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História Hunter - HIATO - O Perigo Vem de Cima - Parte 1


Escrita por: OldHunter

Notas do Autor


Me desculpem pela demora... Eu realmente n tenho desculpas mais elaboradas.

Nota: Tive que dividir o capítulo para não ficar muito grande.

Capítulo 8 - O Perigo Vem de Cima - Parte 1


Hunter

Capítulo 8 -> O perigo Vem de Cima - Parte 1

Era uma noite fria como as outras, nada acontecia além do cotidiano com os habitantes da vila de Long Hill. Bernard trazia, junto de sua fiel cadela Bessie, o resultado da caçada noturna. Eram cervos e pequenos coelhos que dariam pele para boas botas e casacos, e também carne para um bom ensopado. Caçar à noite não era recomendado por ninguém devido às criaturas que espreitam pela escuridão, no entanto, isso não era um problema para Bernard que com muita experiência conseguia evitar o perigo. Ele puxou um pequeno carrinho de madeira que carregava os animais e de lá pegou um coelho para pendurar e esfolar. Ele estava nos fundos de sua cabana, era um lugar calmo e com iluminação, ele pegou uma lâmina para esfolar o coelho, porém algo chamou sua atenção. Era Bessie, ela não parava de latir para a floresta. Bernard olhou para as árvores através das cerca, não havia nada lá.

- Bessie! Está tudo bem, para de latir! - Bernard disse.

A cadela não parava de latir e rosnar para o nada é isso não era um comportamento comum dela. Bernard apenas ignorou e continuou a esfolar o coelho. Bessie inquieta foi correndo para o local e pulou a cerca, sumindo no meio da mata. Bernard se virou procurando pela cadela, ele só conseguia ouvir os latidos dela se afastando até que eles cessaram.

-…. Bessie! - Bernard estava ficando preocupado.

Ele largou o coelho e foi na direção das árvores e arbustos com a lâmina em mãos, alguns passos e ele cruzou a cerca de madeira. Os ventos sopravam pelo lugar fazendo as folhas balançarem, mais alguns lentos passos e ele já se encontrava na frente dos arbustos. Com o coração acelerado, ele engoliu o seco e se inclinou para frente espiando entre as árvores… Suas pupilas se contraíram de terror quando ele avistou Bessie, ou o que restou dela… Um caminho vermelho se formava com o sangue e as entranhas do animal… Ele acompanhou o rastro e percebeu uma movimentação estranha nos arbustos... Um fraco brilho roxo emanava do rosto do que aparentava ser um pássaro, mas era maior que um leão... Aquele fraco brilho roxo revelava deformidades no rosto daquela criatura, até que os olhos se viraram na direção de Bernard... Naquele momento ele não conseguia gritar, um arrepio subiu pelo seu corpo e ele rapidamente recuou… Bernard se virou para correr, mas logo atrás dele a criatura saltava e com um enorme impacto tudo escureceu…

Na vila dos caçadores

Matthew e Damien estavam na taverna, Adrien e Helena já estavam no dormitório. Damien ainda bebia enquanto Matthew olhava pensativo para a mesa.

- O que houve Matthew? - Damien perguntou.

- Essa história de súditos e do pai de Adrien, algo não está se encaixando… - Disse Matthew.

- Seja lá qual for o motivo, eu acho que não devemos nos intrometer. O garoto está seguro conosco, e eu tenho certeza que eles não sabem sobre essa vila.

- Eu não consigo entender… Por que um súdito iria tão longe a ponto de por vidas inocentes em risco?

- Bom… A mansão queimou e eu acho que aquele súdito não estava usando sua farda.

- O que quer dizer?

- Por mais que seja óbvio para nós que aquele cara que o Adrien encontrou era um súdito, não seria meio estúpido para um deles vir até uma vila com a sua farda real e fazer todo aquele estardalhaço?

- Você está sugerindo que ele queria atrair o Adrien para matá-lo sem que as pessoas soubessem que o rei ordenou?

- Exatamente, o fato dele ter descoberto que o Adrien era um caçador tem alguma coisa haver com sua habilidade, e ele usou isso para nós atrair até lá.

- Hum… Os pesadelos estavam com um comportamento estranho… E nos seus olhos havia um brilho roxo incomum.

- Deve ser isso, a habilidade dele devia o permitir controlar as criaturas amaldiçoadas.

- Uma habilidade útil dessas… Quanto tempo você acha que vai demorar para que eles percebam a morte dele?

