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História How to Save a Life - Klaroline - This Women's Work


Escrita por: JoMoAccola

Notas do Autor


Oi oi genteeeee <3 OMGGGG sei que respondi os comentários dizendo que ia postar ontem, mas acontece que eu tive uma caralhada de coisas da faculdade para fazer, então realmente não deu tempo de entrar aqui e postar. BUT aqui estou eeeeeu hhehe ♥

Espero que curtam o capítulo.

Tradução do título: "O Trabalho Dessas Mulheres"

Capítulo 16 - This Women's Work


Fanfic / Fanfiction How to Save a Life - Klaroline - This Women's Work


"[...] Essas feridas não vão cicatrizar
Essa dor é muito real
Há muita coisa que o tempo não pode apagar


Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos
E eu segurei sua mão por todos estes anos
Mas você ainda tem tudo de mim [...]"


My Immortal — Evanescence

 

Não demorou muito para os paramédicos chegarem no local. Menos de dez minutos depois, Klaus já estava dentro da ambulância e eu o acompanhava. Precisei gritar com os paramédicos para que me deixassem ir junto, estava tão nervosa que demorei minutos para esclarecer que também precisava entrar na ambulância porque era uma médica. Depois de muito insistir, eles cederam e me deixaram entrar no veículo.

— Para que hospital estamos indo? — perguntei para um deles assim que entramos na traseira da ambulância

O homem que estava colocando uma máscara de oxigênio em Klaus – que ainda permanecia desacordado – respondeu:

— Para o Lenox Hill.

— Não, levem-no para o Presbyterian. — pedi

— Não, o caminho até lá é mais longo. — disse o outro

— Eu não me importo, no Presbyterian há profissionais que conheço que são muito melhores que os do Lenox Hill. — argumentei — Por favor, vamos para lá.

O paramédico conversou com o motorista e depois nos avisou que estávamos indo para o Presbyterian. Um grande alívio passou pelo meu corpo e, finalmente, eu consegui dar uma relaxada, mas não foi o suficiente. Klaus ainda estava desacordado e precisava urgentemente de cirurgia.

Suspirei e me aproximei de seu rosto, dizendo:

— Não vou sair do seu lado, ok? — disse, mesmo ele não conseguindo ouvir — Eu não vou deixá-lo, eu prometo. — meus olhos se encheram de lágrimas

Me afastei e examinei o estado geral de Klaus. Ele estava baleado no peito e na barriga, além de ter cortes profundos nos braços e nas costas por ter caído em vários cacos de vidro. A cena toda se repetiu em minha cabeça e Klaus só estava assim por um motivo: ele havia tentado me defender. Enquanto conversámos, Klaus percebeu um movimento estranho e, no minuto seguinte, me mandou sair dali... Mas era tarde demais. Em um segundo, o homem apontou a arma para mim e no outro já estava puxando o gatilho. Klaus me empurrou, entrando em minha frente para tentar me proteger.

Klaus se colocou em frente à uma arma para me salvar.

Essa frase se repetiu em minha cabeça durante todo o trajeto para o Presbyterian, até o momento em que um dos paramédicos disseram que tínhamos chegado.

A ambulância parou e os paramédicos se prepararam para descerem a maca. A porta traseira foi aberta e eu saí antes que tirassem a maca de Klaus do veículo. Quando meus pés tocaram o chão, olhei para frente e vi Aurora e Cosima em minha frente, vestindo aventais de TNT amarelo e usando luvas azuis. Ambas estavam acompanhadas de dois internos e da residente em trauma Davina Claire.

— Caroline? — Cosima disse meu nome ao me ver ali — O que aconteceu?!

— É o Klaus. — respondi — Ele foi baleado.

Os paramédicos colocaram a maca de Klaus no chão e disseram para Aurora e Cosima.

— Homem, trinta e sete anos, baleado no tórax e no abdome, além de vários ferimentos profundos nos membros torácicos. Os sinais vitais não estão se estabilizando.

