Yoongi e Hoseok voltaram às seis pro hotel luxuoso após o dia com representantes e diretores de várias marcas importante, desde fabricantes de peças à próprias fabricantes de veículos, havia sido um dia muito produtivo profissionalmente
Iriam descansar um pouco e às nove estariam novamente de saída pra exposição, real motivo de estarem ali na Tailândia
— Esse sapato tá me matando — Hoseok resmungou entrando no quarto com Yoongi logo atrás — Taehyung? Querido?
— Porque está tudo apagado aqui ?! — Yoongi estranhou, já acendendo as luzes da cobertura — Taehyung?
— Ele não está — o mais novo voltou ao checar o quarto e não encontrar o esposo
Yoongi olhou no relógio caro no pulso, já era início de noite, já estava escurecendo e Taehyung não estava no hotel, um ômega sozinho a noite num lugar desconhecido e perigoso, visto que a fama de Bangkok com tráfico de ômegas é famosa, suspirou realmente preocupado e ansioso, angustiado
— Aonde ele deve ter ido ?
— Eu não sei, ele ficou realmente irritado por termos saído, você sabe que ele é explosivo — Hoseok já discava o número do esposo
— Taehyung ainda age como um adolescente de dezenove anos e não como um adulto de quarenta e cinco — ralhou o mais velho
— O Taehyung é assim, Yoongi, é como ele é — suspirou frustrado quando a chamada caiu na caixa postal
— Mimado, mimou as crianças e olha o que deu, Xiaojun é um irresponsável, Yang é mais dependente do que deveria ser e Sicheng até foi embora pra fugir das loucuras dele
— Ya, não fala assim, se Taehyung é assim também é culpa nossa que o mimamos demais, não adianta ficar irritado agora, hm – rolou os olhos, mais preocupado com o sumiço de Taehyung do que com o mal humor e revolta do marido alfa
Não discordava que Taehyung é mimado, ele é, mas também tinha total ciencia de que tinham uns 75% de culpa daquilo, sempre mimando o ômega, o deixando fazer suas pirraça, sempre sedendo, então quando não cediam Taehyung apontava uma, e agora ele estava sabe Deus onde e não era momento pra discutir isso, era assim a mais de vinte anos, não ia mudar, já era algo enraizado em Taehyung, na relação
— Olha a irresponsabilidade dele, praticamente noite e ele por ai sozinho, não entende o celular
— Ya, vou pedir para os seguranças irem nos principais pontos turísticos vê se o acham — Hoseok avisou, já saindo pra fazer o que disse
O mais velho se sentou no sofá, resmungando enquanto afrouxava a gravata e pegava o celular pra ligar novamente
Tão ranzinza quanto se espera de um alfa na terceira idade
Tocou o peito quando sentiu uma pontada esquisita e dolorosa ali, que lhe fez deixar o celular cair no chão de carpete polido, ficando pálido por um momento
— Ai — exclamou, sentindo uma pressão ali na região do coração, algo que nunca tinha se ntido antes
Tirou o paletó, a gravata e abriu a camisa social, repousando a cabeça no encosto do sofá, respirando fundo e se recuperando, sentindo a dor das pontadas cessando
Taehyung e sua família maluca iam lhe matar de preocupação, ah iam sim
↬ ♡ ↫
Xiaojun pegou um copo de café na máquina, voltando lentamente para o quarto do hospital em que Jungwoo dormia após uma dose leve de anestesia local para imobilização do braço com a tala, o ômega acabou adormecendo devido a exaustão da situação
Parou próximo ao pé da maca, observando o ômega frágil e pequeno com cabelos laranjas, olhos inchadinhos e bochechas levemente rosadas, tão bobo e frágil chorando na hora de ter o braço examinado pela ortopedista e lhe apertando a camisa com a gordinha como se aquilo lhe passasse algum tipo de força
Jungwoo não era tão magro como outro ômegas normalmente são, ele era mais cheinho, fofo, a mãozinha tinha carne como a de um bebê, a bochecha era cheinha e facilmente rosada, a coxa e bumbum consequentemente mais farto também, era atrativo, não podia negar a nitida beleza do ômega
