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História "However Long It Takes" - Klaroline - Capitulo 24


Escrita por: klarolineluv

Notas do Autor


Oie! Voltei com um capítulo beeeem hot. Eu tava com saudade de klaroline se pegando com força🤣

Aproveitem❤

Capítulo 24 - Capitulo 24


Fanfic / Fanfiction "However Long It Takes" - Klaroline - Capitulo 24

Pov Caroline

Depois de tudo o que aconteceu hoje, depois de eu ver Willow quase morrendo na minha frente e de saber de todos os sinais da bruxa, nos dizendo que ela está cada vez mais perto e me deixando desesperada, o que eu mais queria era Klaus perto de mim. E quando finalmente o vi na minha frente, naquela escola que parecia vazia, com os alunos em seus quartos e o ouvi me chamando de amor, eu apenas voei pros braços dele. Pensando agora, esse momento foi até engraçado. Porque a sensação que tive foi que eu não o via há muito tempo, mas eu tinha visto ele de manhã bem cedo. O dia que tive foi tão ruim, que parecia que tinha durado anos.

Ouvir sua voz, sentir seu abraço, o calor do seu corpo, sua respiração no meu pescoço, foi um alívio pra mim. Klaus chegou na Escola com Freya, nós conversamos e ela se dispôs totalmente a ajudar. Mas quando Klaus e eu ficamos sozinhos, me fechei completamente em meus pensamentos, nem sei porque. Eu mal conseguia olhar nos olhos dele. Eu sentia uma necessidade enorme de tocá-lo, de beijá-lo, mas ao mesmo tempo, queria fugir pra bem longe. Foi uma sensação muito parecida com a época em que fui sequestrada e estava traumatizada com tudo o que sofri.

Comecei a limpar o escritório, milímetro por milímetro, cada cantinho e fingi ignorar a presença de Klaus ali. Eu sequer o respondia quando ele me chamava e esse meu comportamento estranho começou a me fazer mal. Principalmente quando notei que ele respeitou minha atitude ainda que fosse algo imaturo e me deu tempo pra pensar. Ele só não saiu de perto de mim. Talvez temendo que eu surtasse se ficasse sozinha de novo. Conforme fui limpando os móveis do escritório, e os minutos passavam, eu fui aos poucos me acalmando. E lembrei que, algumas horas antes, recebi a carta de Klaus e as palavras dele me deram tanto ânimo... e eu nem o agradeci por isso.

Então eu tentei puxar conversa. Aquela carta me deu o estímulo que eu precisava pra enfrentar qualquer problema, ela me fez sentir como se Klaus estivesse ali fisicamente comigo. Ele precisava saber que essa atitude foi muito importante pra mim, então falei, ainda de costas pra ele.

- Eu recebi sua carta. Obrigada.

- Eu só queria que você soubesse que não está sozinha.

- Eu sei...

E não consegui dizer mais nada. Eu tinha tantas emoções lutando dentro de mim... vontade de gritar. De lutar. De  chorar. De estar nos braços do Klaus e não pensar em mais nada. De pegar ele pela mão e fugir pra bem longe, deixando tudo pra trás. De fugir sozinha... A bruxa-mãe estava por perto, nos ameaçando, poderia ter feito qualquer coisa contra as minhas filhas, contra Hope. E nós ainda assim não sabemos onde ela está nem podemos derrotá-la. E saber de tantas informações novas sobre ela em apenas um dia me tirou completamente a calma e já estou a um passo de perder meu autocontrole que tanto prezo. 

Parei de limpar e fiquei olhando pros livros e pra decoração da estante, sem encarar Klaus de jeito nenhum, nem durante a conversa com ele. Fiquei em silêncio novamente e pude escutar os passos dele se aproximando de mim cada vez mais. Quando ele me abraçou por trás, cheguei a tremer de ansiedade. Eu tentava reprimir minhas emoções, mas a partir do momento que Klaus me tocou, veio tudo à tona. 

Meu corpo estava tenso, mas seu toque suave na minha cintura, sua voz grave e lenta no meu ouvido, tiveram o poder de me relaxar cada vez mais, e eu me permiti estar em seus braços. Suspirei quando senti seus beijos em meu pescoço.

- Você precisa descansar, amor...

Ele dizia isso, mas eu conseguia sentir sua ereção através da calça. Sua preocupação e seu cuidado comigo, mesmo cheio de desejo por mim, me deixou ainda mais faminta por ele. 

- Não é disso que eu preciso agora, Klaus.