Aurora, Cosima, Davina e os internos começaram a empurrar a maca de Klaus para dentro do pronto-socorro e eu saí correndo na frente deles. Quando entrei no local, dei de cara com Stefan.

— Caroline...

— Klaus foi baleado.

Stefan olhou para frente e viu a maca de Klaus indo até uma sala de trauma.

— Como isso aconteceu?! — ele perguntou chocado

— Estávamos no banco e um assalto aconteceu. Ele tentou me proteger e... — não consegui completar, pois senti meus olhos se encherem de lágrimas — Não acredito que isso está acontecendo. — bufei enquanto colocava o avental amarelo e as luvas.

— O que você vai fazer? — Stefan perguntou

— Vou cuidar dele. — disse indo até a sala que Cosima e Aurora tinham levado Klaus

— Nem ferrando. — Stefan me puxou pelo braço — Você vai ficar aqui.

— Stefan! — eu quase gritei

— Primeiro: você é pediatra e da última vez que chequei, Klaus não é uma criança e nem um bebê. Segundo: mesmo que pudesse, você não poderia encostar em um fio de cabelo dele. Vocês são próximos demais, sabe que não pode. E terceiro: Cosima e Aurora já estão com a situação sob controle.

— Klaus operou o Damon. — rebati, sentindo-me nervosa.

— E não deveria ter operado, sabe que tentei abafar isso na época. Agora, não aja como criança e venha se sentar aqui um minuto. — me levou até um leito que estava vazio e me obrigou a sentar na cama.

Stefan pediu para que uma enfermeira trouxesse um como de água com açúcar para mim, mas nada adiantava. Eu continuava nervosa e sentindo uma necessidade imensa de ir lá e ajudar nos ferimentos de Klaus.

Pouco tempo depois, Rebekah entrou no pronto socorro correndo em nossa direção.

— Como ele está?

— Cosima e Aurora estão cuidando da situação, não se preocupe. — Stefan respondeu calmo

— Graças a Deus. — Rebekah suspirou aliviada

— Seu irmão se colocou na frente de uma bala por mim, Rebekah...

— Ele fez isso? — ela perguntou, com lágrimas nos olhos

Assenti e suspirei, tentando controlar a grande vontade de chorar que estava sentindo.

— Por que isso? Até onde eu sei, Niklaus era incapaz de sentir qualquer coisa por qualquer pessoa. — Stefan questionou

— Ele gosta dela, Stefan. — Rebekah disse olhando para mim — Sei que é difícil de acreditar, mas ele adora você, Caroline.

Antes que eu pudesse responder, Cosima e Aurora saíram juntas de uma das salas de trauma e caminharam em nossa direção.

— Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance aqui, agora precisamos levá-lo para a cirurgia. — avisou Cosima

— Chame a Elena. — pedi para o Stefan

Cosima e Aurora se entreolharam.

— Acho que você não entendeu. — começou Aurora — Eu e a doutora Forbes que iremos realizar o procedimento, Klaus é o nosso paciente.

Me levantei imediatamente da maca. Não. Não queria que Cosima realizasse a operação de Klaus e Aurora muito menos.

— Não. Chame a Elena. Vocês não vão realizar esse procedimento. Tenho certeza que Klaus também iria querer a Elena. — olhei para Rebekah, que abaixou a cabeça, sabendo que eu tinha razão.

Stefan se afastou e foi até a recepção, provavelmente para perguntar onde Elena estava.

— Caroline, Klaus precisa ir para a cirurgia imediatamente. — Cosima alertou — Eu e Aurora vamos operá-lo e tudo vai dará certo, eu prometo. — ela se aproximou de mim com cautela

— Não! — eu me exaltei — Não estou desmerecendo seu trabalho, Cosima, mas não... não consigo... Elena é a única médica em quem confio para isso.