Talvez esteja reparando mais nesses últimos meses morando juntos
Se aproximou, se sentando mais ponta da cama e deixando o copo com café e o saco de papel pardo com sanduíche dentro na cômoda ao lado, tocou o edredom cobrindo melhor, o protegendo do frio do forte ar condicionado do quarto hospitalar, tomando cuidado com o braço recém tratado
JungWoo se remexeu, choramingando um pouco, abrindo os olhos devagar, estavam pesados, tão sonolento
Adorável
— Hey, dorme um pouco mais ... Pode dormir — tocou o rosto do mais novo, num carinho singelo
— Quero ir para casa — Woo murmurou baixinho, ainda despertando
— Tudo bem então, vou falar com a doutora e já vamos, ok ?! — JungWoo assentiu e Xiaojun se levantou, o checando mais uma vez antes de sair do quarto
O ômega tinha quebrado o braço mas Xiaojun estava preocupado como se tivesse a beira da morte, nem sabia de onde vinha toda essa preocupação, esse zelo, não era do seu feitio mas surpreendente algo dentro de si lhe fazia se importar demais com o aquele ômega
JungWoo ganhou alta após a médica o checar uma última vez e receitar algumas coisas como anti inflamatório, analgésicos, uma dieta mais saudável e com alimentos bom para calcificação óssea pra ajudar o osso quebrado a se fixar novamente no lugar
O som do alarme do carro soou na calçada e as luzes dos faróis acenderam e logo a porta do carona foi aberta pelo alfa, que ajudava o ômega a andar como se o mesmo tivesse quebrado a perna invés do braço
— Vem, senta aqui — Xiaojun ajudou o ômega a entrar no veículo — Fica aqui um minuto, eu já volto, come
Xiaojun deixou a sacola com sanduíche no colo do ômega, fechando a porta e caminhando apressado até o hospital novamente
Jungwoo suspirou cansado, vendo o alfa logo sumir, estava noite e foi fácil o perder de vista, abriu a sacola e o cheiro bom de sanduíche de frango lhe lembrou que estava com fome, pegou o lanche com a mão do braço bom, comendo devagar enquanto observava pelo parabrisa o movimento agitado de pessoas indo e vindo na entrada do hospital, com a cabeça à mil
— Boa noite — Xiaojun pigarreou, chamando a atenção da recepcionista do hospital
— Boa noite, senhor, no que posso ajudar?
— Vim pagar a conta de um paciente
— Nome, por favor — pediu, já mexendo em algumas coisas no computador
— Kim Jungwoo
— Vou imprimir pro senhor, qual a forma de pagamento?
— Cartão
Xiaojun batucou os dedos no mármore da bancada enquanto a recepcionista fazia o que deveria ser feito e logo a máquina de impressão fez barulho imprimindo a folha de pagamento
Era como um boleto, com tudo que Jungwoo tinha feito e medicamentos tomados e ao lado o valor e no final a soma total
— Aqui está — a folha foi entregue ao alfa no balcão, junto a máquina de cartão
Xiaojun pegou a carteira e o cartão, passando e fazendo todo processo de praxe, assinou na linha indicada nas folhas necessárias
Havia ido praticamente tudo que tinha conseguido tirar de Taehyung, o hospital era realmente caro, os exames, o gesso, mas nada disso importava e sim a saúde do se-, do ômega
— Voltei — Xiaojun abriu a porta do carro, entrando rapidamente — Está bem de verdade ? Podemos ir pra casa?
— Sim é tudo que eu mais quero, ir para casa — suspirou, se sentindo exausto
— Vamos então — Xiaojun ligou o veículo, saindo dali rapidamente
— Acho que nossa viagem de final de semana babou — JungWoo lamentou, observando o próprio braço
— Ah, que isso .... Não, não — o alfa negou sacudindo a cabeça — Nós vamos sim, você quer ver seus pais e de qualquer forma quem vai dirigir sou eu, você só precisa ficar quietinho
— Mesmo? — perguntou incerto e Xiaojun assentiu — Você é muito fofo, Junnie
Xiaojun deu uma risadinha, era a primeira vez que lhe chamavam de fofo daquela forma, genuína e carinhosa, que tocavam seus cabelos num carinho singelo, lhe fez querer chorar porque.... era bom
— Você é a única pessoa que acha isso, sabia?!
