diz JJ.

- Tá bom, tá bom! - diz Frank. - Vamos lá. Como vocês sabem, nós estávamos em busca do nome perfeito para a nossa filha. Nós testamos vários, muitos, dezenas, vocês sabem bem disso. - ele diz, arrancando uma risada do pessoal. - Mas então aconteceu tudo aquilo que vocês já sabem e nós acabamos embarcando em uma viagem que se tornou muito mais especial do que podíamos imaginar. - ele sorri. - Quando nós embarcamos no iate, Gerard começou a falar sobre sua mãe e sobre como ela amava a água, como enxergava a beleza nos lugares mais inusitados e sobre como a risada dela era capa de preencher e iluminar um ambiente. Então, nós decidimos que MaryAnn será o segundo nome da nossa filha.

- Ah, que nome lindo! - diz Harry.

- MaryAnn! Amei. - confirma JJ.

- Doce e forte ao mesmo tempo. É perfeito! - diz Christine.

- Exatamente como era a mãe do Gerard. E como esperamos que a nossa princesa seja.

- E ela será, sem sombra de dúvidas! - diz a avó babona.

- E o primeiro nome? - pergunta JJ.

- Essa parte eu vou deixar o Gerard contar, já que foi ele quem "descobriu" o nome. - Frank ri,dando um leve esbarrão no amado.

- Bem, durante a nossa estada em Emerald Isle, eu precisei dar um pulo no mercado local. Eu tinha sido avisado que era um local pequeno e simples, o que de fato era. Quando eu terminei as compras e estava voltando para o carro, eu vi um cenário absurdamente lindo. Sem dúvida nenhuma, um dos mais bonitos que já vi na vida. Eram ruínas de uma antiga capela que havia sido destruída por um furacão que atingiu a ilha uns 20 anos atrás. O furacão foi tão forte que só sobrou a parede da fachada, com o portal, sem as portas, e a cruz no alto. E ao fundo, o altar de pedra ainda se mantinha de pé. Mas o que tornava tudo especial era o fato do local da ruína estar totalmente tomado por flores. Do início da igreja, até depois do altar, estava tudo coberto pro flores. Mal dava para dar um único passo, sem pisar em alguma delas.

- Nossa, deve ser um lugar lindo! - diz JJ.

- Você teria enlouquecido! - confirma Gerard. - Bem, a dona do mercado me contou que aquela era a única capela da ilha.

- E por que eles não a reconstruíram? - pergunta Jason.

- O povo deu prioridade para reconstruir as casas das famílias que foram atingidas, e quando resolveram reformar a igreja, as flores já estavam começando a tomar conta do local, então o padre disse aquilo era um sinal de Deus. Uma forma de mostrar que pode haver vida e beleza após um momento turbulento. Eu pedi para levar uma muda para o Frank e ela me ajudou a plantar num vaso. Eu voltei pra casa, contei a história pra ele, mostrei as flores, e na mesma hora, nós soubemos que aquele era o nome da nossa filha.

- E qual é? - pergunte Christine.

- Digam logo! - diz JJ.

Frank e Gerard trocam um olhar. Frank, então, entra na casa e volta com o vaso de flores na mão. Ela entrega o vaso nas mãos de Christine.

- Violetas, minhas favoritas. - ela sorri, mas só então a ficha cai. - Violetas.

- Violet. O nome da nossa filha é Violet. - ele diz, emocionado. Os olhos de Christine marejam na hora e ela abraça o filho.

- Oh, Frankie! Oh, meu amor! É lindo, absolutamente lindo.

- Gostou mesmo, mãe?

- É perfeito! Violet, nossa florzinha! - ela diz, com as duas mãos na barriga do filho.

- Então, pessoal, a gente gostaria de anunciar, oficialmente que nossa filha se chamará Violet MaryAnn Iero-Way! - diz Gerard.

Todos erguem seus copos e brindam à saúde de Violet. Mais uma rodada de abraços aconteça, até Frank pedir a palavra novamente.

- Ah, eu também gostaria de perguntar, oficialmente, se você aceita ser a madrinha da nossa filha, JJ?

É a vez da moça se emocionar. Comovida, ela abraça o amigo com carinho.

- É óbvio que eu aceito! Você tá louco se acha que vai fazer isso sem mim.

- E eu vou precisar muito de você. Muito mesmo!

- Eu não vou a lugar nenhum. Nunca!

- Eu te amo, JJ!

- Eu também te amo, Frankie!

