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História Human Universe (Steven Universe) - Colônia


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Eu trago novidades.... além do retorno de HU (só lembrando que ainda não tem previsão para o próximo capítulo)
Aliás.. eu mudei meu nick de Mutekai para Franfersch, por que motivo?
Simples.. conheci uma pessoa que vai colocar a Morgana em tirinhas e eu estarei ajudando nos roteiros, ou seja, preciso de um nick para marcar de um jeito mais "profissional" portanto, podem chama de Fran ou ainda de Mutekai :3
Aliás.. assim que ele postar as histórias, estarei colocando os link para vocês <3
Bom... apreciem o novo capítulo XD feito com amor e carinho..
Perdoem qualquer erro ortográfico.. meio que não revisei o capítulo devidamente e.e

Capítulo 117 - Colônia


A noite pareceu ser bem mais longa do que eu esperava. Com muitos pesadelos, acordei várias vezes e na última delas, não consegui voltar a dormir. Apesar do sono, minha mente estava muito inquieta. Por que eu conseguia ver um velório? Sentia que minha irmã queria muito falar comigo.

Sentei na cama e olhei o celular, eram quatro da manhã e pelo visto recebi algumas mensagens. Olhei para o lado, checando se Gwen ainda dormia. Bom.. ontem a noite deixei ela dormir comigo, ela estava tão fofa, não deu pra resistir. Pelo visto, ela preferiu o tapete, nunca vi um sono tão pesado, cai da cama mas não acorda.

Puxei o cobertor e coloquei por cima dela. Saí do quarto, fui até a cozinha e peguei um copo de água, eu e minha mania de ler bebendo algo.

As mensagens diziam algo sobre diamantes, Leo, casamento, Pery, hospital, morte, estava tudo tão confuso, mas até que aqueles sonhos fizeram um pouco de sentido, era minha irmã tentando me comunicar. Parece que sua cria estava atrapalhando seus poderes. Só de pensar em ter filhos, já me subia um arrepio na espinha, nada contra crianças, mas... a maioria das vezes, faço elas chorar e ainda não entendo o motivo.

-Sem sono?- ouvi a voz manhosa e um rugido baixinho, confesso que soou fofo.

-Acordou cedo.- dei de ombros.

-Mo, eu não senti mais seu cheiro perto e fiquei preocupada.- sentou na bancada, cujo estava encostada.

-Me chamou de que?- olhei para a mesma.

-Me diz.. por que está fora da cama.- desviou o assunto, eu escutei o “apelido”, só queria confirmar mesmo.

-Tem coisas minhas no meu quarto, se é pra sentir o cheiro, deita na minha cama.- revirei os olhos, do jeito que a Gwen é, capaz dela surtar se souber que alguém morreu.

-Não muda de assunto. Estamos falando do seu precioso sono. Se você não dormir fica com uma cara de azeda.- fez careta.

-E já não tenho?- realmente não me preocupava com isso.

-Você fica doidinha, com dores e sei lá..- deu de ombros.

-Pra alguém que não sabe a diferença de uma banana de plástico e uma normal, você é bem observadora.- olhei de canto para a mesma.

-Não sabe mesmo elogiar né?- riu. -Por favor.. me ajuda a te ajudar. Sabe que sou desastrada, mas eu me esforço até fazer certo. Já aprendi até a varrer o chão.. lembra?- falou como se fosse uma grande conquista.

-Parece que o Leo foi encontrado morto, minha irmã quer que eu converse com a Pery. Pelo que entendi, Sapph está no hospital, com mais um princípio de aborto.- suspirei.

-Espero que a criança e ela fiquem bem.- falou com os olhos lacrimejando.

-Gwen.. calma, vai ficar tudo bem.- mesmo achando que não, queria deixar ela o mais estável possível.

-Eu quero brincar com sua sobrinha.- disse com um sincero sorriso aos lábios.

-Você vai brincar com ela.- acariciei o cabelo da outra, isso fez seu sorriso crescer.

-Você é muito legal.- saltou da bancada e me ergueu, levantando do chão.

-Menos contato físico.- reclamei, mas ela me ignorou.