— Talvez você só devesse deixar as pessoas conhecerem esse Junnie
— Talvez esse Junnie não seja pra todos
↬ ♡ ↫
— Senhor Jung, o senhor está bêbado
— Não tô nada — Taehyung tentou se desvencilhar do braços fortes do alfa, mas estava realmente alcoolizado demais para isso — Me solta, eu quero ver os macacos — gritou se debatendo e o alfa lhe soltou
— O senhor tem que ir para o hotel, já é noite, seus maridos devem estar preocupados — Yibo o acompanhava, preocupado com a situação do ômega que andava cambaleante
— Eles não ligam para mim, meus filhos não ligam para mim, ninguém liga
— Isso não é verdade, senhor — o mais novo seguia o ômega rua abaixo, carregando a bolsa que Taehyung tinha deixado pra traz ao sair bêbado do restaurante
Taehyung cismou que queria ir até o final do quarteirão, na praça turística aonde havia um bando de macaquinhos típicos das ruas tailandesas, os animais eram sagrados na cultura e viviam livre pela ruas
E agora o ômega estava descendo pela rua a pé e cambaleante, sendo seguido pelo motorista
— Veja, o senhor tem tudo que qualquer um pode querer — Wang tentava levar o ômega de volta para o hotel, queria o deixar em segurança com os maridos e ir embora, nunca mai ver aquele belo ômega — Seus maridos são bons, não ?!
— Ta falando disso ?! — Taehyung tirou o colar bonito, a jóia realmente cara foi removida em um só puxão pelo próprio ômega — Disso ? Disso ?
O moreno tirou os belos e delicados anéis que tinha nos dedos longos, sempre muito bonito, jogando tudo no chão como se não fosse de uma grande marca de joias, como se não fossem extremamente caros cada um deles, a única coisa que não foi tocada foram as alianças
— Pode ficar pra você, eu não me importo com isso — Taehyung voltou a andar e o chinês perdeu um instante pegando as peças do chão e colocando na bolsa no ômega, ele iria se arrepender daquilo no dia seguinte, sabia disso
— Então o que o senhor quer ? — Wang rapidamente o alcançou, visto que Taehyung não estava lá andando muito bem
— Ir ali — Taehyung apontou para a praça que já podia ser vista ao longe
— Tudo bem então, vamos lá
Yibo acompanhou o mais velho no percurso silencioso, somente o sapato de Taehyung fazia barulho dos passos, junto da respiração um pouco alterada pelo álcool
– Saía da rua, senhor — Yibo puxou o ômega de leve, visto que vinha carros e Taehyung estava na rua, as regras de trânsito ali não era das melhores
— Não me toque ! — Taehyung repuxou o braço — Eu sei andar sozinho
— Pois não parece, vai acabar sendo atropelado — Yibo rebateu
— Não fala assim comigo — Taehyung empurrou o mais novo, sem muito efeito
— Se fo atropelado vai sobrar para mim ainda por não ter cuidado de você
— Então vai embora, eu não chamei você mesmo — deu de ombros e o mais novo rolou os olhos
— Se eu for só Deus pra saber o que pode acontecer com alguém igual você sozinho numa rua desconhecida
— Como eu ?! — Taehyung franziu a testa, parando de frente ao alfa — O que você quer dizer com isso?
— Que você é muito mimido — exclamou impaciente — Você é o ômega mais bonito que eu já vi na minha vida, rico, inteligente, tem filhos saudáveis e um casamento estável mas ainda sim você consegue ser um pé no saco
— O que? Eu vou diz pro Yoongi que você está me ofendendo — Taehyung apontou, indignado com o que estava ouvindo, ninguém falava assim consigo, nunca, com esse tom, essas palavras, nem mesmo Yoongi porque o alfa sabia que chorava se fossem rude consigo
— Tá vendo só, é um mimado... O mundo não gira em torno do seu umbigo, ta legal ?! ... Você nem mesmo se importou com o fato de que tinha a tal festa pra ir com seus maridos agora a noite, era importante para eles e você preferiu ficar bebendo só porque não te deram atenção, você não está pensando em ninguém além das suas vontades
Taehyung se lembrou da maldita exposição, que deveria estar acontecendo nesse exato momento, será que os alfas tinham ido?! Céus...
— Você não sabe nada sobre minha vida, tá bom?!