Me virei e o agarrei pelo casaco. Beijei sua boca tão gostosa de uma maneira que parecia que eu não o beijava há séculos e precisava sentir seu gosto novamente. Ele correspondeu ao meu desespero, nos primeiros segundos apenas aproveitando meu toque, saboreando o momento, acariciando minha nuca e minha cintura, mas logo depois ele me agarrou forte e me suspendeu, me levando em direção à mesa e derrubando no chão tudo o que havia em cima dela. Ele me pôs sentada,  e começamos a arrancar as roupas um do outro. Tirei seu casaco com pressa, sem interromper o beijo e ele tirou meu casaco no mesmo ritmo. Eu vestia uma camisa azul cheia de botões que voaram pra todos os lados quando Klaus a abriu com força, enquanto eu desabotoava sua calça jeans escura. Depois, ele começou a desabotoar minha calça social preta e puxá-la pelas minhas pernas, enquanto beijava meus seios nus após eu mesma tirar o sutiã, antes que ele o arrebentasse.

Quando eu estava só de calcinha, Klaus me deitou na mesa e se deitou sobre mim completamente nu, eu sentia o calor do seu corpo, e sentia seu cheiro e sua pele macia roçando na minha. Ele beijava minha boca e meu pescoço, enquanto roçava o pau duro, me provocando, mas eu não queria preliminares. Eu precisava senti-lo dentro de mim, precisava dominar a tristeza e o medo, e, definitivamente, me deixar ser amada de todas as formas pelo homem que amo seria uma ótima válvula de escape. Seus beijos me arrepiavam por completo e eu já estava no nível de implorar.

- Klaus... por favor...

Ele ignorou meu pedido e não respondeu nada, continuou me beijando, lambendo meus seios e dando mordiscadas na minha barriga até chegar nos meus quadris. Eu abri minhas pernas imediatamente, mas ele as fechou. Eu não entendi nada, e levantei a cabeça já pronta pra brigar com ele, quando ele se inclinou sobre mim e arrancou minha calcinha com os dentes, rasgando-a. Eu apoiei a minha cabeça de volta na mesa e gemi. Isso era um ótimo sinal do que estava por vir...



Pov Klaus

Sentir Caroline nos meus braços depois do medo que tive de perdê-la acabou me deixando com mais tesão do que o normal. Eu sabia que ela estava cansada, que precisava dormir, mas quando eu toquei nela, tentando acalmá-la, o efeito em mim foi totalmente o contrário. Mesmo assim eu iria tentar ignorar isso, mas Caroline estava no mesmo nível de desejo que eu. Ela me beijou desesperadamente e eu esqueci que ela estava cansada.

Caroline me implorava pra que eu a fodesse logo, e eu também queria isso na mesma medida, porém decidi brincar com ela só um pouquinho. Beijei, lambi e dei leves mordidas nos seios e barriga, até chegar em seus quadris e me deparar com uma calcinha de renda num tom rosa claro, tão pequena e delicada que me deu vontade de rasgá-la. Caroline é tão linda que me desestrutura e eu sinto uma necessidade enorme de tocá-la e fazer loucuras com ela. Arranquei sua calcinha com os dentes, destruindo-a, enquanto Caroline gemia de prazer só de eu ter feito isso, e me implorava, ofegante.

- Klaus... 

Ela mal conseguia falar. Mas eu sei bem o que ela queria. Abri suas pernas o máximo possível. Me abaixei e abocanhei sua vulva só pra ver o quão pronta ela estava pra mim. E ela estava tão molhada, quente, macia, seu gosto me arrepiou e me deixou ainda mais duro. Eu não ia conseguir provocar ela por muito mais tempo, porque isso estava sendo uma tortura pra mim. Eu precisava estar dentro dela. Me levantei, segurei seus quadris com firmeza e a penetrei de uma vez, rápido, duro, sem delicadeza alguma. Caroline se contorceu toda, ela sentia cada centímetro de mim dentro dela e gemeu ainda mais alto. 

Eu me enfiava nela com uma força maior que o normal, de forma desesperada. Essa mulher desperta todos os meus instintos e me deixa tão vulnerável que as vezes preciso me controlar. Esse era um dos momentos em que quase perco o controle, mas ela não pareceu se importar muito com isso, porque quanto mais eu a penetrava com toda a força, mais ela gemia e implorava pra eu não parar. 

