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História Hurricane Inside - Capítulo XXXI.


Escrita por: annesky

Notas do Autor


Olá!
Vocês me conhecem! Quando eu começo, eu não paro mais, então: PENÚLTIMO CAPÍTULO! <3

Capítulo 31 - Capítulo XXXI.


Fanfic / Fanfiction Hurricane Inside - Capítulo XXXI.

Point Of View: Luke Hemmings.

Eu fui ao Coachella com uma única coisa na cabeça: Eu queria uma única razão, qualquer coisa, para aceitá-la de volta. Eu sei que não era a atitude mais inteligente. Como admitir que apesar de a sua namorada ter sumido com o dinheiro da sua família, você mesmo assim queria ela de volta?

Se ela tivesse me dito qualquer coisa, eu teria aceitado. Que ela precisava de dinheiro, que ela não me aguentava mais, qualquer coisa. Eu a perdoaria e a teria de volta. Não é para se orgulhar, mas eu teria aceitado Olivia, porque mesmo depois de seis meses, ela era absolutamente tudo que eu via antes de ir dormir.

Amnesia era só uma música que nossos fãs adoravam ouvir e suspirar. Mas, para mim, ela fazia algum sentido agora.

O problema é que a minha garota, que eu aceitaria de volta pateticamente, estava por aí desfilando com um outro cara que não tinha nada a ver com ela. Cameron não era nada. Não era o estilo dela, não era o tipo de homem que ela gostava. Mas, será que eu sabia qual o tipo de homem que ela desejava? Eu nem a conhecia e apenas me apegava às falsas memórias do que eu achava que Olivia era.

Todos na banda achavam que eu tinha superado. Como se me afundar em bebidas e baladas era superar. Camila era uma mala que me perseguia insistentemente, mas eu não conseguia simplesmente dar o fora, porque num momento de fraqueza, eu recorri a ela. Eu a levei para cama exatamente uma semana depois de saber que Olivia tinha ido embora com nosso dinheiro. Não demorou muito. Acho que devo acrescentar isso na lista de coisas das quais não me orgulho.

O contrato com Camila já havia terminado, mas cada vez que ela aparecia no mesmo lugar que eu, o fandom adorava, então ela dava o que os dois fandoms queriam.

Então, como eu deveria reagir ao ver Olivia de novo depois de todo esse tempo? Bom, eu a notei antes de ela me notar. Ela andava para lá e para cá com uma prancheta que eu bem sabia que pertencia ao Shawn. Ela trabalhava para ele agora e foi assim que ela conheceu o atual namorado.

Eu engoli em seco, observando ela de longe, andando pelo palco nos saltos altos. A minha garota costumava preferir tênis. Ela usava uma calça justa e preta e uma regata com decote que poderia me deixar com ciúmes, mas eu não tinha mais esse direito. Agora ela tinha o cabelo da moda escorrendo em ondas pelos ombros, ela usava uma maquiagem marcada e falava com as pessoas com um tom diferente.

Olivia tinha mudado. Mas, meu coração apertava, porque apesar das roupas caras, ela ainda mantinha aquele sorriso no rosto. Ela era simpática até com o zelador que esfregava o chão do palco e dava risada de alguma piada que ele tinha feito.

Acho que nunca encontraria uma garota assim. Logo eu que era acostumado com os caprichos de Arzaylea.

Foi aí que eu percebi que tinha me iludido em pensar que poderia tê-la de volta. O pior golpe não era ela ter tirado dinheiro da minha mãe, era ela ter sobrevivido a isso e estar ainda melhor agora. Será que ela roubaria dinheiro da família de Cameron? Ter esse pensamento embrulhava meu estomago. Porque eu nunca tinha acreditado realmente em Ashton e me envergonhava disso. Ashton era meu melhor amigo há tantos anos, Jack era meu irmão, então eu era bem idiota de continuar teimando em acreditar que havia algo errado naquela história.

Em momentos, eu refletia sobre o motivo de ela ter sumido com o dinheiro. Mas, logo depois meu coração apertava, nada fazia sentido e eu começava a inventar tantas desculpas que não conseguia contar. Qualquer coisa valia para absolver Olivia do crime.