A mesma girou e ajeitou minhas pernas, confortando meu corpo sobre seus braços, era como se eu fosse um bebê sem expressão alguma. Parece que aquela alegria toda dela, não tinha fim, seus olhos brilhavam enquanto a mesma me olhava. Acabei por sorrir de canto, não adiantava pedir pra ela me soltar, tenho certeza que essa teimosa ia me segurar.

-Não faça pose de durona, eu sei que você adora um carinho, talvez mais que eu.- olhou de uma forma tão meiga para mim.

-Vamos dar uma volta.- o rosto dela estava um tanto próximo ao meu, eu sabia que ela queria me beijar, mas tal fala a fez se afastar e me colocar ao chão.

-Tudo bem.- a voz dela soava baixo, eu sentia uma certa tristeza, sabia que ela ficou triste com aquilo.. mas eu não sei ser diferente, eu sou dessa maneira.

Fui para meu quarto, colocar minha roupa habitual. Uma blusa sem mangas bem solta, onde aparece bem minhas tatuagens. Uma calça cinza bem confortável pra lutar e coturnos negros, combinando com a touca. Estiquei os braços em frente ao espelho, quero estar pronta para lutar eu sentia que alguma coisa ruim iria acontecer.

-Estou bem?- me virei para ver a dona da voz.

A ruiva vestia uma camisa de duas cores, onde as mangas e a gola eram laranjas e o restante era branco, com três riscos laranjas no meio, lembrando garras. A blusa era um pouco mais larga, enquanto seu short era mais curto e laranja, ficava até metade da coxa e colado ao corpo, acentuando bem suas curvas, e bem.. posso dizer que as coxas dela eram bem definidas. Aos pés a mesma tinha um coturno, caramba, ela pegou minha mania de usar coturnos. Não posso esquecer das luvas em suas mãos, cujo deixava os dedos aparentes. Com certeza essa roupa será uma skin para a personagem que criei.

-Perfeito.- ao ouvir minhas palavras um enorme sorriso surgiu em seu rosto, mostrando seus dentes levemente afiados.

-Quase que esqueço.- pegou em cima da minha cômoda um elástico e prendeu seu cabelo em um rabo de cavalo.

Animada ela correu até a porta, a essa altura eu não queria sair de casa, mas precisava resolver algumas coisas. Respirei fundo antes de pisar para fora, Gwen já energética corria pelo corredor, de uma lado a outro, nunca vi alguém ter tanta energia logo ao acordar, acho que minha mente ainda estava adormecida.

Apesar de preferir o elevador, a insistência de certa ruiva me fez descer as escadas com ela, mas pra isso ela me levou em suas costas. Posso dizer que foi a única maneira dela me convencer, eu devia me exercitar mais.. acabei deixando de praticar um pouco de combate físico quando essa garota começou a morar comigo, talvez ela me faça sentir que isso não é necessário.. é mais fácil ser um relaxamento de minha parte, tenho que ser menos preguiçosa.

Sinceramente, nem sei pra onde estava indo, só segui a rua. Gwen estava muito contente, caminhando em passos largos e saltitantes, nunca a vi tão feliz, teria algum motivo especial?

Recebi um SMS com um mapa, pelo desenho feio e letra torta, tenho certeza que minha irmã que mandou sua esposa fazer. Havia uma mensagem dizendo que era o mapa encontrado em um computador no local onde Leo fazia o tratamento que o matou, provável que tenha algo que precise ser investigado. Respirei fundo, mandei uma mensagem perguntando como minha irmã estava e pelo visto parecia estar um pouco melhor e terá alta em breve. Me senti aliviada com isso, odiaria pensar em minha irmã mal no hospital.

Infelizmente estava com mal pressentimento, essa droga de mapa ia dar em uma campina com uma grama bem verde, próximo as colinas. Havia algumas árvores espalhadas, faziam uma boa sombra. Apesar de tudo, era uma área aberta demais, fora que ouvi falar sobre helicópteros nas redondezas. Isso é estranho.

-Olha o que eu peguei.- Gwen estava com um pássaro na mão.

-Solta ele.- reclamei.

-Mas e se tivermos fome? Vamos ter que caçar.- a mesma abriu a mão e deixou o bicho voar, porém o mesmo caiu.

Me aproximei do pequeno pássaro, o segurei e olhei ao redor.

-Onde achou?- perguntei.

-Aqui.- foi correndo até uma árvore, cujo olhei para a copa.

