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História Husten e Sulina - Jantar em família - Tenner


Escrita por: MathSou e FabiLosch

Notas do Autor


Desculpem a demora para postar esse capítulo, tenho pouco tempo livre para escrever, mas está aqui, e o próximo não demorará tanto para sair.
Obrigado pela paciência.
Apreciem a leitura.

Capítulo 6 - Jantar em família - Tenner


Abro os olhos bem lentamente, com um grande sorrido no rosto. Não sei q horas são e nem me importo, quero passar o resto do dia aqui, olho para Arien deitada ao meu lado, dou um beijo em sua testa e começo a fazer carinho em seu cabelo. Ela acorda e olha para mim, depois fecha os olhos sorrindo e diz:

- Bom dia.

- Bom dia, Arien – Digo também sorrindo.

Me aproximo para poder beijá-la, ela percebe e também começa a se aproximar de mim, até que somos interrompidos pelo toque de um telefone e não conseguimos nos beijar.

- Acho que é o meu – Digo.

- Então melhor atender – Disse ela.

Me viro e procuro minha calça no chão, tiro do bolso meu celular, leio o nome nele: Mãe. Reviro os olhos e atendo.

- Oi mãe, tudo bem? – Digo.

- Claro, filho – Respondeu ela – Mas já são 10 horas, onde você está?

Eu havia esquecido totalmente! Devia estar as 9 horas na biblioteca, prometi a eles que ajudaria a fazer a pesquisa para o trabalho deles.

- Desculpa... É que... É... Eu dormi demais e perdi o ônibus, mas estou a caminho, beijos, amo vocês.

Desligo o telefone

- Desculpa Arien, eu preciso ir – Me levanto rápido da cama, meu pé enrola no cobertor e quase caio.

Ela ri.

- Tudo bem, quando podemos nos encontrar de novo?

- O que acha dessa noite? Na minha casa? – Termino de vestir a calça e pego minha camiseta – Pode jantar lá se estiver tudo bem para você.

 Olho para a camiseta que acabei de vestir, estava ao contrário. Arien ri novamente de mim.

- Claro, pode me passa o endereço depois, te encontro lá.

- Passo sim, tenho que ir então.

Ela se levanta da cama e me pego olhando para seu corpo, ela vestia apenas uma camisola. Ela se aproxima e ajeita a camiseta para mim.

- Obrigado – Digo.

- De nada – Ela se aproxima para me beijar e o telefone toca de novo. Olho novamente para a tela, era minha mãe.

- Melhor você ir, até a noite – Ela me puxa pelo braço e me leva até a porta.

- Espero você lá.

 

 

Saio do ônibus e vou em direção à biblioteca. Havia demorado demais, já era mais de 10h30. Meus pais não iriam gostar do meu atraso, o trabalho deles é algo muito importante, pelo menos para eles. Vou explicar tudo melhor mais tarde.

Estava quase chegando quando vejo minha mãe, uma mulher de estatura média, cabelo escuro, curto e bem liso. Seus olhos eram de um azul bem claro e muito chamativo, assim como o meu e o do meu pai. Homem alto, com cabelo também preto, mas bastante grisalho.

Eles estavam saindo de lá, me aproximo deles.

- Mãe – Digo – Sinto muito por não ter vindo antes, eu realmente dormi demais.

- Tudo bem meu filho – Responde ela – Não achamos o que procurávamos de qualquer forma.

- Essa noite teremos um importante jantar com alguns membros do conselho – Disse meu pai – Gostaríamos que você fosse.

- Essa noite? – Pergunto – Eu já estava com um compromisso marcado para essa noite.

- Meu filho – Continua minha mãe – É um jantar muito importante, precisamos de toda a família reunida para mostrar como os Narialiski são unidos.

- A família é muito maior que isso mãe... espera um pouquinho, então quer dizer que não vamos ser só nós três da família?

- Não é apenas um jantar com o conselho – Disse meu pai – Iremos dar as boas-vindas para o resto da família que está vindo, temos pouco tempo Tenner, nosso planeta está perto do fim.

- Posso levar uma amiga? – Pergunto – Se for mesmo só um jantar de boas-vindas, não vamos discutir nossos assuntos com o concelho não é mesmo? Normalmente isso fica para uma reunião mais formal.

- Acho que não terá problema – Disse meu pai – Mas não se apegue muito aos terráqueos, não queremos ficar muito tempo aqui, não é nosso lar, estamos em uma missão a que nos foi dado.

- Sim, senhor.

 

 

Caso você ainda não tenha entendido. Eu sou um Mayorim. Vim com meus pais para a terra quando tinha apenas 6 anos, meu planeta se chama Gaia, ele fica a 4 anos-luz da terra. Gaia está morrendo, minha espécie possui a fama de matar planetas, já é o segundo planeta que habitamos, por esse motivo o Conselho Intergaláctico não permitiu que habitássemos um novo planeta, ou salvamos o nosso, ou ficamos sem um planeta oficial. Acreditamos que uma raça muito antiga está escondida na terra, e que eles possuem a tecnologia necessária para salvar nosso planeta.

Eu vim para a terra quando era muito pequeno. Tenho poucas lembranças do nosso planeta, algumas vezes me considero mais terráqueo do que Mayorim. Só o que quero é ter uma vida normal na terra, sem precisar me importar com o conselho e a missão, mas isso é importante para meus pais, então tento ajudar como posso quando eles precisam.

 

 

           

- Você não vai? – Digo para ela – Por quê?

Estava falando com ela pelo celular, deitado na minha cama olhando para o teto.

- Acabamos de nos conhecer, não posso conhecer a sua família tão rápido, não estou preparada para isso.

- Meus parentes estão vindo de longe, vai ser apenas um jantar de boas-vindas para eles, nada demais.

