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História How to Save a Life - Klaroline - I Never Could Care So Much


Escrita por: JoMoAccola

Notas do Autor


Oi oi genteeeee <3 Socorrooo, voltei no dia certo uheuheueheu Espero que vocês gostem do capítulo!

Tradução do título: "Eu Nunca Poderia Me Importar Tanto"

Capítulo 15 - I Never Could Care So Much


Fanfic / Fanfiction How to Save a Life - Klaroline - I Never Could Care So Much


"[...] Porque você não pode sair da pista
Somos como carros num cabo
E a vida é como uma ampulheta colada à mesa
Ninguém consegue achar o botão de "voltar", meninos
Então coloque a mão na sua consciência
E respire, apenas respire
Oh... respire, apenas respire [...]"


Breathe — Anna Nalick

— Eu não entendo. Por que tenho que ficar aqui?

Eu estava no térreo do hospital, andando de mãos dadas com Lucca. Era exatamente dez horas da manhã. Durante o caminho inteiro entre meu apartamento e o hospital, Lucca ficou me perguntando por que ele teria que ficar na recreação do hospital, especialmente feita para filhos de funcionários.

— Porque a Jessie está doente, e é impossível ela cuidar de você nesse estado. — expliquei, enquanto caminhávamos — Além disso, ela pode passar para nós, então não é legal ficarmos lá no apartamento.

Era raro eu deixar o Lucca na recreação do hospital, uma vez que Jessie sempre esteve conosco. Infelizmente, ela ficou doente e estava incapaz de cuidar do Lucca, que, para piorar, não tinha aula hoje. Eu precisava trabalhar, então era impossível ficar com ele.

Quando chegamos na entrada do lugar, me abaixei para ficar frente a frente com meu filho.

— Sei que você não gosta de ficar aqui, mas prometo que vai passar rapidinho. — disse acariciando seus cabelos

— Tudo bem. — ele sorriu

— Você vai se divertir bastante brincando com as outras crianças e quando perceber, já vou estar aqui na porta, esperando por você. — passei a mão pelas bochechas dele

Quando Lucca ia responder, ele viu alguém atrás de mim e deu um enorme sorriso, saindo de meus braços e correndo na direção oposta à que eu estava virada.

— Tio Klaus!

Me levantei rapidamente e olhei para trás, percebendo que Lucca já estava nos braços de Klaus. Eu sabia que Klaus viria nos ver hoje, afinal, antes de partirmos, ele tinha prometido para Lucca que nos visitaria em Londres. Entretanto, por razões óbvias, isso não aconteceu. Ou seja, Klaus precisava dar explicações para ele.

— Por que você não foi nos visitar em Londres?

— Estive muito ocupado aqui no hospital, foi impossível deixar o país. Você me desculpa por não ter conseguido? — Klaus olhou para mim e depois para Lucca

Meu filho apenas assentiu e deu um enorme sorriso, abraçando Klaus outra vez. Céus... por que Lucca gostava tanto dele? Parte disso eu sabia que era porque Klaus tinha salvado sua vida, o que fez Lucca vê-lo como um verdadeiro super-herói, mas a outra parte... eu ainda tinha minhas dúvidas. Klaus era um homem adorável com crianças. Pelo menos era assim que eu o via com Lucca e com pacientes pequenos. Klaus era extremamente brincalhão e divertido com crianças.

Klaus colocou Lucca no chão e a moça da recreação pediu para que ele entrasse. Ambos se despediram e meu filho veio em minha direção, abraçando-me.

— Tchau, mãe.

— Tchau, amorzinho.

Ele correu em direção à mulher, que esperou Lucca entrar para fechar a porta da sala. Como esperado, eu e Klaus ficamos sozinhos. Olhei para ele, e ele retribuiu o olhar. Eu não sabia o que fazer e nem o que falar. E então, pela primeira vez, eu senti que estávamos bem. Tive a felicidade de perceber que ele era apenas um amigo que veio saber como eu e meu filho estávamos.

— Oi. — eu sorri — Ele cresceu bastante, não é? — me aproximei de Klaus

Klaus deu um leve riso e também se aproximou.

— Mais do que eu pensei que ele cresceria. A semelhança com você está gritante, Caroline. E não é só pelos cabelos loiros.