- Não muito, e se for o caso…

- Significará problema para nós…

Matthew ficou com um olhar mais preocupado.

- Ei! Eles não vão achar nossa vila! - Damien disse.

- Tem algo grande, muito maior que todos nós por trás disso, eu consigo sentir… Eu temo isso que seja inevitável. - Disse Matthew.

- Se algo acontecer nós lutaremos! É isso que os caçadores sempre fizeram!

Matthew se levantou da cadeira.

- Eu vou descansar um pouco, recomendo que você também vá. - Disse Matthew.

- Bobagem! Uma ressaca não vai conseguir me derrubar! - Disse Damien.

- Hmpf… Então continua enchendo a cara. - Matthew brincou.

Manhã do dia seguinte

Matthew já estava acordado, o resto ainda dormia, principalmente Damien depois de uma noite de bebedeira. Ele entrou na cabana dos pássaros para verificar se alguma outra vila havia os contatado, e para sua surpresa, havia um corvo descansando sobre o poleiro. Ele gentilmente retirou um pequeno papel embrulhado que estava amarrado em seu pé e então liberou a ave, que voou para fora dali. Ele abriu o papel e leu a mensagem:

"Encontramos o corpo de um morador próximo às cercas, por favor, venham rápido."

Ao ler aquelas palavras Matthew se apressou para acordar os outros. Matthew abriu a porta do dormitório da vila, haviam várias camas e criados mudos pelo local, mas apenas os caçadores estavam dormindo lá.

- Ei! Acordem! - Matthew disse.

Adrien e Helena acordam imediatamente com o barulho, enquanto Damien nem se mexia.

- Eu disse para acordar! - Matthew se aproximou de Damien.

- Não vai adiantar… Ele bebeu muito ontem à noite. - Helena disse esfregando seus olhos.

- "Uma ressaca não vai conseguir me derrubar!", ele disse, pelo visto ele vai ficar de guarda… - Matthew disse.

Adrien se levantou da cama.

- O que aconteceu? - Adrien questionou.

- Nós recebemos outro chamado, só que dessa vez não teve reféns. - Matthew disse.

- Alguém morreu. - Adrien perguntou.

- Sim, na carta dizia que um corpo foi encontrado. - Matthew disse.

- Mas o quê? Eles não sabem que não devem ficar perambulando pela noite? - Helena disse.

- De um jeito ou de outro devemos investigar, foi em Long Hill.

Eles foram até a ferraria, onde Heide estava com seus trajes costurados.

- Obrigado Heide. - Disse Matthew pegando as roupas.

- Só tentem não fazer muitos buracos nas roupas tudo bem? - Heide disse sorrindo.

- Como se isso fosse fácil de evitar. - Disse Helena.

Todos se equiparam e partiram para o novo serviço.

- Ei Matthew, esse garoto já descobriu a habilidade dele? - Perguntou Helena.

- Oh, eu não havia perguntado antes. - Disse Matthew.

- Minha habilidade? - Perguntou Adrien.

- Quando alguém recebe o sangue de uma encarnação ou de um demônio completo, essa pessoa adquire habilidades especiais assim como aqueles que foram iluminados por anjos. - Respondeu Matthew. - Por exemplo, eu posso controlar os metais com meus poderes e a Helena consegue fazer fios surgirem da ponta de seus dedos.

- Eu não tenho certeza, mas eu acho que quando eu estava prestes a ser atingido pelo súdito, uma imagem de mim mesmo saiu do meu corpo. Eu simplesmente pensei em agir e essa imagem apareceu e por algum motivo, o súdito disparou contra a imagem. - Explicou Adrien.

- Hum... Então deve funcionar como um chamariz. Tente nos mostrar. - Disse Matthew.

Adrien pensou na imagem saindo de seu corpo, mas mesmo insistindo ela não vinha.

- Eu estou tentando… mas de alguma forma eu não estou conseguindo... - Disse Adrien frustrado.

- Você disse que ele estava prestes a disparar contra você, então podemos presumir que ela apareça apenas quando você está em perigo. - Disse Helena.

- É uma boa teoria, e se for verdade, vai ser bem útil. - Disse Matthew.

Eles continuaram pelo caminho e Adrien sentiu que estava ficando difícil de respirar. Matthew notou a respiração de Adrien.