Stefan voltou e disse para mim:

— Elena está em outra cirurgia, Caroline.

Eu suspirei e balancei a cabeça negativamente.

— Chega dessa palhaçada. — Aurora bufou — Vamos operar o Niklaus, quer você queira ou não, doutora Forbes.

E as duas saíram correndo até a sala de trauma. Pouco segundos depois, Klaus já estava sendo levado para uma sala de operação. Eu, Stefan e Rebekah os seguimos e fomos até o corredor que dava para as plateias, para que pudéssemos assistir a cirurgia.

Quando chegamos na plateia, Klaus já estava sedado e operação estava prestes a ser começada.

Os segundos pareciam levar uma eternidade. Eu queria estar ali e ao mesmo tempo não queria. Era horrível ver Klaus naquela situação, mas, de algum modo, sentia que ficar lá me deixava mais tranquila e em alerta. Tinha a ideia de que caso algo desse errado lá embaixo, eu rapidamente sairia da plateia e entraria na cirurgia para ajudar. Mas sabia que seria impedida por Stefan e Rebekah.

— Não se preocupem, tudo vai dar certo. — Stefan disse para mim e para Rebekah

— Foi por pouco... poderia ter sido mais grave. — Rebekah disse, tentando demonstrar que não estava tão nervosa assim. Ela parou de olhar a cirurgia lá embaixo e se virou para mim — Por que não quis que as duas o operassem?

Me remexi na cadeira e suspirei. Eu já esperava estar recebendo essa pergunta de Stefan ou de Rebekah.

— Você sabe, Cosima é minha meia-irmã e... ainda não consegui aceitar o fato de que ela está aqui. Sei que ela não tem culpa de nada, mas a presença dela me faz lembrar que outra garotinha recebeu todo o amor do meu pai, enquanto eu cresci sem ele. Tê-la aqui me faz lembrar dele. E eu não gosto de lembrar do meu pai. Como eu disse, sei que ela não tem culpa, mas mesmo assim... meu coração se recusa a aceitá-la. E para piorar, descobri que ela e Klaus ficaram juntos.

— O quê?! — Rebekah exclamou

— Foi um dia antes de Cosima começar a trabalhar aqui. Klaus não sabia que ela era minha irmã. E ela também não sabia que Klaus me conhecia. — expliquei

— Sei que deve ser difícil, Caroline. — Stefan entrou no assunto — Mas deixe essas diferenças de lado e pense apenas no lado da medicina. Cosima é uma excelente médica, é tão capacitada quanto Elena para fazer essa operação.

— Eu sei, Stefan. Mas ainda é difícil para mim. — me defendi — E sobre a Aurora... ela dormiu com o Klaus também. Acho que isso já justifica tudo. — balancei a cabeça — Por mais que negue, eu me importo demais com ele. É inevitável. Meu cérebro me manda tentar pensar em outra coisa, mas no fim do dia, é nele em quem estou pensando. Pensando se ele está bem, como foi o dia dele e o que ele está fazendo. E eu me culpo e me odeio por isso. Eu não deveria gostar dele, deveria odiá-lo depois de tudo o que aconteceu entre nós, mas eu não consigo. É estranho, mas ele tem um lugar especial dentro de mim.

Rebekah abriu um enorme sorriso e Stefan olhou para ela com um sorriso brincalhão em seu rosto. A loira retribuiu o sorriso e ambos deram uma pequena risada. Preferi ignorar tudo isso e voltei a prestar atenção na cirurgia, que ainda corria bem.

— Cosima é mesmo muito boa. — Rebekah mudou de assunto

— Ela é.

Ouvimos uma voz conhecida e olhamos para trás. Elena estava vestindo apenas o uniforme azul marinho e usava sua touca cirúrgica roxa escura para prender os cabelos.

— Elena. — murmurei

Ela se aproximou e sentou ao nosso lado.