Em meio à comemoração, o celular de Gerard toca. Ele olha o visor e sorri ao ver o nome de Courtney. Ele pede licença e entra na casa para atender.

- Alô!

- Oi, meu querido!

- Oi, Court! Como você está?

- Estou bem, mas e você, meu bem? E o Frank? Como vocês estão?

- Estamos ótimos, graças a Deus! Na verdade, estamos no meio do chá de bebê.

- Sim, eu imaginei. Eu liguei justamente por isso. Me perdoa não poder estar presente, mas seu pai está...

- Você não precisa se justificar, Court. Eu entendo, de verdade. Mas não vou mentir, todos sentimos sua falta.

- Ah, tudo que eu queria era estar aí! Mas quem sabe sua coragem me dá um pouco de inspiração, não é?

- Você sabe que nós sempre estaremos aqui pra você.

- Eu sei, meu bem! Você é incrível, você e essa nova família que você formou.

- Você é parte dessa família também. Sua netinha vai precisar de você.

- Eu farei de tudo para estar com ela, pode ter certeza. Mas agora me conta! Vocês já decidiram o nome? E a data do nascimento? Você disse na mensagem que vocês decidiriam a data da cesariana na última consulta.

- Sim, sua netinha já tem data pra chegar. Dia 31 de agosto, daqui duas semanas!

- Ah, que maravilha! Eu juro que estarei aí. Não perderei o nascimento da nossa princesa por nada. 

- E respondendo sua primeira pergunta, sim, nós já decidimos o nome. Ela se chamará Violet MaryAnn Iero-Way.

- Oh, meu Deus, Gerard, é perfeito! Sua mãe ficaria tão feliz.

- Eu espero que sim.

- Eu tenho certeza! Bem, vou te deixar voltar para sua festa. Mande um grande beijo para todos e um especial no Frank e na Violet! Amo vocês, estou morrendo de saudades e espero estar aí em breve.

- Estamos com saudades também! Esperamos você aqui pra chegada da Violet.

- Pode deixar! Um beijo, meu querido. Fique com Deus!

- Um beijo pra você também, Court. Se cuida! - ele encerra a ligação, e sente uma pontada de tristeza pela ausência da madrasta. Courtney é o mais próximo que ele tem de uma mãe e a falta dela nunca foi tão sentida.

Respirando fundo, ele sacode a cabeça, espantando o pensamento triste, afinal hoje é dia de festa. Ele coloca um sorriso no rosto e volta para o deck.

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Já final de tarde quando as pessoas começam a ir embora. Com Emily e Jensen apagados, Adam e sua esposa são os primeiros a partir, mas não sem antes cumprimentar mais uma vez os futuros pais. June e seu noivo vão cerca de 20 minutos mais tarde. Já JJ e Jason foram os últimos a sair. O casal ainda emendou um papo animado com Frank, Gerard, Christine e Harry.

Por volta das 21h da noite, JJ decidiu que era hora de partir. O casal vai aproveitar o final de semana de folga de Jason, para curtir um tempo a sós, no apartamento do médico. Já Christine e Harry preferem passar a noite no Refúgio, para passar mais tempo com Frank.

Enquanto Gerard e Harry arrumam o deck, Frank se acomoda no sofá da sala de estar. De olhos fechados e acariciando a barriga, ele nem nota a aproximação da mãe, que traz um copo de suco de maracujá nas mãos.

Christine se senta no sofá e Frank abre os olhos na hora.

- Oh, meu bebê, me desculpa. Eu não queria te acordar.

- Eu não estava dormindo, estava só descansando a vista e curtindo essa pequena se mexer aqui dentro.

- Ela tá chutando muito?

- Só um pouquinho. Acho que ela está tentando achar uma posição confortável. Aqui, me dá sua mão. - ele coloca a mão da mãe sobre a barriga e logo recebe um chute mais forte.

- Oi, amor! Você já reconhece a vovó?

- Claro que ela reconhece, não é, Violet? Ela já sabe que assim que chegar aqui, vai ser soterrada de amor por essa avó babona.

- Ah, mas isso ela vai mesmo! Não tenha dúvidas. - diz Christine, ainda com a mão na barriga do filho. Frank olha pra mãe e sorri.

- Mãe, posso te fazer uma pergunta?

- Claro, meu amor! Quantas você quiser.

- Como foi?

- O quê?

- Meu nascimento. - ele pergunta e um sorriso surge no rosto da mulher imediatamente.

- Foi a experiência mais linda da minha vida. Foi incrível.