Interrompi o que estava fazendo e saí de dentro dela. Caroline levantou a cabeça e me olhou em protesto, mas não dei a ela tempo pra reclamar. A puxei de cima da mesa e sentei no chão, ela me lançou um olhar safado, cheio de desejo. Depois sentou em mim de frente e enlaçou as pernas na minha cintura. Enquanto eu a segurava, ela quicava, rebolava, cavalgava, e eu beijava sua boca, lambia seu pescoço e fui descendo até chegar nos seios.

Mordi seu mamilo e seu sangue doce invadiu minha boca e eu continuei bebendo por ali. Quando a mordi, Caroline gemeu um pouco mais alto, completamente surpresa. Mas não me impediu. Ao contrário, quando comecei a chupá-la, isso a estimulou, ela quicava com mais força e mais rápido. Segurou uma das minhas mãos e mordeu meu pulso, se alimentando do meu sangue, pra se curar do veneno da minha mordida enquanto estava quase chegando ao orgasmo com toda essa loucura.

Quando eu achei que íamos gozar naquela posição, Caroline interrompeu tudo e se afastou. Foi a minha vez de olhar em protesto, mas também não tive tempo pra reclamar. Ela tinha um sorrisinho indecente na boca suja com o meu sangue e os dentes de vampira aparentes, me indicando que eu não ia precisar reclamar de nada.

Caroline virou as costas pra mim e ficou de quatro. Se empinou toda, me oferecendo tudo. Ela me olhava com o canto dos olhos, me provocando, me instigando, toda ofegante, selvagem e ao mesmo tempo toda dengosa. 

- Vem, Klaus... vem...

Ela murmurava. Sua voz soava tão rouca e sexy, tão necessitada... 

E me enlouquecia. 

E me dominava.

E eu achando que estava no controle da situação... 



Pov Caroline

Klaus me provocou tanto e eu já estava tão desesperada antes mesmo da gente começar a transar, que cada gesto dele me instigando e me fazendo implorar pra senti-lo dentro de mim, simplesmente despertou todos os meus instintos. Depois que ele tirou minha calcinha daquela maneira tão selvagem, aquilo me enlouqueceu e eu só queria que ele me fodesse e sem nenhum limite. Klaus ainda brincou um pouco comigo, provou meu gosto, me deixando ainda mais faminta, mas dava pra notar que ele estava tão ansioso quanto eu.

Quando Klaus abriu minhas pernas e se enfiou em mim de uma só vez, senti um prazer enorme, um calor delicioso e calafrios, tudo ao mesmo tempo, se espalhando nos meus quadris e subindo pelas minhas costas. Eu realmente precisava disso. Me contorcia e gemia, enquanto ele me penetrava com força e sem me dar chance sequer de tomar um pouco de fôlego. Depois me levantou da mesa e eu olhei seu corpo nu. Fiquei admirando-o por alguns segundos. Klaus é inteiramente lindo, dos pés à cabeça! Seus músculos definidos sem muito exagero estavam marcados pelo suor, e a sua tatuagem se destacava, tudo isso o deixando ainda mais lindo. Ele me puxou pro chão e eu sentei no pau dele sem pudor nenhum, ficamos assim por um tempo, eu rebolando e quicando sem parar, até que Klaus mordeu meu mamilo, me dando um susto com a dor e um prazer inexplicável que senti em seguida, me fazendo gemer ainda mais alto.

 Ele sugava o sangue do meu seio e isso me deixou fora de controle. Antes que o veneno dele me enfraquecesse e eu tivesse que parar, tirei uma de suas mãos da minha cintura, e mordi seu pulso, fazendo ele interromper um pouco o que estava fazendo, enquanto trocávamos olhares indecentes. Seus olhos estavam dourados, sua boca suja de sangue, ele tinha se transformado e voltou a se alimentar de mim. Sentir sua boca no meu mamilo sugando meu sangue enquanto me alimentava direto do corpo dele aumentou meu tesão e me fez intensificar meus movimentos enquanto ouvia seus gemidos abafados pelo meu seio em sua boca.

Eu estava quase gozando, mas não queria que acabasse. Me afastei dele, que me olhou com uma cara de psicopata, por eu ter interrompido, mas eu tinha certeza que ele ia gostar do próximo passo. Eu estava faminta e queria ser dominada por ele, mas ainda não estava satisfeita. Então me virei de costas e fiquei de quatro. Me abri toda, me empinei, fiquei completamente exposta.

Era isso que eu queria. Que ele visse tudo aquilo que é dele. E que se fizesse dono de mim.