— Sei que você chamou por mim. — Elena disse para mim — Mas as coisas ficaram bem complicadas na cirurgia que eu estava fazendo. Sinto muito.

— Tudo bem, não se preocupe. — dei um pequeno sorriso

Elena sorriu de volta e começou a assistir conosco e  com outros médicos a operação.

— Cosima está fazendo tudo direito, Caroline. — Elena me olhou — Você não precisa se preocupar.

Eu ia abrir a boca para contestar, mas Elena me cortou, dizendo:

— Você não confia em mim?

Sorri e encostei minha cabeça em seu ombro, tentando descansar e ficar mais tranquila.

[...]

Foram horas de cirurgia. Por diversas vezes pensei em sair dali e tentar me distrair com alguma coisa, mas sentia a necessidade e a obrigação de ficar o mais perto de Klaus durante toda a operação. Era estranho, mas sentia que se saísse dali, algo poderia acontecer. Achava que minha presença ali dava sorte. E além do mais, queria, a qualquer custo, fazê-lo sentir que eu estava lá e que não sairia de seu lado, como havia prometido dentro da ambulância.

Por mais que eu odiasse admitir, Cosima e Aurora tinham realizado um trabalho excelente e, no fim da cirurgia, um enorme peso atingiu minha consciência.

— Viu, eu disse que ia dar tudo certo. — Elena me abraçou enquanto andávamos pelos corredores

— Odeio o fato de você sempre saber das coisas. — balancei a cabeça

— O que vai fazer agora? — perguntou

— Vou trabalhar, tentar me distrair um pouco e esperar Klaus acordar da anestesia.

— Não quer ir para sua casa? Posso ficar lá com você.

— Eu não poderia ir nem se quisesse, meu plantão da madrugada começa daqui exatamente meia hora.

— Tudo bem então. Acho que vou para casa, mas volto às seis da manhã. — avisou Elena — Qualquer coisa me ligue, ok?

Assenti sorrindo e nós duas nos despedimos.

[***]

De toda a minha carreira médica, desde quando eu era uma jovem residente, esse foi o plantão mais chato que tive em minha vida. Justo hoje o pronto-socorro ficou vazio e poucas crianças e bebês apareceram. Fiquei a maior parte do tempo sentada em uma cadeira, checando as horas em meu celular a cada cinco minutos, torcendo para que uma enfermeira, que estava olhando Klaus durante a madrugada, viesse me procurar, dizendo que ele já estava acordado.

Eram sete da manhã e o movimento no hospital já estava grande. Stefan, Rebekah, Elena e Damon já tinham chegado e começado a trabalhar. Damon veio falar comigo, perguntando por notícias, e trouxe Lucca junto – que dormiu na casa dele – para me dar um abraço. Conversei rapidinho com meu filho e com Damon, que me contou que não disse nada a ele sobre o que aconteceu com Klaus. Damon levou Lucca para a recreação do hospital e logo foi ver como Klaus estava.

Depois disso, fui chamada no pronto socorro e fiquei lá por quase uma hora. Quando estava indo até o quarto de Klaus para ver se ele já tinha acordado da anestesia, fui parada por Marcel no meio do corredor.

— Caroline.

— Oi, Marcel. Como está?

— Muito bem. Fiquei sabendo do que aconteceu com o Klaus, espero que ele esteja bem. Ainda não tive tempo de ir vê-lo.

— É, e ele não pode receber muitas visitas ainda. — expliquei

— Imaginei. — Marcel riu — Está livre hoje à noite? Poderíamos ir ao cinema e não assistir ao filme. — sorriu malicioso

Nossa. Eu não estou acreditando que isso realmente está acontecendo. Não era novidade para ninguém que Marcel estava querendo ter alguma coisa comigo desde que me conheceu. E, para piorar, tem dias que ficamos sempre muito próximos, pois ele é obstetra e eu cirurgiã fetal, ou seja, temos vários pacientes em comum.