— Ele tem olhos castanhos. Isso é do Tyler, o pai dele. — lembrei — Infelizmente.

Nós dois rimos e eu suspirei.

— Preciso ir trabalhar. Vejo você por aí. — me afastei, deixando Klaus sozinho

Acho que essa foi uma das poucas vezes que conversei com Klaus sem ter vontade de pular em seu pescoço e estrangulá-lo. E eu me senti estranhamente bem com isso. Não querer xingá-lo fazia uma grande onda de felicidade passar pelo meu corpo. A verdade era uma só: eu estava gostando de ser amiga de Klaus.

Deixei todos esses pensamentos de lado e segui para a sala dos atendentes para me trocar e começar a trabalhar. Minha primeira tarefa era uma consulta com Josh – que já tinha começado sua especialização em cirurgia fetal – e o médico ginecologista amigo de Klaus, Marcel. 

Já estava novamente no hospital há uma semana e, por enquanto, a maioria dos pacientes que atendia eram mulheres grávidas, e não mais crianças. A notícia de que a cirurgia fetal tinha chegado ao Prebyterian se espalhou rapidamente, era de se esperar que as pessoas viessem até aqui procurando por mim. E eu estava adorando poder exercer em New York tudo o que aprendi e estudei em Londres.

Quando cheguei no quarto da paciente, Josh e Marcel já estavam presentes, junto com dois internos e um residente. Ambos explicavam para a paciente e seu marido como o procedimento seria feito.

— Olá, bom dia. — sorri ao entrar na sala

— Doutora Forbes. — a mulher deitada na cama sorriu — É bom vê-la de novo.

— Igualmente.

— Queria que fosse em melhores circunstâncias. — o pai lamentou

— Prometo que as próximas serão melhores. — sorri confiante — Então... Heloísa, pode falar para o porquê de estarmos aqui hoje? — pedi para uma das internas que estava nos acompanhando.

— Margaret Brown está grávida e, na décima sexta semana de gravidez, ao fazer um ultrassom de rotina no Hospital Lenox Hill, foi descoberto um tumor na coluna de seu feto. O tumor acaba elevando os riscos do bebê ter uma parada cardíaca, então é necessário cirurgia para retirá-lo. Margaret foi transferida para o Presbyterian assim que a doutora Caroline Forbes chegou aqui. Nesse momento, Margaret está com vinte e três semanas de gravidez e o procedimento precisa ser realizado o quanto antes.

— Exato. — eu sorri para a menina — Mas é um procedimento arriscado. Como eu disse antes, a cirurgia pode ter cinquenta por cento de sucesso e cinquenta por cento de falha. No caso de falha, Leslie, a bebê, pode morrer.

— Estamos cientes, doutora Forbes. — disse o homem

— Vamos arriscar. — Margaret sorriu

— Então... acho que podemos explicar como a operação será feita. — disse Marcel

— Vamos abrir o seu útero por algum tempo e a Leslie será operada diretamente. — expliquei — Começaremos a remover o tumor e, no final, se tudo der certo, Leslie voltará novamente para seu útero e pronta para nascer daqui a dezessete semanas.

O homem e a mulher se olharam e sorriram. Essa era a única esperança que eles tinham. Eu era a única esperança de salvar a filha deles. E era nisso que eu estava focada. Precisava salvar a vida daquela bebezinha a qualquer custo.

— E novamente ressaltando: qualquer cirurgia fetal possui riscos, tanto para o feto quanto para a mãe. — lembrou Marcel — Querem mesmo prosseguir?

— Sim. — a mulher sorriu

Terminamos de dar os recados finais e marcamos a cirurgia para dali três horas.

Quando saímos do quarto, Marcel seguiu para a maternidade e o os outros internos e residentes foram chamados para outros serviços. Me encostei na parede do corredor e Josh fez o mesmo que eu.

— Me sinto muito mal por eles. Nem posso imaginar como é saber que seu bebê que ainda nem nasceu está com um tumor. — Josh balançou a cabeça para os lados como forma de indignação

— Eu vi muito disso em Londres, então você acaba se acostumando com o tempo. No começo, eu ficava muito triste e a doutora Elizabeth Beau, que me ensinou tudo o que sei, me dizia que eu devia ser forte e focar em salvar a vida do bebê. Mas, mesmo assim, era difícil. Como uma médica, isso não deveria me afetar tanto... mas afetava. Eu não conseguia controlar.