- Mas e o parto, como foi? Você sempre falar que chegou à 41 semanas e ficou horas em trabalho de parto. Foi difícil?

- Meu amor, se eu te falar que foi um passeio no parque, eu vou estar mentindo. Mas também não foi nada que eu não tivesse certeza que conseguiria fazer. Quando eu fiz 39 semanas, sua avó começou a dizer que você tava muito alto na minha barriga, que eu precisava caminhar, caso contrário, você não ia encaixar pra nascer. E foi justamente o que eu fiz. Eu caminhava 20 minutos todos os dias. Quando eu fiz 40 semanas, os médicos queriam marcar a cirurgia. Eles diziam que você era grande demais, que eu não tinha passagem, e mais um monte de bobagens. - ela diz, e então sorri com a lembrança. - Sua avó se levantou, olhou nos olhos do médico e disse "Meu neto vai nascer quando ele quiser nascer, nem um dia a mais, nem um dia a menos." Ela me pegou pela mão e nós deixamos o consultório.

- A vovó não era fácil!

- Não mesmo! Mas foi a mulher mais sábia que eu já conheci e não teria conseguido te trazer ao mundo se não fosse por ela. No dia em que eu completei 41 semana, a minha bolsa estourou. Naquela época as coisas eram diferentes, então corremos todos pro hospital. Eu, seu pai, seu avô Jack e sua avó. Ela me cercou, literalmente. Só deixava se aproximarem se fosse para me dar algum remédio pra alívio de dor ou me examinar. Não deixou ninguém me pressionar. Ela passava a mão na minha barriga e repetia o tempo todo "Ele vai vir no tempo dele, nem antes e nem depois." Ela foi minha rocha! E então, 18 horas depois, você finalmente chegou. Você veio direto pro meu peito, olhou pra mim e parou de chorar na hora. Sua avó me deu um beijo na testa, um beijo na sua testa e saiu da sala pra contar pro eu pai e seu avô que você tinha chegado.

- Meu pai não quis acompanhar o parto?

- Ele tentou, tadinho! Mas logo começou a ficar branco, a pressão caiu, estava prestes a desmaiar, daí sua avó colocou ele pra fora, mandou esperar junto com o seu avô. Acho que ele não conseguiu me ver com dor. Ele sempre foi assim. Só tem tamanho.

- Verdade. - Frank ri. - E você teve medo em algum momento?

- Durante o parto? O tempo todo! Mas não comigo. Meu maior, meu único medo era que algo acontecesse com você. Mas esse medo se evaporou no momento em que eu te ouvi chorar, na hora que te colocaram no meu peito e eu pude olhar pro seu rostinho. Você era tão lindo, do jeitinho que eu tinha sonhado. - ele sorri e se aconchega na mãe.

- É loucura a gente amar tanto alguém que a gente nem conhece?

- Não, meu filho. O nome disso é paternidade. No momento em que seu teste deu positivo, você já amava essa princesinha. E esse amor foi aumentando a cada semana. Mas acredite, nada do que você sente hoje por ela, se compara ao que você vai sentir quando ela nascer. Quando deitarem ela sobre o seu peito e ela abrir os olhos e olhar diretamente pra você... - Christine respira fundo. - Não existe nenhum amor no mundo igual a esse. Nem o amor que você sente por mim ou pelo seu pai, ou pela JJ. Nem o amor que você sente pelo Gerard. Nada se compara. É um amor que te preenche, que te transforma na hora. É a forma mais pura e incondicional de amar que existe. - ela diz, e pousa a mão no rosto do filho. - É o amor que eu sinto por você. - ela diz, com os olhos marejados, deixando Frank igualmente emocionado.

- Se eu for para a minha filha, metade... - ele começa, mas Christine o interrompe.

- Você vai ser melhor. Você vai ser o melhor pai que essa garotinha podia pedir a Deus! Ela tem tanta sorte por ter você.

- E eu tenho muita sorte por ter você. Eu te amo, mãe. Eu te amo demais!

- Eu também te amo, meu filho. Minha vida!

Os dois continuam aconchegados, até Gerard e Harry se juntarem à dupla e esticarem o papo um pouco mais, até encerrar a noite.

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No dia seguinte, os dois casais tomaram um farto café da manhã no deck e conversaram ainda mais sobre a chegada de Violet. Christine deu todas as dicas e truques que ela conhece para o filho, enquanto Harry apenas aconselhou Gerard a manter a calma e se manter firme por sua família, e o preparou para a enorme mudança que está prestes a acontecer.