E não, eu não estava nem um pouco afim de sair com Marcel. Era engraçado provocar o Klaus com ele, mas eu nunca teria algo com Marcel. Nunca mesmo.

— Eu adoraria, Marcel. — menti — Mas ontem tive uma tarde bem difícil e ainda passei a madrugada de plantão aqui no hospital. Preciso ir para casa descansar. Mas podemos ver se outro dia estou livre. — sorri e me afastei, caminhando mais rápido que o normal.

Fiz meu caminho de volta par ao quarto de Klaus e quando já estava chegando, encontrei Rebekah e ela sorriu ao me ver.

— Estava indo te procurar, o Nik acordou.

Nem me importei em respondê-la, saí correndo até o quarto de Klaus – que não estava muito longe dali – com uma velocidade que nunca pensei que pudesse alcançar ao correr. No momento em que cheguei na porta do quarto, vi Klaus sentado na cama e de olhos bem abertos, conversando com Damon e Stefan.

Corri até ele e, sem pensar duas vezes, deitei na cama e o abracei. No começo, Klaus resmungou, e eu tinha certeza que estava apertando os pontos do tórax e do abdome dele, mas eu não me importei. Klaus me abraçou de volta e, quando nos desvencilhamos, olhei para Damon e Stefan e perguntei:

— Faz quanto tempo que ele está acordado?

— Algumas horas. — respondeu Stefan

— E por que vocês não foram me contar? — perguntei brava

— Por isso. — Damon apontou para mim, sentada na cama e quase estourando os pontos de Klaus por estar apoiada nele.

— E além disso, ele iria estar ainda meio grogue, não falaria direito com você e você iria ficar brava. — ouvi a voz de Rebekah, que tinha acabado de entrar no quarto — Por isso preferimos esperar.

— Como está se sentindo? — voltei minha atenção para Klaus

— Bem melhor. — ele sorriu para mim

— Fico feliz que esteja bem.

— Caroline não saiu do seu lado um minuto sequer. — Rebekah se aproximou de nós — Ela esteve com você desde o momento em que entrou na ambulância até o final da cirurgia.

— Ela só não ficou aqui grudada em você porque tinha plantão. — ouvi a voz de Elena e observamos ela entrar no quarto

Senti minhas bochechas coraram e juro que se fosse mais corajosa, sairia de lá correndo. Mas aí ficaria muito na cara que eu estava com vergonha, então, preferi abaixar a cabeça. No momento que o fiz, Klaus riu e disse:

— Não precisa ficar com vergonha.

— Apenas me prometa uma coisa. — olhei para ele

— Qualquer coisa.

— Nunca mais se coloque na frente de uma arma por mim. — pedi

Klaus assentiu e nós ficamos um bom tempo nos encarando. Percebi que Stefan, Damon, Elena e Rebekah nos observavam, sem saberem o que fazer. Balancei a cabeça e me levantei da cama, dando um leve tossida.

— Vou para casa, preciso descansar. — avisei — Mas prometo que volto mais tarde. — olhei para Klaus

— Não se preocupe, love. Eu estou bem. Vá descansar. — me assegurou

Me despedi de todos eles e saí do quarto.

Era evidente para todos ali que eu me importava com Klaus. E isso, para eles, era algo difícil de se acreditar. Nem mesmo eu conseguia acreditar que Klaus tinha virado tão importante para mim. Mas por que isso? Por que um homem que me tirava tanto do sério, de alguma maneira, era tão importante para mim? Eu vinha me fazendo essa pergunta há semanas, mas não conseguia encontrar resposta alguma.

Niklaus Mikaelson era importante para mim. E isso era tudo o que eu sabia.

— Caroline, espere!

Ouvi meu nome e percebi que Elena estava correndo atrás de mim. Parei de andar e, assim que me alcançou, ela deu um longo suspiro para recuperar o fôlego e disse:

— Você está confusa, não é?

— Como assim?