Até que cheguei num ponto em que até ela precisar de dinheiro para jardinagem era uma ótima desculpa para perdoá-la. Vai ver o sonho dela era ter um jardim e ela realmente precisava do dinheiro. Foi aí que eu soube que estava ficando louco.

Como não acreditar no seu irmão? No seu melhor amigo? A prova estava ali, naquela nova garota de queixo erguido e roupas de marca. Um namorado que era completamente diferente de mim. Talvez, eu nunca tenha sido o tipo dela de qualquer jeito. E eu achando que ia conquistá-la com uma guitarra idiota e um piercing nos lábios mais idiota ainda...

E Camila não era o suficiente. Eu precisava magoar Olivia como ela me magoou. Olivia estava bem, sorrindo pelos cantos e feliz com um novo namorado, enquanto eu tinha passado por seis meses de puro inferno inventando desculpas para tê-la de volta. Ela não estava sofrendo, ela não estava me esperando. Eu tinha sido tolo.

Então, recorri ao velho truque. Arzaylea ainda estava por perto, porque ela nunca tinha se afastado. Desde que soube que Olivia se foi, ela me rondava. O que tornou a minha vitória no tribunal mais fácil, obviamente. Eu nunca tinha cedido até aquele dia. Então, eu soube. Eu tinha machucado Olivia como ela me machucou.

O problema é que no dia seguinte lá estava ela de volta, cantando uma música como se eu fosse o culpado da história. Beijando o garoto que ocupava meu lugar. Ela já tinha me humilhado da pior maneira ao me fazer acreditar que ela me amava por quem eu realmente era. Por que ela tinha que subir naquele palco e me humilhar novamente?

Mas, então, quando eu finalmente ouvi a verdade naquele corredor... Quando eu finalmente soube que era tudo mentira, cada fibra do meu corpo vibrava. Eu devia sentir vergonha disso? Eu deveria estar tão decepcionado com Ashton, mas eu só conseguia pensar que Olivia tinha sido sempre minha, mesmo distante. E, com sorte, ela tinha me amado mesmo.

Eu encarei o papel amassado na minha mão, enquanto estava deitado no sofá do camarim. Uma letra quase apagada de tanto que eu já havia mexido naquele papel. Eu mandei flores para Olivia, mas nunca seria o suficiente. Eu tinha falhado com ela em acreditar nisso tudo. Eu bem sabia. Claro que eu acreditaria em meu irmão e meu melhor amigo. Mas, eu devia ter seguido minha intuição e só.

- Luke? – Eu ouvi a voz de Calum e me sentei no sofá, estranhando. Michael e Ashton estavam atrás dele, encolhidos.

- Que foi? – Eu perguntei, confuso.

- Precisamos conversar. – Ashton pediu. Eu guardei o papel no bolso novamente e me preparei para o pior. Nós não sabíamos conversar direito há muito tempo.

- Acho que passamos tempo demais julgando tudo que você fez. – Ashton continuou. – Tanto tempo que não paramos para perceber que nós também erramos.

- Como assim? – Eu perguntei, desconfiado.

- Nós reclamávamos que você estava se separando de nós, estava virando desunido, mas... Nós estávamos te dando motivo para isso.

- Nós estávamos te excluindo quando deveríamos te puxar de volta para a banda quando você se desvirtuava do caminho. – Calum simplificou e eu parei, sem saber o que falar. Eu ainda estava tentando processar tudo aquilo. – Não foi certo eu ter ficado com a Olivia sabendo que você se interessava nela.

- Eu tinha namorada. – Eu me apressei a dizer.

- Mas, mesmo assim. Nós nunca ficamos com garotas que outro de nós se interessou antes. E era bem claro para todos nós que você estava de olho nela desde que você começou a escapar dos horários de gravações para conversar com a zeladora.

- Bom, talvez tenhamos que concordar que foi culpa dos dois? – Eu disse, dando um sorriso fraco.

- É um bom acordo. – Calum disse, sorrindo e estendeu a mão para mim. – Uma trégua?