Eu o chamei quase ronronando, como uma fêmea no cio. O quanto eu estava precisando que ele me pegasse daquela forma eu não consigo nem descrever. Eu o olhei de lado e percebi ele se posicionando. Klaus deu um tapa muito forte na minha bunda e eu dei um gritinho de susto, dor e prazer. Senti um pulsar mais intenso em minha vulva, era meu corpo implorando que Klaus terminasse o que começou. 

Eu estava tão molhada, que senti o pau dele deslizando pra dentro de mim e tocando meu útero de uma vez, me arrepiando inteira. Eu conseguia senti-lo duro, cada pedacinho dele e meu corpo o envolvia por completo, de uma forma deliciosa. O encaixe perfeito. Só ele consegue fazer eu me sentir assim. Klaus soltou um gemido grave e puxou meus cabelos, me prendendo a ele enquanto entrava e saía de mim de forma ainda mais selvagem e dura que antes. 

- Oh... Caroline...

Sua voz grossa, carregada de sotaque, murmurando meu nome, enquanto me fodia daquela maneira intensificou meu prazer. Ele se abaixou e tocou meu clitóris, enquanto me penetrava com mais força e puxou mais ainda meus cabelos e eu cheguei ao orgasmo murmurando seu nome de volta, gozei de forma intensa e inesquecível, que tomou meu corpo inteiro e me fez tremer.

Klaus continuou me penetrando mais um pouco enquanto beijava minhas costas e arranhava minha pele com a barba, gemendo entre beijos e respiração ofegante, até gozar com força também, soltando um último gemido mais alto e grave, que me deixou arrepiada. Ele estava completamente transtornado. Saber que eu o deixo assim, é algo que mexe comigo. Me excita e ao mesmo tempo me assusta. Ele foi diminuindo o ritmo, tentando buscar algum fôlego, me deitei preguiçosamente no chão de bruços, e ele deitou sobre mim um pouco, depois se afastou e deitou ao meu lado, ainda tentando controlar a respiração.

Agora sim eu estava satisfeita. Me senti alimentada por Klaus de todas as formas possíveis e tive a certeza que o deixei satisfeito na mesma medida.

Depois de uns segundos tentando descansar de tudo o que tínhamos acabado de fazer, Klaus olhou pra mim e fez um carinho no meu rosto.

- Você perdeu mesmo o medo e a vergonha de transar aqui, não é?

Eu não aguentei e tive que rir. Era verdade. Na primeira vez que transamos aqui, no escritório da Escola Salvatore, eu fiquei com medo de ser flagrada, de alguém entrar, de algum aluno ouvir o que não devia. Mas depois desse dia, já transamos aqui tantas vezes, e cada vez é especial. Não me arrependo.

- Bem, a gente já transou até ao ar livre, no meio de uma floresta... pelo menos aqui temos teto, paredes e uma porta.

Ao ouvir isso, Klaus deu uma gargalhada tão leve, e um sorriso tão aberto... Ele estava feliz por estar ali comigo. Eu sorri junto, ao vê-lo assim, tão relaxado, com um sorriso bobo e os olhos brilhando, e sentindo seu toque suave no meu rosto. E eu estava feliz, apenas por estar ali com ele. Estamos enfrentando uma inimiga poderosa, e corremos perigo a todo instante e eu me sinto esgotada diante disso. Mas a sensação de felicidade e paz que sinto ao estar perto do Klaus, é algo que nunca ninguém conseguirá tirar de mim.



Pov Klaus 

No momento em que Caroline ficou de quatro pra mim, perdi o pouco de sanidade que ainda havia. A penetrei com força nessa posição, sem limites, sem controle, de forma completamente faminta e selvagem. Seus gemidos e seu corpo quente apertando meu pau cada vez mais, iam me estimulando, me dando um prazer fora do normal e eu puxei seus cabelos e acariciei seu clitóris, porque eu precisava ver e sentir Caroline gozando comigo completamente dentro dela. 

Notei que nesse momento, estávamos indiretamente num jogo sexual, em que ela se submetia e me dominava ao mesmo tempo. E eu me sentia exatamente assim, completamente subjugado por ela, enquanto a subjugava também. Cada momento vivido naquela noite com Caroline foi um presente, um refrigério, algo que não dá pra medir, nem pra dar um nome certo. 

Os minutos que vieram após esse momento foram de calmaria. Conversamos um pouco, rimos como duas crianças despreocupadas. Como se não tivéssemos nenhum problema na vida. Depois, fomos pra casa da Caroline, de madrugada.