— Olha, não é difícil deduzir e você também fala demais quando tá bêbado — Yibo cruzou os braços e Taehyung rolou os olhos
O ômega arrastou os pés, subindo na calçada de cimento e andando arrastado até se sentar num dos bancos de madeira da praça, cabisbaixo
— Eu só... Me sinto sozinho, ta legal?! — Taehyung murmurou — Meu pai está numa espécie de asilo e não deixa eu visitar ele, minha mãe está na Turquia em seu sexto casamento, meu filho mas velho saiu de casa e não fala com os próprios pais, só me liga pra pedir dinheiro, eu dou porque é a única forma de vê-lo, meu filho do meio de repente não para mais em casa, ta namorando aquele Jeon e acha que eu não sei e agora ele não precisa mais de mim também, meu caçula ta em outro continente foi o primeiro a me abandonar, os alfas vivem no trabalho... — o ômega desabafou — Eu não tenho nada pra fazer na minha vida perfeita, ela é vazia exatamente porque eu tive e tenho tudo tão facilmente, entende?! ... Eu sei que não faz sentido mas é como me sinto
O motorista suspirou se aproximando e se sentando ao lado do menor, não era sem sentido, na verdade fazia muito sentido sim, Taehyung era como uma pessoa entediada o tempo todo, sem ninguém pra cuidar, sem algo pelo qual batalhar, tinha tudo que queria desde os dezenove, teve filhotes cedos demais e agora aos 45 era como se já tivesse cumprido sua missão de pai e marido, todos estavam bem, independentes e vivendo suas vidas, ma ele tinha dado sua juventude para os filhos e maridos e agora que tinha terminado estava se sentia vazio
Fazia muito sentido sim
— Não é tão sem sentido assim — o alfa murmurou — Muitas pessoas na sua idade ainda batalham pra ter algo, ser privilégiado deve ser mesmo difícil — ironizou e Taehyung lhe deu um empurrão
— Riqueza não é felicidade, ta bom?! — resmungou
— Se eu tivesse uma Bmw seria muito feliz
— Uma hora sua bmw iria se tornar só mais um carro qualquer pra você, pode parecer incrível agora mas depois perde a graça, se torna comum
— Tem alguma coisa que você queria ter e não tem ? — perguntou curioso e Taehyung divagou, olhando fixo para os brinquedos da praça
— Eu queria ter um bebê — murmurou
— E porque você não tem ?
— Por que não dá, Yoongi definitivamente não tem mais idade pra ser pai e Hobi também não tá muito afim, além de que, eu já não tô tão fértil assim, vou fazer 46 no ano que vem
— Está quase na época de parar de ter cio — o alfa concluiu e Taehyung assentiu — Talvez seu próximo cio seja o último ou venha bem fraco
— Eu sei, ta bom — resmungou impaciente, não precisava ser lembrado daquilo
— Eu posso te dar um bebê se você quiser — Wang soltou, como quem não quer nada e rapidamente ganhou o olhar surpreso e confuso do ômega
— Que?
— Você precisa de um bebê, certo?! Devido sua idade é agora ou nunca ... Eu posso te dar um
— Você tem quase a idade do meu filho, não diga besteiras — Taehyung se levantou, sem reação aquilo
— Exatamente, eu sou jovem, viril, meu esperma é forte o suficiente para fazer mil bebês — o alfa se levantou, indo até o ômega e lhe segurando pelo rosto — Se você vier comigo nós podemos fazer muitas coisas, eu sou jovem, não tem nada que não possa fazer .... Você só precisa vim comigo pra China
— O que você está dizendo?! Está louco?! — Taehyung tentou tirar a mão do alfa de si, mas o chinês era forte
— Você é a coisa mais linda que eu já vi, estou encantado desde o primeiro momento e eu sei que você também, eu vejo como você me olha... Você me quer da mesma forma que eu te quero
— Você é realmente muito bonito, talvez mais do que deveria e eu não nego a atração, sou humano — Taehyung foi sincero, fazendo o alfa sorrir — Mas mesmo que as coisas estejam um pouco confusas pra mim e minha família, eu amo ela, amo meus alfas e jamais poderia fazer o que você está sugerindo
Taehyung se soltou do alfa, que agora lhe olhava confuso e decepcionado, o ômega parecia descontente com a vida que tinha....Então porque ele não ia consigo ?