- Mas é a sua família inteira. Isso é pior ainda.

- Tudo bem, eu entendo, desculpe precisar cancelar com você. Eles insistiram para eu ir, não pude negar.

- Fica para uma próxima, o importante é que você ligou.

- Não podia deixar de ligar, e isso foi uma boa desculpa para poder ouvir sua voz.

- Hum, então isso foi uma desculpa para ouvir a minha voz?

- É... eu... estava com saudades – Digo sem jeito.

- Faz apenas algumas horas que nos vimos e você já sentiu saudades?

- Você adora me deixar sem jeito no telefone, não é?

- Hum, talvez? – Ela ri – Adorei mesmo foi passar a noite com você.

- Também adorei – Abro um grande sorriso – Quando podemos nos encontrar de novo? E quem sabe fazer isso outra vez.

- Não sei, tenho que consultar a minha agenda – sua voz ganha um tom descontraído.

- Você é uma garota ocupada – Dou uma risada – Tenta me encaixar na sua agenda lotada.

- Você nem faz ideia de como sou ocupada – Diz mais séria – Mas sexta está bom.

- Tudo bem, na minha casa?

- Está bom para mim.

- As 20h? Moro na Rua dos Oitis, número 603, no bairro Gávea. Apartamento 304.

- Pode ser, te ligo quando chegar aí.

- Está bem, te espero aqui.

-Ok, até lá.

Desligo o telefone e largo em cima do meu peito. Fico um tempo nessa posição, encarando o teto com um sorriso bobo no rosto e lembrando do tempo que passamos juntos.

 

 

Estávamos eu e meus pais no telhado do prédio onde se localiza o concelho esperando para que a nave pousasse. A viagem não é longa, leva apenas 1 dia e meio de viagem. Comparado a outros planetas que não levam menos de 1 mês para chegar aqui, é extremamente perto.

Meu pai estava usando um terno e minha mãe um vestido azul, pareciam que iam para uma festa de gala. Já eu, estava apenas usando roupas normais que usaria para ir em um aniversário, por exemplo.

Não vimos a nave, apenas sentimos o vento dela pousando, assim que pousa totalmente ela desativa a camuflagem e conseguimos vê-la no mesmo instante que a porta começa a abrir, saindo de lá 5 pessoas.

 

 

Estávamos já dentro da sede, eu e minha família mais os 3 comandantes e os 5 mestres do concelho, todos sentados a uma grande mesa circular.

Os 5 Narialiski que chegaram são meus avós paternos, Ranas e Santra Narialiski, meu tio e sua esposa, Markolo e Ladian Narialiski e seu filho Vlader Narialiski.

Estavam todos discutindo assuntos sobre a missão, coisa que eu não prestei atenção, meus pais me garantiram que não falaríam sobre isso, mas estavam. Para tentar mudar de assunto pergunto para todos.

- Já decidiram quais nomes vão usar na terra? – Todos olham para mim, depois os membros do concelho olham para meus parentes que parecem pensar o que dizer.

- Eu andei estudando a história terráquea – Disse Vlader com um forte sotaque Mayorim – E gostei bastante de algumas pessoas daqui, tipo... Stalin ou Mussolini.

Me engasgo com sua resposta. Respiro fundo depois continuo.

- Eu não aconselharia – Digo – Primeiro que esse nem são os nomes deles, são os sobrenomes, segundo que eles foram terríveis ditadores na época da segunda guerra mundial, vai ser estranho você usar esse nome.

- Acredito que o senhor Ranas e sua esposa usarão os mesmos nomes que costumam quando veem para a terra – Disse o mestre Jatk – Mas para o senhor Markolo e sua esposa e filho, temos alguém que pode ajudá-los a se integrar aqui, ajudará a escolher os nomes, documentos e o que precisarem mais.

- Adoraríamos isso mestre, nós aceitaremos sua proposta – Disse o tio Markolo.

- Resolverei tudo então para vocês pela manhã.

- Agora que está tudo resolvido – Continuo – Podemos falar de algo que não envolva o concelho?

- O que você tem contra nós Husten? – Pergunta um dos comandantes, a qual não sei o nome e não me preocupo em saber.

- Não é nada, eu só quero ter minha vida aqui, quero ser uma pessoa normal.

- Todos somos pessoas – Disse Vlader – Mas pelo que me parece, você quer ser um terráqueo, isso nunca será...

- Você possui ótimas habilidades a qual seriam úteis a nós – Disse o comandante interrompendo o Vlader – Ainda queremos que trabalhe conosco.

- Filho – Disse meu pai – Tente dar uma chance para o concelho, eles estão do nosso lado, fizeram muita coisa por nós.

- Mas eu não quero fazer parte do concelho, simplesmente não quero me envolver.

- Ele não precisa trabalhar para vocês se não quiser – Disse meu avô se dirigindo aos comandantes – Precisamos de ajuda para salvar nosso planeta.

- Não! – Grito e todo mundo para de falar, respiro fundo, me acalmo e continuo – Não vou trabalhar para o concelho, nem na missão pra salvar Gaia, só vim nesse jantar, que na verdade deveria ser apenas de boas-vindas, para não decepcionar meus pais, mas se vocês querem tanto falar de assuntos que não quero me meter, então por favor, peço para ir embora. Eles fazem uma longa pausa até que um dos mestres diz:

- Pode ir Husten.

- Obrigado mestre – Me levanto e vou em direção a saída, eles não dizem mais nada até que eu saia da sala. Nunca tinha ficado tão irritado com o concelho, eles tentam me fazer ser um deles a todo custo, nem mesmo meus pais me apoiaram em minha decisão, não quero mais saber de ninguém que trabalhe aqui.


Notas Finais


Obrigado por lerem, espero que tenham gostado!


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