História .hug - Único; dentro do teu abraço.

Definitivamente, aquele não estava sendo o melhor dia da vida de Kenta​, o jovem mal havia acordado e já estava jogado na cama, chorando.

Havia fracassado em entrar na faculdade que queria. Kenta sempre teve a ideia de "não ser suficiente", e por não ter sido capaz de alcançar seu sonho, lá estava ele, enrolado no cobertor, com ar-condicionado fazendo daquele quarto um iglu, se culpando novamente.

Decidiu que iria sair - por mais que seu corpo o puxasse de volta para a cama -, pois não poderia ficar o dia inteiro lamentando-se naquela cama, aquelas lágrimas quase que o afogando. Ao sair de casa, sentiu o choque térmico do dia quente, ensolarado que o aguardava lá fora. Não era um garoto do verão, preferia ficar em casa assistindo a séries no gelado, enrolado em seu cobertor quente.

Não sabia que rumo tomaria, mas não se importava; havia saído para caminhar, certo? Então era isso que iria fazer, caminhar sem rumo algum.

A medida em que caminhava, sentia o suor descer pela sua testa, o dia estava realmente muito quente, e se arrependeu cruelmente de não ter trago uma garrafa d'água, estava morto de sede, sentia-se num deserto, sedento por água. Após muito cansado, sentou-se em um banquinho, tombando sua cabeça para trás enquanto recuperava o fôlego perdido.

Foi quando percebeu uma figura se formar ao seu lado. Um garoto alto, com uma máscara e uma plaquinha "Free Hugs" havia se encostado na parede ao seu lado. Kenta o analisou por alguns segundos, e logo levantou do banco em que estava. Eunki, por sua vez, assustou-se com o movimento repentino do moreno, mas não fez nada além de o encarar.

Kenta não disse nada e apenas abraçou o garoto da plaquinha. E por um instante, foi como se todos os problemas de Kenta sumissem, e aquela tristeza simplesmente desaparecesse. Sentiu seu coração ser aquecido, e não, não foi pelo calor que atingia a cidade de Seul naquele momento específico do dia, mas sim pelo abraço caloroso do garoto da plaquinha.

A diferença de 7 centímetros era visível naquele abraço, mas não importava muito agora em que ambos estavam imersos naquele abraço, que veio a calhar tão bem pelo momento difícil em que Kenta estava passando.

E eles, sem notar, ficaram longos minutos se abraçando naquela calçada. Minutos esses que foram poucos para melhorar o humor do japonês em 100%, e fazer Eunki se sentir feliz, por ver um sorrisinho​ sútil sair dos lábios antes tristes do mais velho.

Kenta sorriu largo para o garoto, e foi andando na direção oposta do menino, com um sorriso no rosto por estar voltando para casa num bom humor incrível. Ah, Kenta não era um bocó, ele tinha deixado sim, seu número no bolso da calça de Eunki.

E esperaria ansioso, pela mensagem do garoto da plaquinha.