- Trégua. – Eu estendi a mão para ele, me levantando, mas ele logo me puxou para um abraço. Era tão diferente depois de tanto tempo fazer algo que era comum há uns anos atrás.

- Bom, acho que eu devo começar dizendo que não devia ter beijado a Arzaylea? – Michael falou, pensativo.

- Foi ela que te beijou, Mike. – Eu disse, em dúvida.

- Tudo bem, eu nunca traí sua confiança! Muke sempre foi mais forte que Cake e Lashton! – Ele ergueu os braços, me fazendo rir. – Não, sério, cara. Eu estava perto dela na hora e fazia uns dias que a gente conversava. Eu sabia do jeito dela, deveria ter previsto.

- Tudo bem. – Eu disse, dando de ombros. – São águas passadas e não é como se eu gostasse muito dela nessa época.

- Então, vem cá, eu sei que você quer. – Michael disse, abrindo os braços. Eu ri novamente, o abraçando forte.

- A parte mais difícil, então? – Ashton parou, me encarando.

- Não precisa dizer nada. – Eu me apressei.

- Eu quero. – Ashton insistiu. – Cara, eu devia ter te chamado para conversar quando soube que você queria sair da banda. Era isso que todos nós deveríamos ter feito. Deveríamos ter sentado e conversado. Porque, sem Luke Hemmings não existe 5sos. Assim como sem Calum Hood, Michael Clifford ou Ashton Irwin, não vai existir 5sos. Desculpe. Eu te atingi na parte que doía mais. Eu sabia o quanto você a amava.

- Eu acho que consigo entender seu lado. – Eu falei o abraçando, mas logo o soltei, porque era a minha vez. – Eu acho que consigo entender o lado de todos. Eu nunca cooperei. Desde que ganhamos fama, eu só queria subir mais. Eu me deixei levar pela febre de ser o vocalista principal. Eu era líder no palco, mas a verdade é que nossos fãs nem encaram a gente assim. Eu vivia uma ilusão bem idiota. Porque, se eu dissesse que sou o líder, os fãs entortariam o nariz para mim. Eu sempre aprontei, eu sempre me separei de vocês quando deveria me unir. Isso nunca mais vai acontecer.

- Então, sem sair da banda? – Calum perguntou, tentando segurar um sorriso.

- Se eu sair da banda, o que acontece? Vocês me matam ou a Olivia me mata?

- Será uma competição boa de se testar. – Michael admitiu.

- Sem sair da banda. Vamos parar de nos separar por um momento, ok? – Eu disse, decidido.

- POR UM MOMENTO? – Michael gritou, dramático. – DEUS DO CÉU, EU NÃO AGUENTO UMA SEGUNDA RODADA DE LUKE QUERENDO ABANDONAR TUDO POR UMA MULHER! EU VOU SAIR DA BANDA!

- Se o Michael sair, eu vou sair também. – Calum decidiu.

- Traíra. – Ashton lhe lançou um olhar, venenoso.

- Todos amam o Michael, desculpe, Malum é mais forte que eu. – Calum fez piada.

- Parem, ninguém vai sair da banda! – Ashton declarou, sem paciência.

- Tudo bem, pai. – Eu disse para provocá-lo. – Mas, aqui, preciso da ajuda de vocês com algo então.

- O quê? – Michael perguntou, curioso.

 

Point of View: Olivia.

 

- Isso é sério? – Eu perguntei, atônita, parando de arrumar minhas malas no quarto de hotel.

- Acho que precisamos fazer isso. – Cameron disse, sério.

- Bom, você que sabe. – Eu disse, irritada. – Você só está fazendo isso por causa do Luke.

- Estou mesmo! – Ele admitiu, sem paciência. – Precisamos finalizar esse contrato enquanto ainda está bom para mim, Liv. Se daqui uns dias você se acerta com o emuxo de piercing no lábio, eu vou passar por corno e isso não é bom para a minha imagem!

- Ah. – Eu resmunguei, sentando ao lado dele na cama. – Você está brabo comigo?

- Eu fiquei. – Ele admitiu, me encarando. – Mas, o que eu posso fazer? Eu sabia disso desde o início. Quantas vezes, nós transamos logo após você me contar o quanto se lamentava pelo término com Luke?