-Tem um ninho ali.- apontei. -Coloque ele lá, é só um filhote.- estendi a mão a ela.

-Claro.- disse animada, correndo para pegar o filhote.

Em um piscar de olhos ela escalou a árvore e colocou o animal no ninho.

-Desculpa querer te comer, eu só estava com medo de passar fome. Sabe.. a Morgana é bem durona, mas ela precisa comer também, você vai crescer e ficar bem forte como eu.- falou como se o pequeno animal pudesse entender.

-Vamos.- ela saltou da árvore e caiu em pé, correndo até meu lado.

-Morgana.- me chamou, olhei para a mesma. -Você pode ter essa cara de morta, mas eu te entendo.- deu um tapinha em minhas costas, que quase me derrubou. -D-desculpe..- falou sem graça.

-Estou bem.- revirei os olhos me endireitando.

-Err.. não vai dizer nada sobre eu te entender?- coçou a nuca, onde exatamente ela queria chegar?

-Só acho essa possibilidade improvável.- dei de ombros.

-Como assim?- disse com a voz alta, o que me fez parar de andar.

-Eu posso sentir exatamente como as pessoas sentem.. as vezes até pensar como as outras pessoas, é extremamente difícil ser apenas eu.. prefiro afastar tudo.. as vozes incomodam a minha mente.. as sensações incomodam meu coração.. simplesmente não sei se tudo isso parte de mim.. não tenho o que fazer pra mudar.. apenas sou assim.. e parece que isso afasta as pessoas.. portanto, minha necessidade de ficar sozinha vem à tona cada vez mais.- falei em um suspiro, ao olhar a ruiva, percebi seus olhos lacrimejando.

-É basicamente como me sinto... sentimento são confusos.. não sei o que estou sentindo.. viviam me dizendo pra sentir prazer.. sentir amor.. criei sentimentos artificiais minha vida toda.. acho que não sei o que é ter um sentimento de verdade... eu.. realmente te entendo, você não está sozinha, quero estar com você. Não pode se isolar, isso te deixa um pouco insana.- segurou minha mão, eu não conseguia reagir, só olhar aqueles olhinhos molhados, cujo escorriam por sua face sardenta.

Por alguns segundos fiquei olhando seus olhos brilhantes e seu sorriso delicado. Ela conseguia me confortar tanto. Como pode alguém com tão pouca noção do mundo, conseguir perceber tanto da minha personalidade. Meu coração batia apertado, eu estava em um terrível conflito interno, não conseguia entender o que estava sentindo, era tão confuso.. me sentia confusa.. Gwen era confusa.

Separei minha mão da dela e virei o rosto.

-Obrigado.- falei baixo.

-Ahh Morgana.- disse com voz chorosa e me ergueu com um abraço.

Nem adiantava eu pedir pra ela separar, sabia que a mesma não faria. Apenas fiquei calada até ser posta ao chão.

-Deve ser complicado.- disse olhando para o chão.

-Complicado?- me sentia um pouco confusa.

-Sei lá.. se afastar das pessoas por causa dos poderes.. já pensou em ter uma vida sem eles?- ergui uma sobrancelha.

-Acho que me acostumei tanto a ser assim que não desejaria ser de outro jeito, você não?- os olhos dela brilharam, assim como seu corpo.

O mesmo se expandiu e começou a engrossar, uma cauda e orelhas cresceram, foi questão de segundos para um enorme tigre estar em minha frente.

-Parece tão normal..- toquei ao focinho do animal, da última vez que ela se transformou, lembro do quão “irregular” essa forma era.

-Agora eu tenho um motivo para gostar dessa forma.- a voz grossa parecia rugir.

-Então não tem mais medo de se transformar?- segurei seus pelos macios e subi ao animal, montando a mesma.

-Mais que isso, eu aceitei quem eu sou.- começou a caminhar vagarosamente.

Sorri de canto, essa era uma resposta melhor do que eu esperava. Ela sempre tinha medo de perder o controle e com certeza não gostava de ser assim, mas pelo jeito, a fiz mudar de ideia. Parece que fiz isso com simples palavras, mas.. provável que não foi apenas isso.. sinto uma grande admiração vinda de parte dela, é como se eu estivesse a ensinando a ver o mundo com outros olhos, isso me dá uma enorme gratificação, a questão que não sabia responder era se a gratificação era realmente minha ou se ela se sentia grata pela ajuda.