***


Na manhã seguinte, enquanto dormíamos, o celular de Caroline tocou absurdamente alto no criado-mudo ao lado da cama. Acordei assustado, com ela ainda dormindo, totalmente colada em mim, com as pernas entrelaçadas nas minhas e a cabeça deitada em meu peito. Acariciei seus cabelos, tentando acordá-la.

- Caroline... acorda... o telefone, amor.

Ela se levantou meio dormindo ainda e atendeu.

- Alô... oi, Bonnie...

Prestei atenção na conversa.

- Bom dia, Caroline! Eu e Willow mexemos na caixa que Buffy e Spike encontraram na biblioteca da escola e descobrimos uma coisa.

Ela ficou em pé, se mostrando mais desperta.

- Sério? Descobriram o que?

- É algo que pode nos ajudar. Talvez. Mas você precisa ver. E seria melhor não ser dentro da escola. 

Mas que inferno. Por que Bonnie não fala logo pra Caroline o que encontraram? Todo esse suspense estúpido conseguiu acabar com o meu humor logo cedo.

- Ok, então você pode vir aqui em casa?

Bonnie confirmou que viria em poucos minutos e Caroline desligou. Eu ja tinha saído da cama e olhava pra ela de braços cruzados, meio curioso e meio irritado. Quando ela me viu com essa postura, riu da minha ansiedade, me provocando.

- Que cara é essa, Klaus? 

- Nada... só que ela poderia ter falado logo o que encontraram ao invés de fazer suspense.

Ela riu mais ainda. Levantei os olhos e bufei, completamente sem paciência. 

- Seria ótimo, Klaus, mas talvez ela não ache seguro. Vamos esperar. Sei que você não tem paciência pra esse tipo de coisa, mas vai ter que arrumar alguma.

- Ah, sim... ótimo...

Eu não tive muito o que fazer além de aceitar e esperar. Uns quinze minutos depois, Bonnie apareceu. Só tivemos tempo de nos arrumar minimamente e nos alimentarmos um pouco antes dela chegar. 

Caroline pôs um vestido verde florido simples que ficava na altura da coxa e eu vesti uma calça jeans e uma blusa preta. Bem que eu queria repetir a dose de tudo o que fizemos no escritório dela ontem, mas não daria tempo.

Bonnie trouxe a tal caixa que encontraram, e nela havia uma pequena medalha de prata, com algo escrito de forma ilegível. Estávamos  todos sentados no sofá da sala e olhamos atentamente com uma lupa cada detalhe, mas ninguém conseguiu decifrar. Nem eu, que sei várias línguas até mesmo extintas, reconheci o que estava escrito ali. 

- Não dá pra interpretar isso de forma nenhuma?

Perguntei, minha impaciência dando as caras de novo. Bonnie me olhou bem despreocupada. E aquilo me irritou um pouco mais.

- Willow se ofereceu pra pesquisar e também pediu ajuda ao Giles. 

Me levantei, começando a ficar agitado.

- Ok, então em que uma medalha com uma escrita completamente sem sentido vai nos ajudar? Vocês estão perdendo tempo com algo inútil enquanto essa bruxa continua nos cercando.

Quando Caroline me contou sobre essa caixa, eu realmente acreditei que poderia ser um sinal da bruxa, mas agora eu estou duvidando seriamente disso. Bonnie respondeu, se mantendo calma, mas firme.

- Klaus, você sabe que essa medalha foi encontrada num lugar muito aleatório, largada numa estante de livros. Como se alguém estivesse esquecido lá. É claro que foi plantado por alguém.

Caroline ficou do lado da amiga:

- Sabemos que não estava lá a toa, quem pôs isso lá queria que alguém achasse, acabou sendo Buffy e Spike e ainda bem. E se fosse algum aluno? 

E Bonnie completou.

- Seja lá o que estiver escrito nessa medalha, ela pode nos dar alguma informação sobre a bruxa. Qualquer coisa que conseguirmos já vai valer a pena.

Eu realmente não queria acreditar que elas estavam pondo todas as suas esperanças numa medalha velha, ao invés de todos nós estarmos a procura dessa bruxa maldita pelo país afora, ainda mais depois do que aconteceu ontem.

- Vocês tem tanta certeza de que isso foi algo plantado, mas e se for um brinquedinho de algum aluno distraído que realmente esqueceu na biblioteca? Houve uma explosão ontem que quase matou uma pessoa e vocês se apegam a uma medalha estúpida.

Agora quem estava perdendo a paciência era Caroline.