- Não se preocupe, essa falta de ar é natural. Pode não parecer, mas nós estamos subindo um pouco, essa geografia complicada pega muitos viajantes de surpresa. - Disse Matthew.

- Os cavalos não sentem isso? - Perguntou Adrien.

- Eles estão acostumados com isso, e aliás, é um sinal de que já estamos chegando.

- É melhor você se acostumar logo com isso, não vai querer ficar cansado quando precisarmos lutar. - Disse Helena.

Após alguns minutos eles se depararam com uma fortaleza e um enorme portão feito de toras de madeira, era a entrada da vila. Um homem que estava em pé na torre da fortaleza percebeu os caçadores.

- Abram o portão! - O homem gritou.

Os grandes portões lentamente se abriam revelando o interior da vila. Haviam muitas pessoas próximas ansiosas pela chegada dos caçadores. Eles entraram a vila com os seus cavalos e os amarraram em uma cerca, na distância, um homem alto vestindo roupas de couro se aproximava.

- Finalmente chegaram, meu nome é Sebastian, eu sou o ferreiro daqui. - Disse ele cumprimentando Matthew.

- Eu sou Matthew, esses são Adrien e Helena. - Matthew apontou para os dois. - Vamos direto ao assunto.

- Tudo bem, me sigam, eu lhes mostrarei o corpo.

Os três seguiram Sebastian, pelo caminho da vila, Adrien olhava ao redor, haviam homens, mulheres e crianças com olhares misturados de medo e confiança, confiança essa que era toda depositada sobre os caçadores. Eles continuaram até chegar em uma cabana de madeira, espiando pela janela podia ser visto uma mulher sentada em uma cama chorando.

- Aquela é a esposa de Bernard… Ela ainda está muito chocada com o acontecido. - Disse Sebastian.

Eles foram até os fundos, onde haviam mesas de madeira e ferramentas de corte. Eles atravessaram uma cerca e entraram no meio de arbustos. Eles se depararam com os cadáveres, a parte de baixo do homem havia sido arrancada e alguns de seus órgãos estavam expostos. A nuca dá cadela estava despedaçada e sua coluna estava exposta.

- Nós descobrimos os corpos hoje de manhã, eu não tenho certeza o que os atacou, mas temos sorte de que não atacou ninguém mais da vila. - Disse Sebastian. - Bernard era um exímio caçador, eu não entendo como ele foi morrer desse jeito.

- Não se preocupe, nós vamos encontrar o que fez isso com ele, deixe o resto conosco. - Disse Matthew.

- Tomem cuidado.

O ferreiro deixou os arbustos. Os cadáveres fediam e muitas moscas voavam ao redor.

- Droga… Isso tá feio. - Disse Helena.

- O que você acha que fez isso? - Perguntou Adrien.

- Os dois cadáveres não apresentam nenhum sinal de luta, os olhos do homem estão fechados e nenhuma outra parte do corpo foi ferida… Com certeza não foram lobos... Eu acho que isso foi feito por apenas uma criatura. - Disse Matthew.

- Uma criatura sozinha fez esse estrago? - Disse Helena.

- Uma bem grande... - Matthew se ajoelhou e tocou no rastro de sangue que havia no chão. - Vamos seguir o cheiro de sangue e descobrir onde se escondeu.

Matthew concentrou seu olfato e conseguiu achar o rastro do fedor.

- Me sigam. - Disse Matthew.

Eles se aprofundaram pela mata, era um caminho complicado, mas o rastro ainda estava claro. Adrien reparava ao seu redor algumas árvores com marcas de cortes e pegadas no chão.

- Matthew, olha isso. - Adrien apontou para as árvores.

Matthew se aproximou para analisar a árvore, estava arranhada, mas também havia um estranho padrão de furos.

- Não da para perceber pelos cortes, mas esses furos… Três encima e um logo embaixo, muito similar a um pé de uma ave. - Disse Matthew.

- Mas olhe para as pegadas bem próximas dessa árvore, elas não batem com as de uma ave. - Disse Helena.

- Tem razão, olhando de perto parecem até pegadas de… Um leão... - Disse Adrien.

Matthew se levantou preocupado.

- Espera… Mas não é possível! O Damien tinha dito que estava morto! - Ele disse.

- Do que você está falando? - Helena perguntou.

- Morto? Você se refere ao grifo que Damien mencionou? - Disse Adrien.

- Esse mesmo, essas pegadas só podem ser de um grifo, eu não acredito que esteja vivo.