Ainda é difícil de acreditar que depois que a Amber me tornou mais aberta, nem que seja pouco a mais, eu tenha ficado mais fechada e muito mais confusa perante minha habilidade de empatia aumentada. Não sabia se estava com raiva dela por conta disso ou simplesmente com raiva de mim por confiar em alguém que deixou um buraco dentro de mim. Espera.. por que ainda penso nela?

De susto abri meus olhos. O pelo dela era tão macio que adormecei. Olhei no celular o horário, já era quase meio dia.

-Estou com fome. Vamos caçar?- reclamou o tigre ainda caminhando.

-Onde estamos?- olhei ao redor, eram muitas árvores, e havia o barulho de um rio.

-Acabei de saltar por cima do rio.- comentou.

Olhei o mapa no celular, após o rio havia um círculo gigante e um tipo de “x” vermelho. O que seria esse círculo?

-Eita.. olha só essa montanha.- Tigress parou bem em frente a uma montanha bem alta, era muito grande para dizer se é arredondada, até que a tigresa deu uma patada fraca na mesma. -É de metal.- o som deixava isso claro.

-Deve ter uma entrada próximo.- olhei ao redor procurando algum sinal.

Tigress começou a farejar o chão e caminhar lentamente, com certeza ela detectou algo, assim fica moleza. Ela não andou muito, logo parou em frente a um painel, tinha algum tipo de senha.

-Você sabe a senha?- perguntou enquanto eu descia da mesma.

-O velho truque dos números apagados, só acertar a sequência.- dei de ombros, havia quatro números cujo não davam para enxergar.

Apertei algumas sequências e no painel apareceu um erro. Fui tentar outro número, mas parecia que o mesmo estava travado, até que ouvi um barulho de disparo. Ao olhar para trás vi a tigresa saltando na minha frente e um pouco de sangue pingar no chão.

-O que houve?- corri até a mesma, cujo estava deitada ao chão.

-Parece que quando errou o código aquela arma ativou.- falou baixo.

-Gwen.. olha pra mim.. você vai ficar bem.- levei a mão próximo a ferida, o sangue escorria por seus pelos.

-Mo.. você está bem?- perguntou.

-Bem?- olhei para mim, a lateral da minha barriga estava ensanguentada, será que a adrenalina era tanta que não senti dor?

A pior parte de ver o ferimento só depois, é que ele começa a doer e incomodar. Ergui um pouco a blusa, estava rasgada ao lado, com certeza foi só de raspão. Como será que não percebi um tiro desses?

-Olha.. relaxa, você vai ficar bem tá? Sofreu o maior dano.- tirei minha camisa cheia de sangue e segurei na ferida.

-Mo.. olha.. eu me curo mais rápido que você.. em minutos eu estarei nova em folha.. cuide do seu ferimento.- me empurrou com seu enorme focinho.

-Eu vou ficar bem, foi só um arranhão.- cismei em me aproximar.

-Vai lá.. descobre o código.. e destrói essa colônia.- me empurrou com força, fazendo com que eu caísse sentada.

-Colônia? O que sabe desse lugar?- me levantei.

-Aqueles símbolos no chão e perto do painel são familiares.. tudo o que sei é que me machucavam aqui.. me obrigavam a virar isso.. e me espetavam.. eu não lembro de muita coisa.- falou com a voz falha.

-Descanse, irei descobrir esse código.- respirei fundo.

Aproximei do rosto dela, levei a mão acima de seu focinho e o acariciei lentamente, tentando deixar a mesma o mais calma possível. Assim que seus olhos se fecharam, fechei os meus junto, seria a hora de fazer uma viagem por sua mente. Espero que consiga localizar o código em algum lugar.


Notas Finais


O que acharam do capítulo? Altas tretas vão começar.. muahahaha.
Além do Topaz e Silver, que parte ficou "pendente" (fora a história principal)?

Agradeço a todos por lerem.. que quiser me seguir no TT, fica a vontade <3
https://twitter.com/Mutekai_Kuragon

Quem quiser participar do grupo no Discord só acessar:
https://discord.gg/d8Q4VJK

Bjos a todos e mto obg por todo o apoio XD


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