— Sobre o Klaus. — explicou — Sobre o que sente por ele.

— Eu não sei o que você está querendo dizer.

— Sim, você sabe, Caroline. — Elena se aproximou de mim

Dei um curto suspiro e disse:

— Eu me importo com ele, Elena. E é só isso. — expliquei — Antes de eu ir para Londres, nós ficamos muito próximos. E isso não mudou, mesmo eu tendo ficado dois anos fora.

— Eu sei. Mas você tem sentimentos por ele. — ela estava afirmando e não perguntando

— Não tenho... — neguei

— Sim, você tem. — ela se aproximou novamente — Caroline, eu estou tentando lhe ajudar, preciso que se abra comigo.

— Por que isso agora? — perguntei

— Porque eu vi em seus olhos o que você sentiu. Você pensou que fosse perdê-lo. Perdê-lo sem ter a chance de falar seus sentimentos. Você viu o quanto Niklaus é importante na sua vida e finalmente percebeu o que realmente sente por ele. Caroline, você teve medo dele te deixar e de não ter mais tempo para contar tudo o que sente.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas e precisei me esforçar para não chorar ali mesmo. Elena me conhecia tão bem... e eu odiava isso. Odiava como ela sabia que eu estava mal sem eu precisar falar e odiava o fato dela sempre estava certa sobre tudo.

— Rebekah me contou o que você disse na plateia, Caroline. No final do dia, é no Klaus que você está pensando. Pensando se ele está bem, o que está fazendo e com quem ele está. Se isso não é ter sentimentos, então eu não sei o que é.

— O que você quer que eu diga? — abri os braços — É verdade, Elena. Eu tenho sentimentos pelo Klaus. E não, não vou contar para ele. E também não quero mais falar sobre isso, porque isso me consome e me deixa louca. Eu me odeio por essa verdade, não consigo achar uma maneira de lidar com isso a não ser esquecendo e fingindo que não existe. Não consigo suportar o fato de realmente gostar dele, Elena. — expliquei — Eu não quero gostar dele, mas não consigo evitar.

— Precisa contar para ele, Caroline.

— Não farei isso. Você sabe que Klaus não é esse tipo de homem, Elena. E não quero arranjar uma dor de cabeça para ele. E também não quero ter minha alma partida por ele mais uma vez. Prefiro assim... do jeito que está.

Elena assentiu e disse:

— Fico feliz que tenha admitido, acho que tirou um grande peso das costas, não é? — ela sorriu

— Sim. — sorri de volta e a abracei — Por favor, não conte para ninguém.

— Sabe que não conto, Care. — nos desvencilhamos e Elena continuou — Preciso ir, tenho uma consulta. Vejo você por aí.

Pisquei para ela e voltei a fazer meu caminho para a sala dos atendentes, a fim de me trocar, pegar minha bolsa e ir para casa. Quando entrei na sala, vi que Cosima estava sentada comendo uma maçã. No momento em que nossos olhos se encontraram, ela involuntariamente deu um pequeno sorriso.

— Oi. — disse ela, ainda sorrindo

— Oi. — respondi, um pouco cautelosa

Cosima se levantou, jogou o resto de sua maçã fora e caminhou até a porta, mas antes que ela fosse embora, eu disse:

— Obrigada por ter salvado o Klaus, Cosima.  

Virei para trás e ela estava parada, prestes a sair da sala. Ele abaixou a cabeça e se virou para trás, olhando bem no fundo de meus olhos e se aproximando de mim.

— Obrigada. — disse novamente — Ele é muito importante para mim. E me desculpe por tentar te impedir de fazer a cirurgia. Acho que você entende que tudo isso é muito difícil para mim.

— Eu sei, Caroline.

— Mas estou disposta a tentar conhecê-la. Você é minha irmã, nós temos o mesmo sangue, quer eu goste ou não. Eu quero conhecê-la, mas precisamos fazer isso devagar, Cosima. Ainda estou tentando me acostumar com a sua presença aqui e ainda tenho que lidar com outros assuntos. Mas prometo que vou dar meu melhor, não quero que se sinta mal aqui.