- Sério, Klaus? Buffy e Spike encontraram essa caixa fazendo barulho, como se tivesse algo vivo dentro e quando abriram, a luz que saía dela era tão forte que eles não conseguiram enxergar o que havia lá. Óbvio que não é uma medalha comum! 

Bonnie também continuava defendendo essa ideia.

- Eu e Willow tivemos que fazer um feitiço que pudesse dominar essa luz, porque era bem forte e agressiva. Quando abri a caixa, achei que ia ficar cega. Mas finalmente após algumas horas, conseguimos ver o que havia dentro dela.

Insisti.

- Mas e se for uma armadilha da própria bruxa? E então vocês mexem com isso achando ser algo que vai nos ajudar e pode acabar atraindo ela mais ainda contra nós.

Caroline se manteve firme.

- A gente só vai saber depois que descobrir o que está escrito nessa medalha.

- Entendi.

Eu me calei mas não me dei por vencido. 

Podem continuar investigando esse pedaço de lata à vontade. Vou procurar essa maldita bruxa pelos meus próprios meios.




Pov Caroline 

A medalha que Bonnie nos mostrou, ficou guardada num cofre na minha casa, enquanto eu e ela fomos pra Escola. 

E Klaus... bem... Klaus disse que ia conversar com Freya sobre essa medalha. Tudo bem, a irmã dele está em Mystic Falls exatamente pra isso, pra nos ajudar no que for necessário. 

Mas quando perguntei o que ele faria depois de se encontrar com ela, ele não disse nada, apenas se despediu com um selinho e saiu, indo pro lado contrário ao meu. Ele está sem carro em Mystic Falls, os dele estão em Nova Orleans. Quando ele está por aqui, as vezes ele aluga um carro e as vezes usa um dos meus, ou pega carona comigo, mas dessa vez ele não quis nada disso. Ele queria ficar sozinho e a pé. 

Algo me diz que Klaus não se conformou com a nossa explicação sobre a importância da medalha. Ele sequer levou isso a sério depois que não conseguiu ler o que estava escrito nela. E eu o conheço muito bem pra saber que ele com certeza vai aprontar alguma...


***


Eu e Bonnie chegamos na Escola Salvatore e o ambiente parecia normal. Os alunos tinham recebido autorização hoje um pouco mais cedo pra saírem de seus quartos e irem assistir as aulas, mas foram proibidos de irem ao velho moinho por enquanto. 

Entramos na salão principal e Willow nos viu enquanto descia as escadas e veio em nossa direção, super animada e com um sorriso enorme.

- Olá, meninas! Já falei com Giles sobre a medalha e ele deve nos dizer logo se conseguiu achar alguma forma de interpretar o que está escrito nela.

Estranhei o cumprimento e o jeito meio bobo e adolescente dela e troquei olhares com Bonnie, que tentava não rir. Willow percebeu a nossa reação:

- Ah, desculpa... Bom dia, Caroline e... Bonnie...

Ao me cumprimentar, Willow tentou ser mais formal, mas ao cumprimentar Bonnie, ela pareceu meio... sorridente demais. 

- Bom dia, Willow. - Respondi normalmente.

- Bom dia... - Essa foi Bonnie respondendo e ela parecia meio... sorridente demais também. 

E elas duas passaram alguns segundos trocando uns olhares. Por um instante pareceu que eu nem estava ali.

Eu perdi alguma coisa?

Soltei um pigarro bem alto. As duas olharam pra mim e eu já emendei com uma conversa. 

- Willow, você parece bem! Sinto muito pelo que aconteceu ontem.

- Ah sim, eu estou ótima! Muito obrigada pelo que fez por mim, Caroline. A explosão aconteceu quando eu já estava bem próxima do moinho, se não fosse por você eu teria morrido.

- Eu só consegui te salvar, porque percebi que você estava indo pra lá e te segui. Você estava bem estranha. O que aconteceu? 

Willow abaixou a cabeça diante da minha pergunta e demorou um pouco pra responder, mas acabou falando.

- Eu não sei... eu... me senti atraída a ir pra lá. É como se estivesse me chamando.

Bonnie perguntou:

- Mas você se lembra de tudo o que aconteceu?

- Sim, eu estava consciente o tempo todo. Mas algo dentro de mim dizia que eu precisava ir até lá. Era mais forte que eu, então apenas fui.

Eu ainda tentava entender.

- Mas você viu algo que atraiu sua atenção?

- Tinha um brilho estranho vindo de um dos lados.