— Mas você... — um pouco atordoado com a negação do ômega que queria, começou — Você disse que está infeliz... Eu posso te dar o que você quer
— Eu posso estar, mas não vai ser indo com você pra China que mudaria alguma coisa, essa não é a solução, ficar longe dos meus alfas não é o que eu quero — Taehyung pegou a bolsa no banco de madeira, pondo a alça no ombro, voltando a se aproximar do alfa e lhe tocando o rosto perfeito, a pela macia e juvenil — Você é lindo, mas por mais que meu coração esteja partido ele já tem donos, e cabe a eles concertar, não a você
— Mas eu...
Taehyung não deu chance de resposta, de uma tentativa do alfa lhe fazer mudar de ideia, só saiu apressado, começando a correr quando estava longe o suficiente, sentia que precisava correr, correr para longe daquele alfa bonitão que parecia enviado do demônio pra lhe testar, correr de volta para aonde pertencia, aonde seu coração estava de verdade e onde seus problemas deveriam ser resolvidos
Não fazia ideia de onde estava ou qual era o caminho de volta, era noite e perigoso, seu jeito chique de se vestir era como uma placa escrita " tenho dinheiro, me assalte", apertou a bolsa mais próximo do corpo, andando apressadamente até achar algum táxi, não tinha bateria no celular desde bem mais cedo quando o aparelho desligou
Estava embriagado, sozinho, a noite no desconhecido, um ômega vulnerável
↬ ♡ ↫
Hendery bocejou, dando uma leve esticada nos músculos, com preguiça e começando a ter sono, já era um pouco tarde realmente, o dia tinha sido agitado, estava mesmo afim de ir para cama cedo
— Bom — o alfa quebrou o silêncio da sala de estar da mansão Jung-Min — Acho que já vou embora
— Porque?! — Yang perguntou decepcionado
— Porque você não dorme aqui ? — Sicheng deu pausa na serie que estavam assistindo, se dirigindo ao cunhado — Só tem a gente, meu pai nem vai saber, hm
O mais novo subiu e desceu a sobrancelha sugestivo com um risinho malandro no rosto, era muito sapeca
— É, dorme — Yang pediu manhoso, sacudindo a camisa do alfa
— Eu adoraria dormir com você, ma se fizer isso iremos perder aula amanhã novamente — explicou, mesmo que quisesse muito atender ao pedido do namorado e ficar tinha que ser o racional e maduro ali, não queria ser visto como a mal influência pro ômega — Você é meu garoto estudioso, não quero que fique faltando
— Não quero que você vá embora — Yang agarrou o alfa, não queria que o alfa fosse, estava gostoso deitado em cima dele, era quente, seguro e confortável
— Eu volto pra te buscar amanhã pra irmos para a faculdade juntos, bebê — Hendery explicou, tocando os cabelos claros do ômega amorosamente
— Não vai, não vai, não vai ... — o ômega começou a repetir sem parar, como um traço do autismo, ele não queria que Hendery fosse então ia dizer sem parar
— Ya — Sicheng se levantou do sofá oposto ao do casal ,se aproximando do irmão antes que aquilo se tornasse algo maior — O Hendery precisa ir, Yangie, vocês vão se ver amanhã cedo
— Não...Eu não quero — Yang não soltava o mais velho — É meu
Foi possessivo e Hendery riu achando realmente adorável demais como o ômega parecia uma criança tendo que largar o brinquedo preferido
— Todo mundo sabe que esse feio é seu, não se preocupe... Amanhã vocês vão estar juntos novamente — Sicheng puxou o irmão, que era maior o suficiente para dar trabalho — Ya parece um chiclete quando gruda no cabelo
— Solta ele — Hendery deu um tapinha na mão do ômega mais jovem ali — Não precisa o puxar desse jeito... Ele vai me soltar sozinho, não é querido ?
— Não — negou com a cabeça, fazendo o alfa rir
— Vai sim, você vai dormir e logo vai ser amanhã, você nem vai perceber que não estou aqui — Hendery tocou os pulsos do menor, abrindo os braços do mesmo devagar — Você vai me levar até a porta ?