- Oh, falando assim soa tão insensível. – Eu reclamei, o fazendo rir.

- Curamos a nossa carência, afinal eu também não podia namorar, mas agora... Talvez, seja a hora de arranjar uma namorada de verdade, para variar.

- Vou ficar com ciúmes. – Eu o provoquei, o fazendo rir.

- Você sempre será a minha única namorada falsa. – Ele me prometeu, me fazendo rir também.

- Obrigada, isso é muito gentil da sua parte.

- Ótimo. – Ele sorriu, satisfeito. – Nos encontramos em Nova York amanhã cedo?

- Certo. Estarei lá para assinar o fim do nosso namoro.

- Combinado. – Ele assentiu se levantando e me deixando sozinha no quarto com as malas. Eu respirei fundo, encarando a bagunça. Estava pior que a minha cabeça naquele momento.

Voltei a organizar as coisas, tentando me concentrar, mas não consegui. Então, desisti e decidi ir comer alguma coisa no restaurante do hotel. Afinal, só iríamos para o aeroporto à noite. Faltavam quatro horas para sairmos.

Eu sentei sozinha na mesa, comendo uma sala de frutas. Estava insatisfeita, queria um mousse de chocolate, mas como uma garota referência, eu tinha que manter a dieta em dia. Dane-se. Eu pedi o mousse mais doce do restaurante e ainda tirei foto para postar nas redes sociais.

- Liv? – Eu ouvi a voz masculina e respirei fundo. Não adiantava fugir.

- Oi. – Eu respondi, sem jeito e Calum sentou ao meu lado.

- Podemos conversar finalmente?

- Finalmente podemos. – Eu respondi, sem jeito e entreguei a colher para ele pegar um pouco do mousse.

- Você está dividindo seu mousse comigo? Tem certeza? É um passo muito grande no nosso relacionamento, eu não sei se estou pronto. – Ele disse, me provocando e eu ri.

- Coma logo esse mousse, Calum. – Eu falei, impaciente, o fazendo rir.

- Desculpe. – Ele começou, sem jeito, me devolvendo a colher. – Acho que nunca vou saber como falar disso, então podemos esquecer? Podemos fingir que eu nunca fui um babaca que acreditou que você aceitaria dinheiro para se livrar de todos nós?

- Hum, o que eu ganho com isso? – Eu perguntei, tentando não rir. – No mínimo, eu devo ganhar uma tatuagem maior que essas aí que você tem no braço.

- Você quer que eu faça uma tatuagem para você? – Ele perguntou, achando graça.

- É, ué, já perdi as esperanças que Luke vá fazer algo por mim. Aquele lá não tatua nem um coraçãozinho que nem o Ashton.

- Ele tem medo de apanhar da Liz. – Calum falou, rindo. – E você viu que ele apanha mesmo.

- Oh, eu vi. – Eu disse, rindo também.

- É sério, me perdoa? – Ele voltou ao assunto, ficando sério. – Eu acho que nunca vou conseguir te recompensar por essa cagada.

- Eu entendo. – Eu disse, sem jeito. – Ashton... Bom, até eu confiaria no Ashton! Aqueles olhos verdes, os cachos, as covinhas, meu Deus do céu, você já viu aquelas covinhas? – Eu perguntei, fazendo piada. – Quem não confiaria naquele sorriso de bebê? É super compreensível.

- Então, você sabe o que passamos. – Ele disse, rindo.

- Eu sei. – Eu assenti. – Mas, obrigada por pedir desculpas e por me dar espaço.

- Eu senti sua falta. – Ele admitiu, roubando a colher de mim.

- Ei! Eu dei só um pouquinho.

- Uhum, tá bem. – Ele disse, pegando uma colherada bem cheia.

- EI, É MEU! – Eu tentei tirar o mousse dele, mas era tarde, ele lambeu o mousse inteiro para marcar território. – CALUM, VOCÊ NÃO FEZ ISSO!

- Você já me beijou mesmo, come um pouquinho. – Ele ergueu o prato perto do meu rosto.

- ÉCA! TIRA ISSO DAQUI! – Eu disse, rindo sem parar. 



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