Willow pensou um pouco, depois arregalou os olhos e me olhou assustada.

- Vinha do lado onde nós...

E não concluiu a frase. Eu a encarei por uns segundos e finalmente entendi. 

Willow quis dizer que o brilho que a atraiu vinha do cômodo onde Matthew foi morto por Klaus. Eu e Willow participamos disso. E eu notei que ela não completou a frase porque estávamos na salão principal e tinham varios alunos passando por ali.

Bonnie olhava pra nós duas.

- Vocês estão falando de quando... oh...

Ela entendeu qual era o problema. Cruzou os braços e começou a olhar pros lados, disfarçando o quão desconfortável estava com tudo isso. 

Eu não iria me aprofundar nesse assunto ali, correndo risco de ser ouvida por todos, mas consegui entender o mínimo sobre o porquê desse ataque diretamente contra Willow, então também falei de forma bem superficial.

- Ah... bem... então realmente foi uma armadilha como pensávamos. Uma armadilha pra você.

Dei um passo a frente, me aproximando de Willow e falei mais baixo.

- Ela quer vingança.

Willow me olhava com seus olhos azuis arregalados. Ela estava com medo. Sei de algumas coisas que ela já fez, Buffy comentou sobre a fase dark que ela viveu, e ela mesma admitiu pra mim e pro Klaus que já matou alguém. Além disso, ela foi bem corajosa ao enfrentar Matthew. Mas eu só conseguia ver medo no olhar dela. 




Pov Klaus

Eu decidi pra mim mesmo que não ficaria satisfeito em esperar que alguém consiga ler aquela medalha, enquanto posso estar fazendo qualquer outra coisa pra achar a bruxa. Tenho minhas próprias ideias sobre como achar um inimigo, devido a séculos de experiência. Sentar e esperar não é algo que eu faça, a não ser que isso seja parte de uma estratégia que beneficie algum plano maior meu.

Me encontrei com Freya no restaurante do hotel onde ela está hospedada, fui conversar sobre a tal medalha, só pra descartar logo a possibilidade daquela porcaria valer um segundo da minha atenção. Não pude levar a medalha pra minha irmã, ficou guardada na casa da Caroline, então tirei fotos e mandei pra que ela analisasse antes que a gente se encontrasse. Agora eu estava ali, sentado na frente dela, bebendo um uísque barato e observando seu olhar e seu rosto concentrado, olhando de novo as fotos da medalha.

- E então, Freya? Conseguiu entender alguma coisa do que está escrito aí?

Ela suspirou, desanimada.

- Eu não sei. Realmente nunca vi esse idioma antes. E olha que sou mais velha que você.

- Então é inútil perdermos tempo com isso, você concorda comigo?

- É, por enquanto acho que sim. Acho que até podemos pesquisar, mas sem abrir mão de fazer alguma outra coisa pra acharmos a bruxa.

- Eu ainda acho que não deveríamos perder tempo nenhum com isso. Mas Caroline resolveu ficar concentrada totalmente nessa coisa e...

Freya continuava olhando as fotos da medalha no celular e aproximou mais o aparelho do rosto.

- Espera. E se...

Eu parei de falar e dei atenção a ela.

- O que, Freya?

- E se nessa medalha não estiver escrito nada em algum idioma normal? E se for algum código pra apenas uma ou mais pessoas entenderem? 

Tentei acompanhar o raciocínio dela.

- Como se fossem duas pessoas se comunicando entre si, mas sem precisar que outras pessoas saibam?

- Isso... Mas mesmo assim, Klaus, eu nunca vi esse tipo de linguagem na minha vida. Sinto muito por não conseguir te ajudar com isso.

Pensei bem, diante dessa ideia de Freya. Pode até ser que haja algo interessante nessa medalha, mas não temos nada de concreto agora. Então eu continuo decidido a não perder meu tempo com ela.

Me despedi da minha irmã, que prometeu pesquisar sobre isso e segui meu rumo. 



***


Quando notei que Caroline se apegou à essa simples medalha como se ela fosse a última pista possível pra encontrar a bruxa, notei que era melhor eu procurá-la do meu jeito. Como também ainda não tenho nada de concreto, então não tenho nada a dizer a Caroline no momento, por isso não disse onde iria. Eu sempre falava pra ela quando ia procurar pistas na época em que a gente procurava o Matthew. Mas o que acontecia é que ela se enchia de expectativa, eu não achava nenhuma pista e ela ficava chateada e ansiosa.