— Sim — Yang cedeu, como se o tom calmo e a paciência do alfa fosse o suficiente para lhe convencer
— Então vamos — Hendery se levantou — Até logo pessoinha mais chata do mundo, boa noite
—Boa noite, emo da época do Orkut
— Você nem era nascido na época do Orkut, moleque — Hendery implicou e o ômega lhe atirou uma almofada, fazendo o alfa rir enquanto deixava a sala junto ao ômega mais velho
Sicheng se jogou no sofá novamente, tocando própria barriga, ainda imperceptível, todo esse chamego do casal lhe dava uma sensação estranha, na verdade todo casal que via ultimamente lhe causava isso, uma sensação de inveja, não inveja ruim, maldosa, jamais, ele só.... queria ter aquilo também, queria que seus sentimentos fossem recíprocos e simples, mas não era, havia se apaixonado pela pessoa mais difícil do mundo, que por cima já tinha alguém e se casaria em breve
Porque as coisas tinham que ser tão difíceis pro ômegazinho pequeno e jovem?! As vezes se pegava divagando sobre Yukhei, aquele Kim metido a besta
— Ya, o que será que seu pai deve estar fazendo uma hora dessas, filhotinho?! Ou filhotinha? — Sicheng cutucou a própria barriga com o indicador — O que você é, hein ? Fala pro papai
↬ ♡ ↫
— Jimin .... Eu já pedi desculpas, meu bem
— ....
— Amor ....
Jimin suspirou cinicamente enquanto arrumava a cozinha pós jantar, fingindo que não ouvia o alfa lhe chamar repetidamente, pedindo desculpas e um monte de baboseiras típica de macho quando faz merda
– Você não vai falar comigo, é isso ?! — Jeongguk fez drama, fungando e tudo, só faltava as lágrimas pro show ser completo —Tudo bem então, quando você precisar eu tô aqui, ta bom
Jimin rolou os olhos, sem muita paciência pro show do marido, mesmo que fosse até engraçado um alfa do tamanho de Jeongguk fazendo esse tipo de cena humilhante
— Não é pra mim que você tem que pedir desculpas, Jeongguk — murmurou, tendo uma reação pela primeira vez
— O que?
— Você... Só fez cagada hoje, foi muito antipático e mal educado com Youngjae, é pra ele que você tem que pedir desculpas
— Eu vou ... — Jeongguk coçou a nuca, realmente sem jeito, tinha sido grosseiro com o cunhado porque estava na defensiva — Não era minha intenção eu só estou muito mal humorado hoje, me desculpe, meu bem
— Seu mal humor não justifica o que você disse sobre o namorado do seu filho — Jimin tocou no ponto, no que de fato estava lhe deixando preocupado e aflito
— E chegamos lá... — Jeongguk suspirou, sabendo que agora tinham chegado no real motivo do marido estar zangado consigo — Eu só disse o que eu penso, tá legal
— Está pensando errado, Jeongguk e vai magoar o seu filho
— Eu só quero o melhor pro Hendery e realmente não acho que aquele garoto seja isso ... O Hendery tem um futuro brilhante, que não inclui tomar conta de ninguém, isso é só fogo de palha, quando as complicações começarem, quando o fogo apagar o Hendery vai se dar conta de que a missão é mais difícil do que ele imaginou
— Você não sabe, Jeongguk, você não sabe se é algo momentâneo ou não, mas se você conhecesse seu filho verdadeiramente saberia que ele tem mudado muito nos últimos meses e isso já um grande indicativo de que ele realmente ama esse ômega é que não é nada momentâneo
— Quando o Hendery descobrir a verdade sobre esse ômega eu duvido que ele vai querer continuar esse relacionamento — Jeongguk abriu a porta da geladeira, querendo mais pudim de chocolate
— Você está falando sobre....— Jeongguk assentiu — Você não ousa falar sobre isso, Jeongguk....Não cabe a você
— Eu não preciso, posso estar errado na sua cabeça mas não vou ser eu a partir o coração do meu filho, ele vai descobrir a qualquer momento mesmo — deu de ombros, pegando um pedaço do pudim direto do refratário bonito, Jimin já tinha separado um pedação pro filho
— Você é muito idiota — Jimin rolou os olhos, ma no fundo sabia que Jeongguk não estava todo errado, não sabia como Hendery lidaria quando soubesse do segredo sobre Yang que os Jung Min guardavam bem
—Falar a verdade agora é idiotice?!
— Eu sei porque dessa sua implicância com o Yang, não é você que tem que se doer por isso, Jeongguk
— Ah, qual é — exclamou — Nós nunca vamos ter um neto, nunca vamos ver nosso filho ter um bebê, ter uma família, porque ele se apaixonou por um ômega incapaz
— Como é?! — a voz do alfa veio da porta da cozinha, fazendo Jimin ficar pálido — O que você está falando do meu namorado, pai ?
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