— Então como você conseguiu? — perguntou Josh — Se controlar? — especificou

— Bem lá no fundo, ainda me sinto triste pelos pais que passam por essa situação. E sempre quando fico assim, procuro imaginar em minha cabeça a cena desses pais segurando o bebê lindo e saudável daqui alguns meses. — olhei para ele e sorri — É isso o que me motiva e me mantém focada em salvar a vida do bebê.

— É por isso que você é minha médica favorita, Caroline. — ele sorriu

— E aí, rola um barzinho hoje depois cirurgia de sucesso que vamos fazer? — perguntei, animada e otimista

— No bar aqui da frente? Sério que você ainda tem coragem de pisar naquele lugar depois que o doutor Mikaelson transou no banheiro com a doutora Aurora Loanne e com a Cosi...

Olhei para Josh no mesmo instante em que ele parou de falar. Como é que é? Era mesmo o que eu tinha escutado ou estava ficando louca?

— Josh... — me desencostei da parede e o encarei — Foi com a Aurora e com quem mais? — perguntei, pedindo implicitamente para ele terminar a frase

Josh me olhava desesperado, sem saber o que fazer. Eu queria que ele terminasse a frase. Precisava que ele terminasse. Porque não queria acreditar que ele iria falar o nome dela... justo o nome dela.

— Josh, por favor... — implorei — Foi com a Aurora e com quem?

— Com a Cosima. — Josh abaixou a cabeça — Me desculpe, Caroline. Ouvi alguma coisa a respeito sobre ela ser sua irmã, percebi a merda que falei e não completei o que ia dizer. Eu deveria ter lhe contado antes... mas não tive coragem.

— Não... você fez bem. — senti meus olhos se encherem de lágrimas — Como você sabe disso?

— Davina Claire, aquela residente do segundo ano, foi fofocar para as amigas e eu acabei escutando. Ela disse que os viu no bar. — explicou

Apenas assenti e agradeci Josh por ter me contado. Saí de lá completamente desnorteada, sentindo minha visão ficar turva e gotas de suor escorrerem pelos meus braços. Não conseguia acreditar no que Josh tinha me contado.

Cosima e Klaus tinham ficado juntos. E ainda mais: Klaus mentiu para mim sobre como tinha conhecido minha meia-irmã. Não foi em uma palestra sobre Medicina e sim no bar aqui da frente.

Inacreditável.

Entrei na sala dos atendentes e me sentei no sofá.  As lágrimas já tomavam conta do meu rosto e eu era incapaz de controla-las. Eu não queria chorar. Não poderia estar chorando. Por que isso me afetava tanto? Não é só apenas por ter sido com a Cosima... tem mais alguma coisa me incomodando, mas não faço ideia do que é.

Meu celular começou a apitar e vi que precisavam de mim no pronto socorro. Limpei minhas lágrimas e me levantei do sofá para me olhar do espelho. Eu não estava tão ruim assim, apenas dei um leve trato na maquiagem e escondi minhas pálpebras inchadas e avermelhadas.

Corri até o PS, já que o chamado era muito urgente. Cheguei no leito seis e perguntei para o residente que cuidava da menina:

— O que temos aqui? — observei uma criança deitada na maca e desacordada

— Annelisie Mackenzie, oito anos, vítima de um grave acidente de carro. Está desacordada desde que entrou na ambulância.

— Meu Deus... — disse colocando luvas e observando todo o tórax da menina — Chame alguém do trauma, por favor. O abdome dela está muito rígido. — falei para um interno que estava ao meu lado — Isso está pior do que eu pensava.

Comecei a tratar dos ferimentos mais graves da menina, mas já sabia que acabaria em cirurgia. Pedi para que Josh viesse terminar o meu serviço, pois dali algumas horas teria uma cirurgia marcada e não iria conseguir tratar dessa paciente.