Mas dessa vez, Caroline se apegou demais a essa medalha, talvez porque é a única "pista" que podemos tocar com nossas próprias mãos, mesmo a gente não tendo nenhuma certeza de que é algo relacionado à bruxa. Eu vi nos olhos dela. Caroline se apegou à essa medalha como se isso fosse uma arma poderosa capaz de derrotar nossa inimiga, quando na realidade não temos nenhuma arma e a escola dela acabou de sofrer um atentado que poderia ter atingido nossas filhas. 

Caroline às vezes é tão teimosa! Ela tem suas próprias ideias, sua própria forma de ver a vida, toma decisões baseada às vezes em coisa nada sólida, pelo menos não pra mim. E quando decide, não volta atrás, quando põe algo na cabeça, ninguém tira de lá. Ela faz o que acha certo, na sua visão extremamente dura e inflexível de "certo" e "errado", visão essa que a prendeu em Mystic Falls por mais tempo que o necessário e que a impediu de ir pra Nova Orleans comigo quando a chamei. E eu não chamei só uma vez. Eu a queria comigo. A queria como minha mulher. Mas isso a assustou. Então ela não aceitou ir comigo, mesmo não conseguindo disfarçar que me queria tanto quanto eu a queria. Pra mim, Caroline é mais transparente que água. Mesmo sem querer. E essa forma certinha e de um autocontrole absurdo e também controladora de tudo à sua volta, às vezes faz ela ser bem chata e irritante. 

Mas é uma das coisas que eu mais admiro nela.

Eu caminhava na rua, em direção ao que eu pretendia fazer, enquanto meus pensamentos iam longe, pensando em Caroline, e em tudo o que sentimos um pelo outro. No quanto nossa história é longa, ainda que só estejamos juntos de verdade há pouco mais de um ano. Nós começamos a namorar há pouco tempo. Mas nossa conexão... ah, ela já existia antes mesmo de nos darmos conta. 

Cada experiência que vivemos juntos há mais de 16 anos atrás, cada olhar, cada conversa, cada toque,  significaram muito pra mim. Só dela estar ao meu lado, só de ouvir a voz dela, sua risada, sentir seu cheiro, isso tudo já esquentava meu coração. Ela tinha o poder de me tirar do mau-humor e de me distrair de qualquer problema, isso eu estando em Mystic Falls e sendo um egoísta assassino em busca de poder. Mas Caroline era meu ponto de paz em meio ao caos.

E o amor que eu sentia por ela já nessa época nunca foi embora. Sempre esteve aqui. E olha que eu lutei pra tirar de mim. Até que desisti de tentar parar de amá-la. E foi assim que guardei Caroline no fundo da minha mente e do meu coração. Até que um dia tivéssemos alguma oportunidade de viver o que no fundo sempre quisemos. Eu e ela.


***


Depois de muito caminhar, finalmente cheguei ao lugar que eu queria. Uma casa pequena, mas até que bem conservada. Subi os degraus e bati na porta. Ninguém atendia. Bati novamente.

Vi a cortina na janela se mexer, e logo depois ouvi a porta sendo destrancada e se abrindo completamente, com um rangido.

Fui olhado dos pés a cabeça. Como se estivesse sendo julgado. Um sorriso vitorioso ocupava seu rosto, de orelha a orelha. Seu olhar era de puro prazer e ironia. 

Impulsos tomaram conta do meu corpo diante disso. Mas decidi me controlar. Era necessário.

Tomei coragem e falei primeiro.

- Preciso de ajuda.

O sorriso que ocupava seu rosto se abriu mais ainda, se isso é possível. Sua voz indicou que eu me arrependeria muito disso.

- Eu sabia que você um dia viria atrás de mim, Klaus.

Eu olhei seu rosto, se divertindo com a minha situação. Com o fato de eu estar ali, implorando algo. 

Depois de tudo o que vivemos num passado distante, eu estar em desvantagem, mesmo sendo infinitamente mais forte, significa vitória pra ele. 

E eu não podia voltar atrás. Eu realmente não podia.

Eu preciso muito da ajuda dele.

Do cara que eu jurei pra mim mesmo que odiaria até morrer. Que eu prometi que o mataria na primeira oportunidade quando ele apareceu na Escola Salvatore.


Eu preciso da ajuda de Spike.


Notas Finais


E aí, gente? Gostaram do hotzão? O que acharam? E essa bruxa, que agora está querendo se vingar de Willow? E essa história de Klaus procurar Spike?

Deixem seus comentários e até o próximo capítulo ❤


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