- Acalme-se Matthew, nós devemos o encontrar rápido e matar. - Disse Helena.

- Tem razão, vamos seguir o cheiro, talvez ele ainda esteja por aqui. - Disse Matthew.

Eles continuaram seguindo o cheiro de sangue, mas a cada passo ele ficava mais fraco, até que eles se depararam com um lago que caía de uma enorme cachoeira e separava a floresta.

- Droga, o cheiro para aqui. - Disse Matthew.

- Ele deve ter atravessado a água e se livrado do cheiro. - Disse Helena.

- Então onde ele está? - Perguntou Matthew.

- Damien disse que o encontrou em uma caverna perto daqui, ele provavelmente está em um lugar alto. - Disse Matthew.

- O que faremos? - Perguntou Adrien.

- Vamos montar uma armadilha, procurá-lo e o atrair para ela. - Disse Matthew.

Eles atravessaram o lago com cuidado e voltaram para a floresta.

- Aqui é um bom lugar, Helena, prepare a armadilha. - Disse Matthew.

- Tudo bem. - Disse Helena.

Helena estendeu sua mão e puxou fios muito pequenos que saíram da ponta de seus dedos. Ela então foi amarrando os fios de árvore em árvore, cercando a área.

- Como esses fios vão ajudar? - Perguntou Adrien.

- Eles parecem frágeis, mas na verdade são super resistentes, a habilidade de Helene faz com que esses fios possam se extender sem nenhum limite e ela também pode mudar a textura deles. - Disse Matthew.

- Eu deixei os fios mais finos, mas também aumentei a resistência, se o grifo passar por aqui ele vai se cortar sem perceber o que aconteceu e nós poderemos atacá-lo. - Disse Helena cortando os fios de seus dedos e amarrando na última árvore.

- O plano é o seguinte, assim que ele chegar aqui, nós vamos arremessar as nossas cordas nele para prendê-lo, e assim que ele se cansar, um de nós vai dar o golpe final. - Disse Matthew.

Eles continuaram a procurar pela área, a grande vegetação tornava o trabalho mais difícil. Adrien percebeu barulhos estranhos ao seu redor e se virou procurando de onde vinham. O vento soprava as folhas das árvores e arbustos, era quase impossível saber se tinha algo realmente ali. Passando pelas árvores, Matthew percebeu uma vegetação incomum vindo em o que parecia ser uma rocha. Ele parou para inspecionar de perto e notou que havia uma passagem ali, era a entrada de uma caverna.

- Pessoal, acho que encontrei. - Matthew falou em baixo tom.

Eles entraram na caverna escura e profunda, haviam folhas espalhadas por todo o lugar, assim como carcaças de animais pequenos por todo o lugar.

- Isso aqui com certeza não é o ninho dele. - Disse Helena.

- Tem razão, eles costumam fazer ninhos em lugares altos… Se não tem ninho, provavelmente o grifo que estava aqui era uma fêmea. - Disse Matthew.

- Como você sabe? - Perguntou Adrien.

- É mais comum que o macho faça o ninho, e Damien encontrou o grifo em uma caverna, então é a conclusão mais óbvia. - Matthew respondeu.

Eles andaram pela caverna com cuidado, mas não havia sinal nenhum de que o grifo estava lá.

- Droga… Ele não está aqui… - Disse Helena.

- Talvez em outro lugar, quer dizer, devem ter muitas cavernas por aqui. - Disse Adrien.

Matthew escutou um som distante de pingos de água.

- Esperem um segundo. - Disse Matthew.

Ele seguiu o som até que parou em uma parede, o som estranhamente vinha de trás dela, observando de perto ele percebeu uma iluminação fraca que vinha de uma pequena fenda, era a luz se refletindo na água. Havia água do outro lado da parede, Matthew tinha que procurar um jeito de chegar lá.

- Tem água do outro lado dessa parede. - Disse Matthew.

- Mas como? - Perguntou Helena.

- Nós vamos descobrir.

Matthew olhou para cima e encontrou uma pequena passagem na parede.

- Por aqui, eu vou ajudo vocês a subir. - Disse Matthew.

Ele se encostou na parede e juntou suas mãos para impulsionar Helena e logo depois Adrien. Quando os dois chegaram do outro lado, se espantaram com o que viram.

- Matthew! Você tem que ver isso! - Disse Helena.