Após o almoço, Gerard deixou Frank no Refúgio e levou os pais do rapaz ao aeroporto, mesmo Harry insistindo que eles poderiam pegar um Uber. Antes de sair, Christine encheu o filho de recomendações e prometeu chegar em Washington no dia 29, um dia após a internação de Frank e só voltar pra casa quando o casal se sentisse seguro para lidar com a nova rotina familiar.

Após trocar abraços e se despedir dos pais, Frank foi se acomodar na sala, enquanto Gerard e o casal Iero seguiu para o aeroporto.

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Sozinho em casa, Frank resolve ler um livro. Ele escolhe um na prateleira e segue para o deck, onde se acomoda em uma das chaises. A brisa fresca, no meio do verão, é um alívio para o corpo cheio de hormônios do rapaz. Vestindo apenas uma camiseta regata e bermudas, Frank se sente confortável e relaxado.

O livro, Me Chame Pelo Seu Nome, o prende. A história dos dois jovens descobrindo o amor em pleno verão italiano já havia sido recomendado várias vezes, mas Frank nunca tinha tido tempo para se dedicar à leitura. Agora, nas últimas semanas de gravidez, com recomendação expressa de fazer repouso, Frank decidiu que era hora de ler o romance. Foram precisos apenas algumas páginas para que o rapaz tivesse toda sua atenção presa às páginas do livro. Encantado, ele devorou capítulo por capítulo com uma voracidade e atenção impressionantes.

Frank está tão concentrado no livro, que nem ouve a porta da frente se abrir. Passos silenciosos seguem em sua direção, mas mesmo assim o rapaz não se dá conta da aproximação. Quando está virando a página, Frank sente um beijo em seu pescoço, que o faz pular.

- Gerard! Pelo amor de Deus! Quase me mata de susto. - ele diz, deixando o livro cair de lado e levando uma das mãos ao peito.

Imediatamente Gerard se arrepende da surpresa, preocupando-se com o rapaz.

- Me desculpa, meu amor! Me perdoa! Você estava tão concentrado no seu livro, eu achei tão lindo e quis te surpreender. Péssima ideia. Você está bem? - ele pergunta, sentando-se ao lado do rapaz e tomando sua mão.

- Estou sim, foi só um susto mesmo! - ele diz, e então olha para a barriga. - Ótimo, agora você acordou sua filha!

- Ela tá chutando?

- Ela está lutando kickboxing aqui dentro. - ele diz. Gerard se aproxima, pousa a mão e deita a cabeça na barriga do rapaz.

- Oh, Violet, perdoa o papai! Foi sem querer, amor. Papai não quis te assustar, princesa. Pode se acalmar agora. Você quer que eu cante pra você, pra te fazer dormir de novo? - ele pergunta, e Frank sorri.

O rapaz se ajeita na chaise, dando espaço para que Gerard se aconchegue ao seu lado. Com a mão sobre a barriga de Frank, Gerard começa a cantarolar:

"I've got sunshine on a cloudy day

When it's cold outside

I've got the month of May

I guess you'll say

What can make me feel this way

My girl, my girl, my girl

Talking about my girl .My girl!

 

I've got so much honey

The bees envy me

I've got a sweeter song

Than the birds in the trees

 

Well I guess you'll say

What can make me feel this way

My girl, my girl, my girl

Talking about my little girl."

 

Não demora muito para Violet se acalmar ao som da voz do pai. E assim o casal aproveita o resto do dia: Frank acomodado na chaise, lendo seu livro, e Gerard aconchegado ao seu lado, acariciando sua barriga e conversando com a filha.

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Após um jantar leve e um filme bem entediante na Netflix, o casal resolveu se recolher mais cedo, afinal os dois últimos dias foram bem cansativos. Exausto, Frank apagou assim que se acomodou na cama, já Gerard ainda mexeu um pouco no celular, viu algumas notícias, respondeu emails e, por volta de meia noite, se entregou ao sono também.

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O relógio de cabeceira marca 3:47h quando Frank abre os olhos. Ele leva alguns segundos para entender o que o despertou, até que a dor incômoda no pé da barriga retorna. Malditas contrações de Braxton Hicks. Frank tem sentido as benditas contrações de treinamento quase que diariamente, pelas últimas duas semanas. Conhecendo o procedimento, ele se levanta da cama com cuidado, para não acordar Gerard, desce as escadas e vai até a cozinha, buscar uma garrafa de água na geladeira.