— Me chamaram? — escutei uma voz feminina e olhei para o lado

E lá estava Aurora Loanne: alta, estonteante e de lindos cabelos ruivos em tons escuros. Ela era, definitivamente, o tipo de mulher que qualquer homem iria gostar de ter. Era de se esperar que Klaus tenha tido algum tipo de envolvimento com ela... não sei por que estava tão surpresa.

— Sim. — disse o residente — Foi à pedido da doutora Forbes.

— Só para deixar claro: chamei alguém do departamento de trauma, e não especificamente você. — não me controlei, tive que falar.

— Garanto que sou a melhor opção que você tem aqui. — ela revidou se aproximando, enquanto colocava luvas de plástico

Continuei fazendo o meu trabalho e não demorou muito para Aurora começar me tirar do sério.

— Acho que devemos levá-la para a cirurgia agora. — falei

— Ainda não terminei aqui. — Aurora avisou, concentrada nas feridas da perna da menina

— O tórax dela está acabado, não pode ficar assim. Precisamos levá-la para a cirurgia. — tirei minha luvas e olhei para o interno — Reserve uma sala de cirurgia, vamos subir em poucos minutos.

— Já falei que não, doutora Forbes. — Aurora alterou seu tom — Quem você pensa que é?

— Da última vez que chequei, essa paciente era minha. — revidei em um tom autoritário  

— Que eu saiba você tem uma remoção de tumor em um feto daqui algumas horas, doutora Forbes. — Aurora parou de mexer nas feridas da menina e olhou diretamente para mim — Você não poderia fazer parte dessa cirurgia de qualquer jeito.

Fiquei sem saber o que dizer para Aurora. Era verdade. Não poderia entrar nessa cirurgia nem se eu quisesse, pois já tinha uma cirurgia fetal marcada para dali algumas horas. Minha vontade era de pular no pescoço de Aurora e tirar suas mãos da menininha.

Dei um longo suspiro e vi Josh caminhando em nossa direção.

— Josh, cuide dessa para mim. Ela precisa de cirurgia, mas não posso participar. — avisei

— Pode deixar. — ele sorriu

Caminhei para longe deles e fui até a recepção do pronto-socorro.

— Com licença. — chamei a recepcionista — Pode me dizer onde o doutor Mikaelson está?

Ela começou a checar em seu computador e não demorou muito para me dar a resposta.

— O doutor Mikaelson está na maternidade.

— Muito obrigada. — sorri agradecida

Andei com calma até a maternidade, rezando para não me chamarem no pronto-socorro ou em algum quarto de UTI. Eu não estava aguentando, precisava conversar com o Klaus sobre isso, pois toda essa história estava me corroendo por dentro.

No momento em que cheguei na maternidade, vi Klaus saindo pela porta e, quando me viu, deu um largo sorriso.

— Odeio vir na maternidade por causa desses aventais rosas. — ele riu, tirando o avental de TNT rosa — Tem algum paciente aqui, amor?

— Não. — respondi

— Preciso que você vá até o banco comigo hoje. — Klaus jogou o avental em um lixo próximo e caminhou em minha direção — Temos que resolver coisas do seu salário. E depois podemos sair, o que acha?

Observei Klaus e encarei o seu lindo sorriso. Por que ele tinha que ser tão atraente? Balancei a cabeça, tentando esquecer isso, e disse:

— Eu sei o que você fez com a Cosima e a Aurora.

No momento em que disse essa frase, o rosto de Klaus empalideceu completamente.

— Caroline...

— Você mentiu para mim, disse que conheceu Cosima em uma palestra! Como você pôde fazer isso comigo? — me esforcei para não gritar

— Para começo de conversa, eu não sabia que ela era sua irmã quando a conheci, Caroline. Juro que não fazia ideia. — ele estava tão calmo que eu estava começando a ficar nervosa — Só fui descobrir que ela era sua irmão no dia seguinte, enquanto olhava as fichas dos médicos transferidos do hospital de New Jersey. Nem tudo que contei era mentira.

— Por que você não me disse antes?

— Porque sabia que se lhe contasse, você iria começar a me xingar de todos os palavrões possíveis. Incluindo: galinha, mulherengo, pervertido. E não, Caroline, eu não estou nem aí para elas. Foi só uma vez... assim como todas as outras — ele sorriu

— Klaus... você transou com a minha irmã.