Matthew então fez todas as partes que tinham metal de sua roupa levitarem para que ele pudesse agarrar o topo da parede, ele escalou e caiu para o outro lado.

Aquele lugar era muito mais espaçoso que o resto da caverna, havia uma enorme abertura no topo, que fazia com que a luz e água entrassem. A água caía como uma cachoeira e formava uma funda piscina natural dentro da caverna. No entanto o que havia perante eles não se tratava de uma piscina natural. A água estava em grande parte coberta por sangue, vísceras e outros fluídos... E boiando sobre ela haviam cadáveres de éguas, haviam graves lacerações em suas pernas e genitais, o cheiro era insuportável.

- Éguas, por que um grifo traria éguas para esse lugar? - Perguntou Adrien.

- Éguas... Parece que estávamos enganados quanto ao grifo ser uma fêmea. - Disse Matthew.

- Mas por quê? - Perguntou Helena.

- Em casos raros, um grifo tentaria acasalar com uma égua para gerar um hipogrifo. - Disse Matthew.

- Hipogrifo? São misturas de águias com cavalos? - Perguntou Adrien.

- Exatamente, e parece que é o que ele estava fazendo, ou tentando ao menos.

Os três foram pegos de surpresa quando algo caiu no meio daquele mar de sangue, espirrando aquele amontoado visceral por toda a parte. A água estava turbulenta e no meio dela emergia a cabeça decepada de uma égua. Um grito estrondoso os fez tapar seus ouvidos, uma criatura descia dos céus e pousou no chão na frente deles. Era o grifo, mas sua aparência estava deformada e putrefata, seu bico estava rachado, haviam enormes cicatrizes em seu corpo pálido e seus olhos emanavam um brilho roxo. O grifo rugiu novamente e avançou para os três.

- Cuidado! - Matthew gritou se esquivando.

Matthew e Helena desviaram, mas Adrien foi pego pela investida da fera, que o pressionou contra a parede rochosa. Adrien sentiu uma dor imensa em suas costas com o impacto, o grifo estava bem na sua frente, ele tentou sacar sua espada mas o grifo agarrou seu braço com o bico e o apertou. Os dentes serrilhados do grifo estavam estraçalhando a carne e apertando os ossos do braço de Adrien que gritava em dor.

- Adrieeen!!! - Matthew gritou e sacou sua espada.

Ele saltou para o atacar pelas costas, mas o grifo percebeu e rapidamente saltou para trás sem soltar Adrien. O movimento fez com que o grifo derrubasse Matthew no chão. O grifo balançava Adrien freneticamente, o impossibilitando de se defender. Adrien já sentia os dentes do grifo apertando seus ossos, ele tinha que fazer algo para se soltar. Em meio ao desespero ele puxou a adaga que estava em seu cinto com a mão que estava livre e cravou ela na cabeça do animal. A adaga não perfurou muito fundo, mas foi o suficiente para fazer o grifo largar Adrien, que caiu no chão.

Adrien arfando de dor segurou seu braço que sangrava sem parar. O grifo se preparava para atacar Adrien novamente, mas Helena sacou sua balestra e disparou duas flechas em seu pescoço. Os músculos do grifo eram muitos grossos, isso fazia com que as flechas não fossem fundo. A criatura se virou furiosamente para Helena e saltou sobre ela, a jogando no chão. Helena tentou se recuperar, mas o grifo ficou por cima dela e agarrou seu ombro com o bico.

Helena gritava de dor, ela não conseguia alcançar sua espada com o grifo por cima.

- Droga! Helena!! - Matthew gritou.

Ele correu e saltou sobre o grifo, o perfurando nas costas com sua lâmina. Matthew usava todo o peso de seu corpo para perfurar o corpo do grifo, que se debatia de dor. A fera abriu suas asas e deu um salto enorme para trás, fazendo Matthew soltar sua espada. O grifo caiu na água com Helena e nadou até o fundo, ele soltou seu ombro e pressionou suas patas contra o corpo de Helena, prendendo ela no chão. Helena resistia com todas as suas forças, mas era inútil debaixo da água, seu fôlego estava acabando e a visão escurecia, até que ela desmaiou.

- Droga! Adrien, nós temos que ajudar ela agora! - Disse Matthew.

O desespero se instaurava, a vida de Helena estava em risco, o que se sucederá desta intensa batalha?

Capítulo 8 -> Fim.

Continua...


Notas Finais


Espero que tenham gostado, nos vemos no próximo capítulo!


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