Em posse da garrafa, Frank destranca a porta lateral e segue para o deck, na esperança que o ventinho gelado da noite ajude com seu desconforto. Mais uma dor surge e ele leva a mão à barriga.

- Eu sei, amor! Tá ficando apertado aí dentro. Acredite, aqui fora também não está tão confortável assim. Mas só faltam duas semanas. Logo logo você vai estar aqui com a gente, conhecendo e curtindo essa família que já te ama tanto. Então se acalma, princesa, tá bom? - ele diz, e a conversa parece surtir efeito, já que a bebê se acalma.

Terminando a garrafa de água, Frank entra na casa e segue para o segundo andar novamente, onde se acomoda na cama e pega no sono minutos depois.

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Quando Frank acorda novamente, já são 8:15h da manhã e o lado da cama de Gerard está vazio. Sinal de que o homem foi à feira de produtos orgânicos. Com preguiça, Frank se acomoda novamente, mas uma pontada forte no baixo ventre o faz erguer o corpo da cama na hora.

- Whoa! - ele diz, levando a mão à barriga e respirando com calma. Após alguns minutos, a dor volta novamente, deixando o rapaz em alerta. - Acho que você acordou mal humorada hoje, hein, filha? Mas pega leve comigo, essa doeu de verdade.

Frank decide ficar na cama mais alguns minutos, mas quando a frequência das dores aumenta, ele decide improvisar.

- Que tal um banho de banheira bem morninho? Acho que nós dois precisamos nos acalmar um pouco. - ele diz, com a mão na barriga.

Com certa dificuldade, Frank se levanta da cama e imediatamente sente algo diferente. Sua barriga está consideravelmente mais baixa e o peso em sua pelve aumentou. Ele tenta não entrar em pânico, especialmente quando Gerard não está em casa, e com cuidado e vagareza, segue para o banheiro, onde enche a banheira e se acomoda.

A água morna ajuda a suavizar as dores na parte debaixo da barriga e na lombar, mas não diminui a frequência das ondas. Com o coração disparado, Frank se dá conta: ele está em trabalho de parto.

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Já passa das 10h da manhã quando Gerard chega no Refúgio. Enrolado, ele destranca a porta da frente, coloca a chave na boca, apanha as sacolas no chão, entra na casa, bate a porta com o pé e segue para a cozinha, carregado de sacolas. Uma olhada rápida ao redor, ele nota que Frank ainda não desceu, o que significa que o rapaz, provavelmente, ainda está dormindo. Então Gerard guarda as compras, prepara um suco de laranja reforçado e segue para a suíte, em busca de seu amado.

Ao entrar no quarto, no entanto, Gerard estranha ao não encontrar Frank na cama, mas logo o barulho da água entrega o paradeiro do rapaz. Gerard pousa o copo de suco sobre a cômoda e segue para o banheiro, onde encontra Frank deitado na banheira, massageando a barriga.

Ele sorri com a cena, mas logo seu sorriso some quando o corpo de Frank se tenciona e o rapaz não esconde a expressão de dor em seu rosto.

- Ei, ei, ei, o que tá acontecendo? O que você está sentindo? - ele pergunta, segurando a mão do rapaz e se surpreendendo com a força com que Frank retribui o aperto.

- Gerard... - ele começa, ofegante. - Eu preciso que você me escute e não se apavore.

- Eu já estou apavorado! O que está acontecendo?

- Eu acho que estou em trabalho de parto.

- O que?! Mas como? A cirurgia está marcada pra daqui duas semanas.

- Eu não acho que a Violet se importa com isso. Eu estou tendo contrações constantes e regulares.

- Desde quando?

- De madrugada eu acordei sentindo uma cólica chata. Eu achei que fossem Braxton Hicks de novo. Eu bebi um pouco de água, deitei do lado esquerdo e passou. Eu consegui pegar no sono de novo. Mas então eu acordei um pouco depois das 8h e de repente veio uma dor bem mais aguda ao redor da minha barriga e na lombar. Eu resolvi vir pra banheira, pra ver se passava, mas não passou. A temperatura da água ajuda nas dores, mas a frequência continua.

- Você conseguiu marcar o tempo entre as contrações?

- Não, mas eu acho que é algo em torno de 15 minutos de intervalo.

- Certo! Tudo bem! Eu vou te ajudar a sair da banheira, você vai trocar de roupa, e enquanto isso eu vou ligar pro Jason.

- E se chegou a hora, Gerard? E se ela quiser nascer hoje?

- Se ela quiser nascer hoje, ela vai nascer hoje. Quem manda nesse show é ela. - ele diz, e sorri, apesar do nervosismo.

- Eu estou com medo. O Jason disse que se eu entrasse em trabalho de parto de novo, ele não conseguiria parar.

- Eu sei, eu também estou. Mas pensa que, no final do dia, a gente pode estar com a nossa filha nos braços. Não é por isso que nós temos esperado todos esses meses? - ele toma o rosto de Frank nas mãos e o beija. - Pronto pra levantar?

- Pronto.

- Então vamos lá! - ele diz, e fisicamente ergue o corpo do rapaz de dentro da banheira.

Gerard ajuda Frank a se secar e o deixa trocando de roupa, enquanto liga para Jason.

- Alô! - atende o médico, com voz de sono.

- Jason, é o Gerard! Nós achamos que o Frank está em trabalho de parto. - ele diz, e a sonolência do médico passa na hora.

- Ele está com contrações? Qual a frequência?

- Sim, ele está com contrações, mas não sabe ao certo a frequência. Ele disse que é algo em torno de 15 minutos.

- A bolsa já estourou?

- Amor, você acha que sua bolsa estourou?

- Eu acho que não. Mas eu estava na banheira, então não tenho como saber.

- Pergunta se ele está sentindo pressão na pelve quando a contração vem? Ou se ele viu a água da banheira um pouco amarelada ou rosada?

- Frank, o Jason quer saber se você sente pressão na pelve quando a contração vem? Ou se a água da banheira estava amarelada ou rosada?

- Não, a água não mudou de cor. Mas eu estou sentindo muita pressão quando a contração vem.

- Então a bolsa ainda não deve ter estourado, o que é ótimo! Agora, Gerard, eu sei que você está nervoso, mas eu preciso que você tente manter a calma o máximo possível. Você e o Frank precisam ir pro hospital imediatamente. Assim que ele chegar, se for confirmado o trabalho de parto, nós já vamos encaminhá-lo pra cirurgia.

- Certo! Nós estamos indo agora.

- Não se preocupe com mais nada. Eu vou acordar a JJ e pedir que ela se encarregue e avisar à família. Se concentre apenas no Frank. Em trazê-lo em segurança e o mais rápido possível para o hospital.

- Pode deixar!

- Nos vemos lá! Venham com cuidado.

- Nós iremos, não se preocupe. Até já! - ele encerra a ligação.

- O que o Jason disse? - pergunta Frank, terminando de vestir a camiseta. Gerard o ajuda a vestir uma calça de moletom.

- Para irmos para o hospital imediatamente. Se for mesmo trabalho de parto, você vai direto pra cirurgia. - ele diz, e Frank começa a hiperventilar. - Ei, se acalma! Por favor, se acalma! Eu sei que é muita coisa pra assimilar, mas eu preciso que você esteja bem. Nossa filha precisa que você esteja bem. Então respira fundo pra mim. - ele pede, e o rapaz obedece - Mais uma vez! Isso, muito bom!

- Nós vamos ter um bebê, Gerard! Nossa filha vai nascer. - apesar do nervosismo, Frank sorri.

- Nossa princesa vai chegar! - diz Gerard, com um sorriso bobo. Ele puxa Frank para um beijo apaixonado. - Vamos nessa! Vamos trazer nossa princesa ao mundo.

- Espera, e as bolsas? Elas estão no quarto da Violet.

- Eu coloco você no carro, te acomodo e volto pra buscar as bolsas. Pode ser?

- Okay! Então vamos!

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Gerard ajuda Frank descer a escada com todo cuidado. O casal precisa parar no meio do caminho, quando o rapaz sente uma nova contração. Gerard o ajuda, respirando junto com ele, segurando-o com uma das mãos e massageando sua lombar com a outra. Assim que a contração passa, os dois se sentem seguros para continuar a decida.

O casal está tão focado em si mesmo e no iminente nascimento da filha, que nem nota a figura parada no meio da sala. Apenas quando um clique metálico é ouvido, é que o casal se dá conta de que não estão sozinhos na casa. Olhando pra frente, o pânico é instantâneo.

Bethany está de pé, no meio da sala de estar do Refúgio, com uma pistola engatilhada e apontada para os dois.

- Vão a algum lugar?


Notas Finais


BEM, ACHO QUE É OFICIAL DIZER QUE DEU MERDA, NÉ???

Aguentem firme, não me odeiem e a gente se vê na semana que vem!!!

BEIJOOOOOOOOOOOSSSSSSS


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