— Não fazia ideia de que Cosima era sua irmã, Caroline. E ela também não sabia que eu e você...

— Eu estou com raiva. — cruzei os braços

— De mim? — ele perguntou

— Sim, mas sei que você não teve culpa. Uma parte de mim quer ficar brava com você e outra parte não quer. Eu preciso estar brava com você, Klaus. Meu cérebro me manda fazer isso.

Klaus riu e se aproximou de mim.

— Me desculpe, amor. Não fazia ideia...

— Não precisa se desculpar, Klaus. — eu ri

— E por favor, não fique brava com a Cosima, Caroline. Ela é nova aqui e nem te conhecia, era impossível ela saber que eu tinha alguma coisa com você.

Apenas assenti e disse:

— Tenho uma cirurgia daqui algumas horas. Quando terminar, te encontro no térreo e aí vamos para o banco.

— Depois vamos sair? Minha casa ou na sua? — Klaus perguntou

— Vou pensar no seu caso. — pisquei

Me afastei de Klaus antes que ele pudesse dizer alguma coisa.

Era verdade, Klaus não tinha como saber que Cosima era minha meia-irmã. E Cosima também não tinha como saber que eu e Klaus éramos... amigos coloridos, se esse é o termo certo para nos definir. Era injusto ficar brava com qualquer um dos dois. Entretanto, não conseguia negar que uma pequena pontadinha de raiva por Cosima me atingia. Era inevitável, simplesmente por ela ser quem é. Por ser minha meia-irmã. Por ser a filha amada do meu pai. Apenas por isso. Não conseguia controlar essa pequena raiva que sentia dela.

Tentei esquecer tudo isso e fui para o pronto-socorro, onde ficaria até a hora da cirurgia que tinha marcado mais cedo naquele dia.

[***]

A cirurgia de Margaret Brown foi um sucesso. Como esperado, conseguimos tirar o tumor de seu feto e colocá-lo novamente dentro do útero de Margaret. Algumas complicações aconteceram durante a cirurgia, mas nada que eu não pudesse resolver.

Depois de me esterilizar, fui até a sala dos atendentes e troquei de roupa para que pudesse ir até o banco com Klaus. Eram quatro horas da tarde e muito provavelmente eu voltaria para o hospital às dez da noite para ficar de plantão. Decidi deixar Lucca na recreação do hospital até às oito e pedi para que Damon, que estava de folga por alguns dias, o pegasse na recreação e passasse a noite com ele, já que o plantão fora decidido de última hora. E, obviamente, Damon aceitou sem nenhum problema.

Fui até o térreo e vi Klaus me esperando sentado em um sofá. Quando me viu, levantou e caminhou minha direção.

— Podemos?

Sorri como resposta e ele retribuiu. Atravessamos as grandes portas do hospital, andamos pelo estacionamento e entramos no carro dele. Pouco tempo depois, já estávamos na rua.

— E aí, como foi a cirurgia? — Klaus perguntou

— Foi muito boa. — respondi — Houve algumas complicações, mas nada que eu não pudesse resolver.

— Disso eu não tenho dúvida, amor. Quem diria que aquela garota de dezoito anos caloura na universidade de medicina seria essa grande cirurgiã fetal hoje...

— Pode falar, eu sou muito foda.

Klaus deu risada e disse:

— Não mais do que eu.

Mostrei a língua para ele e disse:

— Chato.

Ficamos conversando sobre assuntos diversos por mais algum tempo, até finalmente chegarmos no banco. Entramos no local e fomos direcionados para uma fila para podermos conversar com algum atendente.

Enquanto estávamos em pé na fila esperando, tentei me distrair para passar o tempo e perguntei para Klaus:

— E aí, o que vamos fazer depois?

— Você decide. — ele sorriu

— Podemos ir até a minha casa, Lucca vai passar a noite no Damon e a Jessie está trancada no quarto porque está doente. Eu até falaria para você ficar a noite toda, mas tenho que voltar às dez para o hospi... — eu falava e Klaus não dava a mínima atenção, pois estava olhando para o lado — Ei, eu estou falando com você. — estalei os dedos perto do ouvido dele — Você não está me escutando? — chamei a atenção de Klaus, mas ele continuou olhando para o lado, com um olhar atento. — Kla...

Mas antes que eu pudesse chamá-lo, Klaus voltou a olhar para mim e disse:

— Caroline, sai daqui agora. — ele chegou mais perto e segurou meu braço

— O quê? Por quê? — perguntei assustada

— O cara ali na frente vai assal...

E Klaus foi interrompido por dois barulhos muito altos, que, no começo, não consegui identificar o que eram. Mas depois me toquei, pois logo uma correria começou e várias pessoas começaram a se abaixar.

Foram barulhos de tiro.

Vários homens armados entraram pela porta do banco e renderam vários seguranças do banco, começando uma troca de tiros. Klaus me puxou para mais perto de si e eu senti meu coração acelerar. Nós dois nos olhamos e depois encaramos a porta, que estava há uns trinta metros de nós. Ele sabia o que eu estava pensando. Ambos queríamos ir até a porta. Klaus assentiu para mim e, quando estávamos prestes a correr até a porta, um dos assaltantes apontou a arma para mim e disse:

— Passa a bolsa, loirinha.

Naquele momento, eu senti meu corpo inteiro travar e eu podia jurar que estava pálida como neve. Meu coração quase saia pelo peito e eu apertava tanto Klaus que senti minhas unhas fincarem em sua pele.  

— Anda! — ele aproximou mais a arma

Mas eu não conseguia me mexer, não conseguia dar minha bolsa para ele. Eu estava travada, não era capaz de movimentar meu corpo. Quando tentei fazer um esforço para dar minha bolsa ao homem, ele bufou, apontando a arma em mim e, depois disso, tudo aconteceu muito rápido.

O homem puxou o gatilho e, no segundo seguinte, Klaus me empurrou para trás, fazendo-me cair no chão e se colocando em minha frente. O barulho de tiro ecoou pelo lugar inteiro e várias pessoas gritaram. Quando olhei para o lado, ainda caída no chão, Klaus estava deitado no chão seu peito sangrava.

— Klaus! — engatinhei até ele

Cheguei perto de Klaus e vi que ele tinha sido baleado no peito, bem perto do coração, e na barriga. Seu corpo também tinha vários cortes, pois havia caído em cima de pedaços de vidros.

Ele estava prestes a ficar inconsciente.

Peguei o rosto dele com as mãos e disse, já sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

— Klaus, por favor, não feche os olhos. — chorei — Por favor, fique comigo.

Ele tentou falar, mas eu o impedi. Olhei para os lados e vi os bandidos fugindo pela porta da frente com várias sacolas de dinheiro e bolsas e mochilas de várias pessoas. Nesse momento, sirenes e luzes vermelhas já podiam ser vistas do lado de fora do banco.

Peguei uns lencinhos em minha bolsa e coloquei no lugar onde Klaus tinha tomado o tiro, tentando impedir o sangramento.

— Não feche os olhos... — pedi ao vê-lo quase ficando inconsciente

Eu digitava o número da ambulância enquanto meus dedos tremiam. Quando olhei para Klaus, vi que ele lutava para permanecer acordado e segurava minha mão que tampava o sangramento, como se tivesse medo que eu fosse embora.

E ele começou a fechar os olhos...

— Klaus! — gritei, mas não adiantou

E lá se ia ele...


Notas Finais


Klaus comeu a Cosima UAHSAHSAKJSHAJKSHA BERROOOOOO
Aurora, Klaus? A gente não esperava isso de você 😤😤😤 (ou será que a gente esperava? hahahha)
Josh, obrigada por existir!
Aurora, querida, você já pode vazar.
AI AGORA A PARTE QUE VOCÊS QUEREM QUE EU COMENTE
KLAUSSSSSSSSS 😭😭😭😭😭😭😭😭 Ele todo lindo tentando salvar a Caroline PQP 😭😭😭😭
KLAUS, VOCÊ É O NOSSO HEROI, MAS NAO MORRER NAO, POR FAVOOOOOOR

Espero que vocês tenham gostado (ou não haushausha);

Nos vemos quarta que vem. E MUITO obrigada aos que comentaram no capítulo anterior <3 Fico feliz por estarem curtindo a fanfic.

XOXO

Bia


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