Cosima sorriu e disse:

— Obrigada, Caroline. Saiba que essa sempre foi minha intenção e eu já imaginava que pudesse ser difícil para você. Prometo que vou respeitá-la e dar o tempo que você precisa para processar tudo isso. E sobre o Klaus, não se preocupe, eu estava apenas fazendo o meu trabalho, mas também sabia que ele era importante para você.

— Sei o que aconteceu entre vocês dois. — revelei — Claro que isso mexeu um pouquinho comigo, mas vocês não tiveram culpa. Não tinham como saber.

Ela assentiu e disse:

— Tenho que ir. A gente se vê por aí. — foi até a porta e continuou — Obrigada por aceitar dar essa chance para nós, sestra.

Nós sorrimos uma para a outra e Cosima deixou a sala. Caminhei em direção ao meu armário, peguei minha bolsa e fui até o banheiro para trocar de roupa. Quando saí, vi que Aurora e mais dois médicos que eu não conhecia estavam dentro da sala. Os dois médicos estavam sentados comendo e Aurora estava de costas, mexendo em seu armário.

Me aproximei dela e disse:

— Aurora.

Ela olhou para trás, não esperando que eu era a pessoa que estava chamando pelo seu nome.

— Podemos conversar?

— Sim. O que foi?

— Obrigada por ter ajudado a salvar a vida do Klaus. E desculpe por não querer que você fizesse a cirurgia. Eu estava tão nervosa que mal conseguia pensar, deixei meu emocional agir sobre meu lado racional.

— Tudo bem, desculpas aceitas. E desculpe por ter lhe provocado em relação ao Klaus. Sei que ele é bem importante para você. E quando dormimos juntos, eu não fazia ideia que ele gostava de outra mulher.

— Como assim?

— Acho que ele gosta de você mais do que gostaria, Caroline. Naquela noite em que dormimos juntos, ele estava meio bêbado e não parava de falar de uma tal de Caroline. Klaus estava arrependido por tê-la deixado ir embora... ele sentiu muito a sua falta, por mais que tentasse esconder.

Quando terminou de falar, o celular de Aurora tocou e ela disse:

— Preciso ir.

Ela deu um leve sorriso para mim, fechou o armário e deixou a sala dos atendentes.

Aos poucos, a culpa foi começando a me atingir... fui embora sem nem pensar duas vezes, deixando Klaus completamente sozinho e arruinado. 


Notas Finais


Quem mais sentiu vontade de dar na cara da Caroline por ela quase não deixar a Cosima e a Aurora operarem? UAHSAUHSA
CARALHO MARCEL, VOCE DE NOVO ENCHENDO O SACO AKJSAKLJSKA NEM A CAROLINE AGUENTA MAIS
Sério que vocês acharam que o Klaus ia morrer mesmo? Gente, que é isso, não sou do nível da Shonda não hhahaha
Elena como SEMPRE conseguindo arrancar umas verdades da Caroline. CAROLINE TEM SENTIMENTOS PELO KLAUS AKSJAKSJA (como se a gente já não soubesse, pq depois de todo o escândalo dela né hahaha). Mas foi um escândalo compreensível hahaha
Caroline e Cosima, foi o que a gente pediu sim ♥
Aurora ̶f̶i̶n̶a̶l̶m̶e̶n̶t̶e̶ prestando pra alguma coisa.

Espero que tenham gostado desse capítulo assim como eu. hehehe

Nos comentários do capítulo anterior eu deixei alguns spoilers nas respostas para algumas pessoas, mas já apaguei. Então quem viu, viu, e quem não viu, espere ter sorte de ser um dos sorteados desse capítulo hahaha

Beijuuusss no ♥ de vocês. Até quarta que